Você quer brincar? (Sim ou nã...

By SintiaAlencar

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Lauren Kurt é uma jovem jornalista de 28 anos, mora em Seattle e esta em busca da matéria que irá fazer sua c... More

Capítulo 1
Capítulo 2
capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18

Capítulo 11

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By SintiaAlencar

Damien..

Eu estava certo, no momento em que Lauren cedeu, eu me perdi nela, eu nunca tinha tido uma noite tão intensa, como a de ontem, pela primeira vez tive vontade de experimentar todos os brinquedos daquela caixa, apenas com ela, sinto que ela não apenas amou, como também estava disposta a tudo.
O corpo de Lauren, respondeu a tudo de maneira tão explosiva, que em alguns momentos tive que me controlar ou gozaria apenas a observando.
Prazer, acredito, que ontem foi a definição perfeita do que tivemos juntos, uma conexão que eu nunca tive com nenhuma das mulheres anteriores, é por isso que agora estou assustado pra caramba, deveria ser simples, foi espetacular, para ambos.
Quando acordei hoje ela já tinha ido embora, pelo menos o momento após o sexo, foi evitado ao acordar, mas hoje ainda era sexta-feira, portanto, eu teria que ir ao jornal e em algum momento, a gente se encontraria.
Lembranças de uma Lauren algemada, enquanto eu cobria seu corpo com óleo de massagem, faz com que meu amigo desperte. Pulo rápido da cama e paro quando olho a caixa aberta, ainda havia tanto ali para experimentar com ela, aposto que ela deixaria.
Depois de um banho demorado, me arrumo e desço, amanhã o dia seria corrido para mim, a noite muito mais, era dia do Evento Vip e eu tinha que está presente, lembraria Nicole a hora em que passaria para, pega-la.
Como ainda estou sem empregada, saio em busca do meu café da manhã na cafeteria.
Depois que chego ao jornal ainda não vejo Lauren em nenhum lugar, subo para minha sala e tento focar nos próximos, trabalhos, como estou imerso no trabalho não percebo como a minha caixa de Email, esta cheia.
Começo a abrir um por um examinando, claro que sãos possíveis encontros, analiso e vejo mulheres muito interessantes, mas nem uma me lembra Lauren. Paro de examinar as candidatas, não estou com ânimo ou entusiasmo para jogar com nenhuma, porque toda vez que leio a lista, me pego comparando-as com Lauren, isso não era normal para mim, meus pensamentos estavam bagunçados.
Deixo de lado e volto a focar, examinando as matérias do dia, fico assim por um tempo até meu celular tocar.

— Oi! Eu não sei, estou trabalhando, você sabe disso, não estou evitando ninguém, vocês precisam parar de encher minha paciência, eu sei, tudo que faço é por vocês também, Jenny, eu sei que o papai, precisa de atenção, mas você e a May tem que parar de trata-lo como uma criança, e mais precisam parar de achar, que sou eu, que tenho que ficar sempre me preocupando com ele, eu sou filho também e não é porque assumi os negócios da família, que também assumi o papel de pai, eu sei, mas ele precisa se lembrar que somos seus filhos, mas isso não vai funcionar, se apenas eu, estiver fazendo a minha parte.

As minhas irmãs nunca entenderiam o quanto era difícil para eu carregar, tudo em meus ombros, eu tinha apenas 34 anos, quase 35, mas tinha que lidar com tudo incluindo minhas irmãs, me ligando de tempo em tempo para me lembrar, que eu tinha que voltar para o Natal na Noruega, e tudo isso era para não chatear nosso pai, que mesmo depois de anos ainda estava deprimido pela perda de nossa mãe. Era nossa mãe caramba, a gente também estava presente e sentiu toda a dor, eu mesmo fiquei por dias, tentando consolar meu pai, revesando entre ele e minhas irmãs, tem noção do que foi tudo isso para um garoto de apenas 17 anos, eu vi meus colegas de escola se formarem, entrarem para time de futebol, vi eles aparecem de ressaca no outro dia, porque tinham aproveitado seu final de semana como todo adolescente aos 17 anos, enquanto eu, precisava ficar em casa para ter certeza que minhas irmãs comeriam, para vigiar meu pai, sim, porque meu pai, adquiriu um vício por bebida nada agradável, e eu quase o segui por um tempo, eu não estava feliz e totalmente esgotado, então eu pensei, se meu pai consegue também posso. Acontece, que a primeira coisa que vinha em minha mente era minhas duas irmãs, em algum lar, desses adotivos, assustadas e sem nada ou ninguém para, protege-las.

