OUR DEMONS - ᴛʜᴇ 100

By _ImAnna

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Como um planeta que fora dominado pela radiação durante quase um século poderia transmitir um ambiente acolhe... More

Da autora
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Vocês serão enviados à Terra
We're back, bitches! (Pt. 1)
We're back, bitches! (Pt. 2)
Minha salvadora
Nightmare
Ele merece morrer
Shooting stars
Ela sabe o que faz
Hallucinations
Começaram uma guerra
I became the death
Não sou tão horrível quanto pensa
It was a mistake
We are grounders (Pt. 1)
We are grounders (Pt. 2)
Onde estão todos?
You're under arrest
Não entregaria sem lutar
Get me out of here
Acampamento Jaha
We're... What?
Névoa ácida
Jus drein jus daun
Chamas de adeus
First act
Erros acontecem, querida
Containment breach
Vermelho reluzente
Do not leave me
Segunda posição
Your own hell
Seres infames
Silence
Manhã vazia
Run
Raven
The flame
Último suspiro (Pt. 1)
Último suspiro (Pt. 2)
Dark age
Girassóis para a chuva
Radioactive pond
A morte clama
I prefer to get high
Desconhecido
Loneliness hurts
Me prometa (Pt. 1)
Me prometa (Pt. 2)
Don't be my opposite (Pt. 1)
Don't be my opposite (Pt.2)
Cairemos juntos
I'll be here
Você?
Dirty invaders
Cortante chuva
Don't talk
Infiltrada
Natural disaster
Traição
Can't resist
Sempre e para sempre
Grey sky
Prevalecer
We can't say goodbye
Agradecimentos

É o único jeito

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By _ImAnna

—Octavia, precisamos sair para ir atrás deles.— ando de um lado para o outro em frente à nossa barraca.

Quanto mais tempo esperarmos, pior.

—Se acalme, nós vamos.—murmura olhando ao redor—Ben virá conosco... Vou atrás dele, separe o que vamos utilizar.

Concordo com a cabeça repetidas vezes sem nem pensar quem é Ben, mas Bellamy se materializa atrás da irmã.

—Ninguém vai a lugar algum.—diz com sua feição indiferente.

—Clarke, Monty e Finn são nossos amigos, Bellamy! Não se importa com eles?—Octavia pronuncia com tom superior ao dele.

Bellamy a fita rapidamente.

—Não vamos perder mais dos nossos.

—Monty sumiu por nossa culpa!—disparo entredentes—Se não tivesse deixado ele sozinho, nada disso teria acontecido!

Seu olhar me fuzila de maneira fria.

—É uma perda aceitável.

Octavia encara o irmão com incredulidade e meu sangue ferve. Como pode ser tão insensível a esse ponto?

Trinco a mandíbula para prender minhas palavras ácidas e ele dá meia volta vendo que o recado está dado. Se dirige até o centro do acampamento e dita seu discurso que impede qualquer um de sair. Não perco meu tempo ouvindo.

—Se eles não voltarem até amanhã de manhã, damos um jeito de sair.—me viro para a morena.

Ela sorri amargo para si mesma encarando o vazio.

—Sei um caminho.

O olhar de Bellamy no centro do acampamento recai sobre mim e eu retribuo com desprezo. Viro o corpo e me dirijo até à nave. Não tive um momento sozinha desde que cheguei.

Já no recinto, caminho até um dos cantos. Encosto minhas costas no metal gelado e vou escorregando até o chão, ficando em posição fetal. Abraço meus joelhos fortemente e repouso a cabeça em cima. A luz da lua se projeta aos meus pés me fazendo companhia.

O que foi que eu fiz? Ter dado meia volta e seguido a caçada era a opção certa, mas não dei ouvidos.

Foi apenas casual, não vai se repetir de qualquer forma.

Balanço a cabeça quando me pego remoendo o fato.

—Sair ao amanhecer...—murmuro sozinha. Preciso desenvolver isso.

Octavia disse que sabe um caminho, mas e se ele tiver sido tomado até sairmos? Precisamos de um plano B. Até C se for necessário.

Refaço o perímetro do acampamento mentalmente. O muro construído de última hora possui algumas brechas, essas que podem ser utilizadas para sairmos, mas com certeza estarão sendo vigiadas, o que me levar a pensar em como distrair o vigia da vez. Ugh, como eu queria que Bellamy não tivesse ordenado que ninguém saísse...

