Um Amor Em Meio Ao Caos

Rebeca_norberto

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É capaz encontrar paz em meio ao caos? Julie encontrou calmaria em John e vice versa e juntos se sentiram mai... Еще

*Nota da autora*
Epígrafe
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Epilogo

Capítulo 21

42 16 28
Rebeca_norberto

John

— Eu saí de Fresno porque estou fugindo de um relacionamento como este. — Tudo que eu queria naquele momento era abraça-la, mas não fiz, só fiquei encarando-a surpreso.

— E você não tem ninguém? — Perguntei preocupado.

— Os meus pais morreram em um acidente de carro e eu passei a morar com ele, a gente já namorava a três anos, os meus pais imploraram para que eu terminasse com ele.

— Você me disse que não trabalhava, ele não deixava?

— Em parte sim, mas não era algo que eu queria também, ele me dava tudo, tudo que eu queria eu tinha.

— Tudo mesmo? — Ela me olhou pensativa.

— Tudo que o dinheiro podia comprar. — Mordeu os lábios. — Ele me traia e eu sabia, mas ainda estava lá, ele bebia e ficava descontrolado, mas continuava lá, mas as brigas pioraram, em uma noite, ele ameaçou me matar e eu fiquei com mais medo do que nunca, foi quando eu decidi fugir. — Ela sorriu fraco. — Por isso Filmord. — Respondeu à pergunta que eu havia feito no nosso primeiro encontro.

— Julie, você é tão corajosa. — Ela riu e abaixou a cabeça.

— Medrosa, não corajosa. — Me aproximei dela e levantei seu rosto.

— Você se salvou.

— E se eu tiver piorado as coisas? — Estava assustada, seus olhos diziam isso. — E se ele me achar?

— Você pode contar comigo. — Sorriu fraco. — Você pensou em você e é isso que importa. — Segurei seu rosto sentindo sua pele lisa. — Se a minha mãe tivesse feito isso, não estaria onde está.

— Ela fez por amor a você. — Sussurrou.

— Obrigado, Julie. — Ela mordeu os lábios e aquele gesto ativou em mim um desejo tão grande de beija-la.

Estávamos ali, com o som das ondas batendo nas pedras do mar, o sol aquecendo nossa pele, nossos rostos tão próximos um do outro, tendo aquele olhar intenso sobre mim, tudo parecia ter parado, o tempo, a vida, tudo. Acariciei seu rosto com a ponta dos dedos e seus olhos se fecharam lentamente, sorri com aquela cena maravilhosa, aquela beleza incrível que só ela carregava, e então alimentei o meu desejo encostando os meus lábios nos dela, senti os seus dedos deslizarem pelo meu cabelo e me puxar para mais perto, só então me senti autorizado a agarrar a sua cintura e traze-la para mais perto de mim, foi um beijo lento, doce e amável.

Como nada em minha vida era só rosas, meu celular passou a tocar e precisamos nos afastar.

Era o Tyler, eu o xingaria mais tarde.

— Fala.

— Ana me falou que a Julie sumiu. — Encarei a Julie e sorri, mas ela ficou sem entender nada. — Ela está desesperada.

— Ela está aqui comigo.

— Sério? — A descrença se fazia presente em sua voz.

— Sim.

— Em plena segunda-feira e pela manhã, preciso saber dessa história. — Ri.

— Vai a merda, Tyler. — Desliguei o celular. — Ana estava preocupada com você.

— Minha nossa, eu esqueci de avisar e nem trouxe o celular.

— Pode me culpar, não avisei que iriamos sair.

— É verdade,

— Era para você negar e dizer que a culpa não era minha. — Brinquei e ela gargalhou.

— Nunca vai me ouvir falar isso. — Ela passou a olhar o mar.

— Vamos dar um mergulho? — Levantei e passei a tirar a camiseta.

— Não vou não. — Ela abraçou as próprias pernas e me encarou com os olhos apertados.

— Ah Julie, vem logo. — Tirei a bermuda. — Aceitei ir na roda gigante e aquele brinquedo é o meu pesadelo. — Ela riu e levantou.

Tirou o vestido de tecido leve, deixando seu corpo a mostra, apenas com uma calcinha de renda e um sutiã do mesmo conjunto, a admirei com os olhos, ela não pareceu ligar apenas sorriu.

— Vamos logo. — Passou na minha frente.

Corremos até a água, fazia tempo que eu não sentia a água do mar em meu corpo, fazia tempo que não me sentia como me senti naquele momento, leve.

Ficamos ali na água como duas crianças quando veem o mar.

— Obrigado por isso, Julie! — Ela tirou os fios molhados do rosto e me encarou.

— Por isso, o que?

— Por essa manhã, este momento, não fazia ideia do quanto eu precisava disso.

— Quem me acordou e me arrastou para aqui foi você, sou eu quem tenho que agradecer.

— Sou incrível, não sou? — Soltei uma piscadela e ela jogou água em mim gargalhando.

Depois que saímos da água, fomos almoçar em um restaurante próximo.

Ela me contou o que aprontava na adolescência e o quanto foi uma criança difícil de lidar, compartilhamos histórias e rimos muito.

Ela me contou sobre os seus planos para a faculdade, os porquês de não ter realizado eles.

