Heartbreaker

By bizzleztz

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Addison Moore queria muitas coisas e uma delas era Justin Bieber, o garoto mais bonito do colégio e que para... More

Personagens
Prólogo
1 - Angel
2 - The most beautiful boy in the whole school
3 - My favorite girl
4 - Date
5 - The same boy and the same vacancy
6 - The heart wants what it wants
7 - You really like her?
8 - Damn, Angel
9 - A truce
10 - She is not so bad
11 - I'm in love with you
12 - Starting to feel attracted
13 - I hate this girl
14 - Company and embraced
15 - Bob is dog name
16 - Discussion between friends
17 - The vacancy is not her
19 - I will still conquer him.
20 - Perfect match
21 - Proposal for Angel
22- First kiss.
23 - Call out my name
24 - Justin's party
25 - First Time
26 - Heartbreaker
27 - Cut You Off

18 - I need help

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By bizzleztz

Addison Moore

Canadá — 2016

"Alcançando o telefone porque
Eu não consigo lutar mais
E eu me pergunto se eu já passei pela sua mente
Para mim isso acontece o tempo todo
São 1: 15 da manhã
Estou completamente só e preciso de você agora
Disse que não ia ligar
Mas perdi todo o controle e preciso de você agora"

A batida da música das líderes começou assim que eu e as garotas nos posicionamos na quadra. Eu sorri balançando meus pompoms, enquanto me virava para o lado direito. Corremos um pouco e paramos, colocando as mãos sobre a cintura e a perna esquerda alguns passos na frente, segundo a coreografia que ficamos quase o ano todo ensaiando. Vi os garotos só time nos olhando e me segurei para não correr até Justin.

Eu queria tanto conversar e vê-lo direito, era como se as mensagens fossem pouco. Era bom ter esse contato com Justin e era tão novo também. Quem diria que Addison Moore e Justin Bieber se tornariam amigos depois de anos sendo ignorada por ele. Era um sonho.

E eu gostaria de ser mais que sua amiga, eu queria ficar de casalzinho com Justin, igual ele fica com Angel, sair com ele, conhecer seus pais e poder beija-ló na hora que quiser e onde quiser. Céus, como eu queria beija-ló, agarra-lo. Porém, sabia que as coisas não funcionavam dessa forma e por mais que eu quisesse, com Justin tudo rolaria com calma, não queria passar o mesmo mico que passei na festa do Yuri, qual tentei beija-lo e ele me deu um belo fora. Eu estava mostrando para Justin que ele podia gostar de mim, que eu não era uma má pessoa e que valia a pena, estava sendo paciente e isso ajudaria conquista-ló de vez. Se tentasse algo como uma desesperada só ia fazê-lo lembrar da minha maldita fama, o que eu não quero de jeito algum. Por mais que ele namorasse Angel.

Por falar no diabo.

Eu realmente não tinha a visto desde o jantar, o que para mim era ótimo, pelo que tinha acontecido lá.

E o que tinha acontecido lá? Bom...

FlashBack

Angel havia saído praticamente correndo para fora daqui, ela parecia bastante humilhada e por algum momento eu senti dó dela, depois me senti uma otária por sentir dó dela.

Por que eu era tão boba? Sério...

Eu só tinha destrocado os papéis e senão tivesse o feita, há essa hora quem sairia correndo e chorando daqui era eu. E eu me prejudicaria pela milésima vez por Angel, a tal santinha do colégio.

Quando foi minha vez eu fiquei três vezes mais nervosa do que já estava e poderia jurar que minhas pernas se tornaram duas gelatinas ambulantes, de tão moles. Falei sobre Ágatha, sobre Yale e até mesmo meu sonho: artes. Quando acabei todos me aplaudiram e aquilo de certa forma encheu meu coração de esperança e conforto. Eu havia ido bem, certo?

Decano demorou um pouco para chamar todos os alunos que estavam ali e então Angel voltou para que todos pudéssemos jantar. Mesmo evitando olhá-la eu podia sentir o seu queimar em mim, me mandando várias energias negativas. A garota era tão pesada.

