Depois do episódio do banheiro, Henry me levou para a cama sem nem mesmo nos secarmos, e fez amor comigo lindamente. Eu nunca havia me sentido daquela forma com homem nenhum.
Ele me tocava com firmeza, mas ao mesmo tempo com um cuidado que me comoveu, e involuntariamente, lágrimas escorreram pelo canto dos meus olhos.
Henry deve ter sentido o gosto quando estava beijando meu pescoço, porque ele parou de se mover e me olhou nos olhos. E aquele azul cristalino, com uma pequena manchinha marrom no olho esquerdo, parecia olhar para minha alma.
- O que houve meu anjo? Estou te machucando?
- Não, você está perfeito.
- Então, por que está chorando?
- Porque você está perfeito....
- Ohhh Julia... eu... eu...
Antes que ele dissesse algo que me deixasse mais sensível, o segurei pela nuca e o puxei até que o estava beijando apaixonadamente.
Este beijo só intensificou nossos sentimentos, e nós gozamos juntos.
Ainda dentro de mim, ele sussurrou contra minha boca.
- Como eu queria que você estivesse tomando pílula Julia. Estou louco para sentir você sem barreiras entre nós.
- Mas você disse que nem com suas namoradas você fazia sem...
- Sim, é verdade. Mas com você é diferente. Eu não sei explicar, mas sinto essa necessidade.
- Henry, você está acabando comigo falando essas coisas. Vai ser muito duro quando tiver que me afastar de você.
- Então não se afaste Julia!
- Não faça isso, pelo amor de Deus...
Eu comecei a chorar e tentar empurrá-lo de cima de mim, mas ele segurou meu rosto e me prendeu com seu peso.
- Hei....Shiiii. Calma meu anjo. Desculpe. Não vamos mais falar sobre isso, só não me empurre para longe...
- A gente tem que parar com isso Henry. Só vai piorar as coisas.
- Parar? O que você quer dizer?...
- Isso mesmo Henry. É melhor eu ir para um hotel e não nos vermos mais.
- Como é que você consegue falar uma coisa dessas, depois do que acabamos de fazer, e comigo ainda enterrado em você?
- É o melhor a se fazer Henry. Quanto mais tempo passarmos juntos, mais doloroso vai ser.
- Não Julia! Não vou aceitar isso.
Com muito esforço, consegui me desvencilhar dele e pulei da cama. Comecei a puxar minhas malas do closet e abri para procurar algo para vestir. Precisava sair dali o mais rápido possível.
Henry estava em cima de mim antes que eu pudesse por uma calcinha, e tirou a mala da minha mão jogando-a longe.
- Me deixe ir Henry!
- Não! Você não vai sair assim.
- Por favor Henry...
Ele me segurou por trás prendendo meus braços e se sentou na cama comigo em seu colo.
- Você não vai sair nervosa desse jeito Julia.
- Você não pode me prender aqui Henry. Me larga...
Comecei a me debater tentando me soltar, mas ele era muito forte.
- Pare com isso Julia, eu não quero te machucar!
- Você já me machucou Henry...
Eu gritei e ele me soltou instantaneamente, e se desesperou enquanto eu me afastava dele.
- Anjo...e-eu... sinto muito... Não medi minha força... Me perdoe, por favor. Jamais quis te ferir... eu não sou violento, eu juro!
Ele estava quase chorando e eu quebrei de vez.
- O dano não foi físico Henry...
- O quê? Do que está falando Julia?
- Você não me machucou com sua força, pelo contrário... Foi com sua delicadeza e cuidado. É no meu coração que está doendo... Por que eu estou apaixonada por você Henry...
Achei que ele fosse me chamar de louca ou me agarrar, então, dei um passo para trás quando ele se aproximou. Mas me surpreendi quando ele caiu de joelhos na minha frente e segurou minhas mãos antes de olhar para cima em meu rosto.
- Eu também estou apaixonado por você Julia. Então, sei a dor que você está sentindo, porque sinto ela também. Mas também tem felicidade aqui dentro..., mas se você se for agora, só vai restar a dor, e ela só vai piorar.
- Henry...isso é loucura!
- Eu sei meu anjo. Mas acho que vale a pena tentarmos. Se eu não acreditasse nisso, você acha que eu teria trocado as datas de um trabalho, ou te colocaria dentro da minha casa?
- Não, não acho...
- Então Julia, vamos nos dar uma chance, por favor.
- Eu moro do outro lado do Atlântico. Como isso pode funcionar?
- Não sei, mas vamos pensar em algo Julia. Só não desista de nós ainda meu amor...
- Você me chamou de...
- Amor! Meu amor...
Ele se levantou até ficar em pé rente a mim, mas sem encostar, e suas mãos seguraram meu rosto, me fazendo olhar para ele.
- Fica comigo meu amor. Eu quero tanto isso....
Não tinha como negar nada a um homem daquele tamanho, e sendo quem é, tão vulnerável e implorando daquele jeito. Então o abracei, enterrando meu rosto em seu peito.
- Estou com medo Henry....
- Eu sei meu anjo. Eu também. Mas não costumo deixar o medo me impedir de lutar pelo que é importante para mim. Vai lutar comigo Julia?
Eu assenti, e ele levantou meu rosto, limpando as lágrimas e me beijou. Depois me pegou no colo e me levou para a cama. Henry não fez amor comigo de novo, ele só se deitou ao meu lado, de frente para mim e puxou o lençol sobre nós.
- Agora descanse meu amor. Foram muitas emoções até agora. Vamos dormir um pouco.
Ele me puxou em seus braços e logo pegamos no sono.