Capitulo 13
“O que eu faria sem a sua boca esperta
Me trazendo pra perto e me jogando pra longe
Minha cabeça gira, sério, eu não consigo te prender
O que está acontecendo naquela mente bonita?
Estou em sua jornada misteriosa e mágica
E eu estou tão tonto, não sei o que me atingiu, mas eu vou ficar bem.”
John Legend – All of me
Laura Miller
Empurrando um carrinho de mercado entupido de besteiras e com um exorbitante valor calórico, mais quem liga mesmo? Acho que há muito tempo eu não me sinto leve e feliz depois do trabalho, pode parecer que eu ainda sou uma adolescente mimada, eu não me importo, mas não posso negar que estou extremamente eufórica com a noite das meninas hoje.
Antes de sair da empresa liguei para Vivian para confirmar nossa “farra”, com a sua confirmação decidi que precisávamos de algumas coisinhas. Depois de dar-me por satisfeita fui ate o caixa, peguei pelas compras rapidamente e fui embora.
Peguei um táxi e rezei para que o trânsito não estivesse lento, chegar tarde em casa era a ultima coisa que eu queria. Parece que minhas orações foram finalmente atendidas o caminho foi calmo e rápido.
Vivian ainda não tinha chegado do trabalho, aproveitei seu atraso dar uma arrumada nas coisas e pra falar a verdade a casa estava uma completa bagunça. Nós não dispúnhamos de muito tempo para arrumar a casa, nosso rotina é bem corrida e às vezes confesso que o cansaço vence a vontade de ter uma casa cem por cento arrumadinha.
Enquanto ajeitava a casa fui pensando no nosso orçamento e fazendo algumas contas talvez desse para contratar uma diarista para fazer a limpeza pelo menos duas vezes por semana, era algo para se discutir e pensar.
Alguns minutos depois escutei o barulho da fechadura e logo depois o suspiro de alivio de Vivian por estará finalmente em casa.
-Seja bem vinda à noite das meninas senhorita Vivi – tentei imitar uma voz masculina afetada, segurando o espanador de ponta cabeça fazendo dele meu microfone.
- Muito obrigada senhorita Laura – ela respondeu.
A noite não poderia ter sido melhor, acho que engordei uns cinco quilos, comi o tempo inteiro durante os filmes. O mais importante foi ter colocado nosso papo em dia, mas ainda assim senti que Vivian não foi totalmente sincera comigo.
Acho que fui pra cama eram mais que três horas da manhã e provavelmente vou ter uma ressaca sem colocar uma gota de álcool no meu sistema.
Como eu havia previsto acordei parecendo um zumbi e olha que nem era halloween. Levantei da cama senti meu corpo pesado e por um instante tive uma leve vertigem, apoiei minhas mãos na parede mais próxima respirei fundo três vezes, contei até dez. Tenho plena certeza que meu dia não vai ser dos melhore, eu não funciono cem por cento sem uma boa noite de sono e só de lembrar o que me aguarda naquela maldita empresa me deixa ainda mais enjoada e nervosa.
Dia Perfeito.
Com muito custo consegui fazer de mim um ser humano apresentável depois de muitas camadas de base, corretivo e pó consegui amenizar as marcas de cansaço do meu rosto.
Fui até a cozinha o café da manhã já estava pronto e havia também um bilhete de Vivian colado na porta da geladeira avisando-me sua saída e dizendo que não tinha hora pra voltar.
Suspirei essas atitudes dela me deixava com a pulga atrás da orelha não era possível que nada de importante ou sério estava acontecendo com ela.
Quelque chose n'est pas juste.
(Algo não estava certo).
Torturante.
A cada hora que passava do dia meu cansaço aumentava e era realmente difícil me manter de pé e acordada. Nada dava certo, minha concentração estava um lixo e minha preocupação com Vivian só aumentou.
Puff.
Lembrei-me que tinha marcado um jantar com Eric e até parecia que estávamos sincronizados, pois alguns minutos depois meu celular vibrou com uma nova mensagem desmarcando nosso encontro com a justificativa de um imprevisto inadiável de trabalho surgiu.
Uma onda de alivio percorreu meu corpo, pelo menos eu teria uma noite descente de sono.
