New security ❄ Im Jaebum

By yOverthrow

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Nalu Holyn Wright é uma garota mais que astuta. Filha do tão reconhecido prefeito da cidade e ainda no início... More

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Uma criança

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Levantei as mãos para o alto quando finalmente chegamos em casa e caminhei até o sofá, me jogando lá. A poltrona do hospital poderia até ser macia, mas não se comparava com os cômodos do meu próprio lar. A sensação era totalmente diferente, principalmente porque agora eu sentia que poderia facilmente relaxar.

- Finalmente! - Holden disse, enquanto era ajudado por seus seguranças.

Ele não deveria estar andando, tinha até ganhado uma cadeira de rodas temporariamente para não fazer tanto esforço, mas era em vão. Nesses momentos, eu conseguia facilmente me achar parecida com ele. A teimosia sem limites para o óbvio demais e necessário.

- Pensei que o médico tivesse dito que era indiscutível descansar - informei, quando o notei caminhar para a mesa de jantar.

Ele só caminhava até lá em duas situações: quando tinha negócios a tratar, ou para comer alguma coisa. E deduzindo que havíamos almoçado no refeitório do hospital, a primeira opção estava fora de questão.

- Eu não sou feito de açúcar - ele expôs, sentando-se. - Não vou morrer porque escolhi trabalhar ao invés de ficar sentado morrendo de tédio.

- É, mas isso atrapalha a recuperação.

- Querida, eu estou bem - ele disse. - E se quer tanto que eu faça o mínimo de esforço possível, por que não vai no meu escritório pegar meu notebook?

Sabia que deveria dizer não e obrigá-lo a descansar, mas antes eu mesma fosse pegar o notebook para ajudá-lo que vê-lo se esforçando demais em vão. Além disso, era provável que Holden fizesse isso escondido. Quero dizer, o trabalho.

Ele sempre fazia isso. Quando eu era menor e desejava brincar, ele dizia que tinha algumas horas livres e brincava comigo. De madrugada, entretanto, passava a noite trabalhando feito louco para entregar seus projetos em perfeita qualidade.

Impaciente, levantei-me do sofá e subi as escadas.

Quando entrei no escritório do papai, estava tudo arrumado como sempre.

As estantes lotadas de diversos livros políticos sem resquícios alguns de poeira e os quadros colocados simetricamente... Isso não era uma surpresa, já que ele era perfeccionista por natureza, mas me causou um pouco de desconforto. Ser organizada não era minha praia.

Caminhei até a sua mesa, lugar onde geralmente ficava seu notebook, mas ele não estava lá. Pensei então em gritar e perguntar se papai não havia deixado no quarto ou coisa do tipo, mas resolvi apenas procurar entre as gavetas da mesa.

Papai geralmente não deixava eu ficar em seu escritório por muito tempo e normalmente, quando não estava dentro, tinha tendência a trancá-lo. Na verdade, era uma surpresa a porta estar aberta nesse exato momento.

Abrindo-as com uma certa de curiosidade, senti uma pontada de decepção ao observar a primeira gaveta e notar coisas simples, como canetas, lápis, alguns grampeadores e papéis não rabiscados.

Era isso o que um prefeito tinha? Fala sério, que chato.

Já estava desanimada ao abrir a segunda gaveta, quando notei cartas espalhadas desorganizadamente do lado de dentro. Mas não estavam destinadas a papai. Na verdade, elas continham o meu nome. Nalu Holyn Wright.

Ergui uma sobrancelha confusa e as peguei. Eram várias. Todas abertas, algumas até mesmo amassadas e o remetente era desconhecido.

Por que Holden não havia me entregado elas antes? Era estranho.

Eu estava intrigada. Queria lê-las ali mesmo e agora, mas seria suspeito se demorasse tempo demais ali. Guardando as cartas dentro da minha roupa, abri a última gaveta. Por sorte, seu notebook estava ali.

Quando desci outra vez, tentei agir normal ao entregar o notebook de papai, mas a tarefa pareceu impossível quando Jaebum entrou na casa, encarando-me. Desde o acontecido no hospital, um clima estranho havia surgido sobre nós.

Ele estava preocupado comigo, eu sabia, mas isso não significava que era pra tanto. Eu estava enjoada. Só isso. E provavelmente fosse pela sopa do hospital.

Além disso, aquela conversa no telefone... mesmo que eu perguntasse, o segurança não queria dizer com quem estava falando.

- Guardei o carro na garagem, senhor - Jaebum disse, cumprimentando os outros seguranças dentro da casa. Ele passou por mim e se aproximou de Holden. - Aproveitei para verificar se estava tudo bem do lado de fora e todos os outros seguranças estão em seu posto normal. Está tudo em ordem.

- Ótimo, obrigada - papai agradeceu. - Sei que seu objetivo aqui era apenas cuidar da minha filha, mas me sinto grato por ser tão atencioso.

- Cuidar da casa também significa cuidar dela - ele disse. - É apenas meu trabalho.

Por algum motivo, eu odiava quando ele dizia que isso era apenas seu trabalho. Soava como se o que nós tivéssemos não fosse nada. Que todas aquelas palavras ditas um para o outro fossem apenas meras ilusões.

Liguei a televisão para não escutar ambos conversarem e permaneci distraída nos canais de notícia. Eu estava cansada e queria subir para o meu quarto, mas soaria estranho se falasse isso justamente agora, após voltar do seu escritório. E mesmo assim o pensamento do que poderia haver dentro daquelas cartas me torturavam.

