Por trás das sombras - Elizab...

By mariafernandadsn

883 110 9

Esse livro não é de minha autoria, mas é o meu preferido, então resolvi postar aqui para vocês se apaixonarem... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Epílogo
Vamos conversar
Vamos conversar

Capítulo 12

40 6 0
By mariafernandadsn

Rockhurst e Hermione quase não chegaram à hospedaria mais próxima.


Rockhurst tinha segurado a mão dela no momento em que Hermione fizera o oferecimento e a arrastara viela abaixo, tomado pelo desejo. A cada passo, ele parava, a tomava nos bra¬ços e a beijava de novo, faminto, as mãos deslizando por todo o corpo dela, explorando-a, despertando-a.


E por mais que cada pensamento lhe dizia que aquilo era errado, ele não conseguia se deter.


Arruíne-me...


Rockhurst sabia exatamente o que ela quisera dizer. Como é que ele perdera a cabeça àquele ponto? Ele, Thomas, o conde de Rockhurst, aquele que tinha sempre feito seu lema evitar as damas inocentes?


Ele, que era conhecido por suas amantes, sempre mulheres de beleza... e preço... incomparáveis... comportando-se como um homem sem escrúpulos? E agora... uma desconhecida dama de Mayfair virará seu mundo de pernas para o ar. Deveria largá-la no meio de Berkeley Square e seguir com sua vida, isso sim.


Em vez disso, ali estava ele, entrando como um louco naquela velha hospedaria e exigindo um quarto.


O dono, que o conhecia, tendo o conde lhe removido um demônio da adega, ficou mais do que feliz em poder retribuir o favor oferecendo-lhe o melhor de seus quartos e ainda querendo lhe servir um jantar soberbo, embora Rockhurst recusasse tal generosidade, pedindo tão-somente que lhe mostrasse o quarto o quanto antes.


O estalajadeiro balançou a cabeça, ignorando a excentricida¬de do conde, e deu ordens aos berros aos seus criados. Para um menino que acendesse o fogo da lareira, para uma das criadas que arranjasse água quente para um banho, e finalmente para a cozinheira que se mexesse e preparasse uma bandeja para milorde.


Rowan foi recebido com igual entusiasmo, sendo levado para perto do fogo e ganhando um enorme osso para seu deleite.


Na última olhada que o conde deu ao seu cão, ele estava feliz junto à lareira, desfrutando seu jantar.


- O quarto, meu bom homem, o quarto - Rockhurst insis¬tiu, indicando que o estalajadeiro subisse as escadas.


- Oh, sim, milorde. Naturalmente, milorde. Mas o quarto ainda não está pronto.


- Não faz mal. Assim mesmo me servirá - ele assegurou ao homem.


- Eles pensam que você está louco - Hermione murmurou no ouvido do conde, seguindo-o escada acima.


- E estou, mesmo.


- Perdão, milorde? - o estalajadeiro perguntou. - O senhor deseja alguma coisa?


- Nada, meu bom homem. Só preciso de um quarto.


- Para curar seus ferimentos? Quer que eu chame alguém? Um cirurgião, talvez? - o homem perguntou enquanto abria a porta para um enorme quarto, corria a acender as velas e ordenava ao menino para acender o fogo.


Rockhurst sacudiu a cabeça e começou a empurrar todos para fora do quarto, pegando ele mesmo o balde com água quen¬te e as roupas que a criada desdobrava para esticar na cama.


- Preciso apenas de algum descanso. Veja que ninguém me perturbe - ele disse ao estalajadeiro antes de fechar a porta diante da expressão surpresa de todos.


- Sombra? - ele chamou, colocando o balde ao lado da mesa e espirrando água para todos os lados.


- Sim - veio a voz sedutora.


Uma vela foi apagada, depois outra, deixando o quarto na penumbra, iluminado apenas pelo fogo na lareira.


Sombras para a minha Sombra, pensou Rockhurst, sorrindo.


- Pensei que a tivesse perdido na multidão.


- Isso quase aconteceu - disse ela, a voz soando bem próxima. - O menino com o balde quase me derrubou, já que o balançava para todos os lados.


A medida que a voz dela se aproximava, Rockhurst sentia o corpo tenso, esperando pelo momento em que ela o tocaria de novo.


E então ela o fez, os dedos deslizando pelo peito dele, aninhando-se a ele como se fosse um gato.


- Creio que me deve uma prenda, milorde.


- Quanto daquele maldito Podmore você leu?


- Não tanto quanto eu gostaria de ter lido - ela confes¬sou, as mãos segurando a lapela do paletó e puxando-o pelos ombros. - Mas infelizmente eu estava cansada demais está manhã, depois de uma noite tão longa, por isso não li mais do que umas poucas páginas.


