A BabΓ‘ || Beauany {2Β° Tempora...

By all-lights

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⚠️ Leia a primeira temporada antes dessa ⚠️ "𝑽𝒐𝒄𝒆 π’•π’Šπ’π’‰π’‚ 𝒓𝒂𝒛𝒂𝒐: 𝒆𝒖 𝒔𝒐𝒖 π’Žπ’–π’Šπ’•π’‚ 𝒄𝒆𝒓𝒕... More

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Josh Beauchamp.

Acho que o meu maior erro foi ter esperado mais de três anos para voltar a ver Any. Devia ter vindo no primeiro aperto de coração devido a saudade.

Mas quando eu vi ela, mesmo de longe, parece que meu mundo parou somente para mim observar o quanto ela estava linda.

Cada ano que passa ela fica mais bonita. Acho que o tempo também se apaixonou.

A "conversa" que tivemos no estacionamento da sua faculdade me machucou muito. E tudo o que Any me disse só fez eu me sentir mais idiota e mais culpado.

Mas eu não viajei metade do mundo para deixar as coisas como estão. Deu muito trabalho conseguir vir para São Paulo, e eu não vou deixar essa chance ir por água a baixo.

Eu jurava que nunca mais iria ver Gabrielly depois que ela me deixou ali no estacionamento. Mas parece que o destino me deu um empurrãozinho e me fez comprar justo o apartamento que ficava ao lado de Any.

Agora ela me odeia, e com razão. Mas eu preciso convencê-la de conversar comigo, eu preciso conversar com Any.

Eu preciso conversar com ela para dizer que eu a amo. E que em nenhum dia desses três anos eu parei de amá-la, muito pelo contrário, a cada hora que eu passava longe dela, eu só me apaixonava mais e mais.

E eu estava pronto para dizer isso para a própria Any Gabrielly. Eu finalmente estava pronto para assumir esse sentimento. É claro que meu medo ainda não passou, e acho que nunca vai passar, eu tenho pavor de perder a mulher que eu amo.

Mas eu estava decidido a desabar isso a ela, estava disposto a correr esse risco. Então quero arrumar um jeito de a chamar para conversar.

Mas como eu disse antes, o destino me ama. Estou a apenas um muro que bate no meu peito de distância de Any. É claro que eu não iria pular, eu estaria invadindo, mas eu podia conversar com ela.

- Any! - Gritei da varanda.

As portas de vidro de seu quarto estavam abertas, mas as cortinas fechadas, me impedindo de ver alguma coisa.

- Eu sei que está aí, apareça.

Any saiu de seu quarto e veio até a varanda, de roupa de moletom e uma cara de brava. Sorri enquanto ela se mantinha séria.

- O que quer?

- Por que ainda está de pijama? Já se passou do meio-dia.

- É domingo, Josh - Respondeu como se fosse óbvio - Alguém tira o pijama em um dia de domingo?

- Eu tiro.

- Você é anormal - Sorriu.

- Senti falta do seu sorriso - Voltou a ficar séria.

Eu não queria me apaixonar. Mas em algum momento ela sorriu e puta merda... Estragou tudo. O sorriso dela era a coisa mais linda que eu já vi.

- Nada melhor do que derrubar com um sorriso, quem um dia te machucou com uma lágrima - Sorriu de leve.

- Podemos conversar?

- Estamos conversando.

- Sabe do que estou falando. Podemos?

- Tá - Bufou.

- Quer ir para onde?

- É domingo, não quero sair de casa - Começou a mexer em seus cachos.

- Podemos ir para uma das pracinhas que tem no térreo, o que acha?

- Tanto faz - Deu de ombros.

- Espero que seu namorado não fique com ciúmes - Soltei um sorriso sínico.

Eu sabia que aquele cara não era o namorado dela, só fiz isso para provocar mesmo.

Mas não vou negar que eu fiquei com ciúmes. Só de ver outro cara com Any já fez meu nível de ódio aumentar. E só piorou quando eu vi a pulseira que eu tinha dado para Gabrielly em suas mãos.

- Ele não é meu namorado - Revirou os olhos - E isso nem é da sua conta.

- Certo - Ri.

- Sabe, estava tudo indo tão bem. Minha vida estava ótima sem vizinhos.

- Ter vizinhos é a melhor coisa do mundo, você não se sente sozinha.

