❝O café da madrugada é o melhor...❞ - 𝐏𝐑𝐎𝐋𝐎𝐆𝐎

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Bom diaaaaa! Fic nova e S/N. Queria postar para saber se vcs gostariam de uma continuação e já estou ansiosa. Apenas um esclarecimento: Não se passa no UCM. Vejam isso como um episodio de What If. É de uma realidade alternativa, onde os Vingadores são as Vingadoras (um grupo somente com heroínas), okay? Okay

Espero que gostem <3

Você suspirou ao deixar sua pequena moradia, uma xícara de café em suas mãos

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Você suspirou ao deixar sua pequena moradia, uma xícara de café em suas mãos. Era manhã, um pouco perto das 4:30, quando você empurrou a porta da frente, sentando-se em um dos degraus da escada. Como de costume, você já estava fora da cama tão cedo.

A fumaça quente do líquido preto atingiu o seu rosto, tal contato sendo confortável o bastante para arrancar um sorriso fraco seu. Você não escolhera nada em seu armário para alimentar-se, não tendo o costume de comer pela manhã.

Salem não estava movimentada, e não apenas pelo horário. As lendas das falecidas bruxas mortas, o massacre da Igreja Católica e os castigos eternos nas chamas traziam relatos aterrorizantes de visitas das almas atormentadas das bruxas de Salem.

Você deu de ombros. O sobrenatural não te assustava, de fato. Como faria? Você tinha uma mãe conhecida como Agatha Harkness, a qual assassinou o próprio coven com um mover de dedos. Você era a filha da bruxa mais velha existente, a última restante dos atentados em Salem. Você foi criada e treinada por uma portadora de magia obscura, que conhecia quase todos os feitiços existentes no Darkhold e se relacionara com Mephisto anos atrás para ter você e o seu irmão gêmeo, Nicholas Scratch.

Como você teria medo de assombrações e fantasmas do passado?

— S/N... — Você não assustou-se ao escutar sua mãe aproximar sorrateiramente de ti. Era óbvio que aquilo aconteceria a qualquer instante, afinal Agatha não costumava dormir durante a madrugada, aproveitando para treinar e aprimorar cada vez mais o seu conhecimento no pequeno porão da residência compartilhada. Señor Scratchy saltou no chão, próximo dos pés de Agatha, e pulou para deitar-se em seu colo. — O que faz acordada, meu amor? — Impressionantemente, Agatha era carinhosa - somente contigo e com o Señor Scratchy.

— Oi, mãe. — Você sentiu ela inclinar-se para colocar um beijo no topo de sua cabeça. Em seguida, ela sentou-se ao seu lado, as órbitas azuladas atentas em suas íris. — Você não deveria estar no porão agora?

— E você não deveria estar na cama, criança? — Ela não respondeu o seu questionamento, rebatendo a sua pergunta num tom repreendedor. Você franziu o cenho, meramente ofendida.

— Eu não sou mais criança. — Você afirmou, bebericando um gole de seu café. — Já tenho 21 anos, mãe... Sou uma adulta, poderosa e responsável. Não preciso de um horário para dormir. — Você estufou o peito em superioridade.

— Eu tenho 350 anos, S/N. Você não passa de um feto pra mim, e olha que já te vi crescer por mais de 18 anos. — Agatha gesticulou com os dedos, fazendo a xícara de café desaparecer de suas mãos. Você a fitou com incredulidade. — O que? É muito cedo para tomar cafeína, mocinha.

— Mãeeeee... — Você resmungou frustrada. — Pare com isso, você sabe que o café da madrugada é o melhor. — Agatha balançou a cabeça, negando-se a entregar a xícara de café novamente. — Chata. — Você estirou a sua língua, escutando a risada baixa de Agatha Harkness. — Eu não estou com muito sono, okay? Qual a graça em dormir quando a noite é o melhor momento do dia? Paz e silêncio... E a escuridão acima sobre nós.

— Você fala isso como se gostasse tanto de silêncio, S/N. — Agatha cruzou os braços, provocando você. Novamente, você não evitou revirar os olhos, um tanto frustrada com a zombaria de sua mãe. — Tudo bem... Quando vai me contar a verdade por não dormir, querida? — Você sabia que não poderia mentir para a sua mãe. Era quase impossível, de fato. Agatha lia você como um livro aberto.

— Você sabe o motivo, mãe. — Não precisava de tantas respostas para Agatha compreender o que se passava em sua mente. Você suspirou, transparecendo tristeza, uma certa agonia renascendo em seu peito. Agatha lamentou por você, sentindo-se tão culpada pelas suas escolhas. — Sinto muito... Eu sei que você não gosta de lembrar-se do passado, mas essa casa é tão... Dolorosa, mãe.

— Você não precisa desculpar-se por ter sentimentos, filha. — Agatha resmungou, quase te repreendendo por sua afirmação anterior. O Señor Scratchy enrolou-se contra a sua camiseta, sentindo o seu calor. Você sorriu largamente, passando os seus dedos pelo seu animal de estimação - na verdade, era o de sua mãe, mas ninguém amava Señor Scratchy tanto quanto você. — Eu entendo que não goste daqui.

— Não, eu gosto! — Você a interrompeu num berro um tanto baixo. — Eu gosto de viver aqui, eu gosto de viver com a senhora, mas... Ainda tenho pesadelos daquela noite como se tivesse acontecido agora. — Você olhou para as suas próprias mãos, lamentando. Você jurou que havia sangue ali, por isso piscou repetidamente para livrar-se das memórias. Felizmente, os seus dedos estavam limpos. — Não sei como você não me odeia, mãe.

— Eu nunca poderia te odiar, filha. — Agatha passou um braço sobre os seus ombros, puxando-te para deitar-se sobre o seu ombro. Você aceitou, amando o abraço de sua mãe. Ela sempre transparecia tanto calor e conforto. — Naquela noite, você deu o máximo para nos salvar, meu bem... Como eu poderia te culpar? — Agatha inclinou-se para beijar o topo de sua cabeça, alisando o seu braço coberto pelo seu moletom favorito. — Você é minha filha e isso é o mais importante, okay? Não sinta-se culpada, nunca mais... Eu te proíbo, S/A. — O seu tom tinha autoridade.

— Você não pode me proibir nada, mãe... Não sou mais criança. — Você divertiu-se com a careta emburrada de Agatha. Ela te empurrou com o ombro, fingindo irritação. — Estou brincando... Sei que está fazendo isso pelo meu bem, mãe. E prometo tentar não mais me culpar... Eu juro. — A sua promessa já era o bastante, por mais que Agatha soubesse que você não iria cumpri-la. Você era tão teimosa quanto a sua própria mãe.

— Você sabe que eu te amo com todo o meu coração, não sabe? — Agatha quis ter uma confirmação sua e ficou satisfeita quando você balançou a cabeça definitivamente. Em silêncio, você respirou fundo e apenas encarou o horizonte escuro, coberto apenas pela luz da Lua e as estrelas sob o céu. Você já estava preparando-se para um outro dia monótono em Salem, mas apenas não esperava que a sua vida iria mudar completamente nas próximas horas. E que a chegada de duas pessoas em Salem faria a sua vida virar de cabeça para baixo. 

Continua ou não?

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Continua ou não?

Fairy Tale ⁀➷ S/N ✘ WantashaWhere stories live. Discover now