UM SINAL

By auauderabia

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Essa é uma adaptação de uma fic baseada em Crepúsculo. Fanfic escrita por CaraNo, traduzida por Amanda Satu... More

PRÓLOGO
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
Capítulo V
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XIV
CAPÍTULO XV
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO XVII
CAPÍTULO XVIII
CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO XX
CAPÍTULO XXI
CAPÍTULO XXII
😁😁
ADAPTACÃO NOVA

CAPÍTULO XXIII

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By auauderabia

Oi gente! Não costumo deixar mensagem antes do capítulo, mas esse é o nosso último e eu tô muitoo feliz e emocionada.  Chorei quando me vi adaptando a última frase.  🤧🤧

Hoje uma amiga e leitora me falou sobre um sonho que teve, e me fez arrepiar.
Gabiela, leia esse capítulo e depois a gente conversa.  🥺🥺

Enfim... Aproveitem.

🗼

PdVR

02 de abril de 2027

Eu estou aqui parada, sabe... na frente do espelho do banheiro... me perguntando por que meu cabelo ainda não está grisalho.

Não porque eu 'tô fazendo trinta e cinco anos hoje. Não, é porque a Laura 'tá me deixando louca.

Esse é o último ano. O último ano antes de ela virar adolescente.

É, isso mesmo.

Deprimente, né?

É, eu também acho.

Ela faz doze anos hoje. Mal posso acreditar.

Ela ainda curte tudo cor de rosa, e proibi-la de usar esmalte só durou dois anos.

Agora ela usa aquela merda o tempo todo. Maquiagem e tudo mais.

Não muito, porque eu a deixaria de castigo na mesma hora, e graças a Deus que Bianca concorda comigo nisso.

E eu estou amaldiçoando meus genes, sabia? Eu não quero parecer metida, mas foi a mim que ela puxou, a menina não é bonitinha. Ela é linda pra caralho, e eu odeio isso. Eu odeio pra caralho o fato de que os meninos gostam dela. E esses porrinhas gostam muito dela.

Nem me perguntem quantos meninos eu mandei o Eleazar proibir de entrar no prédio.

Então, é... eu 'tô me perguntando por que será que meu cabelo ainda não está branco...

Por que ela não é mais minha princesinha? Por que ela teve que crescer?

Não 'tô querendo dizer que ela cresceu e não se tornou uma menina maravilhosa, porque ela é. Mas ela não é mais meu bebê. Mas ela não mudou muito, e sou muito grata por isso. Ela ainda é esperta, extrovertida, fácil de lidar, feliz e maravilhosa pra caralho. E quando eu disse esperta, eu quis dizer esperta pra cacete.

É, ela tem meus genes, mas eu seria uma filha da puta se eu assumisse o crédito pela mente da Laura.

Eu acho que já deu pra notar que eu não sou a joia mais brilhante da caixinha, e apesar de ser uma gênio musical, eu ainda não tenho noção pra um monte de coisas. Mas é aí que a Bianca entra. Ela é a mente brilhante da nossa família.

Porra, isso me faz parecer uma idiota.

Eu não sou... mesmo! Mas a Bianca tem um talento do caralho no que diz respeito ao aprendizado da Laura.

Não é nenhuma surpresa que Bianca tenha aberto o seu centro comunitário, e também não é nenhuma surpresa que as coisas estejam indo bem, e sob os cuidados de Bianca, tudo estava indo perfeitamente e tendo sucesso. Mas o que é sim uma surpresa, é o fato de que toda a nossa família está envolvida. Não o tempo todo, claro, porque todos nós temos empregos, mas nós contribuímos. Nós contribuímos porque amamos. Nós ajudamos porque Laura e Katie, e tantas outras crianças, são provas do quão importante é o trabalho da Bia

Talvez eu deva esclarecer mais.

Bianca abriu o "Little Skill" (Pequena Habilidade ou Habilidade de Pequenos) logo depois de se formar na Julliard, e fica numa porra de um prédio enorme perto do Parque Riverside, o que é ótimo, porque é perto de casa. Mas, porra, eu vou falar sem perder o fio da meada. Certo, então, ela começou o centro comunitário lá, e é enorme. Tem também a "Creche Little Skill", mas a Mariana que administra esse. Porra, 'tô fugindo do assunto.

Certo. Little Skill.

É um lugar para crianças. Qualquer criança. Elas podem ir lá - ou os pais podem deixar elas lá, claro, mas você me entendeu - depois da creche, pré-escola, jardim de infância, escola, qualquer coisa, e há aulas extra curriculares pra elas fazerem. Coisas que envolvam criatividade, como desenho, aprender a tocar um instrumento, dança... tudo.

Então, sim, minha esposa é uma CEO gostosa pra caralho. Mas não exatamente. Claro que ela é, mas não faz o tipo, ainda bem. Nada engomadinho chega perto da nossa família. Mas ela é a "chefa", e ela comanda vários voluntários, que é onde eu e o resto da nossa família entra. Porque, não sei se deu pra sacar, mas é tudo de graça. Qualquer criança é bem-vinda ao Little Skill, e Bianca só tem cinco empregados de carteira assinada.

Então, acho que dá pra começar com a minha mãe e o meu pai.

Quando Bianca disse-lhes sobre o Little Skill, e como ela queria que fosse tudo de graça, minha mãe e meu pai se envolveram imediatamente por causa do conhecimento deles sobre funções de caridade e coisas do gênero. E foi assim que o Little Skill foi fundado - doações - e eu fico orgulhosa de dizer que muitos ajudaram. Pais, empresas, o que você puder imaginar.

