Outer Banks
É incrível como nunca estamos preparados para perder alguém.
A notícia da morte de alguém é algo que te abala da mesma forma não importa a fase da sua vida. Seja ela boa ou ruim. Quando alguém morre, não importa quanto tempo você não vê a pessoa, ou se não se falam, se brigaram... A notícia te abala da mesma forma. Mas... Quando alguém da sua família morre, seu mundo acaba. Vai ao chão. Nunca sabemos quando é o nosso adeus, nossa última palavra, nossos últimos momentos com a pessoa, qual foi a última vez que eu disse eu te amo para quem eu realmente amo?
Oscar Wilde disse uma vez que perder pai ou uma mãe pode ser considerado um infortúnio, mas perder ambos parece descuido. E agora fico pensando se não foi descuido meu, eu poderia ter feito alguma coisa para salvar ele? Insistido mais, perguntado mais, ele podia ter me falado... Eu nunca pensei em viver sem meu pai, quando minha mãe morreu e meu irmão saiu, era sempre eu e ele, para sair na rua, trabalhar, me levar na escola, ir a passeios, me ensinar a surfar. Meu pai me ensinou a surfar quando eu era muito nova, a nadar mais ainda, meu pai me passou a paixão com o mar e quem diria que ele iria morrer no que mais amava, no lugar que ele mais passava tempo, e de uma forma tão cruel... Lembro de uma coisa que ele sempre dizia era: os verdadeiros filhos da maré irão entrar e sair dos marés todos os dias, até o dia que não sairão mais, e apenas deixarão para trás objetos que um dia já foram tocados por eles. E ele deixou, me deixou para trás.
Não era a hora dele. Não era para ser assim.
Mas por que a vida simplesmente permite? Permite que tantas pessoas morram sem cumprir o seu papel, seja alguma doença, ou assassinado, ou suicídio... Por que a vida simplesmente deixa isso acontecer? Pessoas que tinham tantas coisas pela frente... Simplesmente deixarem este planeta.
— JAMAY? Que sangue é esse? Amor? Vida o que aconteceu? Por que sua blusa está toda ensanguentada, vida você está bem pelo amor de Deus? Responde, ei -Pisco, a voz de JJ parecia quase me arrastar do lugar escuro onde eu estava, mas ainda não era o suficiente.
Pope e Kiara começam as perguntas também, mas as vozes deles não tinham o mesmo efeito em mim que a de JJ. As vozes deles eu não escutava.
Minha mente parecia um labirinto, não conseguia formular nada, as paredes eram muito grandes de rochas impenetráveis, nada ecoava, nem um som entrava e não tinha como ver entre as rachaduras a saída, a única coisa que eu conseguia ver era JJ.
— Amor, ei, olha para mim ok? Fiquem quietos, ela não escuta vocês -Encaro seus olhos, quando eles ficaram tão azuis? Os traços em seus olhos variavam, uma mistura do azul caribe com o mediterrâneo, e... Quando bravo era um azul cobalto. Os olhos mais bonitos que alguém poderia ter. Por que não via nada no labirinto mas via ele?
— Amor, você está machucada? Consegue falar comigo? -Se abaixou um pouco para ficar com seus olhos na direção dos meus, as sobrancelhas mais finas, um grande espaço mais magro entre a mandíbula e a bochecha, como um leve buraco que indicava o quanto sua linha facial é marcada. No nariz a parte de baixo é fina, mas a pontinha dele é bem definida no corpo do nariz. Adorável. Detalhar JJ me acalma, é como... Detalhar uma obra de arte antiga.
Aos poucos, minha respiração começava a falhar, meu coração a palpitar e aquilo estava me deixando ansiosa, a fala de Lana ecoava na minha cabeça, poderia ouvir a voz dela agora contando sobre o meu pai.
Então entendi oque estava acontecendo, eu estou tendo um ataque de pânico.
— Amor... Eu estou aqui -JJ, o único que eu conseguia ouvir, e eu nunca me senti tão fraca na sua frente.
— Ward matou meu pai -Só conseguia dizer isso, falar doía, dizer em voz alta essas palavras as transformavam reais. E era real. Era dolorido. Meu pai está morto e foi assassinado.
