IVAN (capa provisória)

Bởi CinthiaFreire7

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Cabelos perfeitos, roupas de grife, festas, música, dinheiro, poder... É fácil esconder quem você é de verda... Xem Thêm

E lá vamos nós!!!
PRÓLOGO
CAPITULO 1
CAPITULO 2
CAPITULO 3
CAPÍTULO 4
CAPITULO 5
CAPÍTULO 6
CAPITULO 7
CAPITULO 8
CAPITULO 9
CAPITULO 11
CAPÍTULO 12
CAPITULO 13
CAPÍTULO 14
CAPITULO 15

CAPITULO 10

236 46 93
Bởi CinthiaFreire7

*** capítulo sem correção ortográfica ***

Ivan

Passo os próximos dias tentando ao máximo não abrir minha boca, estou mais mal humorado do que o normal e as palavras de Zach ecoam em minha mente vinte e quatro horas por dia.
A mágoa nos cega.
Eu amo o Nicolas,  com todo o meu coração, trocaria a minha vida pela dele sem nem ao menos piscar, aguento seu mal humor e dirijo quarenta minutos três vezes por semana só para ouvir ele me mandar embora e perguntar se não tenho nada melhor para fazer, mas não quero ser como ele.
Nicolas carrega a tristeza em seu olhar, é um homem amargo e infeliz, dificil de lidar, mesmo assim luto diariamente para fazer ele encontrar seu caminho nessa vida, porque é isso que a gente faz para aqueles que amamos, a gente não desiste, mesmo quando a pessoa acha que não tem mais nada.
Principalmente quando eles desistem.
Nicolas desistiu, mas eu nunca vou desistir dele.
Isso não significa que concordo com seu jeito de ser, nem que quero por algum motivo, ser como ele e isso me deixa mais agoniado e irritado porque foi exatamente o que fiz com Cindy.
Eu deixei a mágoa me cegar.
Desde o momento em que as palavras saíram da minha boca e vi elas atingirem o alvo, me senti um cretino idiota, mesmo assim não consegui ir até ela e pedir desculpas, porque para isso eu precisaria dizer a verdade, e essa é uma verdade dolorosa de admitir até mesmo para mim.
Então sigo passando os dias me sentindo um bosta, rabugento e irritado, desviando dela sempre que possível, ignorando a pontada em meu coração toda vez que ela fala comigo como se não tivesse me esbofeteado.
É um joguinho que ela adora jogar, mas que está me consumindo dia após dia, ao logo dos últimos anos e sinto que minhas forças estão se esgotando.
Mesmo assim sigo jogando, até onde eu suportar, até um dos dois se entregar, e pelo meu histórico,  com certeza serei eu.
Estaciono o carro na entrada da grande mansão onde está acontecendo a festa de hoje, não gosto do cara que mora aqui, mas é melhor do que ficar rolando na cama de um lado para o outro lutando contra a minha teimosia de não tomar remédios e aceitar mais uma noite em claro pensando merda.
Ao menos aqui posso silenciar os fantasmas da minha mente com musica alta e álcool.
Deus... que merda estou fazendo da minha vida?
Zach choraria se soubesse disso.
Assim que passo pela porta encontro um grupo de pessoas que conheço e passo um tempo com eles, conversas vazias, papos sem conteúdo, o mesmo de sempre, os caras tentando impressionar as garotas enquanto elas tentam fingir não serem impressionáveis.
Sinto falta do Nuno, mais do que deveria ser dignamente aceitável.
Se ele estivesse aqui, estaríamos todos rindo das suas idiotices, Nuno não precisa fingir nada para impressionar as garotas, ele abre aquela boca grande e começa a tagarelar e elas caem a seus pés.
Caiam...
Agora estou por minha conta e bom, não sou lá o cara mais comunicativo do mundo, o que sinceramente nunca foi problema no quesito garotas, mas também não sou o mais paciente, então logo me entedio e me afasto do grupo passeando por entre as pessoas em busca de uma bebida boa e de um lugar onde eu possa apenas observar.
Tá ai uma coisa na qual sou bom.
Mas no momento odeio meu poder de observação porque meus olhos idiotas caem em cima da única garota da face da terra que eu não queria ver.
Cindy está em uma roda de pessoas que não conheço,  sorrindo e bebendo como se fosse a garota mais feliz do mundo e talvez ela seja.
Por algum motivo seus olhos se encontram com os meus e a raiva que tentei guardar dentro de mim todo esse tempo parece prestes a explodir.
Ela me encara como se eu estivesse completamente nu, seus olhos passeando por meu corpo como dedos  invisíveis, odeio o olhar arrogante que ela tem, odeio a forma como o babaca ao seu lado sorri, odeio ainda mais o jeito que ele olha para ela.
Fecho meus punhos, respiro fundo e desvio o olhar. Não tenho nada a ver com isso, foda-se se ela gosta disso.
Caminho para o fundo da casa enquanto bebo um longo gole do uísque dezoito anos que o barman me entregou sem nem ao menos se importar em saber se posso ou não beber, decido que o tempo de terminar esse drink é o tempo que ficarei aqui, nem mais um minuto, na verdade nem sei o que caralho estou fazendo aqui, me arrependi no minuto em que a bi, não,  no minutk em desliguei o carro.
