Aliança(DISPONÍVEL até 19/02)

De MnicaCristina140

78.7K 10.3K 1.2K

Jane Lincoln perdeu os pais quando tinha apenas 14 anos, sentindo se responsável por sua irmã caçula, um bebê... Mais

Capítulo 1
Capítulo 3
Capítulo 4

Capítulo 2

21.8K 2.7K 428
De MnicaCristina140


Feliz aniversário Sara sua linda!!! MUITO AMOR e muitos sonhos em sua vida. Seja muito feliz. Parabéns!!!

Lyh, minha linda, amigaaaaaaaaaa FELIZ ANIVERSÁRIO, cheio de muita gratidão, Obrigada pelo carinho que sempre teve comigo, pela dedicação, que seu ano seja repleto de amor, que todos os seus sonhos se realizem, todo amor do mundo, hoje e sempre PARABÉNS!!!

Adriana, LINDAA, parabéns, seja muito feliz, que você possa se cercar de amor e riso, boa sorte sempreeeeee Feliz aniversário!!!! 

FELIZ ANO NOVO PARA TODAS NÓS! UM ANO REPLETO DE BOA SORTE E SONHOS REALIZADOS, MUITAS HISTÓRIAS TAMBÉM!!!!


    Thomas

O carro desvia de um pedestre que atravessa a avenida com seu cachorro, ergo meus olhos dos documentos fazendo uma careta, o que leva um homem de meia idade, bem-sucedido a andar pelas ruas preocupado em exercitar um cachorro? Nem quando menino tive paciência para animais de estimação. Talvez porque não tenha gasto muito tempo sendo um menino. O colégio interno tomava todo meu tempo e os estudos sempre me exigiam muito para querer me dedicar a um animal nas férias.

— Desculpe, senhor Branson, o homem atravessou sem aviso, não tive escolha.

— Está tudo bem, Morgan. – Morgan está comigo há quinze anos, deve ser meu funcionário de maior confiança. Sempre discreto e impecável, foi motorista dos meus pais e chegou a trabalhar também com meu avô, mas por dois anos apenas.

O carro finalmente toma a avenida Bishops e guardo os papeis enquanto Morgan toma a esquerda imbicando diante dos portões, eles se abrem lentos e suspiro cansado.

A alameda principal que leva à entrada da casa é ladeada por extensos jardins muito bem cuidados por um paisagista que coordena dois jardineiros, odeio ter que me preocupar com coisas mínimas como decidir se é tempo de chamá-lo ou não para cuidar dos jardins.

Com um quadro de dez funcionários, a mansão devia funcionar sozinha, mas não funciona e me incomodam como todo tipo de coisas efêmeras.

Morgan salta do carro quase ao mesmo tempo em que desliga o motor e se apressa em me abrir a porta.

— Pode se recolher, Morgan, não tenho planos de sair hoje.

—Obrigado, senhor Branson, até amanhã, tenha uma boa noite. – Aceno com preguiça de tantas despedidas, vamos no ver amanhã as oito em ponto. É como acontece todas as manhãs.

Ando até a porta principal, ela se abre feito mágica, a senhora Patel me recebe silenciosa enfiada no uniforme que usa desde antes do meu nascimento. A perfeita e impecável rotina da mansão Comberland.

— Boa tarde. – Resmungo desanimado com tantas convenções irritantes.

— Boa tarde, senhor.

— Estou em meu escritório. – Aviso atravessando o salão e seguindo pelo corredor em direção às portas duplas que levam para meu lugar preferido da casa.

A mesa de carvalho e as estantes são de 1910, quando a casa foi construída, o mármore veio da Itália, especialmente para compor a mansão e está até hoje em todos os detalhes da casa.

Deixo a pasta sobre a cadeira e abro as grandes portas que levam para o jardim privado com um espelho d'agua que reflete o céu do entardecer. Pássaros e borboletas brincam no jardim agitadas com a aproximação da noite. Não que eu seja o tipo que gaste tempo contemplando a natureza, ela normalmente me causa apatia e desanimo, mas hoje parece me convidar para uma leve reflexão.

Foi um longo dia de trabalho, um exaustivo dia de tomada de decisões importantes. Herdar o título e o dinheiro nunca foi discutido, foi para isso que fui criado, preparado desde o nascimento para herdar a honraria de ser um conde e cuidar das finanças da família.

Filho único de uma família pequena, alguns primos distantes, vivendo suas vidas e meus pais mortos um depois do outro em pouco menos de um ano.