Eu mal podia ver a hora de que tudo acabasse e não quero soar ingrata. Era legal, mas ao mesmo tempo exaustivo emocional e fisicamente também. Tenho certeza que a Addison de anos atrás, com exatos quatorze anos, nunca imaginaria que seria tão difícil, que teria tantas barreiras para enfim ir para a universidade dos sonhos. Por mais que no fim de tudo a vaga desse ano seja de Dylan ou de qualquer outro aluno. Seria frustrante e triste, mas eu sabia que tinha feito o que podia, até mesmo o que não. E de cerca forma isso me enchia de orgulho de mim mesma.

Dylan ficou o tempo todo ao meu lado e eu o agradeceria para sempre, por ter me apoiado no meu momento de um pequeno surto. Ele poderia ter fingido que eu não estava ali, mas ao contrário disso, ele segurou minha mão e me acalmou. E sinceramente, isso contava muito para mim.

— Espero que essa vaga esteja aqui. — disse sincera, para Dylan, assim que o jantar acabou.

Ele sorriu e ajeitou o óculos, com o indicador enquanto falava.

— Eu também.

Amanhã Decano ligaria para o aluno que tivesse conseguido a vaga e posso dizer que facilmente que viraria a noite acordada, de tanta ansiedade, por mais que amanhã tivesse aula e logo depois jogo de basquete na escola. E eu como uma líder, era obrigada a estar lá. O que faria de bom tamanho. Por Deus, quem não quer ver o gostoso do Justin Bieber jogando basquete? O garoto é atraente fazendo qualquer coisa e eu não perderia a oportunidade de arrancar um pedacinho, nem fosse de longe.

— Você veio como? — perguntei assim que atravessamos a porta da mansão.

— De carro, você precisa de uma carona? — apontou para o carro, alguns bons metros de distância da gente.

— Não, eu também vim de carro. — ele assentiu e eu mordi os lábios, olhando para o salto alto em meus pés.

— Hm, eu vou indo então, você quer que eu te acompanhe até o carro? — perguntou fofo.

— Você é um fofo, mas não precisa. — ele me olhou com dúvidas — Sério, vai lá. Hm, e obrigado de novo por hoje.

— Tudo bem, eu só quero que você fique bem.

Eu sorri e assenti, me despedindo dele e o vi seguir seu caminho, indo do lado aposto de onde estava meu carro. Peguei minhas chaves na bolsa e comecei a andar, quando cheguei perto do carro vi Angel lá.

— Sério, você não nem os nerds livres dessa suas garras. — me olhou com cinismo — Você é tão vadia, Addison.

— Primeiro: eu não tenho nada com Dylan. Segundo: isso não é da sua conta e não me chame assim.

Fui até meu carro e destranquei a porta para entrar dentro do mesmo, mas Angel me puxou pelo braço e me virou. Agora ela não tinha mais a expressão debochada e sim de raiva.

— Espera ai, ainda não fiz o que vim aqui fazer. — ela falou segurando meu braço.

— O que... — fui interrompida por um tapa no rosto, levei a mão até o local e arfei desacreditada, virando meu rosto de volta.

— Isso é pela minha vaga. — me deu outro tapa — Por ter mudado os papéis e ter colocado aquela Ruth para mim — mais um — E isso é pelo meu namorado que você quer...

Não deixei que ela terminasse, porque foi a minha fez de empurra-lá em cima do carro que estava atrás. Eu era uma trouxa e bastante idiota, havia deixado Angel fazer várias coisas comigo, mas me bater, coisa que nem meu pai nunca ao menos havia feito, eu não deixaria.

— Sua louca!

Devolvi um tapa em seu rosto e Angel agarrou meus cabelos, e caramba, como doía. Agarrei os seus de volta e ela me empurrou em cima do meu carro, que estava atrás de mim.

— Eu vou acabar com você. — gritou e grunhiu.

— Ah, mas não vai mesmo.

Consegui dar mais um tapa e não sei como, mas rolamos no chão. Eu com certeza estava arranhada, com o rosto bastante vermelho e descabelada, mas se parasse ela acabaria comigo.

Senti o peso do seu corpo sair de cima de mim e fui forçada a soltar os seus cabelos, quando ela soltou os meus levando alguns fios e machucando meu coro cabeludo.

— Me solta! — vi Angel se debater sobre o homem, que a segurava como se fosse uma boneca.

Meu corpo também foi puxado para trás e outro homem me segurou, acho que com medo de que eu pudesse atacá-la novamente, mas eu nunca faria isso vendo que estava ela sendo segurada e em desvantagem.