—  Ivan? —  uma garota em um biquini bonito me chama, não me lembro dela, mas não sou muito bom em decorar nomes e não costumo me lembrar de quase ninguém, então coloco meu sorriso no rosto e paro de andar.
—  Oi...
—  Cibele. —  ela diz, notando que não faço ideia de quem ela seja, acho que sou mais transparente do que gostaria, merda. —  Da festa da Ana, a gente conversou um pouco lembra?
Franzo o cenho tentando lembrar alguma coisa que mantenha a dignidade da garota, ela é bonita, um pouco fora de forma para os alto padrões das garotas de Monte Mancante, mas eu gosto, aliás, eu gosto muito.
— Feira de Games, GTA... — ela começa a falar, o sorriso sem graça se esvaindo do seu rosto bonito e então me recordo.
— Claro! Ah Deus me desculpe eu sou um idiota. — estico o braço e toco seu ombro em uma tentativa idiota de me desculpar por ter esquecido completamente da garota.
— Tudo bem, não tem problema.
— Que coincidência, você conhece o Pedro? — aponto para a roda de imbecis que estão em volta do dono da festa e ela sequer olha na direção dele.
— É meu primo.
— Sério?
— Uhum, pois é, o popular Pedro é meu primo. — ela aponta para si como se fosse algum tipo de absurdo aquele idiota ser algo dela quando deveria ser o contrário. — Na verdade meus pais estão passando um tempo aqui, minha irmã vai começar  na Santo Egidio ano que vem e estamos vendo umas casas para ela.
— Universidade?
— Sim, ela quer ficar nos edifícios estudantis, aquela coisa de experimentar de tudo, mas sabe como são pais superprotetores e tal.
Engatamos um papo legal, é fácil conversar com Cibele, ela tem gostos bem parecidos com os meus, principalmente no que diz respeito a games, somos fanáticos por eles e isso já é assunto para três vidas sem ficar entediados.
Nos sentamos em um canto mais isolado, os pés dentro da agua enquanto sorrio de algo engraçado que ela diz, estou quase me esquecendo do que me trouxe até aqui quando sinto um arrepio em meu pescoço, meus olhos percorrem o lugar, há mais pessoas do que quando cheguei e imagino que isso aqui vai ferver de gente antes das duas da manhã, mas mesmo assim eu a vejo, com seus cabelos loiros brilhantes em um rabo de cavalo alto, agora sem o vestidinho que ela tava usando lá dentro , o biquini minúsculo cobrindo absolutamente nada da sua bunda insuportavelmente bonita, e uma cordinha indicando o laço da parte de cima decorando suas costas elegantes.
Meu sangue esquenta, meu cérebro pausa, minha pulsação acelera.
É rápido, o tempo da batida de um coração, o que meu corpo precisa para reconhecer Cindy no meio de todas essas pessoas. Ela parece tão a vontade nessas festas, segurando um copo de Deus sabe o que na mão enquanto seu corpo alto e magro se move de um lado para o outro em uma dança sensual ao som de uma balada que o dj está tocando, como se esse fosse o seu lugar, sendo adorada e reverenciada por todos, inclusive o cuzão aqui.
— Está tudo bem. — Cibele pergunta e volto meu olhar para ela.
— Claro, está tudo bem, desculpa eu me distrai.
Cibele olha na direção de onde ela está, seus olhos passeiam pela garota que mais parece uma modelo da Vitória Secrets e volta para mim.
— Tem certeza?
— Tenho, juro. — me viro para ficar de frente para ela e passo um dedo na mexa de seu cabelo que cai sobre seu rosto. — Você estava falando do campeonato de jogos...
— Isso é tão idiota. — ela balança a cabeça e  a abaixa parecendo de repente tão triste que me sinto mal.
— Do que você está falando?
— Estamos em uma festa e eu estou aqui, ao lado do carinha que passei a semana inteira pensando, e tudo o que consigo fazer é falar de vídeo game, que tipo de garota idiota eu sou?
Sou um filho da puta, da pior espécie, daqueles que sequer deveriam ser catalogados, porque no instante seguinte estou com a minha boca sobre a sua, beijando-a como se minha vida dependesse disso, como se ela também tivesse estado em minha mente essa semana toda, quando na verdade eu sequer me recordava do seu nome até uma hora atrás, eu a beijo porque nesse momento ela é tudo o que preciso, desesperadamente. E quando sinto seu corpo sobre o meu e seus braços se enroscarem em torno do meu pescoço eu relaxo, porque talvez esse beijo seja tudo o que ela queria e então não sou tão filho da puta assim.
Afinal de contas, um homem precisa se proteger, faz parte da natureza humana, a autopreservação está além de qualquer raciocínio lógico, e eu preciso disso porque nesse mesmo momento a alguns metros de distância, do outro lado da piscina, um par de mãos envolvem aquela bunda linda, e uma boca que não é a minha, cala aquela boca que eu queria calar, e então eu fecho meus olhos e respiro fundo, e penso em Nicolas e no que a mágoa fez com ele, e volto a pensar em Zach e em suas palavras sobre perder o controle.
Acho que é isso, eu perdi o controle.