O tipo de amor que não posso negar que exista, mas que não aceito vivenciar de modo algum. Quando minha mãe ficou doente eu o vi definhar com ela, não viveu mais do que quatro meses sem ela, um amor cheio de dependência que nunca compreendi.

Ele se retirou dos negócios assim que ela adoeceu e não tive tempo de escolher nada se não assumir tudo. Vinte e nove anos e toda a responsabilidade de um pequeno império e um titulo que sempre foi tão significativo para eles.

Fiz um juramento ao meu pai, Thomas Branson o conde de Comberland continuaria a ser sinônimo de honra e respeito na sociedade Britânica e isso inclui tantas e pequenas convenções e tantas e irritantes renúncias.

Casar é uma delas, aos trinta e um anos, parece que fica urgente a necessidade de me unir a uma mulher em casamento e as fofocas sobre uma futura condessa de Comberland já circula aos sussurros pelas pequenas rodas de conversa. Estranhamente isso influencia também meus negócios, é preciso ganhar de novo a confiança do mercado financeiro que meu pai teve e antes dele meu avô e todos os Bransons ao longo do século.

O mercado não confia em um solteiro e rico homem de trinta e poucos anos, isso é fato e já começa a ter efeitos em minha vida.

Aceito o calvário, fiz uma promessa a meu pai e vou cumprir, mas não tenho planos de vivenciar qualquer coisa que se pareça com a prisão que foi o amor que meus pais dividiram, não tenho planos de me casar com alguém do meu circulo de relação, de modo algum quero a sociedade local discutindo sobre como as coisas funcionam dentro dos muros de Comberland.

Uma jovem e rica americana com bom nome será o ideal, é útil de tantos modos que não consigo pensar em outra situação. Distante o bastante dessa sociedade com suas madames casadouras que disputam a chance de me conquistar sem modos e descaradas. É quase como mergulhar no século dezenove, constrangedor.

Com uma americana, a barreira do idioma não existiria, vantagem certamente. Uma união entre um Branson e algum nome importante americano deixaria o mercado animado, para os negócios seria sinônimo de expansão, sem dúvidas.

Charlotte Thompson até pareceu boa ideia a princípio, mas depois de sua recusa eu me dei conta que seria um grande erro, era uma jovem bonita e bem educada, mas também uma mulher contemporânea, independente e que não aceitaria viver sob o julgo dessa pequena e conservadora sociedade.

Felizmente descobri á tempo que o casamento jamais passou por sua cabeça, o tempo todo foram seus pais a negociarem a união. Vergonhoso da parte deles, uma ofensa a ela e a mim. Jamais tive interesse em um casamento forçado, é um bom negócio, apenas isso e como todo bom negócio, precisa agradar as duas partes.

Relações cortadas com os Thompsons, vida seguindo em frente. O novo contrato está nas mãos do Gregori que voa nesse momento para os Estados Unidos para acertar tudo com Jane Lincoln.

Estou convicto da minha decisão, ela parece ser uma moça educada nos mesmos termos que eu, ao menos é o que Margareth Lincoln garante. Talvez eu devesse ter ido pessoalmente conhece-la, mas com todo o trabalho acumulado e a impossibilidade de deixar os negócios, viajar estava fora de cogitação e o plano de me casar em seis semanas só pode ser realizado se o contrato for assinado logo.

Pelas fotos Jane parece uma jovem bonita, as fotos não dizem muito, é claro, até a achei um tanto desinteressante, não que isso fosse fazer muita diferença, pelos termos do contrato, só precisamos ser razoáveis um com o outro e em uma casa com 14 suítes não vejo como a convivência possa se tornar um problema.

Claro que se ela for uma pessoa agradável será muito mais fácil cumprir os compromissos sociais, mas se não for, eu suporto, tanto que suporto de compromissos desagradáveis, não há de ser nada impossível.

Deixo o jardim de volta para meu escritório, me acomodo atrás da minha mesa e meu celular toca, poucas pessoas tem esse número privado, os Pratt, a senhora Patel, Gregori que é meu advogado e não poderia deixar de ter esse número, minha secretária e eu tive a infeliz ideia de passar também para Margareth Lincoln que definitivamente não entende o conceito de distancia respeitosa.

— Alô?

— Conde Branson. Como vai? – Deve ter uma meia dúzia de bajuladores que me chama assim, ela está na lista.

— Muito bem, senhora Lincoln.

— Conde, não tem necessidade de manter tanta formalidade, vamos nos tornar parentes em breve.

