Uma Nova Oportunidade

By nywphadora

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[Tradução de "Una Nueva Oportunidad"] A segunda guerra bruxa terminou, mas levou muitas vidas, entre elas a d... More

Prólogo
Conversa com Dumbledore, e o primeiro jantar
Entre verdades e lembranças
Rubores à vista e "O que significa isso?"
Um descuido muda um pouco as coisas
Muitas perguntas para nenhuma resposta
Passo a passo
Momentos especiais
Muita paz é pedir muito
Lembranças e mal entendidos
Retrocesso
Verdades
Uma história a contar - parte 1
Uma história a contar - parte 2
Uma noite com imprevistos
Ao estilo maroto
Suspeitas e planos
O caminho escolhido
Traições que doem
O peso das palavras
Aproximações
A última horcrux
Isso não é um adeus
Epílogo
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Começando com a atuação

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By nywphadora

Disclaimer: Todos os personagens pertencem a JK Rowling. Esta fanfic é uma tradução autorizada de "Una Nueva Oportunidad" postada em 2014 no Potterfics por leona19.

Começando com a atuação.

Na manhã seguinte, Lily foi a encarregada de despertar Tonks.

— Bom dia, Amy. Espero que tenha podido dormir bem — disse com um sorriso.

— Bom dia. Sim, essa poção para dormir sem sonhos adiantou muito — e acrescentou em um sussurro — Não acho que conseguiria dormir sem ela.

— Não se preocupe, tudo é parte de um processo, sei que vai sair adiante.

— Sim, muitos dizem isso, mas na verdade não me vejo muito longe esse dia.

— Tudo ao seu tempo — disse ela, passando uma mão por seu cabelo — Que estranho, seu cabelo está mais longo que ontem. É magia? — perguntou curiosa.

— Não... Bom, na verdade sim. Eu sou metamorfomaga — confessou.

— Mesmo? Sabia que isso existia, mas nunca tinha visto alguém capaz de se transformar.

— Sim, bom é algo que não gosto muito, então prefiro que fique entre nós, se não te incomodar.

— Fica tranquila, a minha boca é um túmulo — disse Lily — É melhor descermos para comer.

Tonks assentiu e desceram para o Salão Comunal. Ao descerem as escadas, Tonks pôde distinguir que no lugar tinha mais gente, os marotos e Harry para ser mais precisa. Respirou fundo e procurou ficar o mais calma possível, não podia deixar que as emoções ganhassem de novo como foi na noite anterior.

— Bom dia — disse Lily, educadamente.

— Bom dia — responderam todos, e Harry acrescentou:

— Bom dia, Amy. Como está? Conseguiu dormir bem? Acordou melhor? Tem fome?

Todas essas perguntas foram feitas muito rápido, e ficou realmente surpreso ao ver que Tonks soltou uma risadinha, já que fazia muito tempo — seis meses para ser mais exatos — que ela não ria espontaneamente, não como tinha feito agora.

— Calma, calma, vai deixá-la tonta — disse Lily, sorrindo.

— Desculpe — disse Harry, olhando para Tonks com um sorriso — Hã... Quero apresentá-la alguém. Esses são meus colegas de quarto, e vão ser nossos colegas de turma — explicou.

— Olá, eu sou Sirius Black — disse seu primo.

— Prazer — ela respondeu enquanto apertava sua mão.

— Olá, sou James, James Potter — Tonks o olhou atentamente, percebendo o quão parecido era com Harry, sorriu.

— Eu sou Peter Pettigrew — disse o mais baixinho dos quatro.

Tonks teve que manter seu autocontrole para não se atirar na direção dele, nem azará-lo. Dumbledore tinha razão no que tinha dito, ele ainda não era um Comensal.

— E eu sou Remus Lupin — disse o último deles, com um sorriso amável, aquele sorriso que Remus quase sempre tinha.

E ali estava ele, na frente dela, olhando-a com aqueles olhos verdes que tanto lhe agradavam, sorrindo daquela forma que a derretia. Tinha vontade de abraçá-lo, de pedir desculpas, de beijá-lo, de contar o quanto que Teddy tinha crescido, de dizer que tanto ela quanto seu filho sentiam sua falta. Tinha vontade de voltar a provar dos seus lábios, aqueles lábios que sempre tinham gosto de chocolate, aqueles lábios que lhe faziam esquecer do mundo.

Queria que ele a abraçasse, como fazia toda vez que voltava de uma missão depois de casados, precisava sentir-se segura, protegida e ele era o único que podia fazer que se sentisse assim. Precisava do seu calor, escutar sua voz, aspirar aquele perfume tão único, mistura de livros e chocolate.

Precisava tanto dele, mas sabia que não podia, que não devia. Não agora.

Por isso, conformou-se em apertar a sua mão.

