One

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•Kirishima•

Neste exato momento estou no carro dos pais do Denki, nós dois no banco traseiro. Estamos a caminho da casa de campo do Izuku, local em que passávamos as férias de verão.

Com nós eu estou me referindo à: Eu, Denki, Jirou, Uraraka, Sero e Shoto. Não sei como quanta gente cabe na casa dele, mas acredite aquela casa parece uma mansão por dentro!

E enquanto Denki está em um sono profundo ao meu lado, eu estou com meus fones de ouvido olhando para a janela do carro. Está tocando "grind me down", eu gosto bastante do ritmo e das batidas que acontecem nela, portanto fico apertando o replay inúmeras vezes sem perceber até começar a cair no sono.

[...]

Estamos eu, Kaminari e Midoriya sentados em um gramado, o tempo está bom e estamos falando sobre algo o qual eu não consigo compreender no momento, porém fico ouvindo os dois outros falarem sobre o assunto desconhecido, a voz deles serve apenas como um som de fundo de cenário. Mas, do nada, o céu fecha completamente e um monte de nuvens negras percorrem pelas nossas cabeças até descarregarem uma forte e intensa tempestade.

Nós três nos entre-olhamos e pensamos na mesma coisa: Correr até a casa de Izuku. Porém quando começamos a correr um vulto passa por trás de mim, e eu obviamente me viro no mesmo instante. A figura estava usando um sobretudo preto com um capuz sinistro.

Ele estava correndo em direção à floresta que cercava o condomínio. Não sei quais foram os motivos que me fizeram ir atrás dele, mas eu senti que deveria fazer isso, era como se o vulto estivesse me sugando e me obrigando a seguí-lo. Nem liguei para Midoriya e Kaminari me chamando ao fundo, suas vozes já estavam longe demais e minha curiosidade por aquela pessoa estava só aumentando.

O que ele ia fazer na floresta? E por que estava indo bem no meio da tempestade? Era por causa dela que ele usava aquele sobretudo e capuz? Por que ele estava correndo?

Minha mente não parava de jogar perguntas atrás de perguntas, meus pés pareciam ter vontade própria, e essa vontade gritava.

"siga o cara misterioso"

Adentrei na floresta. O local estava escuro e bastante úmido, mas eu não me importava com isso. Eu queria logo descobrir quem era aquele cara. Comecei a apressar o passo a fim de finalmente alcançar o vulto de sobretudo, que a essa altura não se parecia mais com um vulto, estava mais para um humano completamente enxarcado.

Estiquei os braços o mais longe que podia e consegui tocar em seu ombro.

Tudo parou. Ele parou. Eu parei.

Não sabia como reagir, minha respiração estava bastante acelerada e pude notar que a dele também estava, seus ombros desciam e subiam de acordo com seu peitoral mexendo, o vulto estava ofegando. O cara misterioso continuava de costas para mim, parado na minha frente. E eu tinha que fazer algo.

O mistério tava me matando.

Então decidi virar seu corpo por meio da minha mão esquerda que continuava a segurar em seu ombro. Mas ele resistiu, e de repente eu ouvi sua voz.

Kirishima?

Era uma voz familiar, disso eu tinha certeza. Mas minha mente estava tão confusa que não consegui lembrar em alguém que poderia possuir essa voz.

Kirishima!

Dessa vez, o seu tom de voz mudou, eu estava estático, congelado.

The blue house | kiribakuTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon