Eu costumo dizer que sou como uma bomba relógio, explodo tudo que eu toco. Qualquer coisa que ousa se aproximar. Machuco quem eu amo para tentar protegê-los de mim mesma, mas eu garanto que não escolhi ser assim. As pessoas costumam me olhar com pena, com aquele mesmo olhar que observam um cachorro de rua no meio do temporal depois que eu conto minha história, é esse olhar que elas pairam sobre mim. Ah! Se soubessem como eu as odeio por isso...Continuam levando suas vidinhas medíocres com seus empregos medíocres e acham que são dignas o suficiente para ter pena de alguém feito eu. Quer saber? Eu não me importo com elas. Tão vazias e tão cheias de tabus sobre tudo, eu prefiro os livres, os que gostam das cores, prefiro os que se molham na chuva e os que xingam e riem bem alto. Eu gosto de descobrir, gosto do novo, gosto do diferente. O desconhecido sempre me fascina e é por ele que eu continuo.