cap 3<3

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Spirito resmungava de dor, enquanto estava sentada numa maca, tendo seu dedo examinado na enfermaria do colégio. Ele estava vermelho e inchado.

- Eaí, o que rolou com meu dedo? - Perguntou, enquanto fazia caretas.

- Não chegou a quebrar, mas houve uma luxação. - Disse o doutor.

- Oh meu Deus, mi cielo está bem? - Sônia Rey adentra a enfermaria, preocupada.

- Está sim, senhorita, ela só teve uma luxação. Será necessário passar esta pomada e enfaixa-lo todos os dias. - Recomendou o doutor, entregando um pequeno pacote à Marizza.

- Obrigada por cuidar da minha pequena, doutor. - Agradeceu Sônia, sorridente.

Marizza pulou da maca, entediada.

- Não há de quê, Sônia Rey. - Ele beijou a mão da mulher, encantado.

A adolescente revirou os olhos, bufando.

Saiu apressada dali, marchando até seu quarto, ignorando os chamados de sua mãe.

No caminho, esbarrou com um certo loirinho, que procurava Marizza em busca de respostas.

- Achei você. - Ele disse, aliviado.

- Agora não, He-Man. - Ela ia continuar andando, porém o garoto a segurou, a colocando de frente para ele novamente.

- Agora sim! Me diga, o que seu pai fez de tão sério que te deixou traumatizada?

- Por quê se importa?

- Eu.. Eu não me importo, eu só acho que você deveria tentar não pensar muito nisso e no que passou... Para não prejudicar a banda! - Ele desconversou, de braços cruzados.

Ela se aproximou lentamente, com uma expressão indecifrável.

- Relaxa que dos meus problemas, cuido eu! Eu não misturo as coisas igual um certo alguém, eu nunca coloquei nenhum amante meu para morar no meu local de trabalho, até porque, isso seria estranho e irresponsável. Então, relaxa, Pablito, eu sei me virar melhor do que você nesse quesito. - Sorriu debochada, esbarrando em seu ombro de propósito.

Alguns segundos depois e Sônia aparece no mesmo corredor, preocupada.

- Viu a Marizza? - Perguntou à Pablo.

- A sua filhinha mal-educada acabou de passar por aqui, provavelmente indo para o quarto dela. - Disse ríspido, passando pela mulher, sem nem esperá-la responder.

- E depois, mi ciela que é mal-educada, ugh, onde já se viu.. - Reclamou Sônia, caminhando até o dormitório de sua filha.

- Filha, eu quero que me diga agora o que aconteceu com o seu dedo. - A mulher diz, ao adentrar o local desejado.

- Nada, mãe. Me deixa em paz. - Sua voz é abafada pelo travesseiro, onde sua cara estava afundada.

- Mi cielo, o que aconteceu? Fala pra mamãe. - Ela se senta na cama, acariciando as pernas da filha.

- É o imprestável do homem que mandou o esperma pro seu útero, mamãe! Ele que aconteceu! - Ela se sentou na cama, cruzando os braços, enquanto bufava irritadiça.

- Não fale assim do seu pai, Marizza, nós já conversamos sobre isso..- Ela foi brutalmente interrompida.

- O que acontece, mamãe, é que foi o meu "querido papai" que fez isso com meu dedo!

- O quê? Você está brincando com a minha cara, não é, mi cielo?

A ruiva apenas respirou fundo e saiu da cama, indo para o andar de cima de seu quarto.

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