Alguns minutos passaram até que Terê chegou, nos oferecendo comida. Eu não queria, ainda estava me sentindo estranha e tudo o que eu comia parecia querer voltar, mas aceitei, com objetivo de quando terminasse, ser capaz de voltar para o meu quarto.

Assim que ela terminou de recolher as coisas, agradeci a refeição e me levantei. O papel começava a incomodar o corpo e era um alívio não ter feito barulho algum ao caminhar. Quando subi as escadas outra vez, senti o olhar de Jaebum me fitar, mas ignorei.

Retirei as cartas dentro da calça quando fechei a porta e as joguei na cama, sentando-me em seguida. Não sabia qual ler primeiro, então as organizei por datas.

A primeira, surpreendentemente, era do início de 2018, quando Sean morreu. O conteúdo não era grande, mas senti os calafrios ultrapassarem meu corpo quando comecei a lê-la. Parecia tão absurdo.

A carne que tem sangue é a injustiça escondida entre mentiras.
O coração dele parou de bater. Quem será o próximo?
A culpa é sua, querida Nalu.
- 2018.

Era impossível não saber que a mensagem era sobre meu primeiro segurança quando terminei de ler. Era a mesma data, como se tivesse sido premeditado. Mas sua morte não havia sido um assalto? Era o que a polícia tinha dito.

Meu coração estava acelerado naquele momento, mas eu não podia parar ali. Era apenas a primeira carta e eu precisava ler o restante delas. Qual era o segredo referido ali? Seria sobre Holden? Sobre a polícia? E por que a culpa era minha?

Soube que não recebeu minha primeira mensagem e é provável que não receba essa segunda também. Mas não sou o tipo de pessoa que desiste fácil, apesar de você não saber minha verdadeira identidade. É uma pena. Estou aguardando, Nalu. O momento em que ele irá falhar. E vou tomar tudo.
- 2018.

Estava prestes a abrir a terceira carta, quando as batidas vinda da porta me assustaram. Jogando todos aqueles papéis embaixo do travesseiro, rapidamente, virei a tempo o suficiente de Jaebum abrir a porta e entrar, calmo como sempre.

- O que estava fazendo? - ele perguntou, desconfiado.

- Nada demais, por quê?

- Nós podemos conversar sobre o que aconteceu no hospital?

Mesmo que eu quisesse dizer não, isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde. E mesmo que eu quisesse adiar e terminar de ler as cartas primeiro, Jaebum era mais importante que isso.

- Claro. Nós podemos.

O segurança se aproximou, sentando-se na beirada da cama e me encarou.

- Por que não quis fazer o exame?

- De gravidez? Fala sério, amigão, eu não estou grávida.

- Então o que foi aquilo de repente?

- Um enjoo? Qualquer pessoa pode ter isso, sabe, é normal.

- Mesmo depois do que fizemos?

- Mesmo depois do que fizemos - confirmei, encarando-o.

Transar sem camisinha certamente era uma coisa que aprendi desde muito cedo que não deveria ser feita deliberadamente. Ainda assim, a teimosia havia sido mais forte, junto ao calor do momento. Mas eu não estava grávida. Não mesmo. E mesmo que fosse verdade, era cedo demais pra sabermos disso.

- Ainda assim, nós precisamos ter certeza disso.

- Certo, mas não é o momento.

- Por que não?

- Ainda está cedo, sabe? Isso aconteceu há alguns dias, precisamos esperar um pouco mais.

Para ser sincera, eu não queria fazer qualquer teste ou ir a um hospital. Mas queria tranquilizar Jaebum e me tranquilizar também. Na próxima vez, certamente usaria a droga de um preservativo.

- Quanto tempo?

- Algumas semanas, talvez?

- Tudo bem - ele acenou, tocando meu rosto suavemente. - Mas e se continuar sentido os enjoos?

- Então eu vou entrar em desespero e torcer pra não estar grávida.

- Parece que você estava falando sério, hein? - ele alargou o sorriso.

- Sobre o quê?

- Ter um filho meu, não lembra?

Involuntariamente, a frase veio em minha mente, fazendo-me querer soltar uma risada:"Você não sendo o pai da criança, por mim tudo bem".

E mesmo tendo dito aquilo, a verdade é que ele seria sim, um ótimo pai. Jaebum era atencioso, amável e conseguia ser divertido quando desejava. Até mesmo seu jeito centrado não seria um problema para a criança.

Mas por que eu estava pensando sobre isso de repente?

Eu não queria ter um filho. Nunca quis.

E ainda a possibilidade parecia tão tentadora quando se tratava dele.

- Você não vai me contar sobre a chamada, não é? - eu perguntei, mudando de assunto. 

Jaebum apenas negou.

- Confia em mim?

- É claro.

- Então é melhor assim.

Olhando-o, emiti um pequeno sorriso triste.

Odiava os segredos, mas não podia fazer nada.

- Sabe, mas seria divertido - Jaebum retrucou.

Abri minha boca para perguntar o quê, mas senti quando ele tocou minha barriga, fazendo cócegas na mesma. Então remexi meu corpo, caindo na cama e rindo. Foi quando o segurança ficou por cima de mim e me encarou, sorrindo. Minha respiração era ofegante por causa da risada e antes de me beijar, ele disse:

- Uma criança.

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Desculpem os erros e espero que tenham gostado do capítulo!

Amo vocês!

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