Está tudo tão frio, escuro, sem vida, até parece um filme triste, sinto-me um protagonista de filme de suspense. Assim é a minha vida sem Sara, o medo e o ódio caminham lado ao lado, medo de perdê-la, que ela se machuque nas mãos daquele louco, medo que nossos filhos nasçam antes do tempo devido a tanta estresse e pressão física e emocional que a mãe deles está passando.
As cenas dos vídeo não saiam da minha mente, ela está sofrendo, e não é pouco. Diogo está ainda mais descompensado, nunca imaginei vê-lo tão descontrolado, ele não tinha compaixão nem por uma mulher grávida, mulher essa que ele dizia amar.
— Temos boas e más notícias senhor. - Um dos homens se aproxima e fala com Oliver, acabamos de pisar em solo australiano, e continuaremos no aeroporto até ver Rebeca e Olívia. Não era essa minha vontade, mas fui voto vencido, preciso da ajuda deles, meu psicológico não está nada bom, eu sei acabarei colocando a vida de Sara em risco agindo por impulsividade.
— De novo, cadê a criatividade desse povo? Fale a boa, porque as más chegam a todo momento.
—Nossos homens Conseguiram achar e entrar na casa que era o cativeiro de dona Olívia. - Já até imagino a má notícia.
— Continue.
— Infelizmente eles eles haviam acabado de embarcar.
— Sabia, ele sempre está um passo à frente da gente! - Passei as mãos nos cabelos desesperado.
— Mas por sorte, ainda tinha homens desocupando a mansão. Conseguimos interrogá-los de um jeito nada amistoso.
— Mataram-nos no final do interrogatório?
— Não senhor, porque sem eles seria impossível de chegar onde sua mulher está.
— Então eles sabiam?
Levantei-me imediatamente da poltrona e fui até o homem, uma luz de esperança reacendia dentro de mim, eu estava mais perto de encontrá-la.
— Sim senhor, ele o levou para Palawan, é uma ilha nas Filipinas. Nós mandamos homens para lá, estão infiltrados como turistas. Eles estão numa casa na beira do mar, a casa é de madeira, tem dois andares, é relativamente grande. Nossos homens nos comunicaram que a segurança está menor que na capital, porém tem muitos homens armados. Mas o mais curioso, é que eles nos informaram a presença de duas mulheres grávidas.
— O que? — Nós três falamos juntos.
— Sim, eles descreveram bem. Uma ruiva e uma morena, ambas em estado avançado da gravidez. A morena ainda sai para pegar um sol sem estar acompanhada, a ruiva ainda não foi vista na ilha, apenas quando chegou.
Esse sádico engravidou uma mulher e ainda levou-a junto com Sara! O que esse psicopata está planejando? Meu Deus! Sinto-me ainda mais preocupado. Ele namorem nada a perder, será que ele quer criar o filho que essa mulher está gerando com Sara e mandar os meus?
— Calma Leonardo, estamos a um passo de pega-lo.
— Será? Tenho minhas dúvidas.
— Elas estão desembarcando agora senhor.
— Tragam-nas para cá.- Oliver ordena.
Resolvemos não perder tanto tempo, seria melhor ir buscá-las do que ir lá e em seguida voltar, os homens de confiança de Oliver foram buscá-las, todos conhecidos de Olívia.
Com a proximidade da chegada delas, Amadeo levanta-se indo para próximo à porta da aeronave. Meu amigo está ansioso, é um cara bruto, mas está apaixonado, sei bem como ele está se sentindo, tenho fé que em breve serei eu, resgatando minha ruiva.
Olho pela janela do avião e vejo um carro preto parar, um escudo humano é feito, em seguida a loira desce com a minha menina no colo. Meu coração se aquece, pelo menos nossa menina está livre, longe das mãos daquele doador de esperma, já que seu pai sou eu.
— Meu amor.
Nunca imaginei ouvir isso da boca de Amadeo, mas foi isso mesmo que ele disse, meu amor para a loirinha. Eles se abraçam e eu me aproximo, pegando Rebeca para mim. Ela estava meio assustada, se retraiu quando eu encostei as mãos nela, mas quando me viu abriu um sorriso e chorou de emoção.
— Papai...
Eu abracei minha menina, seu cheiro doce e suave acalmou meu coração. Minha menina, minha mini Sara, eu amo como se fosse minha filha legítima. Levo-a para o interior da aeronave.
— Papai está aqui meu amor, e vai te proteger de todo o mal.
— Aquele homem é muito mau, tenho medo dele, minha mamãe está chorando muito. Eu quero a minha mamãe, papai.
— Papai vai buscá-la meu amor, e em breve estaremos todos juntos. - Ela coloca a cabeça no meu colo, me abraça e chora baixinho, isso me desmonta por completo. Eu a amo tanto e daria minha vida por ela, beijo sua cabecinha ruiva, tento acalma-lá e me acalmar também, porém só sinto o ódio crescendo dentro de mim, como ele pode fazer isso com a própria filha?
Pouco tempo depois, Olívia chega abraçada pelo irmão e pelo namorado, os três estavam emocionados, não era para menos, foram dias difíceis.
— Olívia, eu sinto muito por tudo...
— Você não tem culpa da loucura do seu irmão Léo, vocês são completamente opostos, ele é a pior espécie de sádico que conheci, e olha que não foram poucos.
