XXVIII - Ligação e Coincidência

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Antes que Jake dissesse alguma coisa, seu nome é convocado na iluminação.
Ele se retira e Vitória novamente fecha a porta.

- Melhor nem debater muito. Jake é muito obstinado. - Vitória aconselha.
- O que ele tem de bonito, tem de rígido. - Acrescenta.

- É, eu percebi. - Gargalho.

- Uma peninha ele ser casado. - Vitória sorrir.

- Não, ele não é casado. Se divorciou. - Respondo.

- Sério? Eu achei que eles tinham voltado. Nunca o vejo dando assunto pra nenhuma mulher. - Ela diz.

É a segunda pessoa que diz isso sobre o Jake, chega ser chato e até entendo sua insistência em se manter oculto.
Não parece ser o caso da Vitória, mas há muitas mulheres que devem ter interesse apenas em sua verba diária, qualquer pessoa no lugar dele, se manteria fechado. E é claro, também pela sua beleza simétrica e pelos cuidados com o corpo, ele poderia escolher com o dedo.
Talvez seja só porque aqui é um local de trabalho, Jake leva isso muito a sério. Além de ser uma figura pública.

- Acho que ele prefere manter a vida pessoal dele fora daqui. - Opino.

- Sim, pode ser. - Vitória assente.
Mudamos de assunto assim que uma atriz entra no camarim.

Continuo passando à ferro com todo cuidado do mundo os dois últimos figurinos até a hora do almoço.
Jake bate na porta e abre.
- Venham, meninas. Precisam comer alguma coisa... - Ele chama.
Vitória encerra seus afazeres e caminha para fora do camarim e eu a sigo.

Bem no momento em que paramos para almoçar, Jake teve que se isolar para atender uma ligação pessoal e que aparentemente parecia ser importante.
Continuamos caminhando para fora do estúdio no meio de toda a equipe de filmagem. Uma união da equipe de Jake e de mais dois produtores.

Felipe caminha ao meu lado e começa a puxar assunto sobre a surpresa de amanhã...
- Você vai participar mesmo? - Ele questiona.

- Claro que sim. Podem contar comigo. - Respondo.
Eles estão adquirindo um certo valor de cada funcionário do Jake, para realizar uma mini festa.

- Luís aconselhou que não seria uma boa ideia fazer nada chamativo, porque para Jake isso acabaria desconcentrando a equipe de seus deveres. - Felipe explica.
- Como ele lutou quase a vida inteira muay thai, podemos encomendar um bolo personalizado neste tema. Ou então, de alguma banda metal, ele gosta também. - Felipe acrescenta a ideia da equipe.

Eu não sabia que Jake já havia feito artes marciais, é novidade para mim.
Apesar de admira-lo muito, há bastante coisas que eu preciso saber sobre ele.

- Podemos incluir salgadinhos, uma torta salgada e frango a passarinho... - Interrompo Felipe.

- Melhor alguma coisa doce, não? - Questiono

- Pode ser, então salgadinhos, porque não pode faltar... - Felipe brinca e eu automaticamente sorrio. - Torta salgada e um pudim. - Acrescenta.

- Pavê é melhor. - Luís opina entrando na conversa enquanto caminhávamos.
- De chocolate. - Luís acrescenta.

- Ótimo, então. - Concordo.
- Me mandem o pix pelo WhatsApp, que eu envio a minha parte. - Confirmo a minha presença.

Eles assentam e mudam de assunto assim que Jake se aproxima de nós três.
Ele caminha atrás de mim e logo chegamos no restaurante que ficava ao lado do estúdio.
Aparentemente, pelas conversas que captei acidentalmente, o estúdio arcaria com os gastos das três equipes de filmagens.

Já havíamos feito nossos pedidos... Eu optei por panqueca de carne moída, a maioria preferiu churrasco e o Jake preferiu frango grelhado e salada.

Aproveitando que o prato ainda não havia chegado, aproveito para ir ao banheiro trocar de absorvente de novo.

Jake estava em pé, conversando com o diretor. Mas assim que ver eu me afastando deles, interrompe por alguns segundos o diálogo para questionar preocupado...
- Está tudo bem? - Pergunta de maneira gentil.

Paro em sua frente e admiro seu lindo rostinho atencioso.
- Está sim, eu vou ir ao banheiro. - Respondo em forma de sussurro.