— Como sabe disso? E que sangue é esse? -Sua voz estava tão preocupada que me deixava mais nervosa.
— Ward atirou em mim -Digo baixo, Ward assim como matou meu pai, tentou fazer o mesmo comigo. Eu iria morrer também.
— Como? -Os gritos de Pope e Kie doeram, e fecho os olhos imaginando meu pai gritando embaixo da água, mas sem ninguém escutar. Quanto tempo ele aguentou? Quatro, cinco minutos? Ele era bom em ficar minutos embaixo da água. Lembro que sempre me dizia que estar no fundo não é o problema, conte nos dedos de uma mão, mas o problema começará quando os dedos acabarem.
— Quietos! Amor, ei eu estou aqui, consegue respirar junto comigo? Inspira e expira, aqui, me dê suas mãos -As aperta, mas sinto dor quando ele mexe no meu braço. Meu cérebro parecia pensar várias vezes mais rápido, e todos os momentos que tive com JJ voltam em minha mente. Como na casa da Sra Crain, quando eu tentava o acalmar. — Onde foi o tiro?
— No ombro, a Sra Lana já cuidou dele -Digo calma, JJ assente, ainda com a mesma feição de preocupado mas tentando ficar calmo para mim.
— Vamos nos sentar tudo bem? -Confirmo, e sua mão calmamente é apoiada no topo das minhas costas enquanto me direcionada para dentro do Castelo. Para o quarto de Big John.
Que foi morto por Ward.
JJ deita na cama apoiando as costas na parede, e eu me deito ao seu lado apoiando minha cabeça no seu peito, agarro sua mão em uma tentativa de me acalmar, eu amo a textura da pele de JJ, é macia e as pontas dos dedos ásperas, sempre sinto cosquinhas quando ele passa a mão pelo meu rosto e pelos meus braços ou pernas.
Queria ter apresentado ele ao meu pai.
Sinto um carinho no meu cabelo e fecho os olhos com a imagem de Kiara e Pope se sentando na ponta da cama, sabia que tinha que contar as coisas para eles, estavam preocupados. Mas onde estaria John B? Saiu para ficar sozinho?
Acho que também precisava disso.
— Meu tio me disse que avisaram a todos os donos de barco não irem pescar por escassez de peixes -Começo, olhando para a mão de JJ mas sentindo todos os olhares em mim — Estranhei, Ward sabia e chamou John B. Por isso de madrugada fui ao barco, mas tive um problema com meu curativo no braço e fui ao banheiro lavar... Quando cheguei lá o barco andou, e assim fiquei presa com eles quando só queria chamar John B para sair dalí. Foi quando... De manhã Ward dizia sobre o ouro, Big John trabalhava para Ward atrás do Royal Merchant, mas não confiava nele e chamou meu pai, que... De alguma forma era amigo de longa data dele. Meu pai e ele conseguiram, mas Ward queria mais do dinheiro e... Brigou com Big John que acabou batendo a cabeça no barco e desmaiando, ficou com medo de ser preso e... Fingiu que o rádio dele e do barco do meu pai estavam ruins, quando meu pai entrou na cabine o trancou e afundou o barco -Pauso, JJ passa a fazer carinho nas minhas costas e não me atrevo a olhar para eles quando meus olhos se enchem de lágrimas — Jogou o corpo de Big John no mar, ele estava vivo, deixou a pista na bússola de John B e morreu em uma ilha.
— Como levou o tiro? -Kie pergunta baixo
— Ward sem querer disse o nome Redfield, John B disse que ia contar para a polícia e Ward tentou o matar, ele me achou e ajudei John B, quando... Estávamos saindo para o jetski Ward atirou em mim, eu caí no mar -Agarro a mão de JJ, o barulho do tiro era alto demais.
— Caiu... Sangrando?
— Isso, fomos direto para casa da Lana e ela nos contou. No dia da tempestade Scooter estava procurando a bússola, por isso tentou atirar em mim quando ouviu meu sobrenome. Sabia sobre o meu pai -Olho para eles, Kiara chorava, Pope tinha os olhos transbordando de lágrimas e quando subo o olhar para JJ uma lágrima escorria pela sua bochecha.
— Jamay, a gente... Sente muito -Kie diz quando JJ me abraça firme e sinto todos me abraçarem também. Não me senti uma estranha como da última vez.