Mas mais sobre as aulas.

Essa que vos fala é uma professora de lá duas tardes por semana, e eu ensino crianças a tocar piano, bateria e violão. Nunca pensei que seria capaz, mas sou. Ensinar é divertido, e sem contar que é gratificante pra caramba. Vivian também contribui dois dias da semana, e ela tem um curso técnico para pequenos com alguma deficiência auditiva. Vivian se envolveu porque ela adora tudo que tenha a ver com alta tecnologia, e ela ensina crianças pequenas a usar programas de computador que facilitam o aprendizado, e também como podem servir como uma forma de comunicação, como o Skype por exemplo.

Depois, tem a Mônica. É claro que ela se mudou para cá.

Ela e Bianca ensinam ballet, para crianças com ou sem deficiência auditiva, e o objetivo é sempre se divertirem juntas. Eu fiquei espiando algumas vezes enquanto elas juntas ensinavam as crianças, e é sempre um jeito de pôr um sorriso no rosto.

E tem Gizelly. Huuummmm. Aparentemente, "academia" é uma habilidade pra ela, e ela doou uma academia completa com todos os equipamentos para o Little Skill, e ela vai lá algumas noites durante a semana pra acompanhar o treinamento e só pra... bem, pra ser honesta, é porque ela adora aquele lugar. Os equipamentos de ginástica são, lógico, para as crianças maiores e adolescentes, e tem kickboxing também, que ela leciona toda quinta à noite. Eu tenho orgulho de dizer que a Laura fez aula com ela e se saiu super bem.

Eu também tenho orgulho de dizer que ela também chutou um menino xavequeiro demais bem no saco depois de ele encher o dela, mas isso fica pra depois.

Certo... o que mais? Ah, merda, Manu. Não posso esquecer dela.

Ela gerencia a pequena lanchonete no terceiro andar, e ela se certifica de que as crianças tenham lanche e coisas do tipo. É, ela sempre foi ótima com crianças, mas depois de ela e a Gizelly terem filhos, ela se tornou toda maternal e essa porra toda.

Juro.

Mas isso fica pra depois.

E há Laura e Katie.

Juntas com uma empregada de Bianca - uma velhinha engraçada chamada Siobhan - elas ensinam leitura labial. É claro que Siobhan é a professora, e ela é ótima no que faz, mas Katie e Laura são suas pequenas assistentes, e elas ajudam a encorajar as crianças menores quando começam as birras ou as frustrações.

Dizer que eu e Bianca estamos orgulhosas da Laura é pouco, e o mesmo pode ser dito da Vivian e da Mariana com relação à Katie.

Então, sim... Laura e Katie vão com frequência ao Little Skill depois da escola.

É esse é o Little Skill.

Agora 'tá na hora de falar daquele outro assunto, né?

Como... sim, Manu agora é mãe. Uma ótima mãe, mas ainda assim... Meu Deus, ela é mãe. É estranho pensar nisso. E não é mãe de um filho só não. Não, ela e a Gizelly têm três. Scott é o mais velho, e ele é o furação de seis anos de idade que puxou a Gi, e daí tem o Jake, de quatro anos, e ele é com certeza o queridinho da Manu. E por fim, a menininha da Gizelly. A princesinha dela de dois anos de idade. Lily. Sua garotinha.

Porra.

A Laura tem doze anos.

Doze!

Mas pra ser honesta, não é só o fato de ela não ter mais cinco aninhos, é o fato de que eu não quero que ela se torne... você sabe... uma mulher.

Dá arrepio.

Talvez eu devesse comprar uma arma.

Vivian tem uma. Ela comprou quando a Katie fez treze anos.

Ela não sabe usar e não tem balas dentro, mas os meninos não sabem disso.

Mas enfim...

Por falar em pequenos de cinco anos de idade...

A Laura pode não ser mais uma, mas hoje, eu tenho mais um filho de cinco anos.

Sim. Meu filho.

William Kalimann.

E o William nasceu em... adivinha... sim, 02 de abril.

Faz cinco anos... hoje.

Digamos que a Laura e o William são os presentes mais preciosos que uma pessoa pode ganhar.

Nós temos dois dias no ano que significam muito.

02 de abril, que é meu aniversário, da Laura e do William, e dia 15 de outubro, que é o aniversário da Bianca, e o nosso aniversário de casamento.

Foi ideia dela.

Eu perguntei pra ela depois de algumas semanas do nosso primeiro Natal juntas se ela queria esperar se formar na faculdade, mas a Bia simplesmente sorriu e balançou a cabeça, ficando só por isso.

Mas eu não deixei passar, porque isso seria impossível, então eu importunei ela por um bom tempo... até que ela finalmente respondeu.

"A gente vai se casar no dia do meu aniversário"

Eu perguntei por quê.

"Porque pelos últimos dias, eu vim conversando com a minha Mãe. Ela vai se mudar pra cá depois que o verão acabar, e eu quero que ela ajude nos preparativos, já que a Esme também vai... ela meio que me informou isso semana passada. E por último, eu quero que o meu aniversário seja tão especial quanto o seu, já que você tem a Laura pra comemorar no seu aniversário."

Eu sorri pra ela. Talvez um sorriso gigantesco. E pode ser que eu tenha agarrado ela.

"Então, espero que esteja tudo bem pra você a gente se casar no dia do meu aniversário."

Sim, estava tudo bem pra mim.

Eu ainda sou a filha da puta mais sortuda do planeta. Eu juro.