Foi quando decidi, largar tudo, das minhas escolhas e vida, foi por isso, que criei a página, eu podia ter um relacionamento de apenas uma noite, sem nenhum envolvimento, não enganaria ninguém com falsas promessas. Quando eu conheci Nicole, eu acreditei que pudesse parar tudo e começar um relacionamento de verdade, mas os meus excessos de trabalhos e muitas idas, e vindas de lugares, acabaram nos distanciando, foi quando ela chegou e me disse que nunca funcionaria de verdade, que, o que tínhamos, era apenas encontros de dois amigos, que ficavam por um tempo sem se ver e quando conseguiam se reencontrar, colocávamos o papo em dia, foi assim que acabamos nessa de toda vez, que tinha uma festa ou evento importante ela estava sempre ao meu lado.

— Jenny, quando der eu aviso, agora eu preciso trabalhar.

Desligo o celular, já sentindo a pressão e o cansaço que fazia anos, que eu não sentia. Às vezes eu tento entender de verdade, meu pai era um homem forte e todo elegante, Dominic Bjorn era respeitado pela sociedade, não se falava em sucesso na Noruega, sem citar o nome de meu pai, ele e minha mãe se conheceram numa viagem, sim era uma viagem de negócios e minha mãe era a secretária de seu novo sócio, foi amor a primeira vista, ouvi essa história por anos, minha mãe, era uma mulher linda, doce e encantou meu pai rapidamente, os dois começaram um namoro, e logo meu pai estava pedindo ela em casamento, às vezes, eu acho, que foi tudo no tempo certo, foram anos de felicidade e eu como seu filho, mais velho pude ver e aproveitar a felicidade dos dois por mais tempo. As, coisa se complicaram quando minha mãe começou a sentir fraqueza e tinha dias que passava a maior parte do tempo na cama, ela só levantava, quando meu pai estava perto de chegar do serviço, sei, que ela fazia tudo isso para não preocupa-lo, mas a verdade, era que enquanto isso a doença se alastrava dentro dela, quando não foi mais possível esconder, já era tarde demais, eu vi minha mãe se enfraquecer em poucas semanas, sua pele pálida e frágil e eu não conseguia mais ouvir o som da sua voz, aquela voz doce que cantou por anos, para mim.

Quando chegou o dia, meu pai parecia um zumbi, parecia que sua alma tinha fugido do seu corpo, não falava, não piscava e se trancava por horas no escritório, eu tive que ver minhas irmãs, chorarem encolhidas ao lado da porta, enquanto ele quebrava tudo lá dentro, os dias foram se passando, as contas se acumulando, eu dizia para mim mesmo, que ele precisava de tempo, mas quando estávamos prestes a perder a casa, eu me irritei e gritei com ele, não adiantou nada, meu pai não se importava com nada e ninguém, foi ali que eu descobri, que ele havia se enterrado com nossa mãe e se eu não cuidasse de minhas irmãs, estaríamos todos perdidos. Foi nesse dia em diante que renunciei a qualquer possibilidade de relacionamento, de me entregar nessa armadilha que é o amor. Foi a partir desse momento, que descobri que o amor é um jogo e você é um pião, se não ficar esperto, ele te atropela.

**********************************

Sim, meu resto do dia, foi de pura irritação e quando recebi uma mensagem de Lauren, foi como se minha consciência me alertasse, ela queria saber se havia possibilidade de revisar a matéria hoje, mas, no fundo, eu sabia que ela queria mais, mas esse, era o meu jogo, portanto as regras não mudaram, uma noite e nada mais, era tudo que eu podia oferecer.