— Só que temos que ir atrás de John B, ele apareceu aqui transtornado pegando a arma e saindo, não falou com ninguém -Kiara diz quando nos afastamos e a olho confusa. Ele levou a arma?
— Ele vai matar o Ward -Nego com a cabeça
— Ele não vai conseguir, no barco ele apontou uma arma para Ward, John B não mata pessoas. Mas vamos atrás dele -Me levanto da cama suspirando e agarro minha blusa que estava dobrada na cadeira, entro no banheiro e deixo a porta encostada quando me olho no chuveiro.
"Eu volto logo filha"
Mordo a parte de dentro da bochecha, aos poucos me sentindo no labirinto de novo, arranco a camisa do corpo tentando me distrair e coloco a nova.
"Ele trancou Paul na cabine e afundou o barco"
— Para... -Sussurro.
Meu pai morreu afogado, preso em um barco sem conseguir sair. Desesperado.
Dou passos para trás, me olhando no espelho e percebendo o quanto eu tinha traços parecidos com os dele. Olhar meu reflexo me lembrava dele.
Filha, que tal irmos para a praia hoje? Jamay, eu estou tão orgulhoso, você ganhou o campeonato minha menininha! Você surfa melhor do que eu, quando deixei isso acontecer? Filha, eu te amo! Eu volto logo filha, com notícias boas.
Soluço, jogada no chão do banheiro voltando a chorar tudo só em lembrar do rosto do meu pai todo feliz naquele barco, feliz porque sabia que iria encontrar o Royal Merchant.
E ele encontrou, mas não viveu para encontrar o que mais queria.
— Amor, amor -Abro os olhos, mais uma vez ele estava alí, tentando me ajudar
— M-meu pai morreu JJ -Desabo, sendo abraçada pelo garoto e voltando a chorar tudo que tinha para chorar.
Se eu nunca tivesse vindo para Outer Banks, eu conheceria JJ? Porque eu juro por tudo que é mais sagrado... Eu não queria vir para cá, eu teria meu pai vivo, sem ouro algum. Mas vivo.
E agora eu estou sozinha, sem pai, sem mãe, com um irmão em algum lugar do México e um tio com comportamentos bipolares dentro de casa. Aonde eu errei?
— Precisamos ir não é -Fungo, agradecendo silenciosamente a JJ por estar ao meu lado.
— Não precisa ir se não quiser ok? -Passa a mão pela minha bochecha e eu fecho os olhos
— Eu vou -Garanto, John B está sentindo a mesma coisa que eu agora, e o pior... Ele tem a Sarah, eu espero que ela acredite nele. — Obrigada -Levanto o olhar, encontrando o loiro com uma expressão de preocupado mas um sorriso no rosto.
— Eu estou com você, tá legal? Não dê uma de Houdini comigo de novo -Prendo a risada
— Não irei, prometo -Asseguro, fazendo ele sorrir e me dar um beijo na testa antes de me ajudar a levantar.
— Jamay, tem certeza que você vai? -Concordo, preciso ter certeza que John B não fará nenhuma besteira, se alguém ver ele com a arma...
— Está tudo bem -Minto para tranquilizar, JJ aperta minha mão a agarrando e olho para nossas mãos dadas com os dedos entrelaçados, eu iria ficar bem.
Eu sempre fico, certo?
— Vamos de barco ‐JJ diz e concordo, entrando no HSM Pogues logo depois e olhando para o canal, lembrando da sensação que tive de ter algo embaixo de mim quando cai no mar.
Era a sensação de que tinha algo me encarando, se movendo e... Indo atrás de mim. Sabia oque era, nunca tive medo, mas imaginar o quão rápido seria mordida com aquela quantidade de sangue na água me assustou.
— Acha que ele vai fazer algo? -Kie pergunta para Pope, ele me olha sério
— Ele não é louco a esse ponto.
— Eu nunca vi o John B daquele jeito, a gente precisa ir na polícia -Kiara diz assim que chegamos, olho para casa dos Cameron um pouco aflita. Ward estava lá dentro.