Eu casei com o amor da minha vida, minha linda Bianca. A mãe dos nossos filhos. A mulher mais compreensiva que eu já conheci. Altruísta, amorosa, doce... sexy que nem um pecado, bonita, linda... e o que mais você imaginar. Toda minha, Minha diaba.

Eu ainda me pego me apaixonando por ela.

E juntas, temos Laura e William. Duas crianças que têm uma conexão absurda uma com a outra, porque são muito próximos. O William é da Laura, não temos nenhuma dúvida disso. Ele idolatra a irmã, e ela é com certeza a sua heroína.

Ele é meu companheirinho, meu menininho, e me procura quando tem perguntas, ou quer ficar de chameguinhos, ou quer uma guerra de cosquinhas... 

Enfim, ele adora chameguinho que nem eu, mas poxa, quem não adoraria quando se tem duas - eu não vou dizer mulheres, porque a Laura não é uma mulher porra nenhuma... mas, huuumm... também não posso chamar a Bianca de menina. Não nesse sentido. Ah, merda, foda-se, como não adorar chameguinho quando se tem a Bianca e a Laura na sua vida?

Mas do que eu 'tava falando?

Ah é.

Apesar do William procurar a mim e à Bianca com frequência, a Laura é sua verdadeira heroína e pessoa favorita.

Não posso culpá-lo.

Bianca e eu sabemos que quando o William não está na sua cama de manhã, ele está no quarto da irmã, frequentemente assistindo a um filme lá, esperando que ela acorde. Ah, e se o William tem alguma pergunta sobre linguagem de sinais, não espere que ele procura a mim ou à Bianca. Imagina só, nem pensar! Ele vai direto falar com a Laura.

E a Laura é igualzinha. Ela estava super ansiosa no dia que o trouxemos do hospital para casa, e ela teve um ataque de birra quando a gente falou pra ela que só porque ele era um bebê, não queria dizer que ele já podia aprender Linguagem Baby de Sinais.

"Mamãe Rafa, já é amanhã!"

E aí está ele.

"Já vou sair, amigão" eu ri.

Tem alguém ansioso pra comemorar seu aniversário.

Estamos todos reunidos na casa dos meus pais. Todos os nossos entes queridos estão aqui, e parece que eu faço parte do papel de parede. É verdade. Eu adoro observar a minha família, especialmente a Laura e o William, que estão no momento olhando a pilha de presentes.

"Se sentindo meio negligenciada, Sra. Kalimann?"

Sorrindo quando ouvi a voz, eu olhei pra trás, por cima do meu ombro, e vi Bianca parada junto ao batente da porta, sorrindo lindamente para mim.

Eu balancei a cabeça e fui em sua direção, e só parei quando estava com meus braços ao redor da sua cintura. "Apenas aproveitando o show" murmurei e abaixei-me para beijá-la.

É óbvio que o dia era mais para Laura e William, mas isso nunca me incomodou. Uma parte minha na verdade até gostava, porque eu nunca gostei muito de comemorar meu aniversário. Eu preferia ficar às margens, observando, o que faço com frequência, então, não, eu não me sentia negligenciada.

"Mas estou ansiosa para tê-la só pra mim mais tarde, Sra. Kalimann-Andrade" eu murmurei contra os seus lábios.

Um dos meus projetos estreia na Broadway essa noite, então os pequenos ficarão com minha mãe e meu pai enquanto a Bianca é só minha essa noite. Podemos chamar de um encontro de casais, se quiser, já que a Vivian e a Mariana estarão lá também, mas eu sei que assim que as luzes se apagarem, será só eu e minha parceira, minha esposa, minha diaba.

"Huummm, eu também, minha pianista" ela respondeu rapidamente, sedutoramente.

Calma, garota. Calma.

Há crianças aqui, Kalimann.

"Mamães!" William chamou. "Já é hora de abrir os presentes?"

Bianca e eu rimos no meio de nosso beijo, o qual interrompemos, mas continuei perto dela enquanto me virava para o William. "Você tem que perguntar para a vovó e o vovô, pequeno" disse-lhe. "E por favor diga para sua irmã desligar a porcaria do telefone" acrescentei com um suspiro, enquanto vi Laura mexer no aparelho. Sempre mandando mensagens aquela ali. Eu juro que está grudado nela, como se fosse um órgão externo. Um órgão externo vital.

Ela tentou esconder, virando-se de costas, mas eu não sou tão estúpida assim. Pelo amor de Deus! E a Katie é igualzinha, eu percebi quando a vi num canto com Manu e Scott. Sério? Pra que precisam de telefones? Não é suficiente ver os amigos na escola diariamente?

Será que elas estão trocando mensagens com garotos?

Merda.

"Querida, relaxa" eu ouvi Bianca murmurar.

Certo.

Essa mulher consegue ler a porra da minha mente. Juro.

Eu suspirei e me coloquei de frente para ela, repousei meu queixo no alto de sua cabeça e tentei me acalmar. Mas não foi fácil. Ainda bem que a Vivian estava na mesma situação, e eu a vi sentado no sofá, do lado da Mariana e do meu pai, e ri com a careta que ela fazia para Katie.

"Nem acredito que ela terá que passar por tudo isso de novo" eu ri. "E ainda mais com gêmeos."

Com certeza foi uma surpresa quando Mariana e Vivian anunciaram a gravidez.

A Mariana estava meio hesitante em ter filhos próprios, apesar de adorar a Katie do fundo do seu coração, e era mútuo. Mas ela ainda hesitava. E Vivian achou que pra ela já tinha dado de noites mal dormidas, mamadeiras e trocas de fraldas.

