Elemental (Em Revisão)

By moonsweeties

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"- Não se assuste com seu poder. Você conhece a história dos 4 Senhores dos Elementos, certo? Afirmei com a c... More

Elementais
Um Nova Família
Missão
5° elemento
Conselhos, Brigas e ...
Amigo ou Inimigo?
Início da Evolução
Uma Nova Força
Em Observação
Possível Perda
Chegando Perto
Início de uma Grande Batalha
Ultima das Armas
O Fim de Uma das Lutas
Novas Descobertas
Mistério Revelado
Surpresa
Decisão
Um Novo Começo
Amantes Fiéis | Capítulo Bônus (+16)
Presentes | Capítulo Bônus
Eternamente Juntos
Agradecimentos

Primeira "Discussão"

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By moonsweeties

Já estávamos prontos para sair do instituto rumo a Floresta de Condriz, cada um com sua mochila nas costas, Ágata era a que levava mais coisas pois ela usava o ar para manipular o peso da sua mochila assim ela não pesaria em suas costas. Estávamos parados no portão ainda fechado do castelo esperando Trisha, eu estava encostado na parede de braços cruzados, Molly estava encostada brincando com seu próprio fogo manipulando-o em imagens, Tristan estava sentado no chão mexendo na sua mochila e Ágata estava de pernas cruzadas em posição de meditação flutuando no ar, assim que ela aparece nos colocamos de pé lado a lado

— Antes de irmos quero que venham comigo, tenho algo a mostrar-lhes

Assentimos e a seguimos, subimos vários lances de escadas sem nossas mochilas — pois Trisha havia nos mandado deixa-las encostada ao pé da escada — o que facilitou a subida. Chegamos em uma porta de madeira que parecia a entrada de um sótão e que na verdade era mesmo um, adentramos o lugar e Trisha acendeu as luzes, não era como um sótão comum cheio de poeira e cômodos velhos, nesse havia quatro baús de frente a quatro estátua que estavam cobertas por um pano branco, Trisha nos posicionou cada um de frente a um baú e nos mandou tirar o pano e assim fizemos.

Ao remover o meu, revelou uma estátua de uma mulher em posição de ataque com a água enrolando-se em seu corpo como uma cobra, seus olhos brilharam na mesma intensidade que os meus assim que meus olhos entraram em contato com os seus. Trisha nos mandou tocar na marca semelhante a nossa no baú e assim fizemos. Toquei em meu baú e minha cicatriz brilhou fazendo com que a água que estava em torno da estátua se movimentasse indo em direção a marca do baú como se a marca sugasse a água e assim que parou ele se abriu revelando uma luz azul forte, de relance pude ver outras quatro cores ao meu lado, Vermelho, Branco e Marrom. Aproximei-me do baú e lá dentro brilhavam armas, mas não armas quaisquer como dos guerreiros de Aqua, eram armas cintilantes como se fossem esculpidas em gelo, pareciam frágeis.

Estiquei a mão para pegar uma e um arco com uma bolsa de flechas voaram para minhas mãos sem eu nem ter as visto no baú. Ainda boquiaberto,  coloquei a bolsa na costa e segurei firme o arco, no mesmo instante o baú se fechou fazendo a agua voltar a seu lugar de origem em volta da estátua, essa por sua vez apagou os olhos fazendo os meu apagarem também. Esse ato vez com que meu arco sumisse da minha mão, toquei em meu peito assustado e vi que a alça da bolsa com flechas não estava mais lá me virei para Trisha que devolveu o olhar me passando calma, logo percebi que eram encantados e que só apareceriam quando eu fosse usar a dominação. Olho para os outros e os vejo na mesma situação que eu, respiro mais calmo e me volto para trisha.

— Essas armas já pertenceram a vocês a milhões de anos atrás, e agora votaram para as mãos dos verdadeiros donos. Aquelas estátuas que viram eram vocês no passado, eram os Senhores Elementais. Suas armas aparecerão conforme a ocasião, se precisarem usa-las em algo elas apareceram automaticamente... Ou podem ocorrer de elas mudarem.. vai depender do grau de dominação de vocês.

— Mas se nem sabemos usá-las como é vamos lutar com elas? – Molly a interrompe.

— Vocês não sabem, mas suas almas sim. Deixem que as armas façam seu trabalho, vocês só precisam empunha-las – Explica. – Agora vamos, temos um caminho a trilhar. – Disse já saindo do sótão.

A seguimos de volta ao portão da frente do instituto e os mesmo se abriram para nós, Trisha foi em direção a uma árvore e tocou em seu cordão e o mesmo brilhou junto aos seus olhos e os olhos e marca de Tristan, ela atravessou a arvore seguido de Tristan, Ágata, Molly e por último eu. Fomos parar em um vilarejo em Térrie, haviam pessoas na frente de suas casas conversando entre família e crianças brincando umas com as outras.