Solto um longo suspiro e ergo a cabeça encostando-a na parede com os olhos apertados.

Vou encontrar os três, não importa quais merdas eu tenha que jogar na cara daquele imbecil.

Observo o lado de fora vendo as luzes se apagarem aos poucos. Não tenho vontade de ir até minha barraca, então tenho a brilhante ideia de me acomodar na rede que ocupei um dia atrás. Só neste momento percebo que estou na companhia de Murphy na rede ao lado e Myles no colchonete do chão, ambos dormindo. Decido me juntar a eles, caindo num sono profundo e quase tranquilo.

ׂٜ֗̇◍̸ׅ֯٠

Acordo com minha barriga roncando.

Preciso comer, obviamente, mas só farei isso quando tiver a certeza de que o plano será cumprido com êxito. Deixo esse ponto de lado e me sento.

Os dois ainda dormem pacificamente. Myles tem faixas e o machucado melhor tratado. Murphy ressona na mesma posição em que adormeceu. Sono pesado. Me ponho de pé e caminho até a plataforma.

Escuto algo chiar no meu bolso e me assusto dando um leve pulo. Tinha esquecido que ainda portava o rádio comigo.

Terra chamando Bia.—Octavia diz ao equipamento e posso a ver saindo do lado interno da nossa barraca.

—Hey.—aceno para ela com um sorrisinho.

A morena se aproxima passando uma aparência boa. A pouca movimentação ao redor me entrega que é cedo, o que significa que não podemos perder tempo para agir.

—Eles não voltaram, não é?—questiono quando está perto o suficiente.

—Não.—responde repuxando um canto da boca—Já estou pronta para sair, e você?—estica um pouco suas roupas com a mão e posso ver um detalhe diferente em seus cabelos.

Semicerro os olhos e comprimo um sorriso.

—Desde quando sabe fazer tranças embutidas?

Oc ri breve olhando o chão.

—Lincoln que fez.—passa uma das mãos sobre elas.

Se ela saiu essa noite, tudo indica que conseguiremos sem problemas hoje também.

Parece que a cada vez que eu dormir longe, ela fugirá para visitar Lincoln. Não a julgo, se gosta de alguém tem que estar perto, mas dadas as circunstâncias é um tanto perigoso.

—Tudo bem. Vou pegar armas no piso superior.—aponto para cima.

Se temos de sobra, então vamos usar.

—Vai lá, vou dar uma checada na passagem e chamar Ben.—começa a recuar lentamente enquanto fala.

Concordo com a cabeça e dou meia volta para entrar na nave. Subo as escadas silenciosamente e abro a escotilha para o segundo andar. Termino de fechar a passagem sem fazer com que ranja e escuto um barulho de plástico atrás de mim.

Pierce? Que surpresa.—me viro rápido e vejo Jasper. Ele segura uma daquelas nozes alucinógenas na mão com um sorriso bobo.

—Melhor não comer isso.—o aponto.

—Relaxa, só foram duas. Não vejo três de você ainda.—diz risonho.

—Acho que deveria tentar se manter sóbrio.—digo com um leve sorriso nos lábios.

Ele faz uma careta, como se não gostasse nem um pouco da ideia.

fazendo o que aqui?—se encosta em uma mesa qualquer.

Me mantenho em silêncio, mentir não é uma das minhas virtudes. Vamos, Jas, não dificulte! O que Monty sentiu no desaparecimento de Jasper, Jasper inevitavelmente sentirá o mesmo. São melhores amigos...

—Quer saber? Esquece. Viu Monty por aí? Íamos fazer uma aposta com essas pequeninas aqui.—ele diz rindo mexendo uma noz de um lado para o outro.

Droga...

Pense, Beatriz. Qual a melhor alternativa? Meus olhos estão em seu rosto, mas internamente estou perdida.

—Pierce?—insiste.

Respiro fundo imaginando ser melhor esclarecer as coisas. Me atrapalharia se escolhesse mentir a ele.

—Jasper, o Monty... o Monty desapareceu.—gaguejo o fitando com as sobrancelhas baixas. Seu sorriso some.

Mas sua risada soa consideravelmente alta em seguida.

—Você zoando comigo, ?—balança a cabeça se divertindo.

Engulo em seco e me aproximo um passo.

