Capitulo 1

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Após o casamento e a revelação de Tereza sobre o novo membro da recente família, Patrick começou a duvidar se tudo aquilo era real, se realmente ele estava tendo uma nova oportunidade de ser feliz, de ter uma nova família.
Seis meses depois, Jane segurava a filha nos braços enquanto a balançava para um lado e para o outro, até notar que a pequena havia pegado no sono. Tereza estranhando a demora do Marido, levantou-se da cama e seguiu ao quarto de sua filha, ao chegar se encostou no batente da porta observando-o colocar o fruto do amor deles no berço.
-Você está segura, você é amada e você é sábia.- essas foram as palavras do homem loiro - não achei que diria essas palavras tão cedo depois que Charlotte morreu. Você deveria estar na cama !
- Bem, eu estava, mas você demorou então vim me certificar de que não fugiu. - ela recebeu um beijo amoroso em sua testa.
- Jamais querida - ele respondeu puxando Tereza até o quarto do casal.

Lisbon chega no prédio do FBI e logo avista Cho e Kim conversando.
- Bom dia Chefe - disseram os dois juntos, a fazendo sorrir. Ela ainda não estava acostumada a ve-los juntos, fazia pouco tempo que eles assumiram um relacionamento. Tereza agora ocupava o cargo de Agente especial supervisora, antes oculpado pelo agente Cho, porém ele decidiu abdcar-se desse cargo depois de ter um problema na perna e perguntou a Lisbon se ela gostaria de subir de cargo, depois de horas tentando convencer Patrick de que era uma ótima oportunidade, ele cedeu com a condição de que ela jamais colocasse o serviço acima da família.
Lisbon notou que o marido se encontrava no sofa da séde, sua fisionomia era de poucos amigos e revelava que algo estava errado, talvez pela pequena discussão que tivera com a esposa no dia anterior. Por um breve momento a agente trouxe a lembrança a mente.

FLASHBACK
-Tereza nossa filha tem apenas cinco anos, ela não deveria dormir fora de casa sem os pais.
-Patrick pelo amor de Deus, Tommy é meu irmão não um desconhecido- Tereza respirou fundo- não é porque Charlotte tinha cinco anos e meio quando faleceu- Lisbon procurava as palavras certas - que vai acontecer o mesmo com Mackenna.
- como pode ter tanta certeza? Red jonh tem aliados, eles podem querer se vingar
- Jane o que você está falando não tem cabimento!- a mulher estava cada vez mais alterada, claro que Patrick notou apartir do momento em que ela havia o chamado pelo sobrenome - Red John morreu e você continua a viver no pequeno círculo que ele criou e pior, está nos privando de viver no mundo real.
- estou apenas tentando proteger minha filha, quer saber, se acontecer algo com ela a culpa será sua.- obviamente que Jane não pensou no pesos de suas palavras. Ele olhou para a esposa e notou através dos olhos dela a tristeza e as lágrimas se formando - Tereza eu
- sai do meu quarto agora!- ela indagou um pouco alto. A discussão havia sido curta, mas atingiu os dois profundamente.