- Intelectual!


- Você fala como a minha mãe - ela retrucou.


- E ela seria... Hermione riu gostosamente.


- Alguém que você geralmente evita. Foi a vez de o conde rir.


- Oh, sim, isso estreita a minha busca a cada mãe em Londres com uma filha em idade de se casar.


Hermione pegou a mão do conde e o levou até uma cadeira perto da mesa. Então mergulhou um pano em uma vasilha com água. Ternamente, começou a limpar o rosto dele.


- Isso dói? - ela perguntou, os dedos traçando com cuida¬do o queixo dele.


- Não dói nada. Não agora.


- Mas como? Parecia quebrado antes.


- E estava.


- Mas não podia estar. Como poderia...


- Isso sempre acontece - ele disse, pegando o pano da mão de Hermione e limpando ele próprio o rosto. - Coisas sim¬ples como ossos quebrados e ferimentos simples podem sarar quase imediatamente.


- Eu não chamaria isto de ferimentos simples.


- Suponho que não, mas é como um Paratus sobrevive.


O que ele não disse, o que não podia dizer, era que sobre¬viveria até que alguma coisa mais grave, algo tão irrepará¬vel acontecesse que nem mesmo a mágica o ajudaria a salvar sua alma.


Nenhum homem, nem mesmo um Paratus, gostava de pensar naquele inevitável desfecho.


- Faz parte da maldição - ele disse.


- Se isso salva a sua vida, eu diria que é um presente. Rockhurst a puxou para o seu colo e a beijou.


- Você é o meu presente.


- Minha prenda, Rockhurst - ela insistiu, tendo já tirado o casaco dele e começando a desatar a gravata.


- Eu nem mesmo sei o seu nome - ele murmurou. - Sempre quero saber o nome de uma dama antes de...


- Fazer amor com ela? - Hermione saiu do colo dele. - Já passamos bastante dessa fase, milorde - ela murmurou ao se levantar e entrar nas sombras.


Rockhurst ouviu o farfalhar de tecido quando o vestido dela deslizou para o chão.


Ele não podia ver a cor da roupa porque ela o deixara cair em um canto escuro. Não que ele procurasse localizá-lo por muito tempo, porque então a cama rangeu quando ela se deitou.


Rockhurst se excitou ao imaginá-la ali, nua, os seios cheios, os lábios entreabertos, ansiando pelos beijos dele.


Levantou-se e atravessou o quarto, despindo-se no caminho. Quando chegou à cama, inclinou-se e estendeu a mão, encon¬trando primeiro o ombro dela e então o pescoço, inalando seu perfume. Inclinou-se mais e a beijou na orelha. Ela estremeceu e gemeu, deliciada.


- Agora a minha prenda, milorde Paratus.


Era um convite que Rockhurst não ia recusar, o sangue ainda queimando com as carícias preliminares. Selou o pedido com um beijo, que os uniu.


Deixando a timidez de lado, ela respondeu com entusiasmo, agarrando-se a ele, os quadris pressionando-lhe a ereção.


O conde lançou um último olhar furtivo ao canto onde devia estar o vestido, esperando reconhecê-lo. Porque passara uma boa parte daquela tarde tentando memorizar cada vestido na festa e a respectiva dama que o usava.


- Rockhurst - ela murmurou, trazendo a atenção dele de volta. - Minha prenda.


Todo e qualquer pensamento sobre vestidos sumiu da men¬te do conde. Ele encontraria a maldita roupa pela manhã. Por ora, ele tinha uma prenda a pagar.


E muito, muito mais.


O corpo de Hermione ganhou vida no momento em que Rockhurst se reuniu a ela na cama. O peso dele fez o colchão abaixar, e ela se viu presa naqueles braços fortes.


A boca de Rockhurst encontrou a sua em um beijo famin¬to. Com a língua, ele explorou a boca de Hermione, deslizan¬do sobre os lábios, entrando, e ela estremeceu pensando no que sentiria quando... ele a penetrasse.


Os quadris se ergueram, e ele os segurou o os pressionou contra si.


- O que fez comigo, mulher? - ele balbuciou, antes que sua cabeça se inclinasse, e ele capturasse um dos mamilos na boca e o sugasse.


A mesma coisa que você fez comigo. Os dedos de Hermione exploraram o corpo dele, as costas, as nádegas e o membro, rígido e ereto.


Deslizou a mão sobre ele, da base até a ponta úmida.


Foi a vez de ele gemer, os quadris se movendo para encon¬trar a mão dela enquanto Hermione o massageava.


