CASTA 6 • pjm + jjk

נכתב על ידי pjikook-

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[CONCLUÍDA] O rei de Busan achava que era o momento certo para que Jeongguk se casasse. Não que quisesse comp... עוד

Casar não é lucrativo
Tentativa ou desistência?
O preferido do rei
O hyung possui olhos azuis
Companheiros de quarto
Ômegas "clichês" estão em extinção
O primeiro será Park Jimin
O hyung tem uma beleza divina
Despedidas e consequências
Protegido por um ômega
O segundo será Henry Lau
É mais complicado do que aparenta
O terceiro será... Wu YiFan
Indigno de ser golpeado
Jimin é mais que uma criança bondosa
O encontro que não foi planejado
Pensamentos que traem
Perfumes que atraem
Sabores que se misturam
Jovem demais, sedutor na mesma proporção
Jovem demais, sedutor na mesma proporção (Parte 2)
O ômega é meu, a punição também
Sobre controle (ou a falta dele)
Sobre conexão (ou algo acima disso)
Henry Lau não é quem aparenta
As peças restantes
A voz de um verdadeiro rei
Aqueles que se sacrificam
Quando é preciso perder o que ama
Lilás e âmbar
O teu trono
O sangue mais forte
Casar não é tão ruim
Capítulo Bônus: Taehyung e Yerin

Bondade demais, Jeongguk desconfia

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נכתב על ידי pjikook-

Jimin e Junmyeon se sentaram lado a lado na mesa, onde alguns dos selecionados já estavam dispostos. O maknae da Seleção pode ver Jongin, o primeiro alfa que o cumprimentou assim que chegaram ao castelo e sorriu para o mais moreno que este pôs os olhos em si. Com simpatia, o lúpus – um antigo Casta Dois, assim como o Junmyeon – sorriu de volta, gesticulando com as mãos e mexendo os lábios, dizendo silenciosamente: “Vamos conversar mais tarde, traga o seu amigo” e o Park apenas confirmou com a cabeça, quebrando contato visual com o mais velho e cutucando o Kim ao seu lado, este que parecia bastante compenetrado com os talheres sobre a mesa.
 
- Hey, hyung... o que tanto vê nesses talheres? – Jimin perguntou sorrindo, já que Junmyeon realmente parecia estar apaixonado por garfos e facas. O maknae achou graça do olhar inocente que o lúpus tinha desde que chegara ao castelo, mesmo que tenha nascido em uma casta bastante privilegiada, tudo dentro daquele castelo parecia surpreendê-lo. O Park, por sua vez, já imaginava que tudo ali dentro seria surreal, então não criou expectativas nem passou noites vidrado em conhecer o castelo, afinal de contas... o que lhe interessava ali dentro era Jeongguk. – Até parece que nunca viu um talher assim, hein.

- Você está com febre? – perguntou Junmyeon, num tom de voz esquisito. Piscou inocentemente e repetidas vezes, suspirando ao ver que a expressão facial de seu dongsaeng prosseguia bastante risonha. – Jimin, pelo amor de Deus. Esses talheres são de cristal. Você entende? – perguntou novamente, agora num tom de voz que claramente indicava que sua surpresa era óbvia e esperada. – Eu vou repetir, caso meu coreano não tenha sido claro. Eu disse “CRISTAL”. Cara, eu vou soletrar. C R I S T A L!!!!! Você acha que eu já tinha visto um desses? Eu nem sabia que existiam talheres de cristal! Você é louco, cara. Cara... é cristal, cara.

- Eu também não sabia que existiam talheres de cristal hyung, eu não sabia nem que dava pra fazer cadeiras com suporte de cristal e veja só, estamos sentados em uma. Eu era um Casta Seis, no máximo eram cadeiras de madeira e talheres de inox – Jimin disse sorrindo e dando um tapinha nas costas de Junmyeon, que acabou por rir também, sacudindo a cabeça tentando diminuir a própria fascinação. Eram apenas talheres! – Aliás, Jongin-ssi disse para nos reunirmos com ele mais tarde, ele quer conversar. Ele foi bem legal comigo assim que cheguei aqui, acho que os outros não vão muito com a cara dele, provavelmente por ele ter sido um Dois.

- Jongin... na verdade não é por isso que não gostam dele. Ele é um modelo e ator famoso, iríamos contracenar em um mesmo drama caso não fôssemos selecionados. As pessoas não gostam tanto dele por conta de uma polêmica que ele se envolveu – disse Junmyeon e Jimin piscou, desnorteado com a informação e o Kim deu de ombros. – Estou parecendo uma velha fofoqueira! Depois te falo sobre isso, dongsaenggie, se acalme, estamos no meio de vários alfas com excelentes audições – pronunciou o lúpus e Jimin suspirou, apenas acenando afirmativamente. – Mas pode dizer a ele que vamos sim, será legal fazer mais um amigo – concluiu, fazendo com que o alfa mais novo sorrisse grandemente.

