wolf moon ✵ sterek

Da xbeauxny

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[ 𝐥𝐮𝐚 𝐝𝐨 𝐥𝐨𝐛𝐨 ] ❝e quando as chamas sobem, eu posso ouvir o choro de um lobo solitário❞ Scott McCall... Altro

𝑾𝑶𝑳𝑭 𝑴𝑶𝑶𝑵
𝒆𝒍𝒆𝒏𝒄𝒐
1. prólogo
2. cara, aquele era o derek hale...
3. é o derek, ele é o lobisomem
4. não mais...
5. eu vi você no campo
6. eu acho que é aconito
7. não, você parou pra cozinhar no seu forninho de lobisomem
8. por que tá parecendo que você é o batman e eu sou o robin?
9. liga o carro ou vou rasgar sua garganta, com meus dentes.
10. ele tá começando a feder... a morte
11. fui eu
12. eu não vou assistir "diário de uma paixão" de novo
13. depende do que você considera como boa notícia
14. deu o nome da sua filha de "Stiles Stilinski"?
15. seu yoda eu vou ser
16. obrigado, mccall. obrigado.
17. não seja um lobo azedo
18. eu odeio seu chefe
19. você quer ouvir em espanhol? no.
20. tem certeza que era derek hale?
21. encontraram o derek?
22. me chama de biles, ou eu juro por deus que te mato
23. se você me ajudar a encontrar ele, te ajudo a matar ele
24. uma mordida, um arranhão...
26. stiles, sai dai! é ele, ele é o alfa
27. acredite em mim, eu sei
28. e eu vou ter uma eternidade no menor círculo do inferno
29. bela jogada, scott, bela jogada.
30. estamos. fechados.
31. ele não tá apaixonado pela allison. não como o scott...
32. a medalha fields é o que eu vou ganhar
33. o usuario dele é allison? a senha dele é allison também?
34. stiles, você vai pra escola?
35. eu sou o alfa agora
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25. "pai, derek hale tá no meu quarto traz sua arma?"

418 55 16
Da xbeauxny



VINTE E CINCO
S.S.

— E como diabos ele descobriu? — Pergunto provavelmente pela milésima vez, quando entravamos em outro corredor. Só tinha passado uma aula desde que nos falamos pela última vez, e agora indo para a próxima ele me solta a bomba de que Jackson sabia que ele era um lobisomem.

— Não faço ideia! — Scott responde apressado.

— Ele disse mesmo a palavra? — Continuamos andando, e Scott me olha confuso.

— Que palavra? — Tá brincando?

— Lobisomem. — Ele me olha em pânico. — Ele disse, "Sei que você é um lobisomem?"

— Não, mas ele deixou bem claro. — Reviro os olhos, ótimo, mas um problema.

— Okay, talvez não seja tão ruim quanto parece. — Ele me confuso, como esse garoto sobrevivia sem mim? — Ele não tem nenhuma prova, né? E se ele contar pra alguém, quem vai acreditar nele?

— E o pai da Allison? — Okay, isso sim era ruim.

— Tá, isso é ruim.

— Preciso de uma cura. — Ele coloca a mão no meu ombro. — Agora.

— Ele sabe sobre o pai da Allison? — Pergunto olhando pra Scott, que dá de ombros.

— Não sei.

— Tá, é... Onde tá o Derek? — Pergunto já formulando um plano na cabeça.

— Escondido como combinamos. — Paramos perto do corredor pra onde eu iria pra próxima aula. — Por quê?

— Tenho outra ideia. — Balanço a cabeça, era um começo de um plano, e podia dar certo, mas eu ia precisar de ajuda, e o Scott já tá com uma tarefa enorme que é esse colar. — Só que precisa de tempo e astucia, mesmo assim, talvez dê certo.

— Mas tem o jogo hoje, finais e seu primeiro jogo. — Tinha isso também, que dia cheio.

— Eu sei, eu sei. — Digo rapidamente. — Já tem um plano pra Allison?

— Ela tá na minha próxima aula.

— Okay, pega o colar. — Digo virando as costas, estava indo pra aula de matemática agora.

A aula foi corrida, e antes que eu pudesse registrar, já estava andando pelos corredores de novo. Subo as escadas indo em direção do refeitório, Scott já tinha me mandado uma mensagem dizendo que já estava lá, então não tinha companhia para ir até lá.