Errado.

Então, sim, o desejo de uma gravidez foi uma surpresa. Mas elas se animaram com a idéia bem rápido, sendo assim aconteceu e elas estão bem felizes.  Isso ficava evidente ao ver as mãos da Vivian, que não saíam da barriga de Mariana. Bem parecida com a Katie e a Laura e seus telefones.

'Tô fugindo do assunto.

E houve mais ao que se acostumar, porque não foi só a gravidez. Não, logo elas ficaram sabendo que teriam gêmeos. Duas meninas.

É...

"Só falta mais um mês" Bianca se referiu ao tempo restante para os bebês nascerem. "Você acha que a Katie vai se mudar pra nossa casa?" ela acrescentou com uma risada.

Eu sorri e beijei o topo da sua cabeça.

"Não me surpreenderia." ri de leve.

Para a Katie, Mariana é "Mãe A", e tem sido por anos, assim como Mariana vê a Katie como filha, e apesar de Katie estar ansiosa pra se tornar irmã mais velha, ela ainda diz que teria sido melhor se fossem meninos. Todos nós sabemos que a Katie morre de medo de que suas irmãs gostem um pouquinho demais do seu quarto rosa e roxo, e toda aquela porra que brilha, manja? Mas a Katie é assim. Ela é territorialista, e meio que melodramática. Meio que uma lady chique.

Então, de certa forma, a Marcela meio que nunca se foi.

Mas pra nossa sorte, a Katie equilibra bem isso. Ela consegue ser melodramática, e ainda assim ser adorável.

A Marcela não conseguia, e sou muito grata de ela nunca ter voltado.

Também fico feliz com o fato de que a vida tem sido boa para Vivian, Katie e Mariana. Elas tiveram uns dois anos difíceis depois que a Marcela sumiu no mapa, mas elas se mantiveram unidas, e agora eu posso dizer que as únicos que chegam perto do que elas tem somos eu e Bianca.

Em outras palavras, elas estão firmes e fortes.

Então, minha mãe e meu pai entraram na sala, e... meu Deus.

Não.

Fiz uma carranca.

"Mãe, pelo amor de Deus!" falei. "E pai! Que nojo!"

"O que foi, querida?" Minha mãe perguntou inocentemente, enquanto ajeitava sua blusa. "A gente 'tava só arrumando a churrasqueira lá fora".

Meu pai sorriu, arrumou a gravata e foi na direção da Laura e do William.

"Vovô, tem grama na sua blusa" William anunciou inteligentemente, o que fez com que todos rissem.

Exceto eu. Porque não sou velho demais pra fingir que 'to vomitando.

Eu? Trinta e cinco? Pfft! Minha alma é jovem.

E a da Mônica também é, pensei enquanto via ela saudar minha mãe num cumprimento de "é isso aí!".

Ela é uma mulher estranha, mas não tem como não gostar dela.

"Acontece, Will" meu pai riu. "'Tô ficando velho. Eu caí".

Minha mãe ficou corada.

E eu fiz mais uma careta.

"Mas..." William disse, puxando a manga da blusa da Laura. "As mamães são velhas também?"

"A gente não é velha" Bianca disse baixinho, indignada. "Eu não tenho nem vinte e sete anos ainda!"

Eu ri baixinho, mas não disse nada, curiosa pra saber o que William diria, então mantive meu queixo no alto da cabeça da Bianca.

*Como assim, Filhote?* Laura perguntou.

Sim, o William era o filhotinho de cachorro da Laura.

"Porque a mamãe e o papai também caem direto" William concluiu, e isso, eu não queria ouvir. "Lembra? Depois do parque? Tinha até galho no cabelo?"

"Ai, meu Deus!" Bianca sussurrou trêmula, e escondeu o rosto no meu peito. "Fala pra mim que o seu filho não disse isso da gente"

"Ah, então agora ele é meu filho?" ri incrédula.

"Dã! Nesses casos, o William é seu, e a Laura é minha." ela riu, olhando pra mim com seus olhos lindos.

É. Amo ela.

Suspirei contente. Abracei-a mais forte. Bem forte.

A Mônica riu e deu uma piscadinha pra mim. *Não estou surpresa*.

"O quê?" disse sem som pra ela, rindo confuso.

*Não olha assim pra mim, Rafaella.* ela fingiu indignação. *Você visita a Bianca no trabalho com frequência. Eu não sou tão idiota assim, filha.*

Ah.

Foi a vez da Laura de fingir ânsia de vômito.

Minha vez de corar.

Mais risadas pra todo lado.

Ótimo.

"Acho que a gente não tem sido tão furtiva quanto pensava" sorri no cabelo da Bianca.

Ela riu pelo nariz. "Desde quando você sabe ser furtiva?"

Pô, valeu, mulher.

Mas, poxa, ela 'tava certa.

"É, elas são velhas, Will" Gizelly riu. "Mas me fala, elas caem muito?"

"Cala a boca, Gizelly!" Bianca e eu exclamamos em uníssono.

Talvez a gente devesse ter dito pro William calar a boca também, porque o garoto respondeu: "Todo Sábado, no parque".

E puta que pariu! Isso parecia horrível!

Pra valer, Kalimann!

Deixe-me explicar, antes que fiquem pensando que eu e Bianca estamos sendo indecentes no parque.

Merda.