— Me arrependo de não ter tentado, eu simplesmente desisti, me escorei na primeira pessoa que achei e acreditei que iria viver em um conto de fadas. — Sorriu fraco. — Mas vamos falar dos seus negócios, como estão indo?

— Ultimamente uma das minhas menores preocupações tem sido o deposito. — Comentei. — Está muito próxima a inauguração da minha terceira filial.

— Uau! Meus parabéns. — Apenas agradeci com um movimento com a cabeça. — Quando abriu você começou a fornecer para algum outro lugar a não ser o bar do seu pai? — Eu ri.

— O meu pai nunca me apoiou, comecei com uns bares pequenos, sem nome. — Contei. — Só passou pegar as bebidas comigo depois de um tempo. — Ela assentiu e passou a mexer no prato dela. — O que seus pais faziam?

— A minha mãe era caixa de supermercado e o meu pai porteiro.

— Como eles eram? — Ela sorriu.

— A minha mãe era doce, já o meu pai era mais carrasco, mas eu e a minha mãe o tínhamos nas mãos. — Sorriu.

Ela parecia estar lá, presa nas suas lembranças.

— Eles eram um casal fofo, eram a minha meta de relacionamento, sempre foi. — Comentou.

— Queria ter tido a oportunidade de conhece-los, saberia com quem você se parece mais.

— Bom... na aparência eu sou a cópia da minha mãe, o cabelo ondulado, alta e o corpo também, ela era linda como eu. — Falou segura, não poderia negar que ela era linda, mas revirei os olhos. — A única coisa que eu herdei do meu pai foi, o tom da pele, a minha mãe era mais clara do que eu e não tinha os lábios carnudos. — Passei a observar os lábios dela e ela corou ao perceber. — Ok, não precisa ficar olhando. — Ri e ela também.

— Parei, continua.

— A teimosia é do meu pai e nem ele podia negar isso, a doçura é da minha mãe. — Ela piscou os olhos de um jeito bem fofo.

— Você e doce na mesma frase? — Perguntei e ela me olhou com a sobrancelha erguida. — Muito contraditório, não acha?

— Realmente, mas eu tento ser.

— Nossa, você admitiu. — Provoquei.

— Você poderia ficar calado? — Ri e voltei a atenção para o meu prato e ela fez o mesmo.

Depois do almoço fui deixa-la em casa, o clima estava tão bom que, o caminho de volta pareceu ser tão mais rápido do que a ida.

— Quando resolver me capturar outra vez, me avisa antes para eu vestir ao menos uma roupa de banho. — Eu abri um sorriso de lado.

— Quer que eu te capture outras vezes? — Ela ruborizou e eu ri.

— Você é tão irritante. — Ela abriu a porta do carro, segurando a risada.

— Até mais, Julie. — Voltou a me encarar antes de sair e sorriu.

— Até mais, John. — Saiu, mas antes de bater à porta voltou a olhar para dentro do carro. — Diga a Melanie que mandei um beijo. — Assenti.

Enquanto dirigia para o meu apartamento, me sentia um bobo, relembrando de cada detalhe daquela manhã, do seu sorriso, do seu olhar, dos seus lábios quentes, da sua pele macia.

Me peguei suspirando várias vezes, talvez eu já estivesse apaixonado ou atraído, não tinha certeza do que estava sentindo, mas tinha a certeza que jamais mulher alguma havia feito com que eu me sentisse daquele jeito.

Passei o resto do dia relaxado e esperava terminar o dia daquele jeito, mas nem tudo saí como o planejado.

No final do dia a campainha tocou.

— Você é inacreditável, John! — Hanna berrou assim que abri a porta.

Ela invadiu o apartamento sem a minha permissão.

— Claro, pode entrar, fique à vontade. — Falei e bati a porta.

— Eu não quis acreditar que você poderia ser tão baixo, mas as pessoas tendem a ser decepcionantes e quando você pensa que elas não são capazes de algo, elas te provam ao contrário.

— Dá para parar de dar uma de louca, não estou entendendo nada. — Passei por ela e me joguei no sofá.

— Você está saindo com a garçonete? — Franziu o cenho. — Julie é aquela coitada? — Fechei os olhos e respirei fundo. — Nem tente negar, eu vi vocês dois.

— Qual o problema? — Perguntei e ela cruzou os braços em frente ao corpo.

— Você nem me procura mais, é por causa dela?

— Não, não é por causa dela. — Levantei. — Eu acho que não temos futuro, estou farto de tentar. — Os olhos da loira começaram a transbordar. — Por favor, não chore.

— Como você pode me pedir isso? — Perguntou com a voz embargada. — Você está me magoando.

— Hanna, eu não tive a intenção, nunca foi minha intenção. — Toquei em seu braço, mas ela se afastou. — Desculpa.

— Não me deixa. — Parei de encara-la. — Eu te amo, John, eu preciso de você.

— Desculpa. — Foi a única coisa que consegui dizer.

— Eu vou te provar que eu sou o amor da sua vida, que ainda vamos ficar juntos e que aquela Julie não te merece. — Voltei os meus olhos para ela e a vi sair batendo a porta.

Passei a beber pelo resto da noite, mesmo sabendo que na manhã seguinte iria me arrepender. 

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