Minha própria Confusão

Autorstwa glaucev

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Qual é o limite entre a amizade e o amor? Melhores amigos desde que se conhecem por gente, Arthur ama a doce... Więcej

Minha própria Confusão
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Autorstwa glaucev

Esta é uma obra de ficção.

Nomes, personagens, lugares e acontecimentos descritos são produtos da imaginação da autora. Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais é mera coincidência.

Todos os direitos reservados.

É proibida a distribuição ou cópia de qualquer parte desta obra sem o consentimento da autora.

***

O conto será lançado na Amazon no dia 24/10/2014.

Não será postado na íntegra aqui no Wattpad, esse trecho é apenas uma amostra. Se tiverem interesse em acompanhar pequenos trechos que soltarei durante a semana até o dia do lançamento, indico entrarem no meu Grupo do Face, o link está no perfil. 

Quando ocorrer o lançamento, virei aqui e deixarei o link para quem tiver interesse em adquirir.

Com carinho, Glauce. <3

***

A fatídica notícia...

Não pode ser verdade.

Ao menos eu não queria acreditar nisso. Aliás, eu não poderia acreditar nisso. Essa notícia veio como uma granada. Jogada em minha direção, sem nem me dar tempo para piscar, e muito menos pensar.

Quatro palavras, quatro malditas palavras.

Uma frase, que selou de vez o meu destino, destruiu o meu futuro e acabou com o meu presente.

Eu preciso rir, me animar, compartilhar da sua alegria, mas poxa vida, a única vontade que tenho é de me esbaldar, só que chorando, bebendo e quem sabe, se eu conseguir, dormindo.

Me chamo Arthur, tenho trinta e um anos, sou alto, 1,85 cm, cabelo castanho escuro, olhos verdes, sou engenheiro civil e exerço a minha profissão, sou bonito e isso eu não posso negar. Não, qual é?! Não sou convencido, sou realista. Mas isso não vem ao caso – ao menos não agora – o impasse do momento é que eu descobri que sou apaixonado pela minha melhor amiga desde... bem, desde sempre.

Eu conheço a Cat desde criança, morávamos na mesma rua.

Sorrio ao relembrar.

Um dia, meus amigos e eu resolvemos jogar balões de tinta nela e quando ela tentou fugir, caiu e ralou não só o joelho, mas as mãos também. A boneca Catarina segurou o choro de forma valente, mordendo o lábio inferior enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas.

Catarina sempre foi muito delicada e todos os meninos da rua gostavam dela, mesmo que ela fosse muito mais nova que todos nós, o ruim é que ela nunca se enturmava com ninguém, não saía para brincar e tinha uma única amiga, sua Barbie. Eu sei de tudo isso porque sempre ficava espreitando – ou melhor dizendo, a vigiando escondido.

Os piralhos da rua, só a incomodavam para chamar a atenção dela, assim como eu fazia.

Naquele dia, quando ela caiu e se esborrachou no chão, com o cabelo e as roupas sujas de tinta, eu sabia que teria que ter ela perto de mim. Eu sabia que gostava dela, paixonite – sim, por uma criança –, mas não sabia no que isso iria se transformar futuramente.

A casa de Cat era gigante, dois andares e um lindo jardim, com direito a um parquinho e uma enorme piscina só para ela. Um dia, ela deixou a janela do seu quarto aberta. A terceira janela do segundo andar. Subi as videiras que tomavam conta da parede e me arranhei todinho, as mãos ficaram esfoladas e eu quase caí duas vezes. Entrei num salto e a encontrei em sua mesinha de estudos, desenhando. Cat me olhou com os olhos bem abertos, pareciam duas bolas de gude – de um azul impressionante –, que eu gostaria de ter na minha coleção.

— O que está fazendo aqui? — Perguntou em um sopro.

— Vim conversar e brincar com você — dei de ombros, como se fosse normal um adolescente brincar com uma criança.