— Vocês não podem brigar aqui. — o homem chamou nossa atenção.

— Eu não vou fazer nada. — tentei me soltar, passando a mão sobre meus fios.

— Eu não quero saber. Me solta, agora! Ela roubou minha vaga, ela quer tudo que é meu. — Angel esperneou — Eu vou acabar com você, garota. Você vai se arrepender de ter roubado sua vaga.

— Eu não roubei nada! — exclamei irritada.

— Roubou sim, sua bastarda maldita!

— Você vai embora agora. — o homem disse para ela e saiu puxando Angel para fora.

Angel era descontrolada, má, egoísta, todos os adjetivos ruins possíveis que uma pessoa poderia ter. Ainda estava desacreditando com sua cara de pau de me bater por isso, mas no fundo eu sabia que não havia mais o que esperar dela. Ela já me bateu uma vez em um jogo de handebol, então em uma disputa por uma vaga na universidade, ela faria até pior. E fez.

— Angel. — chamei seu nome e ela me olhou sobre o ombro do homem que a carregava dali — Pode me soltar, eu não vou lá. — eu pedi calma e assim ele fez, então voltei meus olhos para Angel e falei alto o suficiente para que ela pudesse escutar: — Eu não vou roubar sua vaga, porque não tenho poder para isso e até então não é de ninguém. Mas seu namorado, ah, ele sim eu vou.

— Eu te odeio tanto, Addison Moore. Isso vai ter volta.

Ela gritou alto e tentou vir até mim, o homem era bem mais forte e não deixou indo embora, me deixando finalmente em paz. Esfreguei meu rosto, sentindo dor nele e no couro cabeludo pela briga e por meu sangue já ter começado a esfriar.

— Você está bem? — o homem perguntou e eu assenti, limpando duas lágrimas que teimaram em cair, forçando um sorriso.

— Estou ótima.

Flashback off

Bom, o final da noite anterior havia sido péssimo, um verdadeiro pesadelo e eu ainda estava um pouco arranhada, fora um leve corte no canto dos lábios. Mas não precisava de muita coisa para que eu ficasse feliz e animada de novo, e quando a secretaria de Decano me ligou eu literalmente surtei. Lembro de ter pedido para ela me confirmar três vezes se era mesmo real. Assim como meu pai e Lauren tiveram que me beliscar. Certo, eu sou tão boba.

Era bom demais para ser realidade.

Aquele ciclo finalmente havia sido fechado e eu estava ansiosa para poder começar meu próximo ano em Yale. Porém, tudo tem seu lado ruim e o seu seria deixar minha família e minhas amigas. Céus, eu vou morrer longe deles. Então penso em Justin e se ele não for para Yale como não quer ir, também ficaria sem vê-lo? Eu não quero ficar longe dele agora que eu o tenho por perto.

Afastei os pensamentos triste e negativos, para me concentrar na coreografia. Finalizamos e ficamos em fila, saindo uma por uma da quadra, nos sentamos nos bancos perto porque no intervalo voltaríamos. Não demorou muito e logo chamaram os garotos dos dois times e assim eles foram.

— Eu estou tão cansada. — Abby resmungou pegando sua garrafinha de água — Não vejo a hora do ano acabar, quero ficar no mínimo uns dois anos descansando sem livros e pompoms.

— Você gosta disso. — Jazmyn disse e ela revirou os olhos.

— Pior que sim.

Olhei para a quadra e o jogo já havia começado, Justin parecia um pouco nervoso, assim como os outros garotos do time. Os Lyons e Elite eram os dois melhores times colegiais e seria uma vergonha para o outro time que perdesse, por causa da rivalidade extrema entre eles, então esses jogos eram sempre os mais difíceis. Dava para entender o nervosismo entre os garotos, até eu ficava por eles.

— O Nolan parece que vai desmaiar. — Jazmyn disse fazendo uma careta preocupada.

— Se ele fizer isso vai se tornar o alvo do colégio inteiro pelo resto do ano. — Grazi disse e balancei a cabeça concordando, porque era verdade.

As vezes, os alunos podem ser tão maldosos.

— Vocês estão mais juntos que nunca, né? — olhei para Jazmyn e ela sorriu assentindo.

— Depois da festa conversamos e esclarecemos as coisas. Tudo serviu para fortalecer nosso relacionamento e até eu te amo ele já me disse.

