Why? | DRARRY

Da the_noemimutti

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[CONCLUÍDA, Drarry] Ele estava me traindo. Todas as saídas planejadas, as horas extras no trabalho, as roupas... Altro

01. I Have Questions For You
02. Number one: tell me who do you think you are?
03. Number two: why would you try and play me for a fool?
04. Number three: why weren't u who u swore that you would be?
05. Why Don't you Care?
06. I gave all of me
07. My blood, my sweat, my heart and my tears
09. Extra II
10. Extra III

08. Extra I

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Da the_noemimutti

NOTAS DA AUTORA: PARA QUEM NÃO QUISER LER, PODEM FICAR TRANQUILOS QUE NÃO IRÁ ALTERAR NADA A HISTÓRIA.

São apenas momentos fluffy para deixarem vcs boiolinhas hihi.

BOA LEITURA, Y'ALL.

HARRY TIAGO MALFOY-POTTER - P.O.V

Senti uma picada quente no meu dedo e soltei um chiado baixo.

Merda.

Eu detestava cozinhar essas horas por quase nunca estar acordado, mas quando Lilian estava dormindo era o sinal divino para eu conseguir fazer as coisas.

Juro. Aquela pestinha esgotava todas as minhas energias. Desde que eu decidi parar de ser um auror e virar pai em tempo integral, as coisas ficaram mais caóticas do que o comum.

Simplesmente porque era 10x mais difícil! Lilian era um doce de menina, porém se eu piscar o olho ela transforma nossa casa em um hospício de tanta gritaria. Isso quando não chorava com saudades de Draco.

Esses dias eram insuportáveis. Os dois tinham uma ligação muito profunda. Não estou brincando.

Toda vez que Lilian chorava quando era bebê apenas Draco conseguia acalmá-la. Ele tinha um tato para ela sem igual. Chegava a ser frustrante porque nem um pingo de atenção eu ganhava dela, pelo menos não da mesma forma que Draco.

Agora com 7 anos ela parecia ter piorado, mas não posso negar que ela ficava cada dia mais linda. Não porque era minha filha.

Era apenas a verdade.

— Papai — choramingou Lily, entrando na cozinha coçando os olhos verdes chorosos. — Eu tive um pesadelo.

Suspirei. Ultimamente Lily andava tendo pesadelos em que achava que eu morria e deixava ela sozinha.

Pelo menos dessa vez ela não acordou aos berros.

— O mesmo de sempre? — perguntei, preocupado.

A pequena assentiu e pediu colo. Peguei a mesma e comecei a preparar uma salada de frutas enquanto a janta não ficava pronta com ela no colo ainda.

Me sentia o super pai. Comecei a tentar ninar ela mas aparentemente o sono não iria vir tão cedo.

— Lírio, pode pegar o seu potinho azul para eu colocar sua salada? Eu deixei na sala — pedi enquanto colocava ela no chão.

Fiquei esperando minha filha descer e rapidamente um vulto loiro saiu correndo até a sala. Contive uma risada ao perceber que o susto do pesadelo tinha deixado o seu corpo.

— Que horas o pai volta? — perguntou saudosa, me entregando o potinho azul.

— Filha, já te expliquei. Quando o ponteiro menor tiver no número sete e o grandão no 12, quer dizer o horário que ele chega.

Eu olhei para o relógio e vi que faltavam apenas 20 minutos para Draco chegar em casa. Desde o nascimento de Lily ele sempre evitava se atrasar porque sabia que eu ficava extremamente cansado e usava esse tempo para fazer as minhas coisas pessoais.

— Papai — chamou novamente. Ela era muito tagarela, porém eu já estava acostumado. — Você nunca vai me abandonar, não é?

Aquela pergunta me pegou com a guarda baixa.

— Lógico que não, meu lírio. Papai te ama muito — disse amoroso, gostando muito do abraço que ela me deu em seguida. — Filha, vamos para sala.

Peguei na mão dela e desliguei as bocas do fogão, guardando tudo para jantar apenas quando Draco chegasse. Nos sentamos no grande sofá abraçados e eu comecei a trançar os cabelos sedosos e irritantemente loiros.

Parece que eles eram loiros de natureza mesmo.

Ouvi o barulho do trinco da porta e Lily já se agitou no meu colo, ficando animada. Parecia que ela iria ver uma celebridade e não o próprio pai que via todos os dias.

Revirei os olhos.

— Não corre! — gritei, mas parecia que eu falava com as paredes.

Ela saiu avoada para ficar na frente da porta. Draco abriu já esperando a recepção calorosa da filha, tomando cuidado para não bater a porta na cabeça dela.

— PAI, PAI, PAI — gritou histérica se jogando no colo dele. Draco riu como sempre e a pegou no colo.

— Oi, lírio — disse beijando o pescoço dela e fazendo cosquinha, porque ela riu animada.

— Eu tava com esse tantão de saudades assim, ó — abriu os braços curtos exageradamente — Meu coração já não aguentava mais até que você chegou.

Sorri docemente com a declaração. Eu tinha a filha mais carinhosa do mundo.