Ela continuou me olhando por um bom tempo, seu cabelo, preso em uma trança lateral, seu vestido muito bem engomado, os pés descalços e as mãos sujas de canetas coloridas.

— Não vai me machucar?

— Não — balancei a cabeça. — Serei seu amigo, amigos não machucam uns aos outros. — Mamãe havia me ensinado direitinho, apesar de ser um terror quando criança e ainda continuar sendo, eu sabia ser educado.

Catarina acenou positivamente enquanto ia para o lado do banco, me dando um pouco de espaço para compartilhar com ela.

Nossas famílias eram amigas, e isso facilitou para que o meu acesso a casa dela fosse livre. A sua mãe não gostava nada de me ter perto da Cat, afinal, Catarina era uma dama da sociedade e deveria agir como tal. Amizades? Somente com pessoas influentes, ou que compartilhassem da mesma classe social que ela. Antes mesmo de ela nascer, ela já possuía uma gorda conta bancária em seu nome. Ou seja, uma milady a la brasileira.  Já o pai dela era tão bondoso que sempre que podia me chamava para jogar futebol no seu jardim, mesmo depois de destruirmos as plantas de Patrícia, mãe da Cat, ele continuava me chamando. Da mesma forma, o acesso de Cat também era livre a minha casa, afinal, meus pais adoravam a pequena Catita. Minha mãe, Emília Dumas por mais rica que fosse não era esnobe, meu pai apesar de ser muito atarefado, era presente o máximo que possível, nunca deixando nada faltar, independente do que fosse.

Por ser mais velho que ela, eu sempre dava uma de valentão e sempre fazia com que ela obedecesse as minhas ordens, sempre inventando histórias para que a bobinha acreditasse e cumprisse o que eu falava.

Eu era o irmão mais velho que ela nunca teve.

Quando eu terminei o ensino médio, ela ainda estava na quarta série. Cat era considerada o patinho feio da escola, magra demais, alta demais, sem nenhum outro atrativo, mas para mim, ela continuava elegante e muito, muito gata. Logicamente, a paixão que eu nutria por ela se tornou em afeto, e a reciproca é verdadeira. Eu não poderia gostar de uma criança, afinal, eram nove malditos anos de diferença, e ela jamais gostaria de um velhote, nesse caso, vocês entenderam que o velho da história sou eu.

Infelizmente.

Por mais que eu tentasse esconder de todos a minha amizade com uma garota mais nova, era para o quarto dela que eu corria assim que chegava em casa da faculdade, era com ela que eu dormia muitas noites, era para mim que ela chorava quando tinha alguma desilusão amorosa e era para ela que eu me gabava com quantas garotas eu ficava, ou quantas me desejavam.

— Rei! — Ela disse pulando em cima da minha cama. — Reeei, você não vai acreditar! Sabe quem me adicionou no Orkut? ADIVINHA! — Os seus lindos olhos brilhavam, ela estava eufórica.

— Hmm, o Zac Efron? Eu não sei quantas vezes já me fez assistir ao High School.

— Hm, bem que poderia ter sido ele, mas não, não foi, infelizmente.

— Então me diga quem oras bolas, e para de pular, vai afundar meu colchão. — Ainda deitado, ponho as mãos atrás da cabeça, esperando que ela continue.

— O Diego! — Ela se jogou sobre mim, com as mãos sobre o peito, suspirando apaixonadamente.

Diego era um idiotinha pela qual Catarina estava tendo um tipo de paixonite. Bufei internamente e revirei os olhos enquanto lembro o que ela me contava de quão bonito o feioso era. Que ele era ultra popular entre as garotas e que ela estava nas nuvens porque ele havia mandado um convite para que ela o adicionasse em sua lista de amizade.

— Eu já disse que vou excluir teu Orkut, você não tem idade pra usar isso ainda.

— Ah, cala a boca, eu já sou bem grandinha.