Balançando a cabeça Tereza espantou os pensamentos.
- ele está com essa cara desde que chegou, espero que esteja tudo bem. - disse Rebeca, a nova agente do grupo. Tereza estava em busca de alguém para ocupar a vaga de Michele, depois de um ano da morte da colega, surgiu a necessidade de encontrar alguém para o posto. Foi uma surpresa encontrar o currículo de sua melhor amiga da faculdade, rapidamente ela a chamou para uma entrevista, e sem muitos esforços a mulher passou afinal com um currículo impecável de várias experiências não poderia perder a oportunidade. As duas se aproximaram muito e se tornaram como amigas íntimas, as duas casadas e com filhos da mesma idade, elas tinham muito incomum.
- tivemos uma pequena discussão ontem, ainda não falei com ele - Tereza explicou- depois podemos tomar um café e te conto melhor.
- Claro.
- temos um caso - falou Cho.
- esse me parece interessante- indagou Jane se levantando. Então todos o olharam - a expressão de uma pessoa revela muitas coisas.
- Dayane Micke e Davison Micke, 33 e 42 anos, foram achados mortos hoje, em sua residência. Aparentemente por asfixia, nenhum suspeito ou testemunha. O departamento de lá nos ligou pedindo que liderassemos o caso
- dois dos atores mais famosos assassinados, intrigante - disse Lisbon- vamos lá. Cho, Jane e eu iremos ao local do crime. Kim e Rebeca procurem por parentes próximos as vítimas e vejam se alguém sabe de alguma coisa. Wylie pesquisa tudo que for relevante para nos ajudar. - dito isso todos seguiram com seus objetivos.
- precisamos conversar- indagou Patrick ao descer do carro.
- sim, mas aqui não é a hora nem o lugar- lisbon foi firme ao responder, ela ainda estava magoada.
- eu entendo - Jane tinha medo de passar muito tempo longe de sua garotinha, depois do que aconteceu com Charlotte, ele se cobrava duas vezes mais a segurança de sua pequena.
- Ainda bem que chegaram !- indagou o xerife do local
- o que está acontecendo ?- a agente Lisbon perguntou olhando para a casa cujo estava em chamas
- recebemos uma denuncia anonima, olhamos a casa e encontramos os corpos, depois de uns minutos ela comecou a pegar fogo - os agentes observaram a casa. Cho se distanciou para falar com as pessoas envolta, talvez discobrisse algo. O xerife entao continuou - o senhor e a senhora Micke tem duas filhas, Maddie filha biológica e Gracy a filha adotada ambas de quatro anos.
- onde elas estão? - perguntou Jane curioso.
- não sabemos! - derrepente Jane viu um vulto na janela do ultimo andar.
- ainda estão na casa - assim o homem loiro correu para dentro da residência.
- JANEEE- gritou a mulher do mesmo corremos atrás dele. Quando entrou na casa os dois subiram para o andar superior.
- Procure no quarto delas- disse ele entrando rapidamente no banheiro e molhando duas toalhas.
- JANE ESTÁ VAZIO- gritou Lisbon. Ela foi ao encontro dele.
- pegue essa toalha, respira através dela!- instruiu ele - no quarto dos pais, elas devem estar no closet. - os dois correram e gritaram o nome das meninas
- MADDIE - gritou Jane
-GRACY- gritou lisbon. Ao abrirem as portas do closet lá estavam as duas chorando, cada um dos adultos pegou uma criança no colo e correu para fora, tampando a boca das pequenas para que não inalassem a fumaça.