É nossa tradição. Sábados à noite, a Laura fica com o William por umas duas horas, depois de ele ir dormir, e é essa hora que eu levo a Bianca pro parque pra... ãhn... tomar sorvete de cereja do Ben & Jerry's.

É um encontro, galera.

Nós somos mães. A gente também precisa de um tempo só pra nós.

Eu não posso fazer nada se a libido da minha esposa é incontrolável.

Eu não posso fazer nada se a minha também é.

Eu não posso fazer nada se sorvete de cereja mexe comigo.

Eu não posso fazer nada se as coisas fogem do controle às vezes.

Poxa! 'Tá escuro, eu tenho uma esposa gostosa, cereja... e daí se a gente se exalta?

No meio dos galhos, Kalimann?

Ah.

Merdas acontecem.

E é ótimo.

Mas enfim, as risadas cessaram depois de um tempo, e eu rezei pra que a Bianca não cancelasse as nossas noites no Central Park, e a minha mãe anunciou que 'tava na hora do churrasco. Nas palavras de minha mãe: "Todo mundo pra fora! É verão, e a gente não precisa ficar com a bunda aqui dentro!"

Então a gente foi pra fora. Pro jardim.

"A gente devia levar um espelhinho da próxima vez" Bianca sussurrou, sorrindo presunçosa enquanto eu mantinha a porta aberta pra ela. "Pra gente ver se ficou algum galhinho."

Eu sorri.

É claro que ela não iria cancelar nossas noites.

Afinal, era ela que sempre tinha um plano mirabolante pra gente não ser pega.

Não tem como não amar a minha senhora.

"Minha mulher diaba" sussurrei dando uma piscadinha.

A reação dela?

Ela agarrou minha bunda.

O que é justo, é justo: agarrei a dela.

"Fica boazinha pra vovó e pro vovô" eu disse para Laura, olhando feio pra porra do telefone dela. "Você sabia que tem um botão pra desligar essa porcaria, né?"

Bianca e eu, junto com Vivian e Mariana, estamos indo para nos arrumar pra hoje à noite, e apesar de ficar feliz com o fato de que Laura e Katie tenham tanto em comum, e ambas vão passar a noite aqui, eu também sei que será trabalho em dobro pros meus pais.

A Laura e a Katie são bem sapequinhas, e não ajuda em nada o fato de os meus pais adorarem mimar as duas, e não saberem dizer não.

Vivian concorda comigo nessa.

Bianca e Mariana também.

"Prometo" ela disse sem som, batendo continência. *Vou ficar boazinha*.

A menina 'tava me zuando e sendo petulante.

O foda é que ela é uma fofa mesmo fazendo isso.

Mas eu consegui esconder meu sorriso, e ergui uma única sobrancelha pra ela.

*Eu prometo, Mãe!*

É, ela bateu o pé.

"Acho bom" eu a abracei. Mas não esquenta, depois de um tempo ela me abraçou também. Até beijou minha bochecha, porque minha menina é bem educada.

"Eu te amo, Princesa" eu disse depois de beijar sua testa.

"Também te amo" ela disse só com o movimento dos lábios, me lançando aquele seu sorriso torto. É, eu sou uma besta, mas eu juro que é por causa da covinha. Derrete meu coração. *Fica bonzinho com a Mamãe Bia. Nada de galhos.* ela acrescentou com uma porra de uma encarada.

Meus olhos saltaram das órbitas.

Então agora minha filha é que é a responsável legal aqui?

Vá se fuder.

"Não cresce, Laura" eu resmunguei.

E é aí que os olhinhos da minha princesa brilham. *Mas eu vou crescer, Mãe. Eu vou.*

Porra. Merda. Caralho. E tudo mais.

"Que seja" grunhi, tentando fazer beicinho pra ela, mas essa merda nunca deu certo. "Mas enfim, você teve um bom aniversário?"

*O melhor! Obrigada de novo pelo presente. Eu adorei, adorei, adorei!* Ela sorriu enormemente. *Você gostou do seu?*

Eu assenti com a cabeça, sorri e abracei ela de novo.

Bianca e eu sabíamos o quanto Laura queria ganhar uma câmera, e nós estávamos super felizes de ver nossa menina cada vez pendendo mais pro lado artístico a cada ano que passava. É claro que é algo que incentivamos, então nós demos a câmera pra ela - bem, já que Bianca é a especialista em câmeras, ela que escolheu, mas nós demos uma Nikon pra ela, e a inscrevemos em aulas de fotografia na Little Skill.

E se eu gostei do meu aniversário?

Bem, ainda não acabou, mas eu tenho gostado bastante até agora.

Bianca ajudou Laura e William com o meu presente, e pra falar a verdade, eu tive que engolir uma porrada de emoções quando eles me deram de manhã, depois do café.

O presente?

Um violão acústico preto com os nomes da Laura e do William gravado num tom prateado.

Esse violão vai pra parede da minha sala de música.

"Quer trocar?" eu ouvi Bianca dizer.

Com um último beijo na têmpora de Laura, nós trocamos nossos pequenos, e o William veio dos braços da Bianca para os meus, enquanto Laura jogava os dela ao redor da Bianca.

"Você tá ligadão de tanto açúcar, né?" eu resmunguei jocosa enquanto fazia cosquinha na barriga dele.

"Sim, senhora!" ele riu. "Tudo culpa da tia Gi!"

"Ei, eu ouvi isso, Will!" Gizelly riu, lançando uma cara feio pro William, que logo se transformou em beicinho. "Você 'tá me vendendo pro inimigo!"

Não ajudou muito a Gizelly. O beicinho, quero dizer.