— Ah e falar o que? Que estamos preocupados com o nosso amigo por que o Ward Cameron matou Big John e Paul Hesling? Eles não vão acreditar nisso -Engulo seco ao ouvir JJ falar isso — Amor, desculpa -Vejo uma pontada de arrependimento nos seus olhos e concordo
— Ei, gente, ele tá lá dentro.
— Deixa eu ver.
— Não tá parecendo morto, vamos para casa.
— O quê?
— Tá, é óbvio que o senhor Cameron tá bem e mesmo que o John B tenha vindo aqui ele já foi beleza? Eu tenho o momento mais importante da minha vida daqui à seis horas.
— É, e o nosso amigo tá encrencado
— Eu que estou! Gente eu não vou em casa fazem três dias, meu pai deve ter colocado minhas coisas na rua...
— Tá então é assim? Na hora que a gente precisa você pula fora? Quer se mandar? - Não é bem assim...
— Será que vocês podem não fazer isso agora? -JJ pergunta se sentando ao meu lado, suspiro.
— Kiara, eu tenho a bolsa da minha faculdade amanhã...
— Tá mas e o John B? -Levo as mãos as têmporas, não acredito nisso
— Por que tudo gira em torno do John B? -E aí estava o verdadeiro motivo, ciúmes.
Olho para JJ que coça a cabeça enquanto Kiara tenta nos fazer acreditar que faria isso por qualquer um de nós. Bem, talvez faria.
— Isso é o pogues pra sempre!
— Somos quatro, John B é um só. Nem todos de nós nascemos ricos, Pope pode ir para casa se preparar e nós ficamos, parem com esse show todo -Bufo sentindo minha cabeça rodar, massageio as têmporas e sinto JJ agarrar a minha mão.
— Ela está certa - Diz
Pope e Kiara voltam a discutir até que eu finalmente paro de prestar atenção ao JJ ir separar as duas crianças.
— Ou, ou, para com isso. Se sou eu quem está apertando a briga nós estamos muito ferrados -Sorrio de lado, mais uma vez feliz por ter falado tudo aquilo na cracolandia. "Merdas do JJ?" Eu chamaria de hipocrisia pogue. — Pope eu te deixo em casa -Sorrio quando ele vai dirigir, parecia um pai.
Pope se senta ao meu lado bufando, permaneço quieta até JJ parar.
— Eu vou também, preciso de um tempo -Me levanto chamando a atenção do loiro, que estava muito bonito com o boné vermelho.
— Tem certeza? Eu te deixo em casa -Nego
— Está tudo bem, vou ficar bem, até amanhã -Beijo sua bochecha — Obrigada amor -Digo baixo em seu ouvido e ele sorri
— Qualquer coisa me avisa gata -Sorrio, aceno para Kie que permanecia séria e saio do barco junto com Pope, que ainda estava chateado por brigar com Kie, entendo, ele gosta dela.
— Ei, você está certo percebi que Kiara as vezes surta com isso de querer manter todos perto, deve ser uma forma dela lidar com o fato que ficou um ano longe... Agora ela quer fazer tudo junto com vocês -Argumento, já tinha percebido isso desde o ataque de ciúmes dela.
— É, você pode estar certa -Suspira, sorrio de lado
— Óbvio que eu estou, boa sorte na entrevista amanhã viu? Você é incrível e vai conseguir, arrasa, porque esse ouro tá tão difícil que é melhor você ficar rico estudando -Digo e Pope ri negando com a cabeça
— Acha mesmo que eu vou bem?
— Óbvio! Pope, você é o garoto mais dedicado que eu conheço, se esforça demais e sempre está lendo tudo, parece um google humano! De o seu melhor que eu tenho certeza que será o suficiente, você é inteligente demais, vai ser o maior cientista Florence de todos. Espero que seja legista do meu corpo -Brinco e ele gargalha
— Cala a boca Jamay, eu espero que não -Ri — Vai ficar bem?
— Vou sim, relaxa -Ele concorda e o abraço, desejo boa sorte mais uma vez e tomo o outro caminho, voltaria para o Castelo, acho que John B possa estar lá.
Chuto as pedrinhas da rua e assim que chego na casa encontro John B sentado nos degraus de entrada, quando ele me vê percebe que eu chorava e então sinto toda aquela dor de novo, mas agora ela estava conectada. Conectada a John B.