Faço meu caminho pela cafeteria bem rápido. Pegando uma bandeja, pego um prato pronto, uma garrafa d'água e a maça verde que estavam servindo, e faço meu caminho rapidamente pra mesa que só tinha Scott. Coloco minha bandeja na mesa, me sentando na cadeira.

— Conseguiu pegar o colar? — Pergunto olhando para Scott.

— Não exatamente. — Olho confusa pra ele, com um sorriso torto.

— O que aconteceu?

— Ela pediu pra não falar com ela, de forma alguma. — Mordo um pedaço do frango que tinha no prato.

— Então ela não vai te dar...

— Ela não vai me dar o colar. — Ele termina seu eu precisar continuar, concordo com a cabeça, engolindo.

— Achou mais alguma coisa? — Scott respira fundo negando com a cabeça.

— Só que não sei nada sobre garotas e que elas são todas loucas.

— Ei! — Digo olhando torto pra ele. — Okay, eu tinha um plano "B" pra caso algo acontecesse.

— Qual o plano "B"?

— Rouba logo a droga do colar. — Pego a garrafa d'água abrindo, enquanto Scott sugere outro plano.

— Não podemos falar com o Harris? — Nego com a cabeça.

— Meu pai colocou ele em proteção 24 horas, beleza? — Scott desvia o olhar, respiro fundo. — O colar é tudo que temos. Rouba ele. Obrigado. — De repente, Scott muda a postura, e fica nervoso, encaro ele o questionando com o olhar.

— Stiles, ele tá nos observando. — Vejo Jackson em uma mesa distante, sentado com Lydia e Allison, e ele apenas nos observava. Bebo água pra disfarçar que fiquei encarando ele por um tempo. Scott por um tempo parecia apenas ouvir as coisas, sem falar comigo, encaro Jackson e vejo que o mesmo estava sussurrando, ele tava falando com o Scott?

— Qual o problema? — Pergunto olhando pra Scott.

— Jackson tá falando comigo. — Bizarro. — Ele sabe que posso ouvir. — Volto meu olhar pra Jackson, e Scott chama minha atenção. — Olha pra mim. Fala comigo, fica calma. Finja que tá tudo normal. — Com essa pressão, não dá. Respiro fundo encarando Scott. — Diz alguma coisa! Fala comigo!

— Não consigo pensar em nada. — Digo desesperada. — Me deu branco.

— Você teve branco? — Eu sei, inacreditável, eu falo mais que tudo. — Não consegue pensar em nada?

— Não sob esse tipo de pressão. — Volto meu olhar pra mesa onde os três estavam. — E pra sua informação, ele nem tá mais sentado com elas.

— Onde ele tá?

Scott olhava ao redor, procurando ele, ele parecia nervoso quando parou de olhar e apenas ficou parado. Continuei comendo, observando cada movimento de Scott, em questão de segundos, ele parecia muito irritado e segurava sua bandeja com um aperto firme, não sei o que Jackson dizia pra ele, mas ele começou a responder do meu lado.

— Sim. — Depois de mais um tempo, ele aperta a garrafa em sua mão, e eu percebo que a mesma é amassada completamente em questão de segundos. Sua mão tremia quando ele aproximou a garrafa de sua boca e tomou um pouco do conteúdo.

— Scott, qual é. — Me aproximo dele, assim que ele abaixa a garrafa, precisava impedir que ele fizesse algo, como, sei lá, ir atrás dele e matar ele. — Não pode permitir isso. Não pode deixar ele ter poder sobre você, okay? — Quando Scott volta a segurar a bandeja, e suas mãos tremendo fazem ela balançar junto, eu percebo que Jackson havia começado de novo. Em questão de segundos, Scott quebra a bandeja no meio, fazendo com que todos do refeitório olhassem pra nossa mesa. Olhamos para o canto do refeitório, vendo Jackson sorrir, e logo depois morder sua maçã.

Respiro fundo, o período escolar tinha acabado, e eu tinha um tempo curto demais pra conseguir fazer o que precisava. Entro no meu jipe, eu tinha pedido pra Scott falar com o Derek, porque eu precisava de ajuda, mas não sabia ao certo se ele viria. Então, tive que me preparar para fazer sozinha se a ocasião viesse.

Dirijo rápido até em casa, falando com Scott no caminho. Ele me disse que o colar não tava na bolsa dela, e que ele tinha verificado quando ela estava na piscina com Jackson, ele também me disse, que depois disso, ouviu alguns alunos conversando entre si que Whittemore tinha terminado com Lydia no meio do corredor. O que Jackson tava tentando fazer? Ganhar a Allison pra ele?

