- Deixe as coisas em ordem que sairemos em alguns minutos e almoçamos no caminho.

É o que dizer ao se sentar. O encaro alguns segundos antes de enfim sair da sua sala chegando a conclusão que ele não é normal, definitivamente não.

Ainda estou com raiva pelo que disse sobre eu ser receptiva com todos os homens, a minha mão ainda arde do tapa e eu queria ter jogado na sua cara que sou sim receptiva, porém apenas com quem quero ser mas fiquei na minha porque o tapa naquele instante era a melhor coisa a ser feita, não que eu seja a favor da violência mas não tenho sangue de barata e muito menos paciência.

Estava organizando alguns papéis para poder irmos, vai ser bom respirar um pouco de ar puro depois dessa manhã nebulosa.

- E se meu ex me chamar eu bloqueio, se ele me ligar eu rejeito... - Abaixo para pegar a caneta que caira com minha distração, após pegar me ponho de pé - Solteira eu me deito, sem chifre eu me levanto... - Cantarolo, não fazendo ideia de que tem alguém atrás de mim nada feliz.

Então, quando me viro levo um maldito susto encarando Anderson que mantém o semblante sério.

- Você é provocadora Deise, uma maldita cínica do caralho e o pior é que parece ser algo natural seu.

Dou risada porque de repente isso parece bom.

Vocês não tem noção de como a minha mente é fértil, eu tanto amo quanto odeio isso porque é ruim em algumas ocasiões.

Eu não sei se isso é bom ou ruim para mim, o fato de ceder aos desejos, mas estou afim de arriscar.

Quem não chora não mama, não é mesmo?

Eu não chorarei, mas com toda certeza quero tomar leitinho.

E é nesse momento que minha mente trata de criar cenas com riquezas de detalhes; tipo eu me abaixado agora, nesse momento, abrindo o zíper da sua calça e trazendo seu pau para fora, as veias saltadas e visíveis, posso até vê-las azuladas, minha língua passeando sobre o nervo, eu sentindo-o endurecer na minha mão e língua, Anderson soltando sons curtos e graves. Hmm...

A verdade é que a revelação despertou algo em mim, um interesse que eu não tinha até agora apouco, posso estar sendo uma cretina mas a leve ideia de enlouquece-lo me deixa eufórica, um sexo com esse homem louco deve ser tudo que pedi a Deus.

Após meu breve momento de safadeza vamos para o elevador, estava tão entretida em assuntos "delicados" que não percebi que Emily não se encontrava mais no local.

Fiquei preocupada um instante, entretanto lembrei que possuía seu número de telefone na ficha e ligaria depois.

Já fora do prédio, adentramos o carro e Anderson ganhou as ruas movimentadas de São Paulo, o clima continuava nublado o e frio gostosinho me fazia tremer até que percebeu e ligou o aquecedor.

- Vamos almoçar primeiro. - Diz estacionando em frente a um restaurante luxuoso após alguns minutos.

- Por favor meu caro era isso que eu queria.

Ele malditamente sorri de lado, aquele sorriso puta que pariu.

Já na mesa, olhava o cardápio afim de algo comestível e, principalmente, que enchesse meu estômago, acabei por escolher macarrão com molho de queijo e um suco de maracujá, aliás, super recomendo quando se necessita de calma.

- Não vai querer vinho? - me olha confuso enquanto a mulher o aguarda para anotar o resto.

- Não bebo em expediente. - Digo me lembrando da promessa que fiz poucos dias atrás.

DEISE © - OGG 2 [COMPLETO]Where stories live. Discover now