Ele assente com a cabeça e diz: Qualquer coisa me liga.

Eu coro e ao mesmo tempo me sinto agradecida.
Foi uma forma dele dizer que eu posso contar com ele para esses momentos e outros também.

Desconsiderando o fato dele ser garoto de programa, acho Jake um cara muito legal e gentil, pelo menos comigo.
Ontem, quando saímos, ele disse que estranhamente confia em mim, uma pessoa que ele só dialogou enquanto estava bêbada e pelo Instagram, por uns três dias.
Jake não parece ser do tipo emocionado, como eu, muito pelo contrário.
Então, se ele confia mesmo em mim, como demonstrou... E se eu, fico tão retraída e impetuosa debaixo de seus olhos...
Sou suspeita em dizer que temos uma ligação. Pode ser pura atração, pura química, não sei dizer ainda.

Mas, está longe dos meus princípios viver um relacionamento aberto, está longe dos meus princípios ter ao meu lado uma pessoa tão "vivida" assim, e eu jamais pediria pra ele mudar alguma coisa.

Lavo minhas mãos em uma das pias, após ter substituído um absorvente pelo outro.
Caminho de volta para o local de alimentação e noto Jake já estava acomodado.

Me sento ao seu lado e ouço de forma passiva seus funcionários dialogando.
Jake permanecia calado, como sempre, só respondia objetivamente aquilo que eles perguntavam sobre a próxima gravação.
Nossos pratos chegaram e começamos a comer.

Levo meus olhos em toda a mesa a procura do sal, estava bem ao lado de Jake, então estico meu braço para alcançar sem sucesso. Ao notar isso, Jake leva o pequeno saleiro até mim e eu agradeço.

- Aconteceu alguma coisa? Você pareceu nervoso com a ligação. - Pergunto em tom de sussurro, já que o local estava rodeado por vozes repentinas.

Pelo pouco que conheço o Jake, essa minha pergunta foi um pouco intrometida, então aguardo silenciosamente uma resposta gelada.

- Minha mãe, ela fez uns exames e está aguardando o resultado. Acha que está doente. - Ele responde tranquilamente.

Confesso que esperava uma ignorância, ou uma resposta bem vaga, como forma de dizer: Isso não é da sua conta.
Mas, eu já fiz tanta pergunta a ele, descobri tantas coisas também, que ele aparentemente não se importou com isso.

- O estado dela é grave? - Questiono.

- Não, são só alguns sintomas. A preocupação é que ela tenha o mesmo problema que a minha falecida irmã teve. - Ele responde e em seguida leva uma colherada até a boca, de forma muito desanimadora.

Mais uma novidade, eu não imaginava que ele tinha uma irmã falecida.
- Eu sinto muito por isso. - Solto de maneira doce.
Jake leva seus olhos aos meus, e abre um curto sorriso de lábios fechados como agradecimento.

- Eu aposto que a sua mãe não tem nada. - Digo.
- Ela está em luto ainda, esses sintomas devem ser psicológicos. - Opino.
- Minha irmã perdeu um bebê depois de nove meses, ela ficou com sintomas da doença que causou o óbito dele e também sentiu como se ele ainda estivesse na barriga. - Acrescento.

- Eu sinto muito por isso também, deve ter sido difícil. - Jake diz.

E foi, era o primogênito da minha irmã, ela ficou péssima e nós vivíamos na preocupação do que ela poderia fazer com a própria vida.

- Sua mãe está bem, eu tenho certeza. - Falo de forma confortante e ele sorrir de maneira mais ampla.

Eu não sei que doença ele está se referindo, eu acho que seja câncer.
Mas não vou perguntar isso.

- Eu queria muito conhecer sua mãe um dia. - Solto por impulso.
Mordo meu lábio inferior para substituir a dor do constrangimento e do arrependimento.

- Mesmo? - Ele pergunta.

Fico muda.
Jake deve está me achando uma menininha emocionada.
Que droga.

- Eu pensei em te levar nos meus pais amanhã. - Jake diz após notar que eu fiquei sem graça.

- Achei que você iria rir, se eu convidasse. - Acrescenta.

Balanço minha cabeça de forma negativa e franzo o cenho. - Não, claro que não. Eu não faria isso. - Digo. 

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