"Pro inimigo, pro inimigo!" foi a resposta risonha do William.

Ah, e ele deu um soco no ar.

"Ok, amigão." eu ri. "As mamães tão saindo. Você vai ficar bonzinho pro vovô e pra vovó?"

Eu sorri quando ele tentou me dar uma piscadinha. "Não muito."

"Resposta certa." eu ri, dando um beijinho de esquimó nele. "E você teve um aniversário legal?"

"Sim!" ele arfou com os olhos arregalados. "Eu adorei o forte de LEGO" ele acrescentou solene, e até assentiu com a cabeça. "Tenho tantos LEGOs agora. Você e a mamãe Bia falaram pra todo mundo que eu queria LEGO? Porque agora eu tenho um "montãozão" de LEGO!"

"Talvez." dei uma piscadinha. "Você é fofo demais, sabia?"

Torcendo o nariz, ele disse "A Laura disse que meninos não são fofos."

Bem, isso é um alívio do cacete. Que a Laura não pense assim.

"Ela disse que meninos são bonitos ou deliciosos." ele acrescentou.

Eu me engasguei.

ELA DISSE O QUÊ?

"Gostosos, querido" Bianca deu uma risadinha quando chegou mais perto. "Não é delicioso, é gostoso."

NÃO FICOU MELHOR!

Eu acho que eu gemi enquanto via Laura e Katie num canto de risadinhas olhando pros telefones.

Elas estão mandando mensagens pra meninos?!

Estão?!

"Relaxa, Rafaella." Bianca me disse, sorrindo.

Como que ela pode sorrir?

Como?

Traidora!

"E você é muito bonito, querido." Bianca acrescentou ao William. "Não, é Rafa?" ela me perguntou, claramente tentando me lembrar do meu filho que ainda estava no meu abraço.

Certo.

Põe a cabeça no lugar.

Mais fácil falar do que fazer.

Respirei fundo.

"É, você é... isso... quer dizer, é, você é bonito, amigão." eu disse. Minha boca estava ãhn... meio seca. "Fofo não. Bonito."

Até assenti a cabeça com firmeza pra dar mais ênfase.

William pareceu gostar da minha resposta.

E merda, depois ele me lançou aquele sorriso, então ele tinha toda a minha atenção, porque a gente já estabeleceu que eu sou uma babaca no que diz respeito à minha família, né?

Tanto sorriso.

Não tenho chance.

"Te amo, amigão." murmurei. "A gente se vê amanhã, 'tá?"

"'Tá. Também te amo, mamãe." ele respondeu, me abraçando forte pra caralho.

Alguns minutos depois, Bianca e eu havíamos dado tchau a todos, e fomos pra casa depois de dizer pra Vivian e pra Mariana "até logo".

*****

"Pronta, querida?" perguntei, apertando sua mão.

Nós estamos dentro da limusine, porque parece que eu era importante o suficiente nesse projeto pra precisar de uma.

Pra falar a verdade, eu tenho sido considerada bem importante ultimamente.

E isso é bom, sabia?

Mas sim, meu trabalho vai bem, e eu sou meio que famosa.

Vivian também é, e eu sei que ela está na limusina atrás de nós.

Próximo passo é o tapete vermelho, e Bianca está de salto.

Mas ela tem a mim pra se apoiar.

"Com certeza" ela sorriu.

A porta foi aberta para nós, e eu saí pra depois ajudar a minha mulher diaba a fazer o mesmo.

Gostosa demais, é tudo o que eu posso dizer.

Dessa vez é mais um musical que chamou bastante atenção da mídia, mas é um evento formal, porque o musical é um épico sobre a Guerra Civil Americana. Então, estamos vestidas a rigor.

A Bianca ta uma tentação.

O vestido dela é bem, bem curto. Ela chamou de "o curtinho preto", e eu concordei com a parte que diz "preto". Mas curtinho? Não, aquela porra era minúscula. E sexy pra caralho, e atraindo atenção de um monte de gente que não deveria.

Eu não gosto do fato de que a minha esposa esteja gostosa desse jeito na frente de outras pessoas.

Afinal, o que há de errado com jardineiras?

"Para de rosnar, Rafaella" Bianca sussurrou quando chegamos à merda do tapete. "Você é humana, sabia? Não é um cachorro."

"Não consigo. Eles têm que parar de olhar!"

"Você 'tá me vendo pular no pescoço de alguma dessas piriguetes babando na minha esposa?" ela bufou.

Eu sorri. Abracei minha esposa mais forte.

Porque eu me lembro muito bem da reação dela com aquela mulher sei-lá-o-quê James. Chelsea qualquer coisa assim.

"Kalimann!"

Eu ri de leve, já preparado pra esse tipo de coisa.

O Ben Cheney também está nesse musical, e apesar de estar uma pilha de nervos enquanto eu e Bianca nos aproximávamos, da última vez tinha sido bem pior.

Eu tinha minha esposa dessa vez. Pra todos os eventos como esse.

"Bom te ver." eu sorri, apertando sua mão com firmeza e ignorando a câmera que estavam enfiando na nossa cara. "Você também, Ângela." eu acrescentei, beijando sua bochecha enquanto o Ben cumprimentava a Bianca.

Nós quatro nos aproximamos bastante durante esse projeto, e quando o Ben finalmente tomou coragem pra chamar a assistente da Vivian - Ângela - pra um encontro, houve alguns encontros de casais. Ah, e quando a Bianca me visita no trabalho algumas vezes, e ela 'tá atrasada, eu sei que ela está com a Ângela no estúdio da Vivian.

