Capítulo 1 - Dominick

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Olá, amores e amoras! Dia 13 finalmente chegou! E com ele, nosso Rei delícia chegou também. 

Quanto aos dias de postagem, por enquanto, postarei todas as segundas e quinta-feiras! A história ainda está sendo escrita e quando eu tiver uma boa quantidade de capítulos escritos, eu aumento os dias de postagem, viu? 

Espero imensamente que gostem do livro, estou com aquele frio na barriga de ansiedade e louca para ver os comentários e todos vocês! Mal posso esperar :3 

Entrem no grupo do Facebook: Romances - Tamires Barcellos. 

Beijos, pessoal! <3 

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"Tudo o que eu tenho está sobre o chão"

- Turning Tables (Adele)

22 de fevereiro de 2015

Olhei para a enorme escultura feita de mármore Carrara. Era meu pai, deitado, com as duas mãos sobre o peito. Estranho pensar que faziam esculturas bonitas e realistas daquela maneira, para tampar a tumba de uma pessoa morta. Foi assim com minha mãe e agora era com meu pai, os dois enterrados lado a lado, em um mausoléu dentro da maior Igreja Católica de nosso país.

Coloquei as mãos nos bolsos do meu sobretudo preto e suspirei, finalmente sozinho naquele dia tão triste para Orleandy. Todos amavam meu pai, que sempre foi um Rei dedicado, gentil e justo. Fazia questão de estar em todas comemorações festivas do país e sempre fazia seu discurso televisivo em datas especiais, como Páscoa e Natal.

Uma pena que ele não sentia toda a alegria que demonstrava em seus discursos longos e bonitos, escrito por algum conselheiro do Parlamento. Pena também que ele, como homem e pai, não era nenhum pouco parecido com o Rei altivo e sorridente para o povo.

O Patrick que eu conhecia era um homem distante, frio, que colocava a culpa da morte de sua mulher nos ombros do seu único filho. Sim, minha mãe morreu ao me dar à luz, mas não creio que tenha sido de todo a minha culpa. Quando era pequeno eu não entendia. Todos no reino tinham uma mãe e eu não. Com o tempo, foi me explicado que minha mãe teve uma complicação no parto, onde viveria ou ela, ou eu e ela escolheu me deixar viver.

Acho que meu pai nunca aceitou isso muito bem. Podia ver em seus olhos o quanto era apaixonado por minha mãe, seu quarto, onde passava a maior parte de seu tempo, era repleto de quadros e pinturas de minha mãe e ele nunca mudou sequer um objeto que ela tinha colocado ali. E eu... Bem, eu fui criado por Norah, a governanta do palácio. Posso dizer que se tenho uma veia emotiva no meu corpo, era por causa dela, aquela senhora baixinha e rechonchuda, que corava na velocidade da luz.

Ela foi minha mãe e meu pai. Foi meu porto seguro, me ensinou coisas fundamentais, enquanto meu pai se aproximava de mim apenas para dar alguma lição sobre ser o "Rei Perfeito". Tenho certeza que, se não fosse contra a ética e a dinastia, ele escolheria meu primo Dimir para ser Rei, apenas porque não gostava de mim. Mas, como não era possível, seu principal objetivo era fazer de mim um homem digno de ter o trono que sempre pertenceu a sua família.

Agora, eu seria o Rei. Pensar nisso não me deixou tão feliz quanto eu ficava quando era criança, quando em, raríssimas vezes, meu pai me dava um sorriso orgulhoso por ver que me dedicava em seus ensinamentos. Sempre lutei para dar orgulho a ele e acho que tudo isso foi em vão. Agora, entretanto, não tinha mais como fugir.

Estava pronto, preparado e decidido. Seria o novo Rei de Orleandy e daria seguimento a tudo o que meu pai construiu.

Assim, quem sabe, ele não sinta orgulho de mim, mesmo estando longe, no céu.

A Paixão do Rei - DEGUSTAÇÃOحيث تعيش القصص. اكتشف الآن