Arregalei os olhos rindo. Nolan era tão idiota com as outras garotas, mas tão bom com Jazmyn. Era como se fosse dois Nolan's, o cadelinha de Jazmyn e o amigo idiota de Justin.

— Não acredito que você tá mesmo mudando aquele idiota. — Abby disse sem acreditar.

— Como você fez isso? Sério, me ensina que eu vou tentar com o seu irmão. — olhei para ela, fazendo uma carinha de cachorro que acabou de cair do carro de mudança.

— Eu sei lá, só nos apaixonamos. — deu de ombro rindo.

— Obrigada pela ajuda. — fui irônica.

Abri uma garrafinha e tomei um pouco, sentindo o canto direto dos meus lábios doer.

— Você se machucou como? — Beatrice perguntou enrugando a testa, me olhando com curiosidade.

Toquei no lugar e gemi baixinho, sentindo que o lips saiu.

— Eu não sei, acho que é baixa imunidade. Você sabe, aparece alguns machucadinhos no canto da boca.

Não sei porque, mas preferi não contar que era Angel.

— Nossa Add, você tem que passar alguma coisa aí.

— Quando chegar em casa faço isso.

Voltei minha atenção no jogo e me peguei sorrindo algumas vezes, enquanto observava Justin jogar. Eu seguia cada movimento seu com o olhar e era como se só ele estivesse na quadra.

— Quando vamos comemorar? — Jazmyn perguntou.

— O que? — olhei para ela.

— Nossa amiga agora será uma aluna de Yale. — Beatrice completou e eu soltei um sorriso animadinha.

— Eu ainda nem digerir isso direito, aconteceu tanta coisa. — arregalei os olhos. Vocês ao menos imaginam. — Vocês tem noção disso? Em alguns meses eu serei uma aluna de Yale! — me segurei para não gritar ali, com a quadra cheia de pessoas tanto dentro, quanto nos bancos.

Praticamente o colégio inteiro do Lyons.

— Pois trate de digerir porque vamos comemorar. E eu já sabia que a vaga seria sua. — Grazi disse me abraçando e eu a aperto de volta. Ela é tão fofa — Poderíamos ir agora nas férias, falta só mais três semanas.

Todos achavam, até mesmo Justin. Isso era tão bom, saber que as pessoas confiavam em mim, no meu potencial.

— Por mim, pode ser. — Jazmyn disse e nossas amigas concordaram — E o melhor de tudo é que você ainda chutou a Angel de lá. — Jazmyn disse rindo.

Ela odiava Angel pelo fato que a garota era desprezível e estava com seu irmão. Errada com certeza ela não estava.

— Olha como fala da sua cunhadinha. — usei a palavra que Angel usava para chamar Jazmyn e ela me mandou um dedo do meio, abri a boca — Garota!

— Eu não suporto ela e Justin ainda inventou um jantar em família para que nossos pais conheçam ela. — contou bufando.

Pisquei algumas vezes. Não sabia que era tão sério a ponto disso, Justin não parecia ser o tipo garoto que levava uma simples namoradinha para jantar. Então aquilo me deixou mal.

Por que eu tinha que gostar tanto dele? Tudo sobre ele me afetava.

— O camisa nove do Lyons é uma delicinha. — Abby disse mudando de assunto, ela sabia o quanto Angel e Justin na mesma frase me deixava para baixo.

Desviei o olhar para ele e nem era isso tudo, ou eu era uma boba apaixonada mesmo.

— Ainda prefiro o Justin. — eu disse e Abby revirou os olhos para mim — E deixe Alan ouvir isso.

Alan era um garoto do jornal do colégio que Abby adorava ficar, principalmente atrás do muro do colégio. Se não me engano, os dois estão assim há uns três meses, mas nunca assumem nada. E também estamos falando da garota mais seca e dura do colégio, Abby não é fácil.

— Olhar não arranca pedaço e não estou nem aí para ele. — deu de ombro, pouco se importando.

Eu falei.

— E sua opinião não vale, Addison. Acho que se até o Chris Evans aparecer na sua frente, você ainda vai preferir o Bieber. — Grazi disso e eu abri a boca.

— Vocês só sabem pegar no meu pé, hein. — joguei meu pompom em Grazi, brincando.

— Você pede por isso. — Abby deu de ombro rindo.

