capítulo quatro: backgammon

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— Jamais — digo, balançando a cabeça negativamente. — Você é horrorosa dormindo — brinco, deixando-a irritada de brincadeira. Ela dá um leve tapa na minha cabeça e se senta em posição de yoga na cama.

— E você é horroroso sempre. — Dá de ombros ao me dar língua, como se fosse uma criança petulante.

— Não é isso que as meninas dizem quando saem comigo — soo convencido, apertando as suas bochechas proeminentes.

Violet dá um tapa na minha mão, mandando eu parar com a mania de apertar as suas bochechas, mas eu não posso fazer nada quanto a isso, são realmente tentadoras. Quando finalmente percebe o que eu disse sobre as garotas, começa a rir de uma forma totalmente debochada, como se eu estivesse louco por ter falado aquilo. Mas eu sei que isso tudo é teatro para não inflar o meu ego. Não funciona, entretanto. Eu sei que o que eu disse é a mais pura verdade.

— Você é um panaca, cara — menciona logo após, arrumando os fios desgrenhados para trás.

— Quem fala panaca hoje em dia? — rebato de forma irônica, sem entender aquele linguajar arcaico.

Sem aguentar mais minhas provocações, pega meu travesseiro atrás de si e joga no meu rosto, fazendo com que eu a olhe com a sobrancelha totalmente arqueada, e a boca entreaberta em um espanto fingido.

— Isso é por você ser um panaca comigo ontem e hoje — esclarece em um tom mais ou menos sério, relembrando tudo que conversamos na noite passada. Ou melhor, tudo o que eu tentei não conversar.

— Achei que tivéssemos resolvido isso — digo em um tom malicioso, lembrando de tudo que rolou nessa cama ontem, fazendo com que ela revire os olhos para mim.

— Nós não resolvemos nada, pois você não me disse nada. Só me enrolou, seu safado.

— E eu tenho certeza que você gostou do modo como eu te enrolei — respondo novamente no tom malicioso, deitando-a na cama ao empurrá-la. Suas pernas se abrem um pouco, deixando-me se encaixar por ali. — Estou totalmente certo, huh? — Salpico beijos por sua têmpora, mas ela tenta se afastar do meu toque, rindo.

— Não! — Violet soa totalmente firme, contudo seu sorriso sacana demonstra o contrário. Ela desliza as unhas no meu peito nu, os olhos pequenos pelo sono ficando ainda menores pelo sorriso que se alarga em seu rosto.

— Eu sei que sim! — Meu tom segue tão firme quanto seu, e ela insiste em balançar a cabeça de um lado para o outro, negando inutilmente.

— Então eu terei que te lembrar, é isso?

— Não! — nega mais uma vez, me empurrando levemente de cima dela, fazendo com que volte a me sentar. Violet sai da cama em passos firmes, andando até a porta. Antes de sair do cômodo, vira sobre os ombros só para soprar: — Não quero sexo agora, quero comida.

E então ela sai, me deixando com um sorriso descrente no rosto. Essa garota é mesmo impossível.

A acompanhei no café da manhã, juntamente com o pessoal. Depois do nosso breve café coletivo, eu, John e Kieran nos arrumamos para andar pela cidade, deixando as garotas sozinhas em casa, pois hoje era o dia definido para que elas arrumassem toda bagunça.

— Nós vamos passar no Fast Rocket agora? — John pergunta, assim que cada um desce da sua respectiva moto ao estacioná-las.

— Você já está com fome, cara? — Kieran se direciona ao John, totalmente inocente.

Pobre, Kieran...

— A sua ingenuidade me cativa — digo, sorrindo. — Mas não é comida que ele quer de fato lá.

ENCONTRE-ME NO PARQUE | #1 Da Série The Hurricane Freedom (COMPLETO NA AMAZON)Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora