A arte da guerra-sun tzu

SamuelNascimentt

96.3K 1.8K 217

Escrito durante o século IV a.C., “A Arte da Guerra” é um clássico da literatura mundial por ser o primeiro t... Еще

Sobre a avaliação
Sobre a medida na disposição dos meios
Sobre a firmeza
Sobre o cheio e o vazio
Sobre o enfrentamento direto e indireto
Sobre a distribuição dos meios
Sobre a topologia
Sobre as nove classes de terrenos
Sobre a arte de atacar pelo fogo
Sobre o uso de espiões

Sobre o principio de ações

23.1K 316 75
SamuelNascimentt

Uma vez começada a batalha, ainda que estejas ganhando, se continuar

por muito tempo, desanimará a tuas tropas e embotará tua espada. Se

estás sitiando uma cidade, esgotarás tuas forças. se manténs teu

exército durante muito tempo em campanha, teus mantimentos se

esgotarão.

As armai são instrumentos de má sorte; empregá-las por muito tempo

produzirá calamidades. Como se tem dito: "Os que a ferro matam, a ferro

morrem." Quando tuas tropas estão desanimadas, tua espada embotada,

esgotadas estão tuas forças e teus mantimentos são escassos, até os

teus se aproveitarão de tua debilidade para sublevar- se. Então, ainda

que tenhas conselheiros sábios, ao final não poderás fazer que as coisas

saiam bem.

Por cauda disso, tem-se ouvido falar de operações militares que são

torpes e repentinas, porém nunca se viu nenhum especialista na arte da

guerra que mantivesse a campanha por muito tempo. Nunca é benéfico

para um país deixar que uma operação militar se prolongue por muito

tempo. Como se diz comumente, seja rápido como o trovão que retumba antes

de que tenhas podido tapar os ouvidos, veloz como o relâmpago que

brilha antes de haver podido piscar.

Portanto, os que não são totalmente conscientes da desvantagem de

servir-se das armais não podem ser totalmente conscientes das

vantagens de utilizá-las.

Os que utilizam os meios militares com perícia não ativam suas tropas

duas vezes, nem proporcionam alimentos em três ocasiões, com um

mesmo objetivo.

Isto quer dizer que não se deve mobilizar ao povo mais de uma vez por

campanha, e que imediatamente depois de alcançar a vitória não se

deve regressar ao próprio pais para fazer uma segunda mobilização. A

principio isto significa proporcionar alimentos (para as próprias tropas),

porém depois se tiram os alimentos ao inimigo.

Se ao invés de tomar os mantimentos e armas de teu próprio país,

retirares do teu inimigo, estarás bem abastecido de armas e provisões.

Quando um pais empobrece por causa das operações militares, isso se

deve ao transporte de provisões de um lugar distante. Se as transportas

desde um lugar distante, o povo empobrecerá.

Os que habitam próximo de onde está o exército podem vender suas

colheitas a preços elevados, porém se acaba deste modo o bem-estar da

maioria da população.

Quando se transportam as provisões muito longe, ocorre ruína por causa

do alto custo. Nos mercados próximos ao exército, os preços das

mercadorias aumentam. Portanto, as longas campanhas militares

constituem uma ferida para o país.

Quando se esgotam os recursos, os impostos se arrecadam sob

pressão. Quando o poder e os recursos se tenham esgotado, arruina- se

o próprio pais. O povo é privado de grande parte de seus produtos,

enquanto os gastos do governo para armamentos se elevam.

Os habitantes constituem base de um país, os alimentos são a felicidade

do povo. O príncipe deve respeitar este fato e ser sóbrio e austero em

seus gastos públicos. Em conseqüência, um general inteligente luta por desprover o inimigo de

seus alimentos. Cada porção de alimentos tomados ao inimigo equivale a

vinte que te forneces a ti mesmo.

Assim, pois, o que arrasa o inimigo é a imprudência e a motivação dos

teus em fazer desaparecer os benefícios dos adversários.

Quando recompensas teus homens com os benefícios que ostentavam

os adversários eles lutarão com iniciativa própria, e assim poderás tomar

o poder e a influência que tinha o inimigo. É por isto que se diz que onde

há grandes recompensas há homens valentes.

Por conseguinte, em batalha de carros, recompensa primeiro o que

tomar ao menos dez carros.

Se recompensas a todo mundo, não haverá suficiente para todos; assim,

pois, oferece uma recompensa a um soldado para animar a todos os

demais. Troca suas cores (dos soldados inimigos feitos prisioneiros),

utilize-os misturados aos teus. Trata bem os soldados e presta-lhes

atenção. Os soldados prisioneiros devem ser bem tratados, para

conseguir que no futuro lutem para ti. A isto se chama vencer o

adversário e incrementar por acréscimo em tuas próprias forças.

Se utilizas o inimigo para derrotar o inimigo, serás poderoso em qualquer

lugar aonde fores.

Assim, pois, o mais importante em uma operação militar é a vitória e não

a persistência. Esta última não é benéfica. Um exército é como o fogo: se

não o apagas, se consumirá por si mesmo.

Portanto, sabemos que o que está à cabeça do exército está a cargo das

vidas dos habitantes e da segurança da nação.

Sobre as proposições da vitória e a derrota.

Como regra geral, é melhor conservar a um inimigo intato que destrui-lo.

Captura seus soldados para conquistá-los e dominas seus chefes.

Um General dizia: "Pratica as artes marciais, calcula a força de teus

adversários, faz que percam seu ânimo e direção, de maneira que ainda

estando intato o exército inimigo, fique imprestável: isto é ganhar sem

violência. Se destruíres o exército inimigo e matares seus generais, assaltas suas defesas disparando, reúnes uma multidão e usurpas um

território, tudo isto é ganhar pela força."

Por isto, os que ganham todas as batalhas não são realmente

profissionais; os que conseguem que se rendam impotentes os exércitos

alheios sem lutar, são os melhores mestres do Arte da Guerra.

Os guerreiros superiores atacam enquanto os inimigos estão projetando

seus planos. Logo desfazem suas alianças.

Por isso, um grande imperador dizia: "O que luta pela vitória frente a

espadas nuas não é um bom general." A pior tática é atacar uma cidade.

Assediar, encurralar uma cidade só se leva a cabo como último recurso.

Emprega não menos de três meses em preparar teus artefatos e outros

três para coordenar os recursos para teu assedio. Nunca se deve atacar

por cólera e com pressa. é aconselhável tomar-se tempo na planificação

e coordenação do plano.

Portanto, um verdadeiro mestre das artes marciais vence outras forças

inimigas sem batalha, conquista outras cidades sem assediá-las e destroi

outros exércitos sem empregar muito tempo.

Um mestre experiente nas artes marciais desfaz os planos dos inimigos,

estropia suas relações e alianças, corta os mantimentos ou bloqueia seu

caminho, vencendo mediante estas táticas sem necessidade de lutar.

É imprescindível lutar contra todas as fações inimigas para obter uma

vitória completa, de maneira que seu exército não fique aquartelado e o

beneficio seja total. Esta é a lei do assédio estratégico.

A vitória completa se produz quando o exército não luta, a cidade não é

assediada, a destruição não se prolonga durante muito tempo, e em cada

caso o inimigo é vencido pelo emprego da estratégia.

Assim, pois, a regra da utilização da força é a seguinte: se tuas forças

são dez vezes superiores às do adversário, cerca-o; se são cinco vezes

superiores, ataque-o; se são duas vezes superiores, divide- o.

Se tuas forças são iguais em número, luta se te é possível. Se tuas

forças são inferiores, mantenha-te continuamente em guarda, pois a

menor falha te acarretaria as piores conseqüências. Trata de manter- te ao abrigo e evita o quanto possível um enfrentamento aberto com ele; a

prudência e a firmeza de um pequeno número de pessoas podem chegar

a cansar e a dominar inclusive numerosos exércitos.

Este conselho se aplica nos casos em que todos os fatores são

equivalentes. Se tuas forças estão em ordem enquanto que as do inimigo

estão imersas no caos, se tu e tuas forças estão com ânimo e eles

desmoralizados, então, mesmo que sejam mais numerosos, podes entrar

em batalha. Se teus soldados, tuas forças, tua estratégia e teu valor são

menores que as de teu adversário, então deves retirar-te e buscar uma

saída.

Em conseqüência, se o bando menor é obstinado, cai prisioneiro do

bando maior.

Isto quer dizer que se um pequeno exército não faz uma valoração

adequada de seu poder e se atreve a se tornar inimigo de uma grande

potência, por muito que sua defesa seja firme, inevitavelmente se

converterá em conquistado. "Se não podes ser forte, porém tampouco

sabes ser débil, serás derrotado." Os generais são servidores do Povo.

Quando seu serviço é completo, o Povo é forte. Quando seu serviço é

defeituoso, o Povo é débil.

Assim, pois, existem três maneiras pelas quais um Príncipe leva o

exército ao desastre. Quando um Príncipe, ignorando as ações, ordena

avançar a seus exércitos ou retirar-se quando não devem fazê-lo; a isto

se chama imobilizar o exército. Quando um Príncipe ignora os assuntos

militares, porém compartilha em pé de igualdade o mando do exército, os

soldados acabam confusos. Quando o Príncipe ignora como levar a cabo

as manobras militares, porém compartilha por igual sua direção, os

soldados estão vacilantes. Uma vez que os exércitos estão confusos e

vacilantes, iniciam os problemas procedentes dos adversários. A isto se

chama perder a vitória por transtornar o aspecto militar.

Se tentas utilizar os métodos de um governo civil para dirigir uma

operação militar, a operação será confusa.

Triunfam aqueles que:

• Sabem quando lutar e quando não.

• Sabem discernir quando utilizar muitas ou poucas tropas. • Possuem tropas cujas categorias superiores e inferiores tem o

mesmo objetivo.

• Enfrentam com preparativos os inimigos desprevenidos.

• Tem generais competentes e não limitados por seus governos

civis.

• Estas cinco são as maneiras de conhecer o futuro vencedor.

Falar que o Príncipe seja o que dá as ordens em tudo é como o General

solicitar permissão ao Príncipe para poder apagar um fogo: quando for

autorizado, já não restam senão cinzas.

Se conheces os demais e te conheces a ti mesmo, nem em cem batalhas

correrás perigo; se não conheces os demais, porém te conheces a ti

mesmo, perderás uma batalha e ganharás outra; se não conheces a os

demais nem te conheces a ti mesmo, correrás perigo em cada batalha.

Продолжить чтение

Вам также понравится

11.6K 506 15
Comecei pelo tédio Pedidos aberto Também postado no spirit
Dom Casmurro mfcta2001

Классика

15.5K 266 12
Lá No Morro. mrenarav

Любовные романы

12.3M 779K 111
Júlia é uma garota que vive entre conflito com seu pai, com pais separados e a mãe morando no Complexo Da Maré, ela decide fugir pro morro achando qu...
37.3K 854 13