—Não. Olha...—encaro minhas mãos com a cabeça baixa—Saímos para procurar Clarke e Finn ontem. Monty acabou ficando sozinho na divisão do grupo e não respondia mais ao rádio quando chamávamos por ele.—digo de forma lenta—Sabe que Bellamy não está deixando mais ninguém sair do acampamento, então vou fugir com Octavia para procurá-los. Subi para pegar armas.

Jasper se mostra inexpressivo analisando tudo o que acabei de dizer.

—Como vocês simplesmente abandonaram ele?!—exclama fazendo minha consciência pesar toneladas. Seus olhos me invadem em busca de qualquer brincadeira, mas não encontram—Vou com vocês.—arruma a postura irado.

—Jasper, você tem que ficar, por favor!—suplico.

O garoto nega com a cabeça como um absurdo e toma a primeira arma que vê na frente, abre a escotilha e começa a descer. Pego outra arma próxima de meu corpo e o sigo.

Quando toco o chão novamente, tento andar, mas o garoto me segura com firmeza.

—O que foi?—pergunto sem entender.

Seus olhos encaram algo em alerta e tento segui-los.

No canto esquerdo da nave, na cama de Myles, Murphy retira um saco plástico preto do rosto do garoto. Seu corpo deitado se encontra com os braços pendurados e o cobertor radicalmente bagunçado, seus olhos estão abertos e imóveis. Não reagiu desde que John se afastou.

Morto por asfixia... É uma boa dedução.

Murphy, que até então não tinha notado nossa presença, nos encara de cima a baixo parado no lugar. Porta uma arma pendurada ao seu ombro, que num piscar de olhos nos toma em sua mira. Não fui capaz de reagir a tempo.

—Larguem as armas.—rosna dividindo a mira entre nós dois.

Arregalo os olhos e pressiono os dentes uns contra os outros paralisando como uma estátua ao chão.

—Calma, Murphy, nós podemos conversar...—digo sem pressa.

—LARGUEM A PORRA DAS ARMAS!—grita se aproximando em passos pesados. Encolho meu corpo assustada e pisco os olhos repetidas vezes com a possibilidade dele puxar o gatilho.

Vamos, pense em alguma coisa.

Faço um positivo com a cabeça e deposito a arma no chão lentamente afastando-a com um impulso do pé. Jasper repete o que fiz e, enquanto a atenção de Murphy se prende no gesto do garoto ao meu lado, levo cautelosamente uma mão até o bolso em que está o rádio e aperto o botão para me conectar na linha.

—Murphy, abaixa a arma. Não precisa ser assim.—falo no mesmo tom tranquilo enquanto olho para ele—Quer mesmo nos matar?

Ele sorri impiedoso e ressentido.

—É o único jeito.—se prepara para puxar o gatilho enquanto mira na cabeça de Jasper. Entro na sua frente com as mãos em rendição—Como quiser... Bellamy não pode saber.—complementa prestes a acabar com tudo.

O equipamento chia no meu bolso, anunciando alguma resposta.

Não posso saber do quê?—a voz do Blake ecoa pelo rádio.

Fecho os olhos agradecendo mentalmente.

Desgraçada!—Murphy exclama e corre até a alavanca ao lado da saída, subindo a plataforma da nave e nos encarcerando.

Jasper consegue olhar para mim de canto de olho. Sua pele está mais pálida que o normal e sei que compartilhamos do mesmo sentimento de horror. O medo congelante.

—Vai ficar tudo bem.—digo baixo buscando me convencer do mesmo.

Os passos largos de Murphy voltam a chamar nossa atenção.

—ERA ISSO QUE VOCÊ QUERIA, NÃO ERA?—dita exasperado. Procuro me manter firme—Mais público para o nosso teatrinho...

Estaciona o corpo à nossa frente com a arma abaixada.

—Nada disso teria acontecido se você apenas tivesse deixado tudo para trás.—mantenho o tom ainda em posição de rendição—Nós te acolhemos, tratamos de você. Por que não aceita que o culpado de seu banimento foi você mesmo?—sinto seu olhar furioso me queimar.

—Se as vadias tivessem ficado de boca calada, nada teria acontecido. Se Bellamy não tivesse chutado a caixa que me sustentava, estaríamos todos unidos dentro desses muros de merda!—seu queixo treme com as palavras e posso jurar ver seus olhos brilharem.

—Isso é uma lágrima? John Murphy é capaz de chorar?