Era bem diferente de Aqua onde só podíamos conviver com familia e quem a família autorizava a conversar e, as crianças brincavam apenas com os irmãos ou primos da mesma idade, isso se tivessem algum. Caso contrário brincavam sozinhas mesmo, como foi no meu caso já que meus tios e tias morreram em batalhas e não tiveram oportunidade de ter filhos e meus pais só me tiveram porque se aposentaram cedo, logo após se conhecerem em guerra. Acho que estão orgulhosos de mim, não sei... Nós nunca conversamos a respeito do que eles gostariam que eu fosse, afinal, nem pudemos nos despedir direito antes de Arthur me levar ao instituto. Só sei que meu pai estava feliz com minha partida, acho que é pelo grau de importância que eu dei à família que agora era descendente direto do Senhor — agora, descoberto que na verdade era uma Senhora — da água.

Olhei para Tristan e o vi com lágrimas nos olhos, cheguei perto dele e toquei o seu ombro, o mesmo me encarou limpando as lágrimas antes que caíssem.

— Essa é minha aldeia, nasci e cresci aqui nesse lugar e aquí meus país morreram também.... – Disse olhando o local.

" aquí meus pais morreram" essas palavras não saíam da minha mente, eu não sabia que Tristan era órfão e isso me chocou, senti pena e remorso pela sua perda e tive vontade de consola-lo. Essa é uma das características dos Aquas, nós somos muito solidário, até de mais, e isso se torna irritante para todos.

— Ah, sinto muito... – Tentei.

— Não sinta, eles morreram por motivos nobres. Defendendo a aldeia dos renegados que tentaram invadir.

— Ah, então você já sabia deles? Digo, da nova dominação? – Franzi o cenho.

— Não necessariamente. Eu sabia que algo estava errado, eu sentia que uma força maior estava por vir mas eu não sabia o quê, entende? – concordo com a cabeça – Agora eu sei que o que eles fizeram foi proteger-nos aqui. E agora quero vinga-los e saber quem fez isso. – Falou com um certo ódio na voz.

— Sabe... Não sei como se sente, mas... Tenho certeza que os encontraremos e os mataremos. Agora quem quer se vingar deles sou eu, por você.. – Toquei em seu ombro novamente.

Senti ele relaxar e então olhou pra mim piscando várias vezes para não chorar.

— Obrigado, Cameron. – Sorriu e me abraçou.

Retribui o abraço e logo escutamos alguém pigarrear atrás de nós.

— Tristan? – Disse uma voz que não conhecia. Ele me soltou e se assustou ao ver quem era.

— Tom? O.. O que você... ? Oi.. – Sorriu meio nervoso.

— Quem é ele, Tristan? – Perguntei curioso.

— Nunca falou de mim? Nossa, esqueceu rápido de mim, ou melhor, de nós. – O garoto incomodado. Ele tinha olhos castanhos bem claros e o cabelo negro, era magro e convenhamos que era bem bonito.

Vou ressaltar que não sou simpatizante do mesma sexo. Apenas sei o que é bonito ou não.

— Nós..? Tristan, o que...? – Eu já não entendia mais nada aquela altura.

— Tom eu não... ai droga! – Bufou e respirou fundo logo em seguida. – Tom, esse é Cameron, um Aqua. Ele é um dos escolhido também e Cameron, esse é Tom... Meu namorado.

Me engasguei com o ar. Namorado? Tristan era gay e eu não sabia? Cara, esse garoto disfarça bem... Até porque eu sei quando alguém mente.

Vou ressaltar outra coisa: Eu não tenho preconceito, apenas me surpreendi pois eu realmente não sabia. Convenhamos: Não é comum em Aqua ver um cara gay ou uma mulher Lésbica. Até porque Aqua era uma dimensão bem machista e conservadora e dominada por guerreiros. Não eram todas as mulheres que iam realme para a guerra só as que não tinham proximidade alguma com a cura.

Limpei a garganta antes de falar.

— Ér... bom, prazer em conhece-lo. – Estendi a mão para cumprimentá-lo, mas ele só olhou para minha mão e cruzou os braços. Cerro os punhos com um sorriso forçado. Ele estava com ciúmes, e sendo bem mal educado. – Sou hetero, só pra saber... – Expliquei.

— Ah... – Descruzou os braço.s – Desculpe, prazer também. – Sorriu envergonhado. – Desculpa, amor. É que eu vi vocês se abraçando e pensei que...  Desculpa.. – O abraçou e Tristan retribuiu afagando os cabelos de Tom.

Era bonito ver os dois, eles faziam um bonito casal.