Ela então entreabriu as pernas, e os dedos dele encontraram as partes íntimas de Hermione e lhe provocaram uma torren¬te de desejo. Com cada toque, cada movimento dos dedos, ela gemia e arqueava, até chegar a um ponto de descontrole.


Rockhurst, então, a penetrou fundo, e Hermione arqueou o corpo de encontro ao dele.


O mundo pareceu girar, as sombras um mero borrão, os gemidos se misturando.


Rockhurst gemeu apaixonadamente quando chegou ao clí¬max, e então, com movimentos frenéticos, levou-a a um estado onde até o quarto pareceu deixar de existir, e ela se viu em um mundo onde sempre iria querer estar.


Quando Rockhurst rolou para o lado, Hermione reclamou por ter perdido o calor do corpo dele. Era maravilhoso estar no círculo de seu calor, de sua força, que a faziam se sentir como se estivesse, bem longe dos perigos que sabia existirem na noite.


Encostou-se em seu ombro largo e deitou a cabeça em seu peito onde, bem debaixo do ouvido, sentia o coração dele batendo acelerado.


Ela suspirou, feliz, sabendo que era a responsável por aquele coração bater assim.


Rockhurst acariciou os cabelos de Hermione, depois traçou o círculo de seu mamilo.


- Adoro os seus seios - ele disse, inclinando-se sobre ela. - Adoraria mais se pudesse vê-los.


- Obviamente você não está tentando me contar todos os seus segredos - Hermione observou.


- Eu preferiria mostrá-los - ele disse, beijando-a inten¬samente.


E então ele fez. Mostrou a ela. De novo. E mais uma vez, logo depois, até que ambos adormeceram, cansados e felizes, a salvo em um mundo apenas deles.


Algumas horas depois, Hermione estava na esquina perto da hospedaria, imaginando como arranjaria um transporte já que ninguém a veria.


Fora pura sorte ter escapado dos braços de Rockhurst, se vestido e escapado da hospedaria uma hora antes do amanhe¬cer, mas ainda assim precisava estar em casa antes que o sol despontasse no céu.


Já fora suficientemente ruim ter mentido para a mãe na fes¬ta dos Belling, dizendo que iria à ópera com India, e não que¬ria que Dorca a esperasse acordada. Mas ela precisava estar em casa antes que a criada levantasse.


- Onde você esteve? - uma voz soou junto ao seu ombro.


Hermione quase desmaiou de susto. Voltou-se e viu Quince, com as mãos nos quadris e uma expressão de desagrado no rosto. Pelo menos Quince podia vê-la. Talvez pudesse ajudá-la agora, se conseguisse deixar para lá aquela sua mania de querer ser sua fada madrinha.


Mas bastou olhar para Quince para saber que ajudá-la seria a última coisa que a mulher queria fazer.


Era uma pena, mas Hermione se sentia gloriosa. Jamais pensara que um homem pudesse... Ela sentiu um arrepio quando se lembrou do que fizera com Rockhurst na cama.


Quando se lembrou dos beijos, das mãos dele, do modo como a tocava até que ela...


Suspirou profundamente. Encontrou o olhar de Quince, que a pegou pelo braço e a levou rua abaixo, onde havia um movi¬mento mais intenso.


Londres parecia nunca dormir, Hermione percebeu mara¬vilhada. Mas quem iria querer dormir quando podia passar uma noite gloriosa como a que ela acabara de ter?


- Você escutou o que eu disse? - Quince perguntou. - Deus meu, menina, pare de sonhar e tente escutar o que lhe estou dizendo! Você corre perigo.


- Perigo? - Hermione sacudiu a cabeça. - Não vejo como.


Oh, mas ela via, sim... Pensar que poderia perder tudo aqui¬lo que lhe era querido e deixar de passar as noites nos braços de Rockhurst...


Quince fez sinal para uma pequena carruagem, o cocheiro sonolento e nada feliz por ganhar uma corrida quando tudo o que queria fazer era deitar-se em sua cama. Mas Quince lhe ofereceu uma moeda de prata.


Hermione logo se viu dentro da carruagem, seguindo para casa.


- Sua pequena tola, não sabe do perigo que corre? - repe¬tiu Quince, logo que o veículo seguiu em frente. - É ainda pior do que temi.


- Não corro perigo com ele - Hermione assegurou. Quince estava exagerando. Ò conde jamais a machucaria. - Só porque ele é o Paratus...


- Shh! - Quince murmurou. - Não diga tais coisas em voz alta. Não tem idéia de quem ele é!


- Eu tenho, sim - Hermione insistiu. - Estive lendo o livro que o sr. Cricks me deu, e sei tudo sobre o conde. - Ela cruzou os braços. - Além do mais, acho que ele me ama.