— Gregori está à caminho para que sua sobrinha assine ao contrato. Espero que seus advogados estejam de acordo com tudo e assim amanhã mesmo fica tudo resolvido.

— Ah, eu vou cuidar disso pessoalmente. – Ela me garante.

— Espero que Jane esteja satisfeita com os termos. – Aviso a ela, afinal é ela que tem que estar ciente de todo contrato e disposta a assinar.

Um longo silêncio, se ela não fala, eu que não vou gastar tempo buscando assuntos, por mim, já poderia colocar fim a ligação.

— Ah, claro, eu... eu estive pensando sobre como seria na possibilidade... bem, Conde Branson, pode acontecer de terem filhos...

— Não está no contrato, Margareth, vai poder ler e notar que é como eu disse, um casamento conveniente para todos, mas sem as relações pessoais. Não tem qualquer relação emocional, é um bom negócio.

—Sim, eu tenho certeza que sim, não estou duvidando de sua integridade, mas vão dividir a casa e o tempo pode mudar as coisas e nesse caso, a criança teria as garantias de herdeiro, não é mesmo? – Margareth não esconde muito bem suas ambições e não me importo, mas não sou nenhum tolo para me render a elas.

— Risque de seus planos essa possibilidade, Margareth.

— Compreendo, tem apenas mais uma questão, é que... não me entenda mal, querido, Jane está bastante disposta a cumprir com o contrato, mas ela tem 24 anos e você 31, são jovens. A inconstância da juventude sempre pode criar... pequenas mudanças e estive pensando, quem sabe colocamos uma cláusula acertando os termos financeiros de um possível divórcio, pensei em dez milhões por cada ano de casamento.

— Senhora Lincoln eu não tenho certeza se sabe que tipo de acordo estamos fazendo, ou talvez não tenha entendido com clareza com que tipo de pessoa está negociando, este não é um contrato que se possa quebrar, não há possibilidade de um divórcio e se houvesse, então eu não daria nenhum centavo ou seria um grande tolo. Jane passa um ano vivendo em minha casa, frequentando festas, recebendo e sendo recebida pela mais alta classe de Londres e volta para seu país um ano depois levando dez milhões? Esse jogo de sorte deve funcionar em loterias, mas não comigo.

— Conde eu...

— Talvez tenha se inspirado nesses contratos de casamento das estrelas de Hollywood, mas estamos longe disso, o conde de Comberland não se divorcia, isso é tudo.

— Claro, vou ler com atenção seu contrato, conversar com seu advogado e então expor tudo com cuidado a Jane.

— Gregori tem orientações claras para não tratar de nada que não seja na presença da própria Jane. É com ela meu acordo, sei que tem cuidado de tudo em nome dela, acho importante que ela tenha uma tia tão disposta a apoia-la, mas quero ter certeza que ela sabe o que está fazendo e está disposta a fazê-lo.

—Oh, eu pensei... bem, eu posso... é claro, é assim que vai ser, agora acho que é um homem ocupado, nos vemos no casamento. Tenho total certeza que todos os termos estarão de acordo com nossa expectativa.

— Uma boa noite, senhora Lincoln.

Deixo o telefone sobre a mesa e me encosto na cadeira pensando que os Lincolns não são nada tolos.

A senhora Patel bate levemente antes de empurrar a porta com cuidado, já me pediu para encontrar outra pessoa e eu a fiz prometer que quando a esposa chegar, ela pode finalmente descansar, sinto que ela está sendo generosa em ficar mais tempo, aos mais de setenta anos, ela tem todo direito de desejar parar de trabalhar.

—Entre senhora Patel, estava resolvendo as questões do meu casamento, mais seis semanas e vai poder descansar.

—Obrigada, senhor. Os Pratt estão chegando, vou servir os drinks na sala íntima.

— Ah! Muito obrigado, vou recebê-los, sirva o jantar as oito horas.

Ela meneia a cabeça e deixa minha sala, eu desfaço o nó da gravata e deixo o escritório.

Colin e Harriet são meus únicos amigos, Colin e eu estudamos juntos no colégio interno, seus pais são ótimas pessoas e os melhores amigos que os meus puderam ter nos dias ruins da doença de minha mãe, sem os Pratt, passar pela doença e as duas mortes que enfrente há pouco mais de um ano teria sido impossível.

A senhora Patel abre a porta e Harriet é a primeira a entrar já sorrindo, Colin a segue desfazendo o nó da gravata, meus velhos amigos moram no fim da rua, as vezes os dois caminham até aqui, mas é sempre por escolha de Harriet, Colin detesta caminhadas.