Contei os minutos e os segundos, enrolei ao máximo com as coisas que eu tinha que fazer e rezei para que Heloisa não me encontrasse naquela situação, pois aí sim eu estaria ferrada.
Entrei em um tipo de hipnose olhando para o relógio fechei meus olhos pelo que julguei serem alguns segundos.
(...)
Abri meus olhos e tudo estava escuro.
Ai meu Deus. Era só o que me faltava agora ficar presa dentro desse prédio uma noite inteira.
Levantei assustada procurando a cegas pelo interruptor pra acender a luz e caralho de lâmpada que não acendia nunca.
Foi quando eu me liguei que a energia poderia ter sido desligada no interruptor geral do prédio, mais por quê? Não era pra câmeras ficarem ligadas o tempo todo funcionando?
Um clarão imenso seguido por barulho alto e forte que me assustaram respondeu todas as minhas pergunta. Um grito estrangulado saiu pela minha boca, eu nunca gostei de tempestades sempre fui medrosa e agora eu estava no meu pior pesadelo.
Raul Storini
Minha cabeça latejava e eu simplesmente não conseguia dar um fim no meu trabalho, completamente exausto não vi o tempo passar. Mais minha dor de cabeça foi desencadeada por outros motivos um deles era Heloisa como sempre um verdadeiro pé no saco, que não desistia nunca não importa quantos foras ela leva, e quantas conversas tivemos ela sempre volta com uma desculpa para ficarmos juntos.
Laura não era necessariamente uma dor de cabeça, entretanto, nossa situação sim, eu estava perdido, não consegui encontrar uma maneira que fizesse ela se aproximar de mim, por mais que eu tentasse ter uma conversa civilizada e sincera as coisas sempre saiam do meu controle e alguma coisa dava errado.
Concentrado nos relatórios a minha frente despindo-me desses pensamentos vagos notei que lá fora a chuva começava a cair e fechei meus olhos e pude imaginar pessoas correndo das gotas geladas.
Em pouco tempo a chuva que parecia inofensiva foi tomando forma de tempestade trovões e raios fizerem uma visita ao céu nova iorquino e logo a energia acabou deixando-me no escuro e preso no meu escrito para mais uma noite em claro.
Um barulho chamou minha atenção parecia um grito desesperado seguido por um barulho de choro.
Eu não estava sozinho.
Levantei rapidamente e sai da minha sala procurando saber de onde o barulho vinha, porém todo agora estava em silencio até que outro trovão veio à tona. Escutei uma pessoa fungando o barulho de choro parecia vir de dentro da sala de Laura.
Será que eu estava em estado de paranoia?
Não ela não perderia a hora desse jeito, ela sempre contava os minutos para ficar o mais longe de mim e de Heloisa. Não me custava conferir.
Abri a porta aos poucos para confirmar minhas suspeitas, num canto da sala escura havia um corpo encolhido próximo à parede com um pequeno feixe de luz iluminando o espaço.
Vi o seu rosto molhado pelas lágrimas e seu olhar assustado.
Laura....
Sem perder mais tempo fui até Laura e sem pensar duas vezes me sentei junto a ela e abracei seu corpo que resistiu a mim no primeiro momento.
- Shiiiiiu... Calmez-vous, vous n'êtes pas seul (acalme-se você não está sozinha) – aos poucos ela foi relaxando em meus braços e segurando em mim como se eu fosse capaz de protege-la daquela tempestade.
Mal ela sabia que eu não consegui proteger a mim mesmo.
Eu definitivamente tinha perdido a guerra.
“Porque você me colocou fogo,
Eu nunca me senti tão vivo.
Feridas que parecem curar, mas nunca fazem.
Isso é porque você está em guerra com o amor!
E eu estou a ponto de quebrar
E é impossível se livrar dela.
Veja, você espera que a ferida sare, mas nunca faz
Isso é porque você está em guerra com o amor !
Espero que cure mais nunca faz
Porque você está em guerra com o amor.
Guy sebastian – Battle Scars
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Oi pessoas!
Mais um capitulo pra vocês eu sei que demorei de novo pra postar e minha desculpa e a falta de inspiração !
Espero que goste e devo informa-lás que logo terei novidades.
Cutam, comentem e divulguem para as amigas até o próximo bye !