— É mesmo? E eu que senti indo até a lua? Doeu demais! — dramatizou Draco, fazendo nossa filha arregalar os olhos e lhe dar um selinho babado.

— Eu sei, pai. Não entendo ainda porque a gente precisa se separar, mas o papai disse que é porque você é uma pessoa muito importante e precisa ajudar outras pessoas, então acho que é ok sentir saudades às vezes — explicou fazendo carinho no rosto de Draco que olhava para ela com os olhos brilhando de amor.

Era lindo ver a conexão tão recíproca deles. Eu como sempre estava de camarote sendo negligenciado, nada de novo.

— Isso mesmo, meu amor. Você é muito inteligente — elogiou Draco, apertando-a nos braços e piscando para mim. — Olha o que temos aqui. É o marido mais lindo do mundo?

Soltei uma risada, revirando os olhos fracamente.

— Lembrou que eu existo? — perguntei debochado, oferecendo meus lábios para um beijo breve que fez Lily fazer som de nojo.

Rimos.

— Não tem como esquecer que você está aqui, papai. Você é o nosso sol — disse Lily como se tivesse dito qualquer coisa banal.

Meus olhos se encheram de água e eu puxei ela para os meus braços, sendo retribuído com sucesso. Me sentia sempre vencedor quando ela me preferia ao invés de Draco.

— É mesmo? E por que sol? — perguntei curioso.

Ela colocou a mão no queixo, ponderando e eu esperei pacientemente pela grande revelação dela. Ela abriu a boca parecendo que ia dar uma notícia muito importante, extremamente concentrada.

— Preciso fazer xixi — disse se balançando agilmente e correndo até o banheiro, deixando eu e Draco caindo na risada.

— Ela puxou você em personalidade — apontou Draco, me puxando para seus braços e me dando um beijo de verdade.

Gemi baixinho quando o mesmo puxou meus lábios gostosamente.

— Eu nunca fui uma criança muito agitada — respondi a insinuação de que eu era uma criança arteira igual a ela.

Eu nem tinha como ser arteiro com os tios que tinha. Sempre tentava agradar o tempo todo para não passar fome ou alguma necessidade pela falta de noção deles.

— Bom, eu era muito reservado — disse arrogantemente. — Uma Malfoy mantém a classe.

Soltei uma risada debochada. Ele esqueceu de quem era a filha deles?

— Você esqueceu de quem é sua filha? — questionei risonho. — Aquela garota só não conta os formatos dos desenhos dela porque não consegue lembrar.

Draco riu ao assentir e me puxar para outro beijo.

— Ew! Que nojo — disse Lily tapando a boca com as mãos molhadas.

— Isso mesmo. Continue com esse pensamento até os 45 anos, por favor — pediu Draco, se soltando de mim e começando a tirar o paletó e abrir sua blusa social.

Aquela visão estava começando a mandar mensagens indecentes para o meu cérebro de um simples mortal que não aguenta a visão de Draco Malfoy tirando a roupa.

— Papai, o senhor está com cara de bobão de novo — avisou Lily, correndo até Draco novamente e enterrando a cabeça no pescoço dele.

O loiro apenas apertou o abraço e caminhou até a cozinha, começando a me ajudar a colocar a mesa ainda com Lily no colo.

— E como foi o trabalho hoje? — questionei tentando pegar os pratos que ficavam na prateleira de cima.

— Cansativo — respondeu simplesmente, pegando o prato para mim e plantando um beijo molhado no meu pescoço. — Senti falta de vocês.

— Também sentimos a sua — retribuí o gesto, dando língua para Lily que estava fazendo carinho nas costas de Draco e ela mandou de volta, mas pediu um beijo.

Ela era extremamente mimada e carinhosa. Nós frequentemente tínhamos que aprender a lidar com ela nos dias mais manhosa, porque ela ficava insuportável com Draco querendo colo tempo todo.

Dei um breve beijo em sua bochecha.

— Pai, eu te amo — disse Lily e Draco sorriu.

Não consegui evitar o sorriso também.

— Eu te amo mais — respondeu o loiro, paciente e amoroso como sempre com ela.

Eu e Draco combinamos que criaríamos uma filha que não tivesse medo e não se sentisse reprimida dentro de casa. Frequentemente mostramos a ela que a amamos mais que tudo no mundo, mostrando que está ok amar e ser amado de volta.

Porque assim que ela crescesse não iria aceitar menos que isso de ninguém.

Sentamos para comer e Lily sentou na sua cadeira, começando a comer de mãos dadas com Draco na mesa ainda. Era uma cena corriqueira. Eles não se desgrudaram e meu marido sempre entendia que ela simplesmente não conseguia ficar longe dele sem morrer de saudades depois.

Quando Lily ainda era um bebê, Draco acordava para brincar porque sentia saudades. Ele ficava esperando ela acordar ansioso só para ter o mínimo de atenção dela.

— Lily, seu pai não consegue comer com uma mão só. Solte, por favor — pedi gentilmente e a menina soltou na hora.

Outra coisa que usamos sempre em casa: o poder da palavra não. Frequentemente quando dizemos que não queremos brincar ou Lily diz que quer ficar sozinha com as bonecas, nós respeitamos.