***

O que acontece a seguir é a coisa mais mesquinha, ridícula e vergonhosa que já fiz na minha vida, minhas mãos passeiam pelas curvas generosas de Cibele até se enfiarem dentro do seu biquini, ela diz alguma coisa, mas não consigo ouvir, meu cérebro está em branco, tudo o que consigo fazer é notar a forma como Cindy se desmancha nas mãos daquele idiota e como me sinto a respeito disso, sei que ela sabe que estou olhando, ela adora fazer isso, aliás, era seu passa tempo favorito com meu melhor amigo, se exibir por ai, mas e qual é a porra do meu problema? Porque me permito passar por isso?
Talvez Nicolas tenha razão, o melhor para minha saúde mental seria dar o fora dessa merda de cidade, o mais longe possível dessa doença que carrego dentro de mim chamada Cindy.
Deus, se meu pai me visse agora teria vergonha de quem me tornei, Zacharias cuspiria no chão que piso e nem vou falar de Nicolas.
Os lábios cheios e quentes da garota passeiam por meu pescoço, e sua mão direita segura meu pau, a essa hora a piscina está quase vazia, culpa do tal dj que está agitando uma espécie de have na parte da frente da casa, então somos apenas nós quatro e mais meia dúzia de pessoas que ou estão chapados demais para dar o fora, ou são mais doentes do que nós e decidiram ficar para assistir o showzinho.
Meus dedos afastam seu sutiã e acaricio seu seio expondo-a sem pudor, ela parece gostar e geme, Cindy ainda está de costas para mim, sua mão passeando pelo corpo do cara, fecho meus olhos com força e me concentro na batida eletrônica lá dentro, minha cabeça está pulsando com a batida da música, com a quantidade de álcool que ingeri, com a dor em meu peito, com a consciência de que tudo o que faço na merda da minha vida é errado e que nesse momento estou agindo como um astro pornô,  dando a esses marmanjos material para se masturbarem por um ano.
Cibele beija meu pescoço, meu ombro, meu peito, sua língua passeia por meu mamilo e meu pau finalmente ganha vida, seguro seu cabelo e me inclino para beijar sua nuca quando ela desce seus beijos por meu abdômen.
—  Você não tem ideia do quanto desejei fazer isso. —  ela ergue o rosto e sorri para mim e a nerds sexy que habita nela poderia facilmente ser a minha fantasia favorita porque ela está linda nesse momento.
—  Vem cá. —  puxo-a pela mão e caímos na piscina, dou as costas para o casal a nossa frente e volto a beijar a garota que está disposta a me fazer esquecer que minha vida é uma bosta ao menos por um tempo.
—  Eu quero você. — ela sussurra em meu ouvido e meu corpo todo estremece. — Aqui.
Não Ivan, não faça isso, não entre nesse joguinho sujo. É o que minha consciência diz, mas nesse momento ela está soterrada em toneladas de mágoa e a porra de um orgulho do tamanho do planeta ferido por ter suportado esse ano infernal. Tudo isso mergulhado em uma garrafa de Jack Daniels que está deixando meu equilíbrio danificado.
Então eu fecho meus ouvidos para a razão, amanhã eu penso na merda que estou fazendo, hoje só preciso sentir alguma coisa que não seja raiva ou pena de mim mesmo por ser um idiota.
— Seu pedido é uma ordem, digo no instante em que troco de lugar com ela me apoiando na parede de azulejos escorregadia e trazendo-a para o meio das minhas pernas.
Cibele volta a me beijar, suas mãos carinhosas tocam minha pele sensível e me deixam tonto, ou talvez 8 doses de uísque tenham sido demais para mim. Desfaço o laço do seu biquini e ela se encolhe, protegendo sua nudez em meu peito.