— Viu que seu jardim de lírios está florescendo? – Harriet avisa beijando meu rosto. Aperto a mão de Colin em seguida.

— Eu não sabia que tinha um jardim de lírios. – Colin ri revirando os olhos.

— Nós temos um jardim de orquídeas. Descobri essa semana.

— Não temos, Thomas, o Colin não entende nada, o que temos é uma estufa com as mais lindas orquídeas que existem.

— Fica logo depois da quadra de tênis, eu acho que nem na infância tinha ido tão longe, você se lembra daquela construção? – Ele me questiona e balanço a cabeça negando.

— Vamos tomar um drink e reavivar a memória. – Convido enquanto seguimos os três para a sala onde costumo receber amigos. Honestamente, onde recebo os Pratt, não tem nada além deles em meu circulo de amizade sincera, talvez Marianne, mas ela é irmã do Colin e eu sempre soube que suas intenções vão além de uma amizade simples.

— Eu estava alucinada pelo drink que a senhora patel prepara. Se ela não fosse tão idosa eu a aconselharia a trabalhar em um bar, ela faria muito sucesso. – Colin entra na sala já pegando seu drink sobre a mesa de centro, a senhora Patel sabe exatamente o que eles bebem.

— O meu seu álcool, açúcar, vida! – Harriet faz careta depois de suspirar e pegar seu copo.

—Diga a minha linda esposa que ela é perfeita e não precisa emagrecer.

—Está ótima, Harriet. – Concordo com Colin.

— Ainda bem que não pedi a opinião de nenhum dos dois. – Ela rebate com sua velha honestidade, se acomoda em uma poltrona e me sento ao lado de Colin no sofá. Pego meu uísque e levo aos lábios, um gole e pareço de novo um homem jovem e livre. – Isso sim é triste. Uísque é tão os velhos Bransons. Tome algo mais engraçado, colorido, você pensa que é o seu avô.

— Se disser que não pedi sua opinião vai parecer grosseiro? – Digo a Harriet que balança a cabeça afirmando. – Então só fica natural em você?

—Exatamente, por que eu sou uma garota sem papas na língua e posso dizer o que quiser. Inclusive vim aqui fazer isso.

— Colin, ela é sua esposa, você deve ter algum modo de contê-la.

—Não tenho, até porque eu meio que concordo com ela sobre isso.

—Sabia que não era uma simples visita de cortesia.

— Não somos cortezes. – Harriet me lembra. – Não com você.

—Ótimo, então me deixe terminar meu drink sem graça antes de ter que ouvir sua opinião não solicitada sobre a minha vida privada.

—Fique à vontade. Enquanto isso podemos falar do tempo, ou do seu jardim de lírios.

—Ok, Harriet, me convenceu, vá direto ao ponto. – Já sei o que veio dizer, mas nem mesmo meus melhores amigos podem me convencer a desistir. Estou determinado e não tem chance de mudar de ideia.

— Eu e o Colin conversamos sobre suas escolhas e achamos que está prestes a cometer uma insanidade.

— Bem perto se é sobre o casamento, Gregori voou para o Kansas.

— No caso dessa moça ser insuportável, como vai ser? – Harriet insiste.

— Não temos que nos preocupar com situações inexistentes, se isso, se aquilo.... o tempo é o único que pode responder.

— Minha irmã vai ficar desolada. – Colin brinca. – Serão o fim de suas esperanças.

—Colin, você sabe que nunca alimentei os sonhos de casamento da sua irmã, isso é coisa da cabeça dela.

— Todos nós sabemos, eu nem consigo imagina-los juntos, vocês não tem nada em comum, mas a minha irmã é teimosa e quando coloca uma coisa na cabeça. Sabe que ela sonha em ser a condessa, já pensa nas festas e no prestigio.

—Como se pertencer a sua família não dessa a ela tudo isso. Estamos em condições semelhantes, ela sabe disso.

— Condessa é realmente algo que a encanta.

— Harriet, minha mãe tinha verdadeiro horror ao titulo, aliás, meu contava que teve que lutar muito por ela para convence-la a se casar com ele, porque ela achava que seria como uma princesa. – Todos nós rimos da lembrança. – Mamãe tinha certeza que teria que andar pelas ruas em carro aberto com uma coroa na cabeça e acenando.

— Entendeu errado, achou que estava namorando o Príncipe Charlie. – Colin brinca.

— Ela realmente acreditava nisso, mas vamos dar um desconto, minha mãe veio de fora, ela não tinha costume de conviver com esses títulos todos.