Suas íris se prendem a mim com ódio diante a vermelhidão do choro contido.

Eu devia ter ficado quieta.

—Amarra ele.—aponta para os cintos da nave e depois para Jasper com a ponta da arma de fogo.

—Não vou fazer isso.—protesto.

—Faz o que eu mandei!—insiste ríspido e dispara um tiro do meu lado, fazendo meu corpo gelar.

MURPHY! ABRA ISSO AGORA!—escuto Bellamy gritar ao lado de fora se chocando contra o metal da nave.

Seu ato é completamente deixado de lado como o zumbido de uma mosca.

Encaro John no fundo de seus olhos, como se buscasse algum resquício de humanidade que nos salvasse dessa situação. Sua arma sobe bruscamente até minha cabeça, mas me mantenho teimosamente imóvel. Troca então de forma lenta para o Jordan, que vacila a postura do corpo que mantinha.

—O que vai ser? A faísca ou o festeiro?—cospe as palavras.

Não posso colocar Jasper em perigo por isso.

Com relutância, me movo e retiro alguns cintos dos assentos, indo até o garoto. Olho em seus olhos não querendo seguir o comando de Murphy, mas ele assente.

Está tudo bem.—murmura e vira de costas  para mim, dando passagem para amarrar suas mãos.

Faço o que é necessário com um nó quase frouxo, o que não passa despercebido pelo outro.

—Aperta.—manda.

Encurralada, o faço.

Me viro com um olhar repulsivo.

—Os pés também.—ameaça o dedo no gatilho.

Jasper senta no chão encostado na parede. Vou até ele e lentamente amarro seus pés.

—Me perdoa.—falo com um aperto na garganta se formando. Sou incapaz de olhar para seu rosto.

Tudo parece ir por água a baixo.

Murphy nos tem sob seu comando. Nosso destino não é muito imprevisível, estamos caminhando para a morte inelutável.

Amordaça.—o outro diz dando ênfase.

Faço o que ele pede e posso sentir meu sangue esquentar.

MURPHY, DESCE A MALDITA PLATAFORMA!—Bellamy volta a insistir em um tom agressivo.

O garoto caminha até mim e amarra minhas mãos para trás com força. Me deixando em pé encostada na parede ao lado de Jasper. Revira os olhos e retira o rádio do meu bolso.

—Ou o quê? Vai me enfocar?—pergunta no equipamento com um sorriso amargo.

Se matar eles, vai desejar ter sido!

—Ótimo então.—soa indiferente e retira sua faca do bolso aproximando do meu rosto—Não disse nada quanto a cortes.

Não se atreva!—Bellamy soa firme na linha.

—Acho que sua garota vai gostar disso... Não eram vocês que estavam próximos quando doentes?—me encara—Patético.

—SE AFASTA DELA!

Desce a faca para o meu ombro.

—Vá pro inferno.—rosno.

Ele se mantém calado, olhando na direção da lâmina irregular com um rastro de hesitação, até que começa a pressionar no local lentamente não precisando de muito para me ferir. Tento ir para trás na tentativa de me afastar dele, mas a parede me impede de recuar um mísero centímetro. Cada milésimo a mais e milímetro que se aprofunda em minha pele — mesmo que ainda superficial — me faz querer gritar de dor e pedir que pare, mas não quero o entregar o gosto de meu sofrimento. Ele insiste em me olhar prosseguindo; não sei se por apreciação ou medo de se tocar sobre o que realmente está fazendo.

Infelizmente, quando não suportando mais, solto um gemido doloroso. Este, alto o suficiente para ser captado no rádio.

Murphy, para!—o Blake exclama, porém não surte efeito—Vamos fazer uma troca.

E então, ele para subitamente, como se pensasse. Ofego em desespero e agonia.

—E quer o quê?—pergunta me fitando.

Que solte os dois.—Murphy fica em silêncio aguardando o resto da proposta—Eu te deixei para morrer, todos sabem que quer a mim!

Merda, Bellamy, não!

Puxa a faca aos poucos como uma decisão fácil. O sangue começa a escorrer, me fazendo soltar o ar que estava preso em meus pulmões.

—Você tem dez segundos... Sem armas, apenas você.—John diz puxando a alavanca que desce a plataforma—Senão, eu atiro na perna da garota.—me puxa pelo braço. Tento me soltar de seu aperto, mas seus dedos seguram firme.

