Prólogo

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Oi, eu sou a Liliane Medeiros, tenho vinte dois anos, fui abandonada pelos meus progenitores ainda nova no orfanato e por lá vivi por longos anos. Sempre acreditei que Deus tem um proposito na vida de cada um e comigo não seria diferente. Morei no orfanato até os meus dezoito anos, mas como eu não tinha ninguém as freiras me contrataram como cuidadora e assim eu pude pagar a metade da minha tão sonhada faculdade. Algumas pessoas poderiam reclamar que não tiveram amor em sua vida, mas eu sempre me senti amada por aquelas que me acolheram e não queria decepcioná-las.

Depois que entrei na faculdade eu me dediquei totalmente a ela e já perto de me formar eu já estava morando em um apartamento, ele era pequeno mas acomodava eu e minhas duas amigas, Joice e Ana Júlia. A Joice eu conheço desde que me entendo por gente, ela morava no orfanato comigo e mais algumas crianças, mas diferente de mim ela foi adotada por um casal humilde. Ela ia sempre me visitar lá no orfanato e a nossa amizade só fez crescer, hoje a Joice está terminando o curso de engenharia civil e trabalha como secretaria para um dos engenheiros mais importantes da nossa cidade. Já a Ana Júlia eu conheci quando entrei no meu curso de fisioterapia, ela era a mais louquinha da turma porém a mais sincera e nos tornamos grandes amigas, ela é filha de um dos homens mais ricos da minha cidade, porém ela decidiu viver por vontade própria não dependendo de sua família e eu a admirava por isso. Posso dizer que Deus me deu as melhores amigas que eu poderia imaginar, cada uma tem as suas diferenças, mas quando estamos juntas nos completamos.

Agora eu estava sentada no sofá olhando para os classificados, apesar de trabalhar no orfanato como cuidadora dos meus pequenos eu sempre fazia algo por fora, por que apesar de ganhar um salário ele ia todo para a minha faculdade e eu tinha outras necessidades como comida por exemplo. Vi algumas coisas, mas nada relacionada a área que estou me formando. Vou até a cozinha e preparo um sanduiche para mim, mas de repente a Ana Júlia apareceu toda descabelada.

— Bom dia. — Falei e ela fez uma careta.

— Só se for para você.

— Dormiu com a cabeça virada para baixo? — Tentei brincar, mas a mesma estava séria.

— Não tem graça Lily.

— São os seus pais novamente? — Perguntei e ela assentiu. — Não seria mais fácil você pelo menos tentar.

— Ok. Eu posso tentar se vocês forem comigo. — Arregalei os olhos e ela gargalhou.

— Sem chance. — A Joice entrou na cozinha já pronta para o trabalho. — Sabe muito bem que detesto jantares que seus pais dão e até por que eu não vou muito com a cara desses riquinhos metidos a besta.

— Até que você gosta do meu irmão. — Ela bate na testa da Ju.

— Ficou doida? Seu irmão seria a última pessoa por quem eu me interessaria. — A Joice falou e minha vontade era de rir, já que tanto eu como a Ju sabíamos que ela era louca pelo Bradley.

— Vou tomar um banho e sair para procurar algum trabalho, já que as vidas de vocês estão ganhas.

Deixei elas na cozinha e fui tomar o meu precioso banho. Eu precisava encontrar alguma coisa rápido, se não fosse em minha área que seja em qualquer outra, mas precisava me estabelecer e com isso sai de casa. Estava com esperanças que iria conseguir algo. Os possíveis empregos que tinha marcado nos classificados não estavam mais disponíveis, mas mesmo assim não desanimei, sabia que Deus estava preparando o melhor para mim e com isso me sentei em um banco da praça e fiquei observando algumas pessoas passarem. Estava distraída olhando para um casal de idosos que estavam andando abraçados e nem percebi que alguém tinha sentado ao meu lado.

— Olá. — Disse uma senhora muito bem vestida.

— Oi. — Falei timidamente.

— Estava ali na minha loja e a observei sentada aqui nesta praça sozinha. — Falou com um sorriso no rosto.

— Estava descansando um pouco.

— Desculpe-me ser intrometida, mas percebi que está um pouco triste. — Olhei para a mulher ao meu lado.

— Estou procurando emprego, mas está sendo um pouco difícil com essa crise que estamos tendo. Não acho um na minha área e em outras não estou bem qualificada.

— Me desculpe novamente perguntar, mas em que área você está procurando emprego?

— Estou me formando em fisioterapia, mas não encontro nada relacionada a essa área.

— Minha linda, você acredita em Deus? — Ela me perguntou e eu assenti. — Então.... Eu estava procurando algum fisioterapeuta.

— Para a senhora? — A analisei e não me parecia que ela precisava de um.

— Não, minha criança. Não seria para mim e sim para o meu filho. E por favor, não me chame de senhora, fica parecendo que sou uma velha. — Ela riu. — Prazer me chamo Marta Bittencour. — Aquele sobrenome não me era estranho.

— Prazer, Marta. Me chamo Liliane Medeiros. — Falei e ela apertou a minha mão.

— Liliane, acho que você é a solução para os meus problemas. — Mal sabia eu que depois de conhecer aquela mulher meu mundo iria virar de ponta a cabeça.

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Olha quem está de volta, pessoal! Quem ainda não conhece essa é uma ótima oportunidade. Estarei repostando o livro duas vezes na semana, na terça e na quinta e deixarei aqui por um tempo limitado, então não percam a chance de reler essa história linda. 

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Beijos de luz

Giuli Tavares 

Veia de Lutador REPOSTANDOWo Geschichten leben. Entdecke jetzt