— Prazer, Remus — disse em voz baixa.

Ao tocar na mão da garota, Remus sentiu como se estivesse unido a ela de alguma forma, sensação que intensificou ao olhar seus olhos. Uma espécie de corrente elétrica o percorreu dos pés a cabeça. Tinha a estranha sensação de conhecê-la, de querer protegê-la de tudo e todos, vontade de abraçá-la e sussurrar que ficaria tudo bem.

Era estranho, algo que não podia explicar. Tentou afastar todos esses pensamentos da cabeça e só pôde sorrir amigavelmente.

— Esse — disse Sirius, olhando para ele — é o chocólatra oficial do castelo. Quando quiser chocolate, sabe onde encontrar — terminou com voz de anunciador de publicidade.

E Tonks não pôde evitar, e riu, riu de verdade. Riu porque isso a fez lembrar-se de seu primo no quartel general, riu porque quando conheceu Remus daquela vez, ele tinha dito exatamente a mesma coisa, riu porque sabia que era verdade, que não tinha pessoa no mundo que comesse tanto chocolate quanto Remus, riu porque mesmo que fosse com uma mentira, sentia-se próxima deles.

— Vamos? — perguntou Harry, vendo que tinham terminado de se apresentar.

— Claro, acho que estou com fome — ela respondeu.

— Ótimo, é muito bom que comece a comer.

— Não se preocupe, Mat. Nós vamos ajudá-la, não é? — perguntou Lily, dando um olhar significativos aos marotos, que rapidamente concordaram.

— Obrigado, garotos, sério — disse Harry, animado por ter sua família com ele.

Porque ali estavam: sua mãe — exatamente como imaginava —, seu pai, um jovem despreocupado e feliz, estava seu padrinho, sem nenhuma dor com uma vida tranquila, com aquele brilho que a prisão roubou dele, e ali estava Remus, seu tio. Aquela pessoa que esteve com ele nos bons e maus momentos, aquela pessoa forte, decidida, leal, valente. Aquela pessoa que tinham sofrido tanto ao se sentir sozinho. As cicatrizes já eram parte dele, mas não tão evidentes como quando o conheceu. Era um adolescente sem preocupações, que mesmo que tivesse alguns sinais de licantropia, não eram muitos.

Chegaram ao Salão Principal, e milagrosamente, Lily aceitou sentar-se junto com os marotos. Tomaram café tranquilos, e Harry alegrou-se em ver que Tonks comia sem pôr resistência.

— Que matérias vão cursar? — perguntou Lily.

— Poções, Feitiços, DCAT, Transfiguração e Herbologia — respondeu Harry enquanto Tonks assentia.

—Que ótimo! São as mesmas que nós — disse Peter, animado.

— Querem ser aurores? — perguntou Remus.

— Sim, queremos lutar contra o mal — respondeu Harry, sorrindo.

— Mesmo que você saiba, Ha... Mat, que sou desastrada e isso pode se virar contra mim — comentou Tonks em voz baixa.

Harry não pôde controlar-se e soltou uma gargalhada.

— Mas você já provou que é ótima — respondeu quando acalmou-se.

— Não... Isso não é verdade. Se tivesse sido mais rápida... — começou a dizer.

— Chega, Amy! Eu tenho dito isso há séculos... Não é sua culpa, nada disso é sua culpa — explodiu, sem perceber que tinha falado em uma voz muito alta.

— Ei! Não grita com ela — Remus o olhava, reprovando-o.

— Desculpe... Não foi a minha intenção — Harry sentiu-se culpado e abraçou-a, tentando se redimir.

— Não se preocupe, eu sei que é difícil para você também — ela disse.

Assim que terminaram de comer, Lily sugeriu que fossem para a aula de Transfiguração.

— Isso é ótimo! — exclamou James ao ver a transformação de Tonks.

— É que sou metamorfomaga — ela respondeu, simplesmente.

— Muito bem, senhorita Watson. 20 pontos para a Gryffindor. É notável que sabe usar suas habilidades muito bem — McGonagall lhe dedicou um sorriso.

— Não tinha nos dito que era metamorfomaga — disse Sirius a Tonks quando saíram da aula.

— Tem muitas coisas que não sabem, mas com o tempo suponho que vamos nos conhecendo — ela respondeu.

— Vamos, ou chegaremos tarde em Defesa — Remus os apressou.

Uma vez dentro, Harry e Tonks sentaram-se juntos.

— Acha que vai mudar alguma coisa saberem que sou metamorfomaga? — ela perguntou.

— Não, eu não sei, mas não se preocupe com isso agora — respondeu em voz baixa para que ninguém os escutasse.

— Bom dia, alunos.

O professor de Defesa era um ex-auror que cumpria temporariamente a função de professor. Era bem conhecido que aquele cargo estava amaldiçoado, e que nenhum professor durava mais de um ano.

