''Naquele momento eu soube que, o que eu estava planejando fazer seria para o meu próprio bem, mesmo que talvez eu não voltasse para casa. ''
Depois da morte de seu pai, Eva se via em constante problema com seu padrasto. Ao completar seus 18 anos...
Insônia, dor de cabeça, coração acelerado e um sentimento muito perturbado. Era o que eu sentia agora, resultado de 11 anos atrás, quando minha mãe resolveu ter um novo homem em sua vida. Um homem chamado Kevin, que sempre garantia que eu não houvesse paz enquanto ele estivesse por perto. Meu coração estava quebrado, e eu sabia que ao fazer 18 anos, eu teria que tomar um rumo na minha vida.
Restando 1 dia para o meu aniversário, abri o computador com a cabeça há milhão depois de uma discussão com meu padrasto. Naquele momento eu soube que, o que eu estava planejando fazer seria para o meu próprio bem, mesmo que talvez eu não voltasse para casa. Eu comprei uma passagem para a casa do meu tio Leo. Já tinha falado com ele sobre isso há duas semanas atrás e ele estava disposto a me acolher. Não deveria ser difícil morar em uma cidade pequena, eu espero.
No dia seguinte:
- NEM PENSAR! - Ouvi minha mãe vindo, gritando ao subir as escadas em direção ao meu quarto. - Eva, você está louca? e olha, eu espero que você não tenha falado nenhuma abobrinha para a sua avó e seu tio, entendeu? Depois quem é a mau da história sou eu.
Incrível. Eu ainda não me acostumei com os surtos da minha mãe, mesmo sabendo que ela nunca procurou em saber como me sinto em relação á tudo. Ela não foi muito presente na minha vida, mesmo eu vindo morar com ela após a morte do meu pai. Meu pai!pensei. Se isso não tivesse acontecido anos atrás...
- Mãe, não se preocupa com sua reputação, garanto que ela está intacta. - ironizei. - E se me der licença, preciso ir antes que eu perca o ônibus. Tchau.
Não pude olhar para a cara do meu padrasto enquanto ele colocava minhas malas no táxi. Ele um dia me tratava bem e no outro agia como se eu fosse uma escrava ou uma qualquer. Mas agora eu estava partindo.
Ao embarcar no ônibus, comecei a pensar no que eu estava deixando para trás. Meus amigos e a vida que eu queria estar construindo na faculdade. Tudo sendo perdido por uma pessoa. Parece exagero, mas se eu ficasse um dia a mais naquela casa, eu poderia ser capaz de se tornar violenta a julgar pelo meu estado emocional nos últimos meses, então foi melhor assim.
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