— Sem problemas. – Se afastam e Tristan da um selinho em Tom que logo viraou um beijo.

Desviei o olhar, eu me senti constrangido ali, segurando vela pro meu amigo.

— Bom – pigarrei – Tristan é melhor irmos. Temos um documento a procurar. – O chamei interrompendo o beijo com seu namorado.

Eu sou estraga prazeres, eu sei.

— Sim, claro... – Sorriu pra mim. – Tchau amor. Te amo. – sussurou para Tom e o mesmo sussurrou um "eu também" de volta. 

Eles se afastaram dando um último selinho antes. Imagino que era difícil pra Tristan ficar longe de quem gosta. Eu nunca gostei de alguém de verdade.

Continuamos andando atrás de Trisha junto aos outros, Tristan andava em silêncio como se estivesse envergonhado de mim pelo fato de me apresentar seu namorado.

Tudo bem que, geralmente, os Aquas são bem preconceituosos quanto a sexualidade e postura que cada um impõe na sociedade. Como eu havia dito, é uma dimensão bem machista. Mas, eu não era assim, eu sempre fui diferente de todos e meus pais sempre diziam isso a mim, que eu era especial, e de fato, sou mesmo por carregar a alma da Senhora da Água. Mas a questão é, não há motivos para Tristan se envergonhar... Não é?

— Tem alguma coisa errada aqui. – Molly se aproxima sorrateiramente atrás de nós. – Vocês brigaram? Sinto um clima estranho entre vocês. – falou como se tivesse se divertindo com a situação.

— Não é nada, é só que... – Tristan me olhou nervoso. Esse garoto quer mentir mas não consegue. Não mais.

— Por mim ta tudo bem. Não é Tristan? – Perguntei sorrindo.

— Ah.. Sim, claro que está tudo bem. Porque não estaria? – Sorriu forçado.

Se existe uma espécie que não sabe mentir, são os Térries. Tirando o fato de Tristan não falar que era gay. Mas eu o perdôo, não havíamos tocado no assunto então não tinha porque e ele ir logo me falando.

— Tristan meu caro, – Molly põe a mão em seu ombro. – você é péssimo em mentir, e olha que o Aqua aqui é o Cameron. – Falou jogando a cabeça pro meu lado me indicando.

Ergo uma sobrancelha. Ela ta insinuando exatamente o quê com isso?

— Ta insinuando o que, Foguer? – Disse um pouco irritado, confesso.

Ela riu alto.

— Nada, Cameron, Nada. – Ainda rindo.

— Ela quis dizer que, só pelo fato de você ser um Aqua, você é fraco, frágil, péssimo mentiroso, delicado... – Explica Ágata.

- Gay. - complementa Molly.

— Ágata – Respirei fundo – diga a sua coleguinha que eu não sou fraco, nem frágil e muito menos delicado. Não tenho culpa se eu sou apenas gentil com as pessoas e carinhoso, ao contrário dela que, bom, é uma arrogante e mal educada.

Maldita hora em que eu a chamei dessas coisas. Só me lembro de um clarão a minha frente e eu ir parar no chão a 9 metros de onde estávamos antes.

— Garota agressiva, nossa. – Me levantei com dificuldade, havia batido a costa em algo duro. A raiz de uma árvore, provavelmente.

Tirei a areia da minha roupa e voltei correndo para onde estávamos.

— Cara, da próxima avisa que vai me lançar a 9 metros daqui com um jato de fogo. – Disse me aproximando deles.

— Não me chame de.. mal educada. NUNCA mais, ouviu bem?! – Apontou o dedo na minha cara.

Revirei os olhos.

— Ouvi, não sou surdo. – Tirei o seu dedo do meu rosto. – Esquentadinha. –  Disse aproximando meu corpo para perto dela a desafiando.

— Ora, seu... – Cerrou os punhos em minha direção e os mesmo estavam pegando fogo junto aos seu olhos brilhando com um vermelho intenso. Me preparei fazendo vários fios de água me rodearem como cobras flutuantes me preparando pra contra atacar.

— Parem com isso! – A voz de Trisha ecoou em nossos ouvidos com um tom de autoridade fazendo a água ao meu redor desaparecer. – Vocês não devem brigar entre si, devem ser companheiros mesmo que se odeiem! – Respirou fundo se controlando. – Chegamos ao meu limite, daqui eu não passo mas. Agora é com vocês, boa sorte e lembrem-se; Juízo, companheirismo e acima de tudo paciência. Temos 3 dias para encontrar este pergaminho, agora vão. E Tristan: Qualquer briga entre os dois já sabe quais raízes são a prova de água e fogo!

Tristan sorriu acentimos e eu e Molly reviramos os olhos juntos bufando. Nos despedimos da instrutora Térrie e seguimos mata a dentro.

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