Capítulo 02: Julgada

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- Você já conhece Vállerie Goldner? – Lea Fasano me perguntara. Estávamos todos reunidos na grande mesa de jantar da sala principal.

- Não. – Dei um sorriso amarelo para a moça a qual Lea se referia.

- Pois eu já ouvi muito a seu respeito, Melina Ferraz. – Vallérie Goldner interrompeu. Senti o olhar de Afonso sobre mim ao mesmo tempo que começara a pensar em como meus feitos eram insignificantes para uma pessoa desconhecida saber tanto sobre minha vida.

- Espero que tenha escutado coisas boas. É um prazer conhece-la. – Fingi falso entusiasmo para a moça de cabelos negros e olhos claros que acompanhava Afonso no dia anterior.

- Certamente sim. – Ela falou dando de ombros e voltando a comer.

- Seja bem-vinda a família Vallérie. Benvenuto! – Escutei a voz do senhor Tenório Fasano que até então permanecia calado. Eu sabia exatamente porquê.

   Há alguns anos quando seu único filho homem apoiado pelo melhor amigo e a irmã dele, recusou dirigir os negócios da família para seguir seu sonho de construir uma carreira sólida e brilhante no ramo da justiça criminal, Tenório se tornara magoado e de poucas palavras com o filho. Apenas algo muito relevante o fazia sair de sua zona. Por esse fato, Caleb e eu não éramos bem-vindos para ele, mas parecia que Vallérie Goldner era...

- É uma honra para mim fazer parte da família. – Ela disse sorrindo e apertando levemente a mão esquerda de Afonso sobre a mesa. Desviei meus olhos para qualquer outra coisa que não fosse a cena romântica dos dois, e encontrei Maria me observando.

- Temos tanto para fazer hoje, Mel. Se você quiser podemos ir agora, eu já estou satisfeita. – Mari enxugou levemente seus lábios com o guardanapo de tecido e o colocou no prato vazio. Eu havia entendido que aquilo era uma válvula de escalpe para sair daquela situação desconcertante.

   Mesmo com a relutância de Lea para que comêssemos a sobremesa antes de irmos aos passeios, conseguimos sair da mesa.

- Não consigo entender porque ele está com ela! Meu irmão só pode estar perdendo o juízo. Essa Vallérie é filha de Abraham Ivanov! – Ela falou quando estávamos a uma distância segura para que ninguém escutasse.

- E quem seria Abraham Ivanov? – Perguntei.

- Abraham Livanov é um velho amigo de meu pai e também um grande concorrente. Será que Afonso está querendo se meter nos negócios de papai, ficando com essa modelo que mais parece uma tábua de passar roupas agora? – Eu tive que rir da afirmação verdadeira sobre a namorada de seu irmão.

- Apenas vamos esquecer isso e ir nos divertir um pouco pelas ruas e praias de Paraty. – Falei mais para mim mesma.

   O sol estava forte e o clima quente e perfeito para desbravar tudo o que aquela cidade nos oferecia. Infelizmente, não pudemos ir em todos os passeios, mas eu já me sentia renovada para a nova semana que estava por vir.

- Preciso comprar algo para um amigo invisível que estou participando. Pensei em algo simples e bonito... talvez essa bolsa. – Maria pegou uma bolsa de palha enfeitada com búzios e tiras. Estávamos passeando pelo centro histórico da cidade e resolvemos parar para comprar alguns suvenires.

   Havia restaurantes, ateliês, galerias e muitas lojinhas de artesanato. Enquanto íamos conhecendo um pouco mais da história da cidade, eu observava o calçamento feito de pedras, que se chamava pé de moleque. Tudo era incrível naquele lugar e já me empolgava para voltar no meio do próximo ano, e conseguir ver o fenômeno da maré alta. Tomamos sorvete, conversamos e rimos até que minha amiga resolveu que precisávamos ir para praia.

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⏰ पिछला अद्यतन: Feb 17, 2017 ⏰

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