Meu pai estava em casa quando cheguei, dei um oi rápido pra ele, e subi para meu quarto correndo. Largo minha mochila no chão, tirando o moletom e ficando apenas com a blusa xadrez e a camisa branca com desenho de um casal, pego meu notebook começando a procurar possíveis aplicativos que rastreariam mensagens de texto. Meu plano era procurar de onde a mensagem de texto veio, aquela que enviaram pra Allison na noite da perseguição do Alpha na escola.

— Stiles! — Ouço a voz de meu pai, ele subia a escada, já que sua voz ia aumentando conforme o movimento, me viro para a porta pra responder.

— E aí, pa... Derek. — Derek Hale tava no meu quarto, uau, e eu achando que ele nem apareceria pra me ajudar, ele coloca o dedo indicador de uma mão na boca, indicando que eu deveria ficar quieta em relação a ele, e com a outra ele manda eu ir até a porta, e impedir que meu pai entrasse e o visse. Me levanto correndo, e vou até a porta, onde dou de cara com meu pai.

— O que você disse? — Ele me pergunta e eu fecho um pouco a porta do quarto.

— O quê? — Digo dando um sorriso. — Eu disse "E aí, pai".

— Escuta, tem uma coisa que eu preciso resolver, mas vou estar lá hoje à noite. — Ele dá um sorriso enorme. — Digo, seu primeiro jogo.

— Meu primeiro jogo. — Dou uma risada fraca. — Deus, ótimo. Incrível. Ótimo.

— Eu tô muito feliz por você. — Ele tem esse sorriso enorme no rosto, o tipo de sorriso que vai despedaçar meu coração se eu não aparecer lá de noite. — E eu tô muito orgulhoso de você.

— Obrigado. — Digo fraco. — Eu também, tô feliz e orgulhosa... De mim mesma.

— Vão mesmo te deixar jogar, né? — Concordo com a cabeça.

— Sim, pai. Sou titular. — Era realmente incrível ser titular, mesmo que fosse por alguns dias, ou só um jogo, acho que ele já cansou de me ver nos bancos, e eu entendo totalmente a felicidade. — Acredita nisso?

— Eu tô muito orgulhoso. — Ele diz novamente com um sorriso.

— Eu também. De novo, eu... — Ele me puxa pra um abraço, amo os nossos abraços, é como se fosse nossa maneira de dizer "te amo", e por mais que eu esteja nervosa por ter um fugitivo no meu quarto, eu fico muito feliz com esse momento. — Abraço. Abraço... É...

— Te vejo lá. — Ele me olha estranho, e depois dá um sorriso de lado.

— Se cuida. — Ele volta pro corredor que leva pra escada, com um olhar desconfiado no rosto, mas não para e nem volta.

Respiro fundo, encostando a cabeça na porta, vamos ao Derek Hale no meu quarto. Assim que entro no quarto e fecho a porta, não tenho nem tempo de processar onde ele estava, só sei que em questão de segundos ele me empurra para a porta, ficando perto de mim, como se fosse me ameaçar pela centésima vez, reviro os olhos, tentando ignorar o quão próximo ele estava.

— Se disser uma palavra... — Ele diz apontando o dedo indicador no meu rosto, interrompo ele com um sorriso torto no rosto.

— Ah, sei lá, tipo, "Pai, Derek Hale tá no meu quarto traz sua arma?" — Ele abaixa o dedo indicador, mas se continuava segurando minha blusa xadrez com a mão esquerda. — É, isso aí. Se vou abrigar seu traseiro fugitivo, é minha casa, minhas regras, amigo. — Bato as costas da minha mão no seu peito, fazendo barulho por causa do couro da sua jaqueta, o que faz ele olhar pro lugar onde minha mão acertou e me olhar feio, respiro fundo, vendo ele se afastar um pouco e soltar o aperto sobre minha camisa, ele dá um passo de leve pra trás, arrumando a blusa xadrez salmão que ele tinha bagunçado quando apertou, dou um sorriso fraco, repetindo o gesto que ele fez na blusa xadrez com sua jaqueta de couro. Quando me afasto para ir até o computador, ele avança seu rosto pra cima de mim, como se fosse me atacar, o que me assusta. — Meu Deus.

— Scott conseguiu o colar? — Ele me pergunta, enquanto sento na cadeira novamente.