Os outros alfas foram se sentando à mesa e logo a mesma foi se preenchendo. Ali por perto estavam as garotas que os serviriam, se movendo de forma quase imperceptível, pois o almoço logo seria servido. Assim, depois de algum tempo, as comidas foram postas à mesa em bandejas cobertas por tampas curvilíneas de prata, e ao soar de um sino pequeno, os alfas à mesa se levantaram para receber a família real. Os reis Kunpimook e Yugyeom já estavam com roupas mais leves e simples, meras camisas brancas de linho por dentro de calcas largas em tom bege, além de apenas tiaras sobre suas cabeças. Já o príncipe Jeongguk estava usando roupas casuais. Uma calça jeans mais larga nas pernas e uma camisa branca também larga, além de um tênis absolutamente normal. Trazia consigo no entanto um colar com o brasão do reino, o que já o “sinalizava” como príncipe.

Pelo amor de Deus, pensou Jimin, engolindo em seco ao ter o olhar do príncipe sobre o seu por alguns segundos. Não poderia morrer logo no primeiro dia da seleção, seria um disparate. Entretanto, não morrer seria uma tarefa difícil enquanto se tinha ciência de que um homem como Jeon Jeongguk estava sob o mesmo teto que si. Mal sabia o pobre alfa que a mente do príncipe estava uma bagunça por sua causa. O ômega lúpus ainda não havia percebido que a beleza de Jimin era algo além do estonteante, ao menos não havia percebido até agora. Ao colocar seus olhos sobre os do mais novo sentiu o corpo perder o pouco de equilíbrio que possuía, pois ver o ex-Casta Seis em roupas casuais e piercings na orelha não era bem uma coisa que o deixaria calmo ou pleno.

Era algo que o deixava insano. O que aquele alfa tinha? Jeongguk nunca tivera atração por homens mais jovens antes. Sentia que traía a própria seleção, de certa forma. Está tudo bem, é só o primeiro dia. Minha obsessão por esse alfa é somente por eu ter visto seu rosto por último, além de não ter lido o seu formulário. Aliás... preciso do formulário de Park Jimin, pensou o ômega, suspirando e sorrindo pequeno aos seus selecionados. Muitos ali suspiravam pela beleza do príncipe – Jimin estava entre eles – e outros somente o olhavam com malícia – YiFan estava entre eles. Aliás, o tal YiFan por um instante fixou o seu olhar no Park, este que sequer o fitava, antes de se dirigir à Jeongguk.

- Está belíssimo como sempre, Majestade – disse com a voz naturalmente áspera, surpreendendo todos os alfas na mesma, inclusive os reis que se espantaram com a audácia do ex-Casta Um. O alfa sorriu diante da reação causada e mais uma vez direcionou suas palavras ao príncipe, este que piscava atordoado enquanto todos à mesa se sentavam. – Talvez não haja por aqui nada mais belo do que você – disse, dessa vez em um tom informal, o que fez com que os outros lúpus arregalassem os olhos, assustados com a audácia do selecionado, que pela prosseguiu olhando o príncipe nos olhos, como se esperasse uma resposta do mesmo.

- Obrigado, YiFan-ssi – disse Jeongguk, fazendo questão de ser formal ao usar o sufixo. Mal havia começado e já estava detestando aquele alfa, parecia bastante mesquinho e arrogante, era o tipo de pessoa que o príncipe mais detestava. Entretanto deveria pensar: não podia simplesmente expulsar uma pessoa logo no primeiro dia, mesmo sendo o maior “comandante” daquela seleção. Ainda mais pelo motivo de que fora do castelo, aquele YiFan era um nobre e sua eliminação tão rápida causaria uma comoção desnecessária na população de Busan e nos reinos vizinhos. – Por favor, sirvam-se. Tenham um bom apetite.

As empregadas serviram todos os alfas silenciosamente. Quando uma das empregadas terminou de colocar a comida de Jimin, este murmurou um “muito obrigado”, que surpreendeu a mesma. A pequena ômega ousou então olhar nos olhos do alfa que fora servido por si e arregalou os olhos ao perceber que este sorria para si, ainda em agradecimento. A reação mais viável da garota fora responder um “não há de quê” completamente trêmulo e sair de fininho dali, como se nada tivesse acontecido. Assim que o fez, Junmyeon deu uma risadinha após mastigar sua comida e cutucou Jimin, sorrindo para o mesmo.

- A seleção mal começou e você já está conquistando as pobres ômegas, Jimin-ssi? – perguntou ladino em um sussurro, arrancando um riso baixo de Jimin. Por sorte haviam várias conversas paralelas na mesa, então ninguém percebeu o assunto dos dois. Somente vez ou outra o rei Yugyeom ou Kunpimook dialogavam com algum selecionado, nada importante. – Não dê essa risadinha despreocupada, seu cachorro. A pobre empregada saiu daqui mais vermelha que um tomate, claramente você desestabilizou a garota! Ela estava com as pernas trêmulas. Você não viu, mas eu vi. E Deus também viu!

- Não seja doido, hyung – disse Jimin e em seguida levou o garfo até a boca, sentindo as fatias da carne ao molho se desfazerem sobre seu palato. Era a melhor coisa que já havia comido em sua vida, e ao pensar nisso, logo sentiu falta da comida da mãe. Ninguém cozinhava como Hyerin, ninguém! – Eu só a agradeci. Ela provavelmente se surpreendeu por eu ter agido educadamente, não é como se todos os selecionados fossem agir dessa forma, nós dois sabemos disso – disse o maknae, se lembrando da forma que YiFan agira com a garota que o serviu. Antes que Junmyeon pudesse lhe responder, outra pessoa puxou conversa com o Park.