Quando finalmente estavam longe da casa, puseram as pequenas em uma ambulância e se afastaram.
- nunca mais faça isso! - indagou a mulher com lágrimas nos olhos.
- eu agi por impulso me desculpa - desse Jane abracando a mulher.
- temos uma filha para criar Jane, ela precisa de nós dois. - o homem concordou com a cabeça, respirou fundo e deu um beijo na testa dela. Ele pensou que talvez tivesse ali uma oportunidade de pedir desculpar pela briga que tiveram, mas conhecendo a esposa ela acharia que ele estava aproveitando a situação. Quando ela se acalmou e finalmente se distanciou dos braços de Patrick ele seguiram até o xerife
- foi por pouco - indagou o xerife - como sabia?
- vi uma delas correndo- indagou Jane. - o gás estava ligado, alguem queria se livrar das provas e das testemunhas, e obviamente entraram depois que vocês já estavam aqui
- o que isso quer dizer ?- perguntou o xerife sem entender
- algum policial foi cumprice - explicou Cho - vocês estão bem ?
- sim - o casal respondeu junto. Jane olhou para a ambulância onde estava as crianças e a viu vazia. Derrepente sentiu uma pequena mão quente segurando a sua, uma das crianças se encontrava ao lado dele e a outra ao lado de Tereza. Os dois adultos se olharam e sorriram de canto, Lisbon pegou a pequena Gracy no colo e Maddie puxou a blusa de Pratrick pedindo colo.
- o que iremos fazer? - perguntou o loiro com a criança em seus braços.
- vamos levá-las para o FBI, é o portocolo. - assim os dois agentes deixaram Cho no local e seguiram para o departamento do FBI. Lisbon entrou em sua sala com o marido e as duas crianças adormecidas, ambas no colo do homem cujo usava seu terno amarrotado.
- vou colocar elas no sofá- ele cuchichou. Ela apenas concordou pegando o celular e ligando para a assistente social, pela sua feição Jane sabia que algo não foi conforme o esperado.
- O que houve ?- perguntou o mentalista
- disseram que pela hora não podem vim busca-las, sugeriu que as levassemos para nossa casa e ligassemos amanhã - Lisbon olhou para as crianças e lembrou de sua filha, Mackenna esta perto de fazer cinco anos e meio, os anos passaram tao rapido. ela desejava ser mae novamente, mas o medo de ter que se abdicar de seu serviço e perder o cargo tão alto a deixava confusa.
- quanto estiver preparada, estarei aqui para lhe dar outro filho
- Patrick - indagou ela o repreendendo, depois sorriu pelo fato do marido saber o que ela estava pensando - ainda não esqueci o que você me disse! vamos, pegue elas - Quando chegaram em casa, colocaram as duas meninas na cama do quarto de hóspedes e em seguida foram para o quarto.
- quer conversar agora ?
- sim - indagou Lisbon
- Bom, me desculpe pelo que eu disse, pela maneira que soltei as palavras em cima de você, eu só estou com medo e tudo isso é novo pra mim.
- me desculpa também, eu consigo ver o seu lado Patrick! Sei que é difícil nossa filha está fazendo a idade em que viu Charlotte pela última vez, eu entendo. - Lisbon respirou fundo com os olhos lacremejando - isso é novo para nos dois, mas a maneira que você falou me chateou.
- eu sei, e é por isso que sinto tanto. - ele abracou a esposa.
- Eu vou tomar banho- indagou ela se afastando. Então desta vez Patrick trouxe o que acontecerá na noite anterior.