— Hoje realizaremos duelos. Vou separá-los em duplas, e vão ter que tirar seu oponente de combate. Podem desarmar, azarar, mas é proibido ferir.

Com um movimento de varinha, deixou a sala vazia para poder realizar a atividade, então os emparelhou como tinha dito.

Na primeira vez, Tonks teve que lutar contra Mary MacDonald, outra grifinória, e Harry lutou contra Michael Cooper da Hufflepuff. Aos poucos, os oponentes foram caindo, até que só ficaram de pé James, Remus, Harry e Tonks.

— Agora lutarão o senhor Parker contra o senhor Lupin, então será a vez do senhor Potter contra a senhorita Watson — ordenou.

Harry e Remus se cumprimentaram e prepararam-se para duelar.

— Um, dois, três — gritou e em seguida começaram a combater.

— Estupefaça!

— Protego!

— Expelliarmus!

— Impedimenta!

— Estu...

— Expelliarmus!

E com esse feitiço, Harry acabou sendo derrotado.

Então foi a vez de James e Tonks, uma duelo tão acirrado quanto o anterior.

— Locomotor Mortis! — ela disse por fim, vencendo.

— Excelente, senhorita Watson! Boa demonstração. E agora... a vez dos vencedores.

Remus e Tonks olharam-se nos olhos, sentindo novamente aquela conexão.

— Prometo pegar leve — ele disse, debochado.

— Obrigada, mas não vai precisar — ela respondeu sem evitar sorrir.

— Comecem — disse o professor e eles se envolveram na batalha.

Já iam em dez minutos, e nenhum cedia. De acordo com o professor, era a primeira vez na vida que presenciava um duelo de tal magnitude.

— Rictumsempra!

— Impedimenta!

— Confundus!

— Expelliarmus!

— Estupefaça!

— Excelente, senhorita Watson! Cinquenta pontos para a Gryffindor. Agora, alguém pode acordar o senhor Lupin?

Sem responder, Tonks aproximou-se dele.

— Enervate — exclamou e Remus abriu os olhos no mesmo instante.

— Parabéns, é uma ótima duelista, será uma grande auror — ele murmurou enquanto tocava a própria cabeça.

— Obrigada, Remus. Também é um grande duelista — ela disse, estendendo a mão para que se levantasse do chão.

— Essa aula foi incrível — exclamou Lily assim que saíram da sala.

— Nunca vi um duelo tão acirrado, ninguém nunca tinha ganhado do Remus antes — comentou Sirius.

— Tem uma grande destreza, Amy. É como se me conhecesse, como se conhecesse cada um dos meus movimentos — disse Remus, sem pensar nas consequências que isso traria mais adiante.

— Por que não vamos comer? — perguntou Harry, rapidamente.

Foram até o Salão Principal, onde entre conversas passaram um grande momento juntos.

A primeira semana tinha passado em um piscar de olhos, e tanto Harry quanto Tonks estavam se ajustando muito bem em sua nova vida. Lily, sem se dar conta, passava mais tempo com os marotos, e aos poucos ia os conhecendo.

Dumbledore tinha conseguido a primeira horcrux, que acabou sendo o diário — que Harry tinha destruído no seu segundo ano —, então só faltava buscar as outras cinco.

O diário tinha conseguido depois que Olho-Tonto fez uma vistoria surpresa na Mansão Malfoy, com a informação sobre a câmara subterrânea, e essa conquista trouxe consequências para o Malfoy pai, que tinha sido condenado a dez anos em Azkaban, além de seus bens terem sido confiscados.

E assim chegou o fim de semana, um fim de semana que parecia o mais normal, até que aconteceu algo que poderia pôr em risco a identidade de Harry e Tonks, algo que poderia fazer com que descobrissem que eram viajantes do futuro.

Depois de um agradável almoço, Tonks decidiu que queria cochilar um pouco, então desculpando-se com os garotos, levantou-se da mesa para sair. Naquele momento, seu desastre veio à tona, e Remus na tentativa de tentar ajudá-la, acabou segurando na corrente que tinha no pescoço, fazendo com que o pingente caísse no chão.

— Me desculpe! Desculpa mesmo, me deixa te ajudar.

Abaixou-se no momento em que o coração do pingente se abriu, deixando exposta a foto que tinha dentro.

— Por Merlin! — exclamou Remus, sobressaltado ao ver a foto.

Tonks perdeu toda a cor que tinha no rosto. Se Remus tinha visto a foto, estavam perdidos. Como podia explicar isso? Enquanto isso, ele não podia deixar de olhar a foto nas mãos, não conseguia acreditar.

— Amy — sussurrou — O que é isso? — perguntou, fixando o olhar nos olhos da garota, que abria e fechava a boca sem pronunciar nada.

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