Respondo direto e seco.

"Oi! Eu queria perguntar, se podemos revisar a matéria hoje?"

Lauren

"Hoje, estou ocupado"

Damien.

Claro que funciona, não recebo mais nenhuma mensagem, mas o que deveria me deixar contente, acaba me irritando mais.

Quando o dia se dar por encerrado, vou para o estacionamento e entro em meu carro, dou partida e saio sem olhar para trás, eu tinha duas opções, beber muito ou academia, como meu histórico com bebidas não, era bom, eu tinha que recorrer ao Kickboxer.

Nunca suei tanto na vida, eu sentia meu sangue queimar, mas a raiva e a agitação do dia, ainda estava toda lá, eu não queria bancar o fraco como meu pai e apelar para o álcool, eu precisava ser forte e me lembrar que beber não era uma solução, apenas uma, passo para o abismo.

Tomo banho e procuro algo para comer, como sou desprovido de uma empregada, preciso pedir minha própria comida, é o que faço, me jogo no sofá e fico aguardando, a campainha toca eu corro para abrir, mas para minha surpresa encontro uma Lauren, mas não é a Lauren, que estou acostumado, consigo ver que ela esta alterada, e consigo saber porque, eu conheço todos os sintomas de alguém, que exagerou no álcool.

— Lauren, o que você tá fazendo aqui?

— Por que, ainda esta, ocupado, com sua amiguinha?

— Você bebeu?

Ela solta uma risada, alterada.

— Uau, como o senhor Bjorn, é esperto.

— Eu já disse, para não beber, Lauren.

Pego ela pelo braço e a puxo para dentro.

— Vem, você precisa de um banho para curar essa bebedeira.

Ela puxa seu braço.

— Puft, vo..cê...é tão mandão.

— Lauren, por favor, não teste minha paciência, não estou em um bom dia.

Ela solta, outra risada.

— A brincadeira, não foi divertida?

— Do que, você tá falando?

— Você me disse, que estaria ocupado, foi por isso que me dispensou.

— Por que, você acha, que eu teria outra mulher aqui, hoje?

— Não é óbvio, você faz isso sempre.

— Não, no meu apartamento.

— Papo furado, ontem você fez o quê?

Fecho os olhos, tentando controlar minha irritação.

— Você sabe, que não joguei com você Lauren, aquilo foi espontâneo.

— Até parece.

— Por que, você bebeu?

Encaro ela, com total desaprovação.

— Porque senti vontade, tem algum problema?

— Por que, esta aqui?

— Isso, eu não sei.

— Você não devia beber assim Lauren, é perigoso.

— Desculpe, eu só me senti só, e sei lá.

— Cadê sua amiga?

— Não sei, não dormiu em casa e hoje saiu cedo e até agora não voltou.

— Vem, vou tentar fazer um café.

Ela me olha e abre um sorrisinho.

— Você sabe fazer café?

— Por incrível, que pareça, eu cuidei de duas irmãs, e sim eu sei me virar, quando quero e preciso é claro.

— Ai, que fofinho.

— Vem você esta, mesmo precisando de algo forte, para curar essa bebedeira.

Deixo ela no sofá e caminho até a cozinha, essa com toda certeza, seria a primeira vez que eu faria algo naquela cozinha e tudo tinha a ver com Lauren.

Depois que consigo fazer finalmente o café volto para sala e a encontro deitada no sofá, fico observando seu lindo rosto, parece tão tranquila, mas não aprovo esse tipo de comportamento, eu já tive que cuidar de meu pai assim, muitas vezes e a lembrança me embrulha o estômago, ela geme e sussurra algo.

"Eu gosto de você, sabia, eu não queria, mas eu gosto"

Franzo a testa, tentando entender do que ela esta falando, me agacho para ficar a sua altura.

— Lauren, acorda, você precisa tomar o café.

Ela geme de novo e abre os olhos, abre um sorriso e estica a mão passando em meu rosto, seu toque é como uma corrente, atravessa meu corpo, me causando choque por todo o corpo.