- Ama você? - Quince olhou para o céu, fazendo um gesto parecido com o que a mãe de Hermione fazia quando Griffin jogava um pouco demais, e baixou a voz para um murmúrio indignado. - O Paratus é incapaz de amar.


Hermione sacudiu a cabeça.


- Ele me ama.


- Verdade? - Agora era a vez de Quince colocar as cartas na mesa. - Então por que não contou a ele quem você é?


- Essa não é a questão. - Hermione olhou pela janela e viu que o céu começava a ganhar tons róseos.


- Por que não contou a ele quem você é? - Quince insis¬tiu. - Por que esse seu amante não a está levando para casa?


- Isso é complicado. Não posso lhe dizer quem sou. Ele poderia se sentir obrigado a...


Quince arqueou a sobrancelha, como se a desafiasse a terminar a frase.


Pedir-me em casamento.


Hermione se endireitou na cadeira. Claro que ele a pediria em casamento. Seria a coisa mais honrada a fazer.


Mas e se ele não fizer isso?


- Exatamente o meu ponto - Quince murmurou, como se Hermione tivesse falado em voz alta.


- Não me importo. Ora, ontem à noite eu lhe salvei a vida. Fomos detidos por dois dergas.


- Eu sei.


- Sabe? - Hermione arregalou os olhos. - Você estava lá?


Quince sacudiu a cabeça.


- Graças a Deus, não. Mas tais notícias viajam depressa. E por isso que passei a melhor parte da noite procurando por você. - Quince bufou. - E eu não seria capaz de deter aquela dupla de brutos. Os dergas geralmente vêm em grupos de doze. Há outros dez que ficarão felizes em vingar a morte de seus irmãos.


- Dez? - Hermione engoliu em seco.


- Bom. Estou finalmente me fazendo entender. Este não é um mero flerte, minha querida. Todos os servos de Melaphor devem saber que você está usando esse anel, e qualquer um deles deve estar querendo pegá-lo.


Hermione olhou para a própria mão. Um pequeno aro de prata, parecendo bem simples. Dificilmente algo que fosse ambicionado por um demônio.


Quince pegou no braço de Hermione.


- Já lhe passou pela cabeça que ele pode estar usando você para conseguir o anel?


- Não é verdade!


- Você não pode desfazer o que foi feito - disse Quince -, mas tem o poder de parar agora. Antes que seja tarde demais. Deve renunciar ao seu desejo. Então me dê o anel, e eu o esconderei onde não será mais encontrado.


- Ele não vai sair. Quince respirou fundo.


- Apenas tem de desistir do desejo. Faça isso, e estará livre.


A carruagem deu a volta em Berkeley Square.


- Já tentei fazer isso, Quince!


- Mas só funciona se você quiser verdadeiramente parar o desejo.


E aí estava a questão. Hermione não queria desistir do desejo. Queria, isso sim, passar todas as noites com o conde, exatamente como acabara de fazer.


- Não se preocupe, tudo acabará bem - Hermione disse a Quince. - Você está exagerando. O conde me protegerá, e eu prometo que não me arriscarei mais a noite.


- Não. Isso precisa acabar agora, antes que seja tarde demais.


A carruagem parou, e Hermione desceu. O cocheiro piscou, tentando se lembrar onde havia parado e pegado outra passa¬geira naquele trajeto. Olhou então para ela, pegou o dinheiro, e saiu às pressas.


- Bem, o que aconteceu com esse homem?


Quince olhou para o vestido de Hermione.


Então, em um instante, Hermione reconheceu que tudo o que Quince lhe dissera fazia sentido. Enquanto olhava para si mesma, um arrepio percorreu sua espinha, uma premonição das coisas que poderiam acontecer se ela estivesse inclinada a acreditar nelas.


Porque toda a parte da frente do seu vestido estava coberta com o sangue do conde.


Continue Reading

You'll Also Like

1.3M 1.4K 5
Tem um novo garoto no bairro. Seria uma pena se ele fosse mais perigoso do que ela pensava.
10.1M 628K 88
Um homem insuportável de um jeito irresistível que faz um sexo que deixa todas de pernas bamba, Tem todas as mulheres que deseja aos seus pés mas te...
46.5K 5K 17
Livro vencedor da categoria mistério do #GoldWinners. Faltando duas semanas para o término das aulas, um grupo de amigos se vêem em uma situação de r...
18.5M 1.2M 91
Jess sempre teve tudo o que quis, mas quando Aaron, o sexy badboy chega a escola, ela percebe que, no final das contas não pode ter tudo o que quer...