Você sabe, fofocando.

"Feliz aniversário." Ben disse, me dando um tapa nas costas. "Deixou as crianças em casa essa noite?"

"Obrigada" ri de leve. "E sim, bem, eles estão com os meus pais."

"Rafaella, você não 'tá esquecendo de nada?" Bianca disse, lançando-me uma piscadinha quando olhei pra baixo, pra ela. Eu não entendi. "As listas da Manu e da Laura."

Ah.

Certo.

É, hum, a Laura é que nem a Manu. Pra autógrafos, entende?

"Certo" eu disse, tirando dois caderninhos de autógrafos do meu bolso de dentro. "Você entrou na lista da Laura esse ano, Ben" sorri. "Parabéns."

"Que bom" ele respondeu, sorrindo largamente, porque é isso que a minha princesa faz com as pessoas. Você só precisa conhecer ela uma vez pra se apaixonar. "Mais do que na hora. Fala pra ela que eu mandei um "oi", 'tá, Bianca?" Eu podia até pedir pra Kalimann, mas ela não ia lembrar mesmo."

"Eu lembro." Bianca sorriu.

"Você é engraçado pra caralho, Ben" eu disse sem expressão.

"Ah, eu sei" ele sorriu. "Mas, falando sério: eu vou passar o verão todo em Nova Iorque. Vamos combinar um churrasco? Eu preciso ver o William de novo."

"Vamos sim" assenti com a cabeça, pegando de volta os caderninhos assinados. "A gente pode marcar o dia depois da festa, né?"

"'Tá bom." Ângela riu pelo nariz. "Até parece que você e a Bianca vão pra festa. Vocês nunca vão."

Certo.

Não há por que negar. A gente sempre dá bolo porque hum... a gente tem assuntos mais importantes pra tratar.

Uma ao outra.

"Eu te ligo na Segunda" Bianca disse para Ângela, cheia de risadinhas, como a mulher diaba que é.

Então, Vivian e sua grávida Mariana se juntaram a nós, e já que o Ben precisava ir se trocar para o espetáculo, a Ângela entrou com a gente pra fazer o necessário papinho furado de antes do show. Eu sei, chato pra caralho. Mas foda-se, uma sessão de pegação com a minha esposa me faz superar isso. E logo já estávamos no camarote da equipe.

Depois de sentados, eu beijei o alto da cabeça da Bia, e ela abraçou meu braço.

"Eu te amo" sussurrei.

"Hum, também te amo" ela disse, erguendo seu pescoço para me beijar.

Adorei.

"Vamos dar um bolo na festa?" perguntei contra os seus lábios, sem conseguir evitar de aprofundar ainda mais o beijo.

Ela tinha um gosto delicioso.

"Sim, por favor", ela respondeu sem fôlego.

Maravilha.

"Ai!" alguém disse assutado.

Ãhn.

Ãhn?

Bianca e eu interrompemos nosso beijo e olhamos pra direita - puta merda!.

Mariana.

Eu conheço esse olhar. Eu lembro. Da última vez que vi, foi exatamente cinco anos atrás.

"Meu Deus, querida, a sua bolsa estourou" Vivian também disse num susto.

"Eu sei, caramba" Mariana irritou-se. 'Tava engraçado. "'Tá doendo, amor. Porra, dói muito."

"Você vai ser mãe de novo, Vi" sorri.

"Mas ainda falta um mês" ela exclamou. "Tem alguma coisa errada? Mariana? Tem alguma coisa errada com elas? Elas 'tão bem?"

Essa era Vivian, surtando pra caralho.

"Vai ficar tudo bem, Vivian" Bianca lhe assegurou. "Você sabe que gêmeos às vezes se adiantam. O médico de vocês não disse isso?"

"Disse"

"Bom, enquanto vocês 'tão aí de boa, eu vou parir minhas meninas" Mariana disse, levantando-se.

Depois disso, tudo foi muito rápido, e a estreia ficou esquecida.

Bem, Vivian tem uma outra estreia pra ir agora, se é que você me entende.

Eu entendi bem, ou você acabou de erguer as sobrancelhas com a ideia de humor e nascimento, Kalimann?

Ãhn... não?

Você é uma retardada, cara.

Ah... não é novidade.

Mas enfim.

Vivian e Mariana foram, e Bianca e eu dissemos que encontraríamos com elas no hospital depois de nos trocarmos.

Não, a gente não quer mesmo ir pro hospital com essas roupas, e também tem o fato de que partos... é, eles não acontecem num estalar de dedos. A não ser, é claro, que o estalar dos seus dedos dure treze horas.

Treze horas no caso de Bianca.

É, eu lembro.

Bianca quebrou minha mão quando apertou com força.

É sério, pergunta pra ela.

"A Mariana vai me matar se eu pedir pra ela segurar as meninas até meia noite?" perguntei pra Bianca enquanto destrancava a porta. "Porque poxa, 02 de abril 'tá meio que cheio."

Certo?

"Por que você não vai lá e pergunta pra ela pra descobrir?" foi sua resposta irônica.

Mas eu não consegui me concentrar no que a gente 'tava conversando, porque hum... eu 'tava com a minha esposa. Sozinhas. No nosso apartamento. Bem. Agora. Isso era raro.

Já ouviu falar naquilo, Kalimann? Porque é nisso que você 'tá pensando.

Isso mesmo.

"Querida, parece que você está no meio de uma missão" Bianca disse enquanto eu a espreitava.