— Não. Ainda não. — Olho pra ele, que permaneceu no mesmo lugar esperando que eu falasse alguma coisa que fosse solucionar o problema. — Mas, tem mais uma coisa que a gente pode tentar, é por isso que preciso de ajuda. — Ele se aproxima de mim, sentando na ponta da cama. — Naquela noite na escola, o Scott mandou uma mensagem pra Allison pedindo pra ela ir lá.

— E daí? — Uau, plateia difícil.

— E daí, que não foi o Scott. — Derek parece entender instantaneamente.

— Pode descobrir quem mandou? — Nego com a cabeça.

— Não, eu não. — Me viro para o computador respirando fundo. — Mas acho que sei quem pode. — Pego meu celular mandando mensagem pro Danny, ele era meu parceiro de estudos na aula de química, e seria perfeito se ele viesse me ajudar com os estudos e com a mensagem.

— Quem? — Derek pergunta me olhando curioso.

— Danny, é um colega da escola. — Derek me olha preocupado, e eu sabia bem o porquê, trazer alguém aqui, enquanto eu abrigo um criminoso procurado, era no mínimo pedir pra trazer a polícia aqui. — Olha, não se preocupa, eles fizeram desenhos péssimos de você na delegacia. Nenhum acertou o seu maxilar.

— Ele vai nos ajudar?

— Eu espero, ele chega em uns 30 minutos. — Ele concorda com a cabeça, e ficamos em silêncio, mas eu já fiquei em silêncio por muito tempo. — Derek, naquela noite... — Ele me olha curioso, permanecendo quieto e de cara fechada, ele seria assim comigo pra sempre? — Sabe, que o Alpha atacou a gente na escola? — Ele concorda com a cabeça. — O que foi aquilo?

— Aquilo o quê? — Respiro fundo, encarando minhas mãos.

— Quando Scott e eu estávamos na sala do diretor, pra usar o alto falante pra chamar o Alpha. — Ele me olha atentamente, se movendo um pouco em desconforto. — Depois da primeira tentativa dele, que foi absolutamente ridícula, eu... Eu ouvi sua voz ali, e eu olhei pra todos os lados, procurando, porque achei que você tinha entrado. — Quando ele apenas me encara, eu vejo isso como uma oportunidade de continuar falando. — Era na minha cabeça, né?

— Sim.

— E você disse...

Vocês só podem estar de brincadeira comigo. — Ele diz, me interrompendo, concordo com a cabeça. — É, foi na "sua cabeça". — Derek move as mãos, fazendo sinal de aspas com os dedos. — Mas acho que você já leu muito pra saber o que é.

— Engraçado, achei que era você que disse "sua amiga Stiles não pode apenas pesquisar lobisomem no Google e achar que sabe tudo". — É, ele disse isso, não pra mim, pro Scott, mas eu fiquei sabendo mesmo assim, vejo um sorriso fraco se formar em seus lábios.

— Parceiros, muitas línguas chamam isso de Mates. — Concordo com a cabeça, ficando em total silêncio. — É tipo uma alma gêmea, na maioria das vezes não precisa existir amor nesse relacionamento, é algo que os dois discutem sobre e decidem o que querem dessa relação.

— O que escolhem geralmente?

— Poder. — Uau. Lobisomens são um saco. — Parceiros te deixam forte, o lobisomem é mais forte quando tem uma conexão estável e firme com o seu parceiro. — Ele respira fundo. — A gente sabe quem é no momento que nossos olhos se cruzam, no nosso caso, foi aquele dia que vocês estavam procurando a bombinha do Scott. — Concordo com a cabeça, eu lembro perfeitamente desse dia, passei a ser babá de um lobo. — E por sinal, foi há 6 anos.

— Quê? — Pergunto confusa.

— O incêndio, foi há 6 anos. Não há 10. — Ele tava falando do que eu comentei com Scott depois que ele sumiu na floresta.

— Você ouviu isso? — Ele concorda com a cabeça. — Então, a gente é parceiros? E você me marcou durante aquela festa da Lydia? — Ele concorda com a cabeça. — Eu li que aquela marca no pescoço que você fez, não era a definitiva, é verdade?

— Sim, a definitiva é feita através de uma mordida. — Porque nada é fácil no mundo sobrenatural. — A definitiva é quando o humano aceita esse vínculo, e é aí que coisas como, você me ouvir na sua cabeça, sentir minhas dores, é quando isso se torna definitivo e mais forte. — Ele muda a posição, endireitando as costas. — É quando a conexão fica selada e os dois ficam mais fortes.