— Jamay... -Corro até ele como na vez que encontramos o mapa, quando o abraço parecia que a dor estava completa e ambos choravamos juntos, soluçando, molhando a camisa um do outro com nossas lágrimas e sem se importar com isso.
— Eu... Eu só, eu só queria ter me despedido -Desabafa em meu ombro bom, fecho os olhos forte sentindo meu coração vazio doer. Eu queria ter dito eu te amo para ele, ter falado que iria sentir saudades, parar de birra por ter vindo para cá.
— Eu... -Me afasto, olho para cima tentando parar as lágrimas, a luz da lua iluminava as bochechas de JB deixando clara todas as lágrimas que passavam pelas suas bochechas avermelhadas. — Você tem uma foto do seu pai? -Pergunto, ele estranha mas concorda entrando e vou atrás dele, limpando meus olhos.
Sorrio quando ele pega uma foto de Big John, lembrava ele um pouco.
— Na época medieval... Eles tinham rituais de colocar a foto em um barquinho no mar como, como forma de se despedir -Sorrio quando tiro uma foto do meu pai do bolso, esteve comigo o caminho todo, sempre está. Sorrio quando vejo o cabelo um pouco comprido castanho, com um cachinho caindo sobre sua testa em cima da ruga de expressão que ele tinha, os olhos azuis claros bem contrastado com a barba preta rala, sentia falta dele. Na foto, ele estava sorrindo com o mar atrás dele, ele estava no barco, no Canadian, era uma foto nova, da última viagem nossa.
— Esse era o seu pai? -Concordo — Ele lembra você -Sorrio
Fizemos um suporte de madeira e acendemos as velas, me sento no deck na frente do canal e olho para John B, confirmando a cabeça como sinal de concordância quando coloco o suporte na água, sorrio.
— Eu te amo pai, vou sentir sua falta. Adeus -Digo baixo, olhando o canal levar a foto e consequentemente sentindo meus olhos mais uma vez transbordarem, meu coração dói, meu ombro dói, meus olhos não aguentam mais chorar e meu corpo jura que não existem mais lágrimas nele. Mas a dor é insuportável, parece um buraco negro no centro do meu peito que suga qualquer emoção minha com exceção da tristeza, eu me sinto sozinha, sem rumo, em um labirinto que não tem saída ou entrada. Parece que eu apenas cai nele. Sentia como se tivesse me afogando, afinal agora que meu pai se foi, quem vai me consertar? Me salvar quando eu tiver me afogando? Me salvar de mim mesma?
Quem vai me salvar quando... Quando eu cair?
— Eu não sei se vou conseguir John B -Soluço, como se tivesse abrindo a porta para todo aquele choro novamente.
John B, sentado antes abraçando as pernas me puxa e me sento da mesma forma, encolhendo mais as pernas para conseguir abraçar ele.
Apoio minha cabeça em seu ombro e deixo meu braço machucado imóvel, as lágrimas caíam com facilidade, afinal, elas sabiam qual era o caminho.
— Eu também não sei se vou conseguir Jamay -Chora
Roi kk, eu precisava por esse capítulo triste gente, perdão... Ele vai ser importante para a história e a próxima por conta de alguns questionamentos da Jamay agora.
Só queria dizer que, vi algumas pessoas criando várias teorias sobre quem seria o irmão da Jamay. Adorei a teoria de ser o Barry, foi muito inteligente e poderia muito ter pensado nisso, mas não vejo o irmão dela como tão babaca assim... As que seriam o John B são um pouco criativas, e as do JJ... Sou contra o incesto, não vou fazer essa tragédia.
Para quem não lembra, o irmão da Jamay se chama Avan Nesta Hesling, e ele ainda não apareceu mas kk... Não lembro se descrevi as características fisicas dele, mas aguardem... Ah, o tio dela, Jeffrey, tem como sobrenome Baker, apenas um lembrete rs...
Batemos 23K até o momento ?? 20, tipo, vinte mil, meu deus eu estou tão sem acreditar nisso, que quando vi tremi, muito obrigada a cada uma de vocês que proporcionou isso, criar essa história foi a melhor coisa que fiz nessa quarentena, nesse ano e nos últimos tempos, amo ler os comentários de vocês com as reações, vocês são incríveis!!
Se cuidem,
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