A plataforma já está completamente no chão depois de um tempo, mas nada, Bellamy não entra. Murphy começa a contar.

—Um! Dois! Três! [...] Nove!—inconscientemente me preparo para receber o disparo.

—Estou entrando!—o Blake avisa e posso o ver atravessando os panos que nos separam do lado de fora—Solte ela.—franze a testa encarando John.

Ele me joga até Bellamy, voltando para pegar Jasper.

—Vamos te tirar daqui. Enrole o quanto conseguir.—sussurro temerosa.

—Fale com a Raven.—diz somente, no mesmo tom.

Em instantes, Jasper já está do meu lado, com os pés desatados para poder andar.

—Vão.

Concordo com a cabeça lentamente e saio junto ao Jordan. Do lado de fora, tudo que posso ver é uma multidão furiosa, junto com Octavia e Raven aflitas à frente dos outros.

A Blake corre até mim quando sigo em sua direção, me abraçando e ajudando a me soltar. Enquanto isso, Raven vai até Jasper, desamarrando-o também.

Olho para trás e a plataforma se ergue com lentidão.

—Seu ombro...—Oc diz preocupada olhando o sangue escorrer do ferimento.

—Não foi fundo, não se preocupe.—tampo com a mão.

Ando até Raven lembrando do que Bellamy pediu.

—Raven, nós precisamos de um plano.

—Eu já tenho um e preciso que você fique aqui.—fala e sai em disparada à parte detrás da nave.

O tempo passa e nada acontece.

Tudo que se pode ouvir são tons elevados; estão em uma discussão, e o fato de estarmos todos aqui parados feito idiotas sem fazer nada me deixa mais tensa e impaciente.

O mundo parece parar quando tiros se fazem audíveis.

Não!—digo com a voz num fio querendo avançar sobre a nave.

—BELLAMY!—Octavia entra em choque, esmurrando o metal do lado de fora.

Sem aviso prévio, a plataforma começa a descer.

Quando se encontra com o chão, não espero um segundo a mais e entro correndo, atravesso os panos e a cena que eu vejo me faz travar a respiração.

Bellamy está suspenso pelo pescoço com uma corda feita dos cintos da nave. Imóvel. Me apresso até a trava de um deles e a solto, enquanto isso, Jasper e Miller seguram o resto do corpo do Blake para que não caia. Quando já está no chão, me aproximo de seu corpo junto de Octavia, me abaixando ao lado e afrouxando o cinto que envolve seu pescoço. Só consigo soltar o ar quando vejo que ele respira com dificuldade.

O moreno recupera a consciência em poucos segundos, com confusão estampada no rosto.

Murphy!—cicia fraco ainda no chão.

Vasculho ao redor procurando por ele, mas o imbecil não está aqui. Saio do lado de Bellamy e vou até o único lugar em que ele pode estar escondido.

Piso superior.

—ABRE A MERDA DA ESCOTILHA!—grito batendo na mesma quando percebo que está trancada.

Continuo batendo e fazendo força para abrir, mas uma explosão acontece e abala toda a estrutura.

—Filho da puta!—dito furiosa e consigo abrir a passagem.

Termino de subir e tudo que posso ver é um buraco enorme na parede. Explodiu nosso último balde de pólvora... Me aproximo do buraco e percebo que Bellamy aparece atrás de mim. Olho para o lado de fora e consigo ver John correndo para o meio das árvores, mas antes se vira nos lançando um sorriso vitorioso.

—Vamos atrás dele?—indago o perdendo de vista.

Esperando uma resposta positiva, dou meia volta até a escada.

—Não.—responde segurando meu pulso antes que eu me afaste—Os terrestres farão nosso trabalho.

—Ótimo, ele quase nos mata e ainda consegue fugir.—rio sem humor e me viro para descer a escada de qualquer forma.

—Ele não aparecerá mais por aqui.—se vira na minha direção—Vamos atrás de Clarke, Monty e Finn.

E então, eu paro o que estou fazendo para encara-lo.

O que mudou?

Chacoalho a cabeça voltando à realidade e desço de uma vez. Quando chego no piso, procuro por Octavia no meio dos delinquentes.

—OC!—grito ao lado de fora.

Corro meu olhar por mais algumas pessoas, mas meu olhar para no portão sem reação.

_______________________________
Revisado!

—Anna ♡

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