— Você é tão lindo...

Abro um sorriso, porque apesar de estar bêbada ela é linda.

— Toma o café.

— Por que, você não quer brincar?

— Lauren, você tá bêbada, agora beba o café.

Ela faz bico e pronto, minha consciência quase se perde.

— Vem, senta, você precisa mesmo desse café.

Ela se ajeita e toma a primeira golada de café, sua cara se retorce toda.

— Isso, tá muito amargo.

— Eu sei, vai ajudar, a curar mais rápido.

Ela continua tomando e eu não consigo segurar o riso, de alguma maneira a vinda de Lauren, mesmo assim acabou ajudando a aliviar toda aquela tensão, que estava em mim, agora estou até rindo das caretas, que ela faz a cada gole de café, é até fofo.

— Desculpe, por isso.

Ela diz, baixinho.

— Tudo bem, eu não queria admitir, mas até que foi divertido.

Ela ergue uma sobrancelha, enquanto me encara.

— Sério, sou divertida bêbada?

— Ninguém é divertido bêbado Lauren, não acho legal as pessoas recorrerem ao álcool.

— Você não gosta de beber?

— Você se lembra, de como fiquei naquele dia, quando bebi duas doses de uísque?

Ela concorda com a cabeça.

— Eu me altero fácil com a bebida, e antes de você aparecer hoje, eu passei horas lutando contra a vontade de ceder e beber.

Ela baixa a cabeça.

— Me desculpe, de verdade, eu não fazia ideia.

Me sento ao seu lado e como se eu não conseguisse mais esconder nada, começo a contar um pouco da minha vida para ela.

— Meu pai se entregou a bebida Lauren, ele fugiu e se perdeu nela para aliviar a dor, e teve um momento, que eu quase não aguentei, eu via ele beber, até cair todos os dias, ou quebrar tudo, enquanto minhas irmãs ficavam horas chorando. Eu não aguentava mais ser o adulto com 17 anos, entende, então eu pensei, se meu pai pode, eu também posso, foi quando eu percebi, que iria destruir a vida das minhas irmãs, e elas só podiam contar comigo.

Respiro fundo, as lembranças daqueles dias, ainda amargam minha alma, percebo que Lauren, está em silêncio, quando, me viro para vê-la, seus olhos estão vermelhos e as lágrimas jorram sem parar.

— Isso é horrível, Damien.

— Eu sei, mas se eu não tivesse acreditado e sacrificado parte da minha vida, hoje estaria tudo perdido.

Lauren, me olha com carinho e acaricia meu rosto, eu não sei o que acontecia, mas quando ela estava por perto, tudo parecia mais leve.

— Eu prometo, que nunca mais vou beber.

Abro um sorriso em resposta.

— Por que você bebeu, hoje?

Ela desvia o olhar e eu seguro seu rosto, trazendo de volta em minha direção.

— Eu estava chateada.

— Por quê?

— Eu pensei, que você estivesse me ignorado, porque estava com alguém.

Em partes, ela estava certa, porque eu estava mesmo fugindo da vontade incontrolável de recebê-la aqui, mas não que estivesse pensando em trazer outra mulher.


— Eu nunca faria isso Lauren, tivemos uma noite maravilhosa ontem, porque acha, que eu estaria com alguém aqui hoje?

— Sei lá, você disse que nunca ficava sem...

— Isso é verdade, mas estou muito satisfeito, por enquanto.

Ela torna a desviar o olhar e isso já estava me incomodando.

— Lauren, vai me dizer, o que esta te incomodando?

— Acredito, que não vai fazer diferença.

Abro outro sorriso.

— Quer tomar um banho, no quarto de hóspedes tem banheiro.

Sua cara se transforma em algo que eu diria que é mágoa.

— Claro, acho, que ainda to cheirando álcool.

— Fica em frente, ao meu.

Ela abre um sorriso, mas não é o sorriso que estou acostumado, ela pede licença e sobe sem olhar para trás, fico ali tentando entender, o que Lauren queria me dizer.


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