— Eu também prefiro o Justin. — Beatrice disse e desviei o olhar para a quadra — Vocês sabem que ele faz aniversário em alguns dias né, duas semanas e cinco dias para ser exata e a festa vai ser durante as férias. Chaz disse que vai na casa de praia dos avós do Justin e ele não quer nenhum nerd lá.

— Coitadinho do Dylan. — comentei.

Dylan era um garoto especial e fofo, ele estava sempre disposto a ajudar quem precisasse e não merecia ser excluído dessa forma.

Eu sabia que o aniversário de Justin estava chegando por Jazmyn, porém ele não tinha comentado nada comigo nas nossas conversas. Mas bom, isso não importa muito agora.

— Verdade, principalmente depois que você contou que ele te ajudou. — Jazmyn disse — Mas vocês vão adorar a casa de praia dos meus avós, é bem legal.

— Eu achei que ele fosse comemorar antes. — comentei.

— Ele ia, mas como as férias são daqui três semanas e a casa é meio longe para todo o colégio ir, Justin preferiu esperar mais três dias. Quando estiver perto ele vai chamar o pessoal.

Olhei para o lado e vi Angel e as garotas juntas, que eu sabia que eram do teatro. Não senti uma coisa boa e engoli seco, vendo meu corpo se arrepiar todo mesmo no calor, o que era bem raro. Ela olhava para mim e gesticulava algumas coisas, que com certeza não eram boas. Suspirei e decidi ignora-lá, era só paranoia. Angel já armou tantas coisas que eu agora sempre fico em alerta esperando o próximo passo dela. Ela me assusta.

Voltei meu olhar para o jogo e vi que o jogo estava quase acabando, mas que agora os garotos estavam bem mais tranquilos por causa do placar.

— Eles vão ganhar. — Jazmyn disse ao meu lado — A diferença é de três pontos.

— E...

— Também, como não ganhariam? Justin é a estrela do time. — Beatrice respondeu, me interrompendo. Revirei os olhos e bufei.

O juiz apitou e vi os garotos do time comemorando, enquanto os do Lyons reclamavam bastante, mas agora não adiantava nada. Olhei para a arquibancada e alguns estavam conversando nela, enquanto outros estavam já na quadra, a maioria já tinha saído.

— Eu quero falar com Justin. — disse ao vê-lo na quadra com os amigos.

— Depois você fala com ele, vamos para chuveiro primeiro. — Abby me chamou, enquanto se levantava e pegava seus pompons perto do pé.

— Depois eu vou, só quero falar rapidinho com ele. — eu sorri.

— Você quer que a gente te espere? — Beatrice perguntou e eu neguei com a cabeça.

— Não precisa.

— Eu fico aqui com você, quero conversar com Nolan mesmo e bom que você distrai Justin. — Jazmyn disse.

— Voce é uma safada. — eu ri.

— Então vamos que eu estou fedendo e olha que nem joguei. — Abby fez uma careta e revirei os olhos.

— Exagerada.

Jazmyn e Grazi ficaram comigo, enquanto Abby e Beatrice iam tomar banho na frente. Vi Justin ficar sozinho e fui até ele, ansiosa para conversar com o garoto pela primeira vez no dia. Ainda não havia conversado e nem mandado mensagem, tanta coisas aconteceu que nem tive tempo.

— Oi. — coloquei a mão no seu ombro, fazendo-o se virar para mim e soltar a bolsa em cima do banco. Justin estava juntando suas coisas.

— Ah, oi. — coçou a nuca, enquanto olhava para os lados, segui seu olhar e vi Abby e Jazmyn conversando com Nolan e Chaz.

Dei dois passos e beijei sua bochecha, como sempre fazia quando ia cumprimenta-ló.

— Parabéns pelo jogo. — ele apenas assentiu e eu achei estranho por ele do nada estar tão seco. — Eu queria te contar pessoal que eu consegui a vaga.

— Wow, sério? — Eu sorri animada e Justin retribuiu, parecendo realmente feliz por mim — Eu realmente já sabia que você ia conseguir.

— Eu sei, você me disse isso umas três vezes. — revirei os olhos rindo, com tom de brincadeira — Você me ajudou de certa, conversar com você me deixou mais confiante, ainda mais por saber que estava torcendo por mim.

— Eu... — Justin foi interrompido por um grito de Chaz, o chamando enquanto vinha até nós.

