1. Quase...

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Então aqui estou eu, ouvindo um cara com um Quociente de inteligência drasticamente menor que o meu, porém, malditamente gostoso, apenas fingindo que estou prestando muita atenção, como a pessoa legal que sou. Fala sério, nós sabemos onde essa noite vai acabar, e sinceramente, se duas pessoas querem se pegar, seja direto, sem todo aquela cena chato de “nós precisamos nos conhecer para depois transarmos”, ambos sabemos que será sò uma noite, apenas sexo casual, então logo depois, puuff, nunca mais vamos nos ver, e se nos vermos, agir como se fôssemos desconhecidos, pra que toda essa enrolação? A única pergunta que precisamos levar em conta é “Você tem aids?”, apenas isso.

Tão simples que seja a ser simples demais.

- Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, em relação ao universo, ainda não tenho certeza absoluta. - falo aleatoriamente enquanto passo a ponto do dedo na borda do copo de champagne, interrompendo o rapaz que eu não lembro muito bem o nome. Levanto o olhar a tempo de ver o garoto me olhar como se não estivesse me entendendo. Reviro os olhos.

Anta. Penso.

- É uma frase do Albert Einstein. - explico com a voz sem cor, ainda olhando pro copo. Isso já está ficando malditamente chato.

- Ah, sério? Legal. - reviro os olhos mais uma vez. Se minha mãe estivesse aqui ela provavelmente já teria me dado um tapa na cara e diria que se eu quero ficar vesga, ela mesma pode fazer isso, e não por obra minha. Carinhosa como eu, deve ser de família.

Rio com o meu pensamento, o garoto olha pra mim sorrindo provavelmente achando que tinha me feito rir. Ata.

Mais cinco minutos se passaram e eu não havia falado nada, enquanto ele falava o quanto era gostoso, não sei como o ego desse cara coube na minha casa. Meus ouvidos já haviam tido várias hemorragias e eu provavelmente morreria se tivesse mais uma. Me levanto de supetão do sofá largando meu copo em cima da mesa de centro, caminhando até ele e tirando minha blusa, a reação dele quase me fez rir, idiota. Tiro o copo de sua mão e sorrio maliciosamente. Não que eu seja uma vadia, apenas gosto de me divertir as vezes.

- Que tal nós pularmos pra aquela parte que nós estamos loucos pra pular? - falo sorrindo sapeca. Não dou tempo dele responder, e ataco seus lábios bonitos, o mesmo corresponde na mesma ferocidade, esse cara sugou toda minha paciência.

Ele coloca uma mão na minha cintura e outra na minha nuca, aproximando nossos corpos, puxo sua camiseta passando a ponta dos dedos nos gominhos de sua barriga, parto o beijo ofegante e desço pro seu pescoço deixando ali beijos e mordidas, e quando ia fazer algo mais ousado, a maldita campainha toca. Decido ignorar e contínuo.

Até que ouço minha voz preferida chamar meu nome do lado de fora da minha casa. Levanto e pego minha blusa e a do Nick, Kimmi, do garoto do chão e a jogando na sua cara. Mando - o se vestir e dar um jeito no volume da calça.

Corro pra porta e quando a abro, um poste de cabelos cacheados, olhos verdes e covinhas, sorriso branco e fofinho, está com uma touca verde na cabeça, uma calça de moletom cinza, e uma camisa dos Ramones, está me olhando radiante como sempre, e o mais importante, com uma sacola de coisas que eu sei muito bem o que são.

- Onde está suas chaves? - o abraço quando entra.

- Por quê está com perfume de homem? - fala cheirando meu pescoço, o afasto com a mão.

- Perguntei primeiro. - falo colocando as sacolas em cima da bancada logo depois me encostando na mesma, enquanto Harry abre a geladeira e pega duas latinhas de coca - cola.

- Perdi no chiqueiro que Louis chama de casa. - faz sentido, as vezes nós perdemos até mesmo Louis lá. Por ele ser baixinho, e a casa dele ser muitoooo bagunçada, e tals. O olho quando sinto dois pares de olhos verdes semicerrados me analisando, odeio quando ele me olha assim, parece que sabe o que estou pensando ou escondendo.

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⏰ Last updated: Nov 22, 2017 ⏰

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