Somos melhores amigos, Catarina Santo Domingo e Arthur Oliveira Dumas, parceiros desde que me conheço por gente.

Quando Cat passou no vestibular, comemoramos muito, e quando ela havia se formado em Gestão de Turismo, lhe dei uma viagem para a Irlanda de presente. Claro, com acompanhante, ou seja, eu.

— Irlanda? AIII MEU PAI DO CÉU, VOU TER UM TROÇO — Ela gritou histérica.

Ver que ela não cabia em si de tanta felicidade me faz sorrir até hoje.

Por três longos meses, atualmente, ela estava morando em Amsterdã. Infelizmente, ela namorava um cara estranho – seu primeiro e único namorado até então –, e aproveitou para levar um peso na bagagem a mais, ou seja, ela foi com o cara e me deixou para trás.

Inaceitável.

O tal de Genaro Palhote é um magrelo de vinte e cinco anos e cabelo comprido, meio loiro, meio marrom, ainda não consegui definir muito bem a cor daquela maçaroca. O cara tem um tom um tanto laranja, nada belo de se ver. Eu pelo menos acho que posso ficar cego vendo tanta feiura. Um ambientalista, o típico cara que vive viajando e se amarra a árvores para que elas não virem lenha.

Havia combinado de ir busca-los no aeroporto e assim que me ela me viu com uma placa escrito “MAPS” – Melhores Amigos para Sempre – largou as malas no chão e correu até mim, me arrancando um sorriso enorme enquanto pulava, se agarrando e enlaçando as pernas em minha cintura e os braços em meu pescoço. Cheirei intensamente o seu pescoço para lembrar o aroma que me fez tanta falta. Ela me beijou na bochecha e se afastou. Seu sorriso doce, seus olhos brilhantes e a declaração do amor platônico que eu sentia por ela na ponta da língua.

Durante todo o percurso do meu escritório até o aeroporto eu havia ensaiado umas mil vezes o que eu diria para ela e como eu diria. Ia e voltava atrás da ideia de que deveria me declarar para ela e contar o quanto eu a amava e desde quando a amava.

— Rei. — Disse e sorriu.

Catarina me chamava de “Rei”, vocês já devem imaginar o porquê, afinal, Arthur é nome de um Rei e por mais cafona que eu achasse, eu a atendia sempre que me chamava assim, mas eu só havia dado a ela esse direito, o de me nomear com um apelido bobo.

— Baby! — a abracei.

— Adivinha! — Pediu batendo palminhas.

— Hmm, — bati o dedo indicador nos lábios — Você trouxe o que eu pedi!

— Não, seu interesseiro. — Disse fazendo bico. — Rei, eu vou me casar!

O que?

Pera aí, vamos voltar uns segundinhos atrás... O que ela disse? Eu não devo ter passado o cotonete direito no meu ouvido. Não, isso é só uma brincadeira sem graça.

— O que? — pergunto incrédulo.

— O Genaro me pediu em casamento, acredita? Siiim, eu aceitei, óbvio.

— O que? — Eu tive que perguntar novamente porque eu realmente não estava acreditando no que eu ouvia e muito menos acreditava na animação forçada dela.

— Em que mundo você tá hein? Era para estar vibrando comigo — Disse aparentemente magoada.

— Onde ele está?

— O Genaro? — Quem mais seria? Um pinguim em extinção? Acenei positivamente. — Ah, ele teve que ficar por mais uns dias, volta na sexta que vem.

Durante todo o trajeto que eu fiz para poder deixa-la em casa, não foi em silêncio, Catarina tagarelava sem parar, confabulando sobre o casamento, em como o pedido dele tinha sido romântico e etc.

Agora entendem o meu drama pessoal? O porquê de começar essa estória me lamuriando? Isso é surreal. Eu pronto para me declarar... É quase como se ela tivesse cortado a minha língua fora, cavoucado com a faca de serra da cozinha no meu peito e assado meu coração no forninho elétrico.

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