Justin rapidamente deu mais quatro passos para trás, como se tentasse ficar o mais longe possível de mim. Isso me deixou um pouco confusa. Justin por muitas vezes era legal comigo e depois um idiota, eu sabia disso, mas dessa vez era diferente, era como se ele estivesse com... Com vergonha de mim? Não, Justin não sentiria vergonha de só conversar comigo.

Há meses atrás ele mal olhava na sua cara. Uma vozinha gritou dentro da minha cabeça.

— O que você tá fazendo aqui com ela? — Chaz perguntou, enquanto me olhava fazendo uma careta.

Justin bufou e olhou para o amigo sem nem um pingo de paciência.

— O que você quer, Chaz? — questionou ignorando a pergunta anterior.

— Nada, só ia te chamar para irmos, mas vejo que está ocupado. — me olhou de novo e mordeu os lábios, como se segurasse para não rir.

Qual é a graça, idiota?

— Eu não estou! — Justin disse me ignorando.

Como ele fez no jogo passado... Eu não acredito.

Senti uma coisa ruim se alastrar pelo meu peito e sabia que era por estar triste com a situação. As coisas com Justin, relacionadas a ele sempre me deixava assim mal, dependendo do que fosse.

— Então vamos. — Chaz chamou o amigo.

— Justin. — toquei seu ombro — Eu quero falar com você. Espera.

— Addison. — travou a mandíbula.

— É rápido!

— Eu vou indo na frente então. — Chaz disse e me olhou para se despedir — Até mais Addison.

— Até. — murmurei.

Deles, Chaz até que não era tão péssimo como Nolan, que até mesmo me ignorava.

— O que foi, Addison? — Justin soltou o ar bufando e revirou os olhos — Eu tenho...

— Justin, você está com vergonha de mim? — fui direta.

Era tão ruim saber que alguém que gosta, que estar perto, tem vergonha de você. Céus, que ele negue isso.

— O quê? — riu soltando o ar pelo nariz — Você está pirando. Olha, eu preciso ir.

— Eu não acredito nisso. — neguei com a cabeça não acreditando — Você... Você... — não consigo terminar, estava chateada demais para isso.

— Addison. — sussurrou, ainda olhando para os lados.

— Eu vim toda animada aqui conversar com você para isso. — ri de mim mesma.

Eu estava chateada, mas não com raiva de Justin, porque talvez ele tivesse alguma razão para isso e eu acho que nunca conseguiria ficar com raiva dele. Eu gostava tanto de Justin...

— Addison. — me chamou de novo e passei as mãos pelo rosto.

— Deixa para lá, Justin. — dei alguns passos para trás — Eu não quero te envergonhar na frente de ninguém.

Virei e sai de lá, torcendo para que ele me chamasse porque eu voltaria na mesma hora, mas ele simplesmente me deixou sair como se nada tivesse acontecido. Revirei os olhos, com raiva de mim mesma por saber que com certeza mais tarde eu mandaria mensagem e encheria seu saco. Eu não consigo ficar longe, principalmente agora que ele me deixou chegar tão perto.

Suspirei e fui até as meninas, chamando-as.

— O que foi? — Abby me perguntou, por ver minha expressão um pouco seria.

— Nada. — dei um pequeno sorriso de lado — Vamos? Eu quero ir para casa.

— Vamos. — disse e passou os braços pelos meus ombros, encostando a cabeça na minha.

Sorri e fiz o mesmo.

— E eu vou ficar de fora? — Jazmyn chegou ao nosso lado e cruzou os braços ciumenta, mas davi que ela estava brincando.

— Com ciúmes, Bieber? — perguntei em um tom brincalhão.

— Talvez! — entortou o nariz — Só um pouquinho.

— Vem logo. — Abby revirou os olhos puxando ela.

Jazmyn sempre foi minha amiga, mas não tão próxima assim, porém Angel e Justin acabou fazendo com que a gente criasse uma enorme ligação e crescesse uma amizade maior ainda e aquilo era maravilhoso. Jazmyn era uma menina boa e ficou do meu lado até mesmo quando Justin não queria que ela ficasse. Eu realmente gostava dela.

Chegamos no vestiário e tinha quase ninguém, por ter demorado um pouco com as meninas e depois com o Justin, até mesmo Grazi e Beatrice já haviam ido. As garotas do time de líderes do Lyons nos encarou fulminantes e foram embora.