—  Está tudo bem? — sussurro em seu ouvido e ela faz que sim com a cabeça antes de voltar a salpicar meu pescoço com beijos molhados.
Ergo meus olhos para o outro lado da piscina, um erro que vai me custa caro, nossos olhos se encontram, os dela sonolentos, pesados, tristes, lindos, tão lindos que minha garganta se fecha quando eles caem dentro da piscina seguindo nosso exemplo.
E que comece o show!
Seus lábios se abrem, mas não me permito olhar para além do seu pescoço, é doentio demais apenas me submeter a isso, ver o que outro cara está fazendo com ela ultrapassa todos os limites de uma pessoa considerada saudável.
Será que ainda sou considerado? Ou será que já enlouqueci?
A garota em meus braços abaixa meu shorts, fazendo minha ereção saltar dentro da piscina, ela diz coisas que não ouço, me beija e me toca, me excita, mas é como se eu estivesse anestesiado, me pergunto se é assim que alguém se sente em um centro cirúrgico, tocando um corpo que não se move, vendo órgãos trabalhando por pura necessidade fisiológica, mas sem nenhuma vontade.
É assim que Cibele me recebe em seu corpo bonito e cheio de tesão. Um cara duro mais por efeito hormonal do que qualquer outra coisa.
Seguro seus quadris posicionando-a para que eu possa penetra-la e abafo um gemido quando me enterro por completo em seu corpo desconhecido. Apoio meus braços na borda e deixo que Cibele faça praticamente todo o trabalho enquanto me sujo um pouco mais, observando a garota por quem estou duro ser fodida na minha frente.
Minha cabeça está uma confusão, as batidas da música parecem acelerar meu coração e por um instante imagino que não seria uma má ideia morrer aqui, ao menos eu não precisaria encarar meu rosto no espelho amanhã quando tudo isso passar.
As vozes a minha volta se misturam, risos, gemidos, toques, dura mais do que eu gostaria, menos do que eu precisava, Cindy segura o rapaz junto de si, mas ela também se parece com um corpo em analise, lindo, frio, morto.
É isso que estamos fazendo,  nos matando pouco a pouco, destruído tudo o que um dia foi puro e belo, manchando nossa história até que um dia não sobre nada além da dor e do arrependimento.
Cibele diz alguma coisa e é o que preciso para sair do transe,  enrolo suas pernas em volta do meu quadril enquanto me enterro fundo dentro dela, estou furioso e desconto isso no corpo da garota que geme em minha pele enquanto a fodo, meus olhos continuam fixos do outro lado da piscina e quando gozo, preciso de todas as forças para não falar algo que me torne ainda pior do que estou me sentindo e do qual vou me arrepender para o resto da minha vida. E enquanto meu corpo sujo se esvazia no corpo desconhecido de uma garota legal, me sinto fraco, sem voz, envergonhado, porque não reconheço o cara que acabou de fazer isso, esse não sou eu.
É apenas minha mágoa dominando meu corpo e me fazendo perder o controle.
E durante todo o tempo contínuo olhando para o outro lado da piscina.  E nossos olhos nunca desviam um do outro.
Como os dois filhos da puta doentes e mesquinhos que somos.

************************************

Olá pessoal!!!

Ahhhhh vocês não imaginam o quanto eu amo/odeio esse capítulo, amo a intensidade da dor que esses dois sentem e odeio a forma como eles usam essa dor para se machucarem.

E Cindy e Ivan é isso, um caos de sentimentos e atos impensadas que nos faz querer proteger e escapar esses dois.

Espero que vocês gostem.
Beijos e não esqueçam de comentar!!

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