CAMILA
Os nove meses chegaram, e com ela a ansiedade de ter minhas filhas comigo, Antônia continua morando aqui comigo e trabalhando no hotel dos meninos, ela entrou em contato com a familia dela e está muito feliz, Alice já está de três meses e Sheila com quatro, eles querem fazer o chá revelação depois que as minhas filhas nascerem.
Matheus voltou pra casa dele, nos falamos todos os dias, ele esta indo a psicóloga e isso tá ajudando ele, Fabrício voltou ao trabalho, Jaqueline sempre está aqui em casa, Caio e Sheila estão nos preparativos do casamento, Fernando está ainda na saga de reconquistar Alice, ela está bem animada com a gravidez, Betina e César estão bem, vivem sempre aqui em casa também, não diferente de Guilherme que está aqui em casa direto, ele esta afim da Antônia mais a principio ela não quer se envolver com ninguém no momento.
Hoje é terça feira, estou em casa sozinha, todos estão trabalhando, meu irmão esta pra vim aqui pro Brasil, vai tirar as férias dele que está acumulada pra ficar aqui comigo e como ele faz acompanhamento no médico o mesmo liberou o meu irmão pra vim, ele faz esse acompanhamento por causa da doença que ele teve então ele está sempre se cuidando, não tem mais a doença mais ele está sempre fazendo uma revisão geral, minha cunhada e minha tia não vão poder vim, meu pai está viajando a trabalho e a Jade que está na empresa daqui.
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Na hora do almoço Guilherme trouxe comida pra mim, almocei e deitei um pouco e ele ficou comigo.
- Camila você está bem? _ ele pergunta me vendo se mexer de um lado pro outro
- Tô bem, só não tô achando uma posição certa pra ficar, tudo me incomoda _ digo e ele me encara - É sério, não tô sentindo nada, só incomodada com as posições _ digo
- Quer eu ligue pro seu médico? _ ele pergunta
- Não Guilherme, se eu sentir alguma dor eu falo _ digo e ele concorda, até que eu acho uma posição boa pra poder dormir um pouco
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Acordo e já esta escuro, vejo que apaguei aqui na sala, olho pro lado e Guilherme ainda está ali sentado .
- Antônia não chegou? _ pergunto sentando e chamando atenção dele
- Não, ela teve que ir pro outro hotel em Niterói, precisaram dela lá, então ela vai ficar lá uns dois dias _ ele fala
- Se tem algum problema não é você ou os meninos ou o gerente de lá que tem que resolver? _ pergunto
- Sim, só que ela faz um trabalho impecável, até os meninos já te falaram isso, então ela da conta do problema de lá, até porque não foi nada muito grave, só uns problemas que eu sei que ela vai tirar de letra! _ ele fala e eu concordo, jantamos e fomos deitar, eu ainda estava bem incomodada
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De madrugada eu comecei a sentir dores, acordei com as pontadas na barriga, não vou falar nada com Guilherme porque não tem necessidade ainda.
As dores continuam, até que eu levanto e sinto um líquido escorrer pelas minhas pernas, ok minha bolsa estourou, vou até o banheiro, tomo um banho e visto um vestido longo, as dores aumentaram, me arrumo sem fazer escândalo porque se eu gritar Guilherme aparece aqui desesperado e isso é tudo que eu não preciso, ficar nervosa. Termino de me arrumar e sento na cama, ligo pro meu médico e ele pediu pra que eu já fosse pro hospital que ele esta indo pra la.
- GUILHERME _ grito por ele que aparece no quarto
- Oi, oque houve? Pra onde você vai que está arrumada? _ ele começa a perguntar
- Calma tá, eu tô sentindo dores muito fortes, já liguei pro meu medico e ele esta indo pro hospital e pediu pra que eu fosse também! A bolsa estourou _ falo Calma
- E você só me fala agora? Puta que pariu _ ele fala nervoso _ Oque eu faço? _ ele pergunta e eu começo a ri em meio às dores que eu sinto
- Você vai tomar um banho e se arrumar, as bolsas já estão no carro, eu vou te esperar lá em baixo, Guilherme sem escândalo por favor. Eu tô cheia de dor e oque eu não quero é gritaria do meu lado _ falo e ele concorda
- Vem, vou te ajudar a descer as escadas _ ele fala pegando minha bolsa e me ajuda a descer, ele sobe de volta pro quarto, e as dores vem
- Calma minhas filhas, daqui a pouco vocês estão aqui com a mamãe, o papai e os titio corujas de vocês! Pega leve com a mamãe _ converso com elas passando a mão sobre minha barriga, questão de alguns minutos e Guilherme aparece na sala já arrumado
- Vem, vamos . _ ele me ajuda a levantar e saímos pra garagem, ele tranca minha casa e saímos da mesma em rumo ao hospital - Como está as dores? _ ele pergunta
- Ta forte, de cinco em cinco minutos, meu médico já chegou no hospital _ falo olhando a mensagem do médico
- Vai ficar tudo bem, quando agente chegar no hospital eu ligo pro pessoal . _ ele fala e eu concordo, o caminho pro hospital foi rápido, chegando lá dei entrada e fui pro quarto onde ficarei, as enfermeiras me ajudaram e o médico veio
- Então elas resolveram vim, vamos vê quanto você está de dilatação _ ele fala e faz o toque - Você está com cinco de dilatação, você já sabe oque tem que fazer né _ ele fala e eu concordo, ele me ajuda a levantar, Guilherme já avisou ao pessoal e está na minha frente; eu já troquei de roupa e agora estou aqui sentada naquelas bolas e Guilherme segurando minhas mãos
- Elas daqui a pouco vão esta aqui conosco, tô ansioso _ ele fala me ajudando
- Aaaaaah tá doendo _ do um grito onde aperto a mão dele
- Respira fundo e solta o ar, não grita pra elas não ter que subir e você ficar com a falta de ar, eu sei que você está sentindo dores mais vamos se ajudar _ Guilherme fala calmo
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