Então não sofríamos com manhas desnecessárias e chatas. Era um grude... saudável?

Ouvimos a rede de flú ser acionada e Lily já balançou as pernas agitadas, arrumando sua trança de lado e seu vestido azul. Minha filha frequentemente poderia ser associada a uma fada.

Eu sabia que era Hermione e fiquei imediatamente ansioso.

— Está tudo bem? — perguntou Draco ao notar meu corpo ficar tenso do nada.

Assenti minimamente e vi Hermione entrando com uma torta na mão e Rosie e Hugo atrás.

— MADRINHA — gritou Lilian histérica e saiu correndo da mesa para pular no colo de Mione que agilmente passou a torta para Ronald.

— Não corre — repreendeu eu e Draco ao mesmo tempo e como sempre sendo ignorados pela nossa filha sem noção.

— Oi, padrinhos — cumprimentou Rosie dando um beijo na minha bochecha e de Draco.

Ela já estava tão crescida! Com 15 anos e só pensava em estudos e mais estudos. Frequentemente nós tínhamos que fazê-la sair de casa porque se não ela esquece.

— Lily, meu amor — respondeu Hermione. Lilian deu um beijo em Rony e depois cumprimentou os dois primos.

— Vamos jantar — chamei e logo minha casa virou aquela algazarra gostosa de batidas de talheres, crianças gritando e muito amor envolvido.

Hermione me deu uma encarada e um aceno de que era para ir para sala. Fui sorrateiramente e logo minha amiga inventou uma desculpa para sair da mesa com o tão temeroso papel em mãos.

Sorri ansioso e ela retribuiu.

— Se der positivo? — perguntei nervoso.

Draco e eu nunca havíamos conversado sobre ter mais filhos. Lily já esgotou todas nossas energias, então sempre achei que iríamos parar nela.

— Draco ama ser pai. Não há motivos para ficar nervoso — me acalmou.

Abri o papel, totalmente receoso e o que eu li me deixou mais branco que Lily e Draco juntos.

— Gêmeos... Hermione eu não vou aguentar dois filhos de Draco AO MESMO TEMPO — gritei, totalmente em choque e sendo abafado pelas mãos da minha amiga.

Hermione prendeu a risada ao ver meu estado e eu sentia ganas de mandar ela ir a merda.

— Ok, dois filhos para amar! Vai ser ótimo. Pensa positivo.

— Eu surto com a Lily sozinha, imagina TRÊS Lilian! — exasperei, bagunçando os cabelos e indo de um lado para outro igual uma barata tonta. — Eu vou desmaiar.

Hermione não conseguiu aguentar a risada e logo Rony veio ver o motivo da demora.

— O que aconteceu? — perguntou curioso.

Eu não iria contar para ele antes do meu marido, mesmo ele sendo meu melhor amigo. Hermione só sabe porque é minha obstreta.

— Nada demais — respondi seco, ainda meio perturbado com a perspectiva de que eram gêmeos.

Dois meninos. Gêmeos fraternos.

Merlin. Já podia sentir a dor para parir aquelas crianças.

— Está tudo bem? — questionou meu marido e eu apenas fiz um sinal de depois.

Não fazia a mínima ideia da reação dele, mas esperava que fosse boa, porque já bastava eu surtando.

Assim que nossa reuniãozinha acabou e todos se despediram para ir embora, eu subi imediatamente para o banho enquanto Draco colocava nossa filha para dormir.

Entrei na banheira e comecei a cogitar a hipótese de três pestinhas Malfoy-Potter na minha vida. Sorri com a imagem.

Eu poderia me acostumar com isso.

— 10 galeões pelos seus pensamentos — disse Draco, entrando todo nu no banheiro e logo se sentando atrás de mim.

Me escorei no loiro e gemi suavemente com a massagem gostosa que ele fazia nos meus ombros.

— Dray — chamei, receoso. — Eu estou grávido.

Soltei rapidamente e fechei os olhos. Pronto. Agora a bomba havia saído.

A massagem parou lentamente e eu virei, fitando os olhos de Draco opacos e as mãos trêmulas.

Me desesperei.

— Ai Deus. Eu sabia que você não iria lidar bem com a perspectiva de outro filho porque Lily já está grande e nós estamos um pouco velhos para ser pai de novo e...

Fui calado por um beijo forte e relaxei nos braços do meu marido, podendo finalmente respirar em alívio.

— Obrigado por me fazer pai de novo — murmurou encarando intensamente meus olhos e eu senti eles que eles marejaram.

Hormônios.

— Eu não sei porque fiquei nervoso — desabafei. — Agora que nós vamos ter três filhos...

— Três? — perguntou com os olhos arregalados.

— SURPRESA! São gêmeos — dei uma risada nervosa e apenas vi Draco desmaiar na banheira.

É, estávamos prontos para sermos pais de novo.





NOTAS DA AUTORA: E A FAMÍLIA AUMENTOU! Eu separei 3 extras para vcs que irei entregar ao longo desses dias, ok?

Eu amo como a Lily é rainha e espontânea. O ser mais adorável da fanfic toda.

VEJO VCS NAS FIGURINHAS!!

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