Prólogo

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Mistalian

Prólogo

Era uma vez, em um lugar muito, muito distante, uma escritora. Essa escritora vivia em uma biblioteca, que se dizia ser a maior de todas, tão grande que nenhuma pessoa seria capaz de ler todos os livros que eram guardados lá dentro.

Lá ela passava seus dias a escrever livros com lindas historias de todos os tipos.

Aquele dia, sozinha em uma escura sala dentro da sua biblioteca, cercada por enormes estantes de livros, ela estava sentada em uma elegante cadeira ao centro. Apenas uma vela em cima da mesa iluminava aquele lugar, a escritora usava um manto do qual o capuz lhe escondia o rosto.

Sobre a mesa a sua frente também estava um livro, cujas paginas ela passava uma a uma. Não estava lendo-o, aquelas paginas estavam completamente em branco. Então, poderia ela estar se preparando para escrevê-lo, uma nova historia nasceria.

Mas havia algo estranho, em sua mesa não estavam a tinta e a pena, tão habituais.

Como então ela escreveria?

Talvez por perceber isso seu pequeno mascote se preocupou em levá-los para ela.

Ele vinha em sua direção pelo corredor atrás dela, com o pequeno pote de tinta em sua cabeça e a pena em sua boca. Aproximou-se e pulou sobre a mesa, deixou que o pote escorregasse da sua cabeça e gentilmente pôs a pena próxima a mão da sua dona, que logo em seguida a estendeu mas não para pegar a pena e sim para acariciar a cabeça dele.

Um lindo sorriso se formou sob o capuz.

Um sorriso que prendeu a atenção do mascote, os olhos dele cintilavam refletindo a luz da pequena chama e deveriam estar se perguntando o porquê daquele repentino sorriso e daquele terno carinho.

Tão simples, aquela cena poderia perdurar pela eternidade, não pôde, mesmo que por um segundo parecesse congelar no tempo, tão rápido quanto esse segundo aquele momento acabou.

Assim a escritora começou a falar para o seu mascote, falar para que somente ele pudesse escutar. E enquanto falava, pegou a pena e molhou sua ponta na tinta preta, para em seguida escrever algo na capa de trás do livro.

Ele a ouvia atentamente.

Após dizer aquilo a escritora se levantou e deixou aquele lugar. O pequeno mascote, agora sozinho, olhava para o livro.

Na capa dele, as letras que formavam seu nome brilhavam sob a luz da vela.

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