- Sim, mas eu preferia minha privacidade. Olha eu moro sozinha no último andar do prédio. Eu podia deixar minha porta aberta, o som da música no máximo, andar só de sutiã e calcinha. Eu era livre.

- Não iria me importar se você andasse só de sutiã e calcinha e não fechasse a porta da varanda. Pode continuar - Sorri.

- Certas coisas não mudam, não é? Vou trocar de roupa, me espere lá fora - Ordenou e virou as costas, entrando em seu quarto.

Entrei no meu também e troquei de camisa. Avisei para Krystian que iria sair e fiquei esperando em frente a porta de Gabrielly.

Minutos depois ela saiu, e estava linda, na verdade ela sempre foi linda. Sorri bobo enquanto Any estava séria, como sempre.

- Está linda.

- Você devia falar que eu sou linda, e não que estou.

- Você é linda - Corrigi.

- Agora não importa mais.

Apertamos o botão do elevador e entramos. Não sabia o que dizer, mas estava prestes a perguntar se ela estava bem, somente para puxar assunto. Mas a porta do elevador se abriu.

Antes daqueles dois homens entrarem, olharam de cima a baixo Gabrielly e deram um sorriso.

- Oi Any - Falaram juntos e encostaram na parede do elevador.

Depois disso, mais um homem entrou, e depois outro, e outro, e outro, e assim foi até o elevador se lotar.

E todos tiveram a mesma reação com Any, é como se ela fosse a presa e eles os caçadores. Enquanto Gabrielly ficou com a cabeça baixa, fingindo olhar seus sapatos para disfarçar a vergonha que estava sentindo.

Aí eu tive certeza que Any já foi para cama com todos esses homens.

Meu sangue ferveu e uma raiva indescritível passou por todo o meu corpo. Por sorte, a porta se abriu e todos saíram.

Fui até um canto do pátio com Any e a olhei. Seu rosto estava ruborizado, ela tinha percebido que eu descobri o que fez com todos aqueles caras.

- Tem se divertido bastante, não é mesmo? - Perguntei com um tom de arrogância na voz.

- O que está insinuando? - Cruzou os braços na minha frente.

- Nem parece que você me disse para não sair com qualquer uma na tentativa falha de lhe esquecer. Mas olha só você agora - Soltei uma risada sínica - Parece que não segue seus próprios conselhos.

- Eu não lembro de te pedir um conselho para minha vida amorosa.

- Parece que os textos não tem te ajudado muito ultimamente. Pelo que eu vi, você já conseguiu dormir com todos os caras do prédio. Quem vai ser o próximo? O cara do condomínio ao lado? Fiquei sabendo que ele transa com qualquer uma, vocês tem isso em comum.

- Você não vai me chamar de vadia - Falou calma - Quando eu conheci você, eu achei que tinha encontrado a pessoa com quem eu passaria o resto da minha vida, Josh. Eu achei, então todos os problemas que eu tinha, eu esqueci, porque eu tinha você - Senti sua voz trêmula - Você não conseguiu dizer um simples eu te amo quando eu queria. Você me deixou vir para o Brasil. Eu colei todos os meus caquinhos sozinha. E eu não vou pedir perdão pelo jeito que eu escolhi para concertar aquilo que você quebrou. Você não tem o direito de me chamar de vadia.

- Não te chamei de vadia.

- Chamou sim. Indiretamente, mas chamou. E sabe o que é engraçado? Falam um livro de você, mas só leram uma página.

- Acho melhor termos essa conversa outro dia.

- Acho melhor nunca termos essa conversa.

- Tem razão - Entrei no elevador novamente e segurei a porta para Any entrar, mas ela ficou parada do lado de fora.

- Vou pegar o próximo - Falou séria.

- Tudo bem, só tome cuidado para não fazer sexo com nenhum homem pelo caminho, sei que vai ser difícil para você.

- Vai se foder.

A porta do elevador se fechou e eu fui até meu andar, entrando com raiva no meu apartamento.

Eu não estava chamando Any de vadia, eu só estava nervoso com tudo isso. Só de saber que em todo esse tempo eu evitei ao máximo dormir com outras garotas por estar a sua espera, enquanto ela fazia totalmente o ao contrário, me fez sentir ainda mais idiota.

Era para ter sido somente uma conversa para mim dizer meus sentimentos, mas acabou se tornando uma discussão, decepção, frustração, ou qualquer outra palavra pior.

E voltamos a estaca zero, como sempre.


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