Ela andou de costas, e eu a segui.

Minha buceta pulsou.

Sim, numa missão.

Uma missão foda.

De duplo sentido.

Então eu sorri. "Indo pra cozinha, Sra. Kalimann Andrade?"

"Talvez" ela respondeu, tentando se fazer de rogada.

Não funcionou.

Ela não parou até chegar na ilha da cozinha, e eu não parei até chegar nela.

Sem perder tempo, eu me abaixei e beijei-a com força. enfiando minha língua dentro da sua boca quando ela suspirou.

Ela gemeu na minha boca e baixou o zíper do meu vestido, e eu grunhi alto quando minhas mãos encontraram sua bunda nua debaixo do vestido dela. Provocadora estava sem calcinha.

Beijando-a mais forte, eu apertei forte sua bunda e a trouxe para mim quando meu vestido e calcinha foram abaixadas. Porra, não havia tempo a perder.

"Porra, Rafaella, eu preciso de você" ela choramingou enquanto eu chupava seu lábio inferior. "Agora..."

Eu rosnei, subi seu vestido e passei a mão na sua bunda perfeita. "Passa as pernas ao meu redor, querida"

Ela o fez, e eu a ergui até o balcão antes de interromper nosso beijo. Porque isso eu precisava ver. Eu precisava ver o seu corpo, seu rosto. Tudo. E enquanto eu passava a mão bem perto da sua buceta encharcada, eu não pude conter o alto gemido. Ela era sexy demais pra descrever. E toda minha.

"Por favor" ela gemeu.

"Abaixa o vestido" eu disse rouca. "Preciso te ver"

De novo, ela obedeceu, e seus seios fartos ficaram à mostra. Tudo pra mim. Meus pra eu devorar. Meus pra eu fuder, beijar, mordiscar e chupar. E eu fazia com frequência.

Devagar, enquanto eu provocava sua buceta, espalhando sua umidade, eu me abaixei em sua direção e chupei um dos seus mamilos, e mantendo contato visual com ela.

Nós duas gememos.

Daí, no mesmo instante em que meus dedos entraram em contato com a sua buceta, eu me rendi, e apertei seus quadris com força. Enfiei tudo com um grunhido vindo da garganta.

Um barato louco na mesma hora.

Eu fudi com força.

Bianca e eu gostamos dos dois jeitos. Doce e amoroso, apaixonado e feroz. Mas eu tenho minha linda esposa no balcão da cozinha, doce e amoroso não era uma opção pra nenhuma de nós duas.

Ela me apertou enquanto eu esfregava seu clitóris, e ela me provocava. Me provocou apertando seus mamilos, espremendo seus seios, o que me fez fuder ainda mais forte. Seus saltos marcavam a minha bunda. Gemidos altos e grunhidos.

Mais forte.

Estocadas fundas.

Minha cabeça caiu pra trás, e eu me concentrei na sensação da sua buceta espremendo meus dedos.

Mais apertada.

"Porra, Bianca" grunhi.

Eu tinha que ver. Ela. Eu tinha que vê-la. Eu nunca conseguia ficar muito tempo sem olhar, porque ela era linda pra caralho. Então, eu olhei: ela, nós. Eu nos vi nos trazendo cada vez mais perto de nossos orgasmos.

"Ai meu Deus, meu Deus... você é tão gostosa" ela gritou. "Humm, isso... aí!"

"Bem aqui?" gemi, dando ênfase com um estocada forte, sabendo que tinha acertado seu ponto mágico.

Eu estava perto. Ela estava perto.

Meus dedos brilhava com a umidade que saía dela, e eu esfregava seu clitóris ainda mais forte, precisando que ela gozasse comigo. Eu não ia durar muito.

Porra!

"Isso, isso! Rafaella... eu... eu... ah!"

Graças a Deus!

Ela apertou ainda mais em volta de mim, e gozou forte, e eu gozei logo atrás. Sempre assim. Eu não conseguia me segurar quando ela gozava. Ela sempre me levava com ela, era um paraíso foda. Em todos os sentidos.

"Porra" eu arfei e caí por cima dela, afundando meu rosto no meio dos seus seios.

Não tenho do que reclamar.

"Eu te amo" ela sussurrou sem fôlego. "Meu Deus, eu te amo."

Seu peito arfava, bem como o meu, e eu respondi, sem me importar que minha voz sairia abafada. Porque, você sabe, os peitos dela ainda estavam no meu rosto.

Adoro. Eles. Adoro eles.

"Também te amo, linda. Mais que a própria vida"

Porra, ainda estou arfando.

Bem, você não tem mais vinte anos, Kalimann.

Certo.

"Sra. Kalimann?"

"Humm?"

"Melhor estreia de todas."

"Concordo plenamente, Sra. Kalimann Andrade"

Essa história acabou, Kalimann.

Só para os leitores.

Bem, eu disse história, não a porra da sua vida, não foi?

Certo. 

🗼

MEU DEUS, MEU DEUS, MEU DEUS,  ACABOOOOOOOOOU 😭😭😭😭😭😭

Eu preciso agradecer a todo mundo que me acompanhou até aqui.  Obrigada por todos os comentários e por todo enjoou por atualização. Vocês são incrível!  Eu amei muitoooo toda essa experiência.

Vou sentir saudades, mas logo devo voltar com outra adaptação pra vocês.

Quem não me segue no tt, @auauderabia.

Obrigada a Sociedade Hamtaro, pelo apoio.  Amo vocês!  😍

Obrigada por tudo! 🥺🥺🥺🤧

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