— Foi a condessa mais linda, gentil e especial que já vimos, nasceu para a realeza, recebia como uma rainha. – Sinto saudade dela, meu coração se aperta um pouco.

— Acho que prefiro voltar a falar sobre como eu sou um idiota por me casar em um contrato de casamento. – O casal troca um olhar desanimado.

— Ao menos pegue um avião e vá conhecer a futura esposa antes de se meter em uma maluquice dessas.

— Eu estou bastante decidido, conhece-la não muda nada. Jane Lincoln será minha esposa e vocês vão estar lá ao meu lado, para me ajudar com toda essa palhaçada de casamento.

—Pobre Jane! – Harriet reclama.

—Já imaginou que pode gostar muito dele e vocês podem ser amigas para sempre? Vai ser bem fofo. – Harriet me lança um desses seus olhares de reprovação que normalmente Colin recebe.

— Está encrencado, amigo. – Ele também percebe.

— Não sei se posso ser amiga de alguém que escolhe esse caminho. – Eu ergo uma sobrancelha. – É sério, um contrato de casamento?

— Vai deixar se ser minha amiga também?

— Não. Você é alguém sem alma, um coração gelado, não esperava menos. – Harriet brinca com seu fundo de verdade. – Já uma garota, bem se espera que seja amor, não é? Amor a guiar seus passos, como eu e o Colin, inclusive, Thomas, acho que é isso que merecia, um amor como o dos seus pais, ou o meu e o do Colin.

Colin deixa seu lugar para ir beijar a esposa, depois retorna para o sofá, eu suspiro.

—Pois é justamente disso que quero distancia. Vou me casar e resolver meus problemas, depois é só administrar.

— Quanto cinismo. – Colin provoca. – Meu amor, diga a ele como é bom ser amada e amar.

— É sério? Vieram em busca de me provocar?

—Não. Pare de choramingar senhor conde de Comberland. Viemos comer e beber em boa companhia. Amanhã venho jogar tênis antes do café da manhã. – Colin me avisa. – Harriet tem que trabalhar.

— Ah, só nesse caso é que viro um bom adversário no tênis?

— É, eu prefiro perder para ela do que para você. – Colin é um péssimo jogador e eu e Harriet sempre concordamos sobre isso.

— Mais um drink antes do jantar? Temos vinte minutos.

— Tudo cronometrado. – Harriet brinca. – Quero a senhora Patel para mim. A mãe do Colin me considera a pior madame que Londres já viu. Ela está sempre querendo saber onde o Colin foi me encontrar.

— E você sempre anunciando que foi nos bancos de Cambridge. – Eu me lembro e ela faz uma mesura.

—Não vivi aqueles anos de terror da universidade para terminar sorrindo para idosas mimadas feito bebês e seus pets.

— Admita que amaria mimar os pets, vocês tem cinco cachorros. – Colin aplaude me dando ponto.

— Cães livres, que correm pelo jardim e escondem ossos, cães vestidos apenas com os pelos do próprio corpo e sem joias. – Harriet se defende.

—Já imaginou se Jane for uma dessas apaixonadas por cãezinhos que vai trazer um desses que usam diamantes no pescoço? Por favor, Deus, faça acontecer.

—Quem precisa de inimigos quando tem vocês dois como amigos? – Reclamo do casal que ri sem qualquer piedade da ideia macabra de Colin. – Vamos jantar, assim essa noite entre amigos acaba logo.

— Você recebe sempre tão bem! – Colin deixa o copo sobre a mesa e fica de pé. – O que vamos jantar?

—Seu prato preferido, peixe com castanhas. – Aviso sabendo que são as duas coisas de que ele mais é alérgico no mundo.

(#BoaNoite)

Gostaram? Sábado vamos conhecer Jane e descobrir quem ela é. Espero vocês. BJSSSS 

Continue lendo

Você também vai gostar

2.1M 163K 45
Strix é uma escola de submissas onde mafiosos investem para terem as suas. Emma foi criada na Strix e ensinada para se tornar uma, mas a garota não é...
161K 14.2K 35
Amberly corre atrás dos seus sonhos em outro país deixando o passado pra atrás e ainda frustada com o término e a traição do ex que ficou no Brasil...
19.2K 923 20
A vida de Anastacia nunca será a mesma depois que sua mãe a obriga a mora em um convento na parte rural de sua cidade. Ana sempre foi uma garota...
396K 28.5K 85
ISADORA BENNETT uma brasileira que desde criança amava assistir aos jogos do Barcelona com seu pai e que cresceu ouvindo que quando fosse maior de id...