Julieta Delvecchio é a irmã mais velha das quatro irmãs Delvecchio. Criada em uma família típica italiana por seu avô Enrico. Ela é a CEO da empresa da família.
Com quase trinta anos, Julieta é casada com o seu trabalho, não acreditando no amor...
— Ele sabe o básico como nós, parece que na semana do meu casamento ela recebeu a primeira ameaça e tudo começou a correr. Ela se transformou e ele me pediu ajuda.
— Martín é um bom rapaz. Compartilhe com ele o que estamos fazendo e peça pra ele ficar atento. — Precisamos formar uma força tarefa, ajudar a Julieta.
— Sim, senhor. Farei tudo como pediu.
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Julieta
— Eu estou com as plantas e agora vamos estudar todos os pontos cegos, ok? — Digo aos jovens da central de segurança.
Estar aqui é como reafirmar a reta final, uma semana para a festa, oitenta e cinco anos de empresa. Um sonho e ao mesmo tempo tudo pode ser desesperador.
— Certo, senhorita Delvecchio. —Filippo pronuncia como líder. — Há pontos cegos nas áreas externas e em alguns corredores que dão para o banheiro e no almoxarifado.
— Precisamos colocar quantas câmeras forem necessárias. Inclusive nessa saída aqui. — Aponto na planta. — Precisamos de seguranças qualificados também. Vou confirmar as listas de presença.
— Precisamos reforçar e convocar uma equipe extra?
— Sim. Precisamos de uma equipe que fique a postos, esses eventos podem acontecer de tudo. — O telefone em meu bolso vibra e eu olho no ecrã o nome Cynthia cintilar.
Essa mulher já está me tirando do sério! Está sempre me ligando pra criticar, falar do Martín e reclamar de tudo. O que ela tem na cabeça? Porque eu fico aturando essas coisas.
Ignoro a chamada e volto a focar no plano de segurança que estamos montando para a festa.
— Então vamos conferir a lista, convocar uma equipe extra e colocar mais câmeras no local? - Filippo confirma.
— Sim e teste todas as câmeras, quero que todas estejam funcionando. E que as gravações tenham um backup, uma cópia de tudo.
— Estamos trabalhando pra Cia? — Um dos meninos pergunta rindo.
— Você não sabe o quanto de coisas podem acontecer numa festa como essa. O quanto de sabotagens podem acontecer, precisamos nos adiantar.
— Falando nisso. Eu estava fazendo a análise de dados do nosso sistema e conferindo se todas as redes estava ativa e eu descobri uma coisa em sua sala….— Filippo muda o foco e abre seu notebook.
— O que você quer dizer com isso?
— A cada dois dias, fazemos avaliações periódicas das nossas redes. Antes de ontem não estava, mas hoje já estava. — Ele continua teclando em seu notebook e mostra algo que pisca na planta que mostra meu escritório.
— Isso é o que? Uma câmera? — Pergunto surpresa.
— Pode ser uma câmera ou uma escuta, algo do tipo. — Filippo continua mexendo e vejo que o mapa se expande mostrando apenas a minha sala e o local aproximado onde está. — Consegui dar um tipo de zoom. E desde cedo, está no mesmo local, é bom porque é algo fixo. E só tem uma.
— E pelas câmeras não é possível ver alguém que colocou? — Tento relembrar quem esteve em minha sala.
— Mesmo que tentássemos ver, o dispositivo pode estar lá a muito tempo e só agora foi ativado. Como eu sei disso? Ele acabou de ser desligado, olhem aqui.
Todos miramos a tela do notebook e vemos que a luz deixou de piscar.
— E agora? O que faremos? — Pergunto tentando me manter tranquila.
— Precisamos encontrar e retirar. Olha! Voltou a piscar! Precisamos ir até lá e encontrar isso.
Todos nos levantamos em conjunto e seguimos juntos para o andar da presidência. Por que temos que passar por tudo isso?
Olhamos cada milímetro da minha sala e não encontramos, rodamos os quadros, pequenas quinas, debaixo da mesa, estantes e nada.
— Onde está isso? — Filippo suspira esgotado como todos.
— Se eu fosse algo pequenininho, onde estaria? — Sussurro andando pela sala. — Olhem na lixeira!
Os meninos correm para olhar. — Nada…
— Aonde eu estaria? — Caminho enquanto meus olhos notam o pequeno quadro com as fotos da minha irmã. — Ali! — Aponto. — Tem que estar aí.
Caminho ansiosa pela sala enquanto os meninos olham o quadro.
— Aqui! — Felippo mostra um pequeno aparelhinho que ele esmaga com as próprias mãos. — Uma escuta. Definitivamente estamos encrencados…
As coisas estão ficando piores do que eu imaginei.
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Celina
— Senhor Delvecchio, nossa escuta foi destruída. Juli é muito esperta. — Sussurro ao telefone.
— Mas como? Não faz nem um dia que colocamos! Tente outra abordagem!
