AMOR A FLOR DA PELE

Amor a flor da pele (parte 1)

 Catharine uma  bela jovem,cabelos longos e escuros sempre jogados ao vento,corpo de modelo, sorriso de menina tímida, e aquele olhar misterioso.
 Catharine acabará de sair de um turbulento casamento, um marido possessivo e machista daqueles que achava que tudo se resolveria aos gritos, achava que Catharine lhe devia respeito, mas um respeito que ele mesmo não dava a sua doce esposa, para ele Catharine deveria era ficar em casa pois ele tinha pavor de serviços domésticos então era dever de sua esposa dar a ele a casa limpa, comida feita e roupa lavada, e se quisesse trabalhar que fosse , mas que mantasse suas devidas obrigações dentro em casa. E já que trabalha que pague a suas próprias contas e não me peça nada, e o que pedir que me pague!
 Catharine sempre sonhadora, gostava de trabalhar , e dava sempre o seu melhor pois se fosse pra fazer algo que fosse com perfeição, ela trabalhava em uma pequena escola próximo a sua casa onde dava carinho e amor para aquelas crianças, seu ponto de paz era ali na pequena escola, os doces abraços, os meigos sorrisos davam a alegria a satisfação que não tinha em casa.
 Era uma tarde fria de outono, Catharine resolve colocar seu lindo vestido e ir dar um passeio, ela tinha o estranho costume de ficar andando pelas ruas sem um destino certo,colocava o mundo nos ouvidos e saia a caminhar, aquilo dava a ela uma paz interior inexplicável, para as pessoas parecia algo estranho mas para ela não, adorava ficar andarilhando por ai. Estava angustiada sem saber o que seria de seu futuro, afinal uma moça recatada e do lar, tão jovem divorciada, o que seria dela, casou imaginando que ficaria até seu ultimo suspiro ao lado do seu esposo, e agora sem rum na vida, sozinha uma menina de poucos amigos, a mente um turbilhão de pensamentos, o coração vazio pois já não amava seu ex a muito tempo.
 Distraída andando na rua de repente alguém teve sua atenção de forma especial, um homem, sim um homem qualquer passando pela rua de bicicleta, aparentemente com seus 40 e poucos anos, com uniforme do trabalho, um azul que rotineiramente seria um azul horroroso, mas naquele dia pareceu mais lindo que o azul do céu, quando ela o olhou viu algo de especial nele, seus olhos pareciam transportar Catharine para um outro mundo, ela  não sabia explicar que coisa estranha acontecerá dentro dela, era um sentimento estranho ela nunca havia sentido isso antes, ainda mais por um homem qualquer, mas que coisa louca Catharine, um estranho que com certeza nem a percebeu como além de uma jovem menina andando pela rua como qualquer outra.
 Ela ficou andando, relembrando daquele homem, seu pensamento começou a voar, mas Catharine nem sabia quem era "- que se dane, nem o conheço ,parar de pensar besteira, e colocar meus pés no chão''. Os dias se passaram e por hora ou outra ela relembrava daqueles olhos, era como se algo puxasse Catharine a estar perto daquele homem, ela resolve então sair novamente no mesmo horário na expectativa de avista-lo por ai, ela nem se deu conta quando percebeu estava mais arrumada que os demais dias, andando com os fones no ouvido e um olhar misterioso a procura daquele alguém desconhecido. Dia frustado para Catharine, andou, andou e não o encontrou. Ao chegar em casa naquela noite sua prima a convida para ir em uma igreja ali próximo dali, Catharine desiludida da vida sem saber o que o futuro lhe reservara, resolve aceitar, ela se arruma de um jeito mais ou menos afinal sua vida já estava sem graça, o desanimo já havia habitando dentro dela, ela vai então em companhia de sua prima, ela entra pela porta e de repente tomada de um susto Catharine fica pasma, sua aparência fica pálida, temendo um desmaio sua prima sussurra em seus ouvidos ''-Catharine, Catharine, Está tudo bem? Você está branca, quer voltar para casa?.'' sem conseguir dizer uma só palavra ela apenas sacode a cabeça negando voltar para casa, ela respira fundo entra porta a dentro e escolhe o lugar do canto lá no fundo como se quisesse se esconder de algo ou alguém.