Era uma manhã fria como tinha sido desde que Jeongguk perdeu seus pais. Mas agora era diferente, porque ele havia aprendido a não se preocupar com isso desde que havia conhecido Taehyung, a quem ele marcou de encontrar naquele dia.
Levantou da cama ainda sonolento e fez toda a sua higiene matinal, usando uma calça jeans e uma camiseta branca, totalmente diferente de suas roupas de caça. Quando terminou tudo, ele parou em frente ao espelho apenas para ver se parecia bem. Jeongguk sempre desejava que Taehyung visse o melhor dele, já que tinha medo que os sentimentos ruins do seu coração chegassem algum dia sair. Não era sua culpa, certo? Os acontecimentos da vida nunca o permitiriam ter algo a mais que ressentimento. Mas... isso era antes de Taehyung.
Ele saiu de casa desprotegido porque em sua mente vampiros não andavam de dia, podendo até mesmo virar cinzas ao ficarem completamente queimados pelos raios solares.
Caminhou pela avenida até que estivesse dobrando uma rua bem movimentada, onde pode avistar seu namorado o aguardando em frente a porta da Cafeteria. Sorriu sem conseguir controlar, acenando levemente para o mais velho quando ele o notou.
Assim que se aproximaram, Jeongguk sentiu o coração bater rápido contra a caixa torácica. Ele automaticamente fechou os olhos, os lábios de Taehyung pressionando docemente os dele enquanto seu braço rodeava o corpo.
Jeongguk gostaria de poder congelar aqueles momentos apenas para poder viver sempre neles, onde ele era totalmente feliz e em paz. Mas isso era impossível, e ficava ainda mais óbvio quando Taehyung se afastava do beijo. Mesmo assim, era fácil cair em um poço de amor quando o mais velho sorria para ele novamente. Sim... era fácil viver quando estava com Taehyung.
— Bom dia, Jeongguk-ah. Dormiu bem? — Taehyung perguntou antes de deixar o braço deslizar de sua cintura para que pudessem entrelaçar as mãos.
— Dia, hyungie... poderia ter dormido melhor se você estivesse comigo. — Jeon murmurou com um bico nos lábios, ouvindo Taehyung rir baixo, puxando-o para dentro do estabelecimento.
— Ontem eu precisava ajudar em casa, bebê, me desculpe — o Kim disse com gentileza, sabendo o quão poderia ser difícil lidar com um Jeongguk com birra.
— Eu sei, mas ainda sinto sua falta. — Ele respondeu, ambos puxando as cadeiras para se sentarem em uma mesa próxima a janela de vidro.
— Também sinto sua falta. Muita. Prometo que hoje sou todo seu — ele brincou, e Jeongguk sorriu.
— É bom mesmo — disse, observando a atendente se aproximar.
— Bom dia. O que desejam? — ela perguntou com a caderneta em mãos.
— Dois brownies e um coffee latte.
— Um macchiato, por favor.
Jeongguk franziu a testa, esperando a atendente se afastar antes de olhar para Taehyung.
— Isso mal vai manter você em pé, Taehyungie.
— Eu não estou com muita fome, Jeongguk-ah...
— Isso não me convenceu. — Jeongguk disse, vendo a atendente trazer seus pedidos. Assim, rapidamente colocou um dos seus brownies para Taehyung.
— Gguk-ah, sério, eu estou bem-
— Você precisa se alimentar direito, hyungie. Por favor, você sempre diz isso, mas hoje não vai escapar.
Ele viu Taehyung olhar para o pedaço que havia oferecido antes de pegá-lo e dar uma mordida. Jeongguk abriu um enorme sorriso, totalmente feliz e satisfeito, só assim começando a comer também.
— Eu irei na entrevista hoje... — Jeongguk disse baixo enquanto tentava ignorar o nervosismo queimando em sem peito.
Taehyung o olhou surpreso, um sorriso grande nos lábios.
— Mesmo, Jeongguk-ah? Oah, isso me deixa realmente feliz!
— É, bem... estou indo porque você disse que eu deveria me ocupar com algo. — disse um pouco envergonhado, logo fazendo um bico. — Mas fique sabendo que eu não queria.
Taehyung sorriu, forçando o último pedaço do brownie e o último gole da bebida.
— Vai ser bom, Jeongguk-ah. Seus pais deixaram uma boa quantia para você, assim como a venda da casa, mas é importante não depender só delas. — Taehyung disse cuidadosamente, levando a mão até a de Jeongguk na mesa, cobrindo-a com a sua. Jeon olhou para ele naquele momento. — Não se preocupe, vai dar tudo certo.
Jeongguk assentiu, sorrindo pequeno.
— Vai sim... Ah, e sua irmãzinha, quando posso vê-la de novo? — Jeongguk disse com os olhos brilhantes, rapidamente se lembrando do encontro que tiveram onde a pequena Chaejong estava. Taehyung não conseguia dizer não quando Jeongguk o olhava daquele jeito.
— Logo logo, vou falar com ela hoje.— disse, vendo Jeongguk assentir ansiosamente.
— Vamos?
— Eu só vou no banheiro primeiro — Taehyung disse, e Jeongguk concordou.
— Vou ir logo no caixa. Te encontro lá fora.
— Ok.
Taehyung se afastou do mais novo, seguindo para o banheiro. Assim que ele adentrou uma cabine e fechou a porta, abaixou-se até estar próximo do sanitário, pressionando o dedo na boca, colocando tudo que tinha acabado de comer para fora. Quando tinha certeza que não havia mais nada, se levantou, dando a descarga e saindo do banheiro.
Foi até a pia e lavou as mãos, jogando um pouco de água no rosto e na boca antes de enxugar com o papel toalha, saindo dali em seguida.