FLASHBACK
- Tereza, abre a porta - novamente ele bateu na porta mas nada, a esposa continuou a chorar silenciosamente de maneira que Patrick continuo a escuta-la.
-papai
- filha, o que está fazendo fora da cama ?
- vocês estavam brigando ? - perguntou a menina esfregando os olhos. Patrick admirava a inteligencia da filha, ela era observadora e atenta, puxou isso de sua mãe.
- não querida
- papai, eu ouvi vocês! - apesar do sono mackenna estava atenta.
-Assunto de adulto - Patrick viu a filha respirar fundo e cruzar os bracinhos - falei algo que chateou a mamãe e ela não quer falar comigo, satisfeita ?
- papai pisou na bola.
- obrigado, agora para cama!- ele indagou pegando a filha no colo.

Logo estavam prontos para dormir, Jane estava lendo e Lisbon praticamente havia pegado no sono, quando ia se ajeitar para dormir escutou duas batidas na porta, ele levantou e foi ver o que tinha acontecido.
- meninas, o que fazem fora da cama ?- perguntou o mentalista abrindo a porta de seu quarto.
- to com medo- indagou a pequena Maddie limpando os olhinhos.
- eu também - disse Gracy. Jane deu a mão para as duas e as colocou em sua cama.
- O que aconteceu?- perguntou Tereza ainda sonolenta.
- não sei, talvez pesadelos, tudo bem se elas dormiram aqui ?- Lisbon concordou sem nem raciocinar o pedido do Marido. Abriu o cobertor e a pequena menina loira se aconchegou de baixo dos braços dela, enquanto Gracy, se aconchegou do ladinho da irmã e apoiada no homem loiro.
A noite passou rápido, logo o sol estava invadindo o quarto do casal despertando-os. Eles levantaram e notaram que as meninas ainda dormiam, então aproveitaram para fazer o café da manhã e se arrumaram para trabalhar.
- falei com Tommy hoje, Kenna está bem.- indagou Lisbon tomando seu café, Jane apenas balançou sua cabeça. Quando o mesmo ia para a sala, a esposa segurou sua mão.- não gosto quando ficamos sem nos falar!
- nem eu, mas você precisava de um tempo- ele disse e apertou a mão da mulher. Então puxou ela para um abraço.- me desculpe
- tudo bem, não quero mais brigar Patrick - ela disse em meio ao abraço.
- então não vamos - ele beijou a esposa, até ela dar pequenos tapinhas no ombro dele.
- tenho que acordar às crianças- indagou Lisbon sem ar e um tanto corada, ela sorriu docemente e ele retribuiu. Entao ela subiu para o quarto e as encontrou as crianças dormindo tão profundamente. Tereza as balançou de leve até despertarem.- bom dia - a mulher fez um carinho nas duas, e como retribuição recebeu um beijinho na Buchecha de cada uma.- o que acham de tomar um banho para tomarmos café?
- não quero- disso Maddie sonolenta e com um biquinho fofo.
- mas vocês precisam, vamos - Lisbon ajudou as meninas e as colocou na banheira juntas. Patrick apareceu e perguntou se ela queria ajuda - Pega por favor as menores roupas da Mackenna - Logo o marido trouxe roupas e ajudou a esposa a trocar as meninas. Quando estavam na cozinha os adultos se depararam com uma pergunta que ainda não haviam pensado em como responder.
- quando vamo ver o papai e a Mamãe? - perguntou Gracy
- tô com saudade - disse Maddie
- ahn, meninas eu sei que isso pode ser confuso, mas o papai e mamãe de voces se machucaram e... - tentou explicar lisbon
- eles foram para o céu- completou Jane, ele sabia que a esposa enrolaria e não contaria nada.
- não, não foram- Maddie falou um pouco alto e então começou a chorar, Lisbon olhou para o marido o repreendendo, não era o jeito certo delas saberem que os pais haviam morrido. Em meia hora eles seguiram para a FBI, e ao chegarem atraíram olhares das pessoas.
- estão nos olhando- indagou Lisbon
- estamos com duas crianças, e nenhuma delas é nossa filha, é claro que estao nos olhando Tereza - disse Jane. A esposa o olhou fuzilando.
- Bom dia pessoal - disse Jane entrando no departamento.
- Bom dia - desta vez foi a voz de Lisbon que se ouviu
- Bom dia chefe - indagou todos na sala. O casal seguiu para a sala da mulher.
- Amor, vai realmente ligar para a assistente social ?
- Jane, estamos no serviço lembra do combinado - Lisbon o olhou. Os dois haviam combinado que no local de trabalho se tratariam como profissionais.- tenho que seguir o protocolo, preciso ligar agora e você sabe- Jane fez uma careta e voltou a olhar as crianças, enquanto lisbon ligava para a assistente, a conversa durou pouco e a angústia de deixar as pequenas com estranho só crescia no homem loiro.
- e então ?- perguntou ele
- estão vindo busca-las - indagou Lisbon - Amor, você está bem ?
- não esqueça nosso combinado- indagou ele sorrindo, depois a beijou rapidamente- eu te amo, e estou com saudade da kat kat - esse se tornou o apelido da filha quando mais novinha.

FLASHBACK
- filha fala cat - disse Jane tentando ensinar a Mackenna a falar inglês
- Kat - repetia a menina pela nona vez errado
- filha seu pai não entende que você ainda é pequena para aprender outras línguas!- disse a esposa pegando a filha no colo para amamentar
- ela tem oito meses e já fala mamãe, o mínimo que ela poderia fazer por mim é falar outra língua- falou o mentalista rindo.

O mentalista- A continuaçãoWhere stories live. Discover now