Amadeo a abraça, tentando conforta-la. Os minutos a seguir passam rapidamente, Rebeca dormiu e a aeromoça a levou para suíte, só então conseguimos conversar direito.
— Quem é a grávida que está com Sara? Conte-nos tudo o que presenciou, cada detalhe é importante.
— O louco do Diogo nos levou para a casa onde estava com duas amantes. Uma loira chamada Luna, que estava no avião conosco e que ele matou na frente da sara depois de transar com ela.
— Puta que pariu! Oliver exclamou.
— E só não fez o mesmo com a morena, porque ela está grávida de um filho seu, mas com certeza não escapará depois que a criança nascer.
— Sara a conhece?
— Sim, ela se chama Alejandra.
Minhas suspeitas de confirmaram, Diogo é mais louco que eu pensava, colocou todas as mulheres que dividimos juntas, pelo simples prazer de me fazer mal.
— Ele vai matá-la.
Levanto-me desesperado com a constatação.
— Não, ele não vai. Ele não fez tudo isso para matá-la!
— Ele vai, o ódio que ele sente por mim é maior que o amor que ele diz sentir por Sara, ele quer me ver sofrer, ele não vai devolver as crianças, é um plano, ele vai matar e vai se matar. Tenho certeza disso!
— Leonardo, tenha calma.
— Calma o caralho Oliver! Ele vai matar minha mulher e os meus filhos porque ele é um filho da puta doente, louco, psicopata, lunático e tudo que não presta de uma vez. É um plano para me atrair, e vai dar certo, porque eu não vou deixar Sara morrer assim!
— Léo, por favor... - Amadeo tenta falar.
— Ele tem razão Amadeo. Aquele homem fica extremamente feliz em humilhar, subjugar e ver os outros sofrer. Ela precisa de você amigo, nunca vi uma mulher tão forte como Sara, ela se sacrificou por nós, ela está se sacrificando pelos filhos, se ele não der fim na vida dela, ela mesma o fará, ela não vai aguentar aquilo Leonardo. Ela precisa de você, vá salvar sua família daquele louco.
— E é isso que eu vou fazer agora! - Levanto-me decidido, não vou deixar minha mulher morrer, vou lutar até o fim.
— Eu vou com vocês. - Olívia anuncia.
— Não! - Falamos juntos.
— Tem duas mulheres grávidas que irão precisar de atendimento, eu sei lutar, atirar, não serei um peso morto!
— Tem Rebeca, ela não conhece ninguém aqui na Austrália, ela ficaria ainda mais traumatizada, eu prefiro que você fique e cuide da minha menina. Por favor Olívia.
A loira desaba num choro copioso e doloroso, Amadeo a abraça tentando conforta-la, mas ela está abalada demais para se acalmar.
— Ela me pediu a mesma coisa Léo, era uma espécie de despedida... Sara está sofrendo tanto, ela não merece passar por isso, por favor não deixe que nada de mal aconteça com ela.
Ela volta a agarrar Amadeo, estamos os três estáticos, impactados com a informação. Sara está desistindo de viver, mas eu não vou desistir nunca de salvá-la.
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Os pais de Olívia vem buscá-las com um sistema de segurança de fazer inveja ao presidente da república. Eles não descem do carro, preferem esperar as duas no carro. Pego Rebeca, colocando-a no colo, ela se assusta, grita por socorro. Tadinha da minha menina, está traumatizada, eu a acalento.
— Papai vai buscar a mamãe, e a princesinha vai ser uma boa menina, vai ficar com a tia Olívia na casa dos pais dela. Tá bom princesa?
— Eu estou com medo do homem mau papai.
— Ele nunca mais vai fazer mal a você princesa, a tia Olívia vai protegê-la até o papai chegar. Promete ser uma boa garota?
— Eu prometo papai.
Ela me olha nos olhos, puta que pariu! Idêntica a mãe, o mesmo olhar doce e assustado. Eu a abraço forte e choro, ficamos um tempo assim, apenas tentando passar boas energias. Limpo as lágrimas, me recomponho e falo com ela.
— Papai volta logo.
Ela concorda, entrego-a a Olívia que se despede de todos e desce. O mesmo escudo humano as protegem até o carro, vejo-as entrar e um homem muito semelhante a Oliver acenar de dentro do veículo. Elas partem, e nos deixam para trás, três homens envenenados pelo ódio e pela sede de vingança.
— Diogo, nunca tive tanta sede em matar alguém. Vou arrancar sua cabeça com o maior prazer.
Amadeo se transformou no velho e bom matador, eu conhecia bem aquele olhar, é o mesmo que ele fazia quando ia matar muitos inimigos por prazer.
— Ele é meu! Eu vou matá-lo! - falei com ódio.
— Ele é de quem pega-li primeiro, não vou te prometer que deixarei ele para você depois de por as mãos nele Leonardo. Mas, podemos dividi-lo e dar aquele filho de uma puta chocadeira uma morte bem merecida.
— Concordo.
E lá vamos nós, a quase doze horas de voo, tempo demais para um louco fazer as piores atrocidades com uma uma mulher grávida indefesa, mas as horas de vida dele estavam contadas, ou não me chamo Leonardo Martínez.
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Fortes emoções para o próximo capítulo 😢😢😢😢
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