— Mas a mordida não transformaria o humano? — Ele nega com a cabeça.

— Como disse pro Scott, apenas a mordida de um Alpha pode transformar, e eu... — Seus olhos brilham em um intenso azul, definitivamente não era igual ao do Scott, os dele brilhavam amarelo. — Não sou um Alpha, além disso, a mordida do vínculo não tem poder transformativo.

— Por que seus olhos são azuis? — Pergunto me arrependendo instantaneamente, seu rosto parece fechar, mas não de raiva, de angústia, e eu percebo que esse, não era um assunto bom. — Assunto delicado, foi mal, não precisa responder. — Respiro fundo, estendendo meu braço pra ele, que me olha confuso. — Que foi? Você disse que precisa da autorização do humano, e eu tô te dando essa permissão. — Ele me olha ainda mais confuso.

— Não achei que você fosse aceitar.

— Você disse que é mais forte com o vínculo. — Ele segura minha mão com cuidado. — Prefiro que Scott tenha alguém forte pra ajudar ele com o Alpha. Mais forte do que eu acredito que seja. Eu vi aquela coisa em ação, e eu espero que ela seja detida.

Quando Derek aproxima a boca, noto que suas presas já estão pra fora. A mordida foi como furar a orelha a primeira vez, você fica nervoso achando que vai doer, e no final, é algo rápido que quase não dói. Ele me olha calmo, e depois volta seu olhar para meu pulso, a marca estava lá, e foi desaparecendo em questão de segundos.

— É só isso? — Ele concorda com a cabeça.

— Você não consegue ver, mas sabe que tá aí. — Encaro meu pulso mais de perto. — E um lobisomem vai saber se usar a visão apurada.

— E isso significa? — Volto a olhar pra ele.

— Que você tá vinculada comigo, que é minha. — Uau, vinculada com um cara que tá sendo perseguido pela polícia, meu pai estaria orgulhoso se soubesse disso.

— E como os outros sabem que você tá vinculado comigo?

— Eles vão saber, você não consegue dar a mordida, mas os lobisomens sentem quando o outro já foi tomado. — Concordo com a cabeça, encostando na cadeira. — Mas eu preciso de algo seu.

— Certo... — Digo desconfiada.

— Um objeto que tenha valor sentimental pra você. — O encaro estranho, não entendendo pra que ele precisaria disso. — É assim que eu consigo sentir quando você tá em perigo, suas dores e falar com você por pensamento.

— Tá, isso é bizarro. — Era muita informação pra mim. — Como você conseguiu se comunicar antes?

— Porque você manteve a conexão, Stiles. — Eu o encaro confusa, e eles se levanta da cama andando pelo quarto. — Você pesquisou, foi atrás. Não deixou ser um simples arranhão, parte de você queria esse vínculo, e não só agora por causa do Alpha. — Desvio o olhar pro chão, enquanto ele pede de novo. — E é por isso que eu preciso de algo com valor sentimental. Pode parecer que eu te odeio, mas não quero você se machucando... Por causa do vínculo.

— Okay... — Só tem uma coisa que eu guardo com todo o cuidado do mundo, e significa praticamente tudo pra mim. — Tem uma coisa. — Me levanto, indo até meu armário, abro ele e pego uma pequena caixinha, seguro firme ela, e volto meu olhar pra Derek. — Mas você vai ter que me prometer guardar isso com a sua vida.

— Stiles... — Ele se aproxima de mim, segurando minha mão onde estava a caixinha. — Eu prometo, vai estar sempre comigo.

— É um colar. — Abro a caixinha, revelando o colar com um pequeno pingente de lua. — Minha mãe me deu algumas semanas antes de ir pro hospital, eu usei ele poucas vezes, e depois que ela morreu, eu não consegui porque me lembrava dela. — Ele ouve atentamente, ainda segurando minha mão. — É importante pra mim.

— Vou cuidar bem dele. — Ele segura o colar na mão. — Sinto muito pela sua mãe, também perdi a minha. — Dou um sorriso fraco, sem que pudéssemos dizer qualquer outra coisa, a campainha toca indicando que Danny havia chegado.

— Deve ser o Danny, fica aqui, tá bom? — Ele concorda com a cabeça, enquanto eu saio do quarto, isso tinha sido muito extremo, o que ele quis dizer com "uma parte de mim queria o vínculo"? Como uma parte de mim pode querer, se tudo que ele passa pra mim é que me odeia?

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