— Elas estão com raiva porque perderam. — Jazmyn riu.

— Eu hein.

— Não acredito que elas não esperaram a gente. — Abby disse se sentando no banco do vestiário, tirando o tênis.

— Grazi tinha que ir com a mãe no médico. — lembrei ela, abrindo meu armário que tinha minhas roupas e toalha.

— E Beatrice não podia chegar tarde. — Jazmyn completou.

Tirei minha roupa de líder de torcida e coloquei no armário, me enrolando na toalha ainda de calcinha e sutiã. Deixei as roupas que iria vestir depois em cima do banco liso e grande, enquanto me preparava para o banho.

Vi duas garotas do teatro, as mesmas que vi com Angel mais cedo, entrando no vestiário. Uma tinha os cabelos loiros e a outro era morena, a loira vestia um suéter bastante feio e eu fiz uma careta por isso.

— Abby e Jazmyn, o diretor está chamando vocês na sala deles.

Enruguei a testa confusa, porque o diretor não chamava os alunos assim se não tivessem feito algo ou para falar alguma coisa bem importante.

— Nós duas? — Abby apontou para ela e Jazmyn, claramente confusa também e as meninas assentiram rapidamente.

— Sim. — a loira disse enquanto me olhava — Ele disse que é importante.

— Ele disse o que era? — Jazmyn perguntou e a menina negou — Vamos depois então. — deu de ombro.

— Não. — a morena respondeu rápido, quase gritando. Ao ver que ficamos confusas ela recuou um pouco — Ele não disse o que era, mas disse que quer vocês lá agora.

— Ah, se tiver gente lá ele vai custar atender. — Jazmyn resmungou.

A diretoria sempre tinha pessoas lá, principalmente pais e alunos brigões, como Justin, então sempre tínhamos que ficar um tempão esperando.

— Fora que vamos te deixar aqui sozinha. — Abby me olhou.

Eu ri, porque não teria nada demais nisso.

— Podem ir, eu vou ficar bem. — disse — Vocês do nada querem ficar grudadas em mim.

— Ingrata. — Abby disse — Vamos logo lá.

— Eu vou tomar banho por enquanto, encontro vocês no pátio. — disse e as duas assentiram.

Abby e Jazmyn saíram com as meninas e eu fui andei entre os armário, indo até um dos chuveiros que haviam ali. Entrei na portinha e fechei a mesma, tirando minha toalha e a lingerie, deixando elas em cima da porta. Liguei o chuveiro, que era na verdade uma ducha e esperei que a água esquentasse. Levou alguns minutos, mas depois entrei debaixo após amarrar o cabelo, eu nunca lavaria ele aqui. Peguei o sabonete e fiquei virada em sentido ao registro enquanto me ensaboava. Ouvi alguns barulhos mesmo sobre o barulho da água descendo e deixei para lá, podia ser Jazmyn e Abby de volta. Terminei de me ensaboar e me enfiei de baixo da ducha de novo, deixando cair sobre meu corpo e limpando ele. Eu sorri me sentindo satisfeita e enfim limpa.

Desliguei o registro e passei a mão direita sobre o braço, me virando para pegar a toalha. Não vi a toalhas e nem as peças que tinha colocado ali em cima, estranhando porque não teria para onde ir e eu tinha certeza que havia colocado ali.

— Abby? Jazmyn? — chamei — Peguem uma toalha para mim. — pedi e não tive resposta.

Passei a mão no rosto, não acreditando que estava ali sozinha e sem roupas nenhuma, totalmente pelada.

— Como eu vou sair daqui? — perguntei para mim mesma.

Onde minhas roupas foram parar? Eu tenho certeza que coloquei ali, eu não tirei e só se... Só se alguém tirou. Porém, quem?

Suspirei, criando coragem o suficiente para abrir a porta e passar por lá.

Deus, por favorzinho, que não tenha ninguém aqui.

Passei pela porta e não vi ninguém, procurei a toalha no chão e não achei, andei pelos armários de volta até chegar no meu, abri o mesmo e não tinha nada. Que merda está acontecendo?

— Procurando isso? — virei-me e vi Angel com minha toalha e uma mochila na mão, minha mochila de roupas.