Como dito, Jeongguk estava já na porta o aguardando. Assim que se viram, eles novamente entrelaçaram suas mãos e foram em direção ao local onde Jeon faria sua entrevista.
Não demorou para que chegassem, e assim que estavam na porta, Taehyung pressionou um beijo leve na testa do mais novo.
— Boa sorte.
— Obrigado, hyungie. Você já está indo para o trabalho?
— Sim. Vejo você a noite, então?
— Ok. Até a noite, Taehyungie.
— Até, Gguk-ah.
Assim que Jeongguk se foi, Taehyung também não demorou para ir em direção ao seu trabalho. Mesmo assim, ele ainda podia sentir o estômago reclamar de dor e fome ao mesmo tempo.
×
Taehyung parou em frente a casa deles quando já eram quase oito horas da noite. Ele observou que o chão da porta estava úmido, e isso o fez suspirar pesadamente. Jeon já tinha novamente feito o círculo de água benta. O efeito não era capaz de matá-lo, mas suficiente para deixá-lo atordoado toda vez que precisava entrar na casa.
Bateu na porta, ouvindo-a ser destrancada antes que Jeongguk aparece entre ela. Sentiu o mais novo abraçá-lo com força antes de puxá-lo para dentro, passando pela proteção. Taehyung sentiu uma dor imensa na cabeça, mordendo o lábio inferior com tanta força que pode sentir o sabor do sangue na boca.
— O jantar já está pronto- Taehyung, você está bem?! O que foi-
Taehyung não deixou que ele terminasse antes de colocar sua mão na nuca do mais novo e trazê-lo para um beijo ardente. Jeongguk suspirou entre o ósculo, ainda atordoado de surpresa, mas logo colocando as mãos nos ombros do outro e se inundando no beijo.
O Kim não deu tempo para que Jeongguk pensasse na sua situação — nem podia —, guiando-os ainda entre o beijo para o quarto do mais novo.
Ele desceu os beijos para o pescoço de Jeongguk, não conseguindo evitar de cheirá-lo ali, pressionando o nariz com certa força, a mesma sendo direcionada para suas mãos, que também apertavam a cintura de Jeongguk.
— T-Tae... — Jeongguk gemeu, mordendo o lábio inferior com força. Ele sentia tantos calafrios agora que era quase impossível não tremer levemente.
Ouvir a voz do mais novo foi o que fez despertá-lo, e Taehyung rapidamente tentou disfarçar, pressionando um leve beijo na área antes de continuar descendo pelo corpo de Jeongguk.
Ele o chupou com volúpia, ouvindo os gemidos sôfregos de Jeongguk antes que estivessem tirando suas roupas. Jeongguk deitou de costas na cama, deixando que Taehyung se colocasse entre seus joelhos antes de beijá-lo novamente, com amor e carinho e desejo. Ele gentilmente o preparou antes de procurar o lubrificante, colocando o suficiente em seu membro e na entrada do mais novo. Ambos estavam limpos e só haviam se envolvido um com o outro, mantendo a confiança que tinham ainda mais forte.
— Eu amo você, hyung- hyungie... — Jeongguk disse em murmúrio, fechando os olhos quando Taehyung passou a penetrá-lo, beijando sua bochecha quando estava totalmente dentro dele.
— Hyung ama você também, Gguk-ah... — Taehyung respondeu, e logo depois passou a se movimentar. Jeongguk inspirava fundo enquanto sentia o mais velho por completo, gemendo e apertando-o entre os joelhos, sem conseguir conter todas as emoções.
Taehyung arfava sobre si, sem parar de se movimentar, e logo Jeongguk estava chegando ao seu ápice, suas paredes internas apertando o membro do mais velho, que logo se desfez também dentro dele.
Taehyung se deitou sobre o mais novo, onde ficaram por longos minutos até que resolvessem ir para o banheiro tomar um banho. Se vestiram em seguida, e enquanto Jeongguk fazia o próprio prato, Taehyung se sentou na cadeira. Quando Jeongguk percebeu, colocou o prato já feito na mesa e cruzou os braços, insatisfeito.
— Hyungie, não não não! Vamos, eu fiz o jantar hoje!
— Jeongguk-ah, eu jantei no trabalho, me desculpe. Eu não sabia que você faria o jantar hoje.
— Mas eu avisei a você. — frisou o olhar.
— Eu devo ter esquecido, desculpe. O dia foi complicado no trabalho, eu tinha tanta coisa na cabeça...
Jeongguk suspirou, sentando-se também.
— Como foi na entrevista? — Taehyung perguntou, tentando mudar de assunto.
Por sorte, Jeongguk parecia estar esperando que ele perguntasse.
— Eu fui aprovado — disse. — Querem que eu comece daqui há alguns dias.
— Jeongguk-ah, parabéns! Eu sabia que ia conseguir!
— Obrigado, hyungie. Mas é graças a você.
— Nem pensar. Isso foi resultado do seu esforço. Estou orgulhoso!
Jeongguk sentiu as bochechas quentes, mexendo levemente na comida com os hashis.
— Acha que meus pais teriam orgulho de mim? — ele perguntou baixo. Taehyung mal pensou para responder.
— Tenho certeza absoluta disso.
Jeongguk sorriu.
— Obrigado.
Depois do jantar, Jeongguk escovou os dentes e ambos foram para a cama. Eles se beijaram por longos minutos antes que Jeongguk sentisse o sono chegando.
— Boa noite, hyungie.
— Boa noite, Gguk-ah. Bons sonhos.
Quando a respiração de Jeongguk se tornou amena, Taehyung pressionou um beijo em sua testa, fechando os olhos em seguida. Ele não iria dormir, mas ao menos com Jeongguk em sua mente, ele podia relaxar.
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