Pisquei algumas vezes, não acreditando que havia sido burra o suficiente e pela milésima vez achar que Angel não faria nada depois da noite de ontem. Ela era vingativa e aquilo era notório. Angel me odiava, assim como eu a odiava, mas não era covarde como ela.

— Angel, me devolve isso. — eu pedi seria, enquanto tentava me tampar com as mãos mas era impossível. Olhei para o lado dela e vi as duas malditas garotas de minutos atrás ali.

Angel disse algo com elas que as fizeram assentir, saindo do banheiro. Então a ruiva se virou para mim.

— E por que eu faria isso, hm? Ontem você disse que vai roubar meu namorado, pegou minha vaga, me desafiou. Por que eu teria empatia por você, Addison? — cruzou os braços, subindo uma sobrancelha.

— Porque eu nunca faria isso com você. Nunca te deixaria tão exposta. — olhei para cima, pedindo uma ajuda superior, eu não poderia simplesmente ficar pelada ali. — Me entrega isso.

Tentei ir para cima dela pegar e Angel pulou para trás, ficando entre a porta, e dali eu não poderia passar.

— Uma pena se você é uma idiota. — se fez de sonsa — Tão idiota quanto suas amigas que estão lá na diretoria em uma fila enorme atoa. — ela riu.

Suspirei, era óbvio a armação. O diretor pedir as meninas do teatro, ainda mais quem estava com Angel a minutos atrás para chamar as Abby e Jazmyn. Ela ter deixado Justin disponível para que eu fosse atrás dele, sabendo que eu sempre ia e que isso iria me fazer ficar praticamente sozinha no vestiário.

— Angel, por favor. — implorei, me sentindo humilhada o suficiente.

— É tão bonitinho você implorando, mas... — olhou para trás, em direção da porta aberta e sorriu — Parece que tem pessoas querendo te ver. OLHEM PESSOAL, A VADIA DO ELITE ESTÁ PELADA ESPERANDO VOCÊS AQUI.

Senti meu coração bater tão forte que parecia querer sair do peito, uma falta de ar me subiu e eu quis morrer quando ela começou a gritar, percebendo então que ela havia pedido as garotas para chamamos. E eles estavam ali, esperando para poder me verem assim como um animal em um zoológico, totalmente indefeso e exposto aos olhos de todos. Quando ela deixou todos entrarem eu vi que só tinha garotos naquela roda e todos me olhavam como se fossem me devorar.

— Tira a mão da frente, garota, deixa a gente ver direito esse corpinho. — o garoto que havia chamado atenção de Abby no jogo falou, me fazendo sentir nojo.

Neguei com a cabeça chorando, enquanto andava para trás e tentava me tampar o máximo possível daqueles olhos sujos e maliciosos.

— Addison, sabia que era gostosinha, mas tanto assim. — outro garoto riu.

Era tantos comentários assim, rindo de mim, fazendo piadinhas e falando coisas obscenas, enquanto me chamavam de gostosa. Naquele momento, aquilo nem de longe seria levado como um elogio por mim.

— Angel... — solucei sobre o choro, sentindo as lágrimas escorrerem sobre meus lábios.

Seus olhos de satisfação sobre mim me deixavam com nojo, assim como os sorrisos maliciosos. Como eles poderiam gostar de uma coisa assim? Eu sendo exposta sem ao menos querer? Nenhum garoto havia me visto assim antes, totalmente desnuda e agora o time do Lyons e outro garotos do meu colégio estavam ali me vendo. Me desejando enquanto eu chorava.

Como eu os odiava.

— Addison, não venha ser tímida agora, todos nós sabemos que você não faz esse tipo. — Angel negou, enquanto fazia um pequeno bico com a boca.

Apertei mais minhas mãos sobre o corpo, desejando sumir dali o mais rápido possível, mas sabia que era impossível com todos ali.

Eu realmente preciso de ajuda.

Oioi, como estão? E quem vocês acham que vai ajudar a nossa Addison?

Gente espero que tenham gostado desse capítulo porque eu passei raiva escrevendo hahah eu nunca odiei tanto um personagem como a Angel, acho que só o Henry de Amores Brutos ganha nesse ranço.

Como alguns sabem, esse capítulo na verdade era dois, mas eu juntei e tirei o que era desnecessário para adiantar um pouquinho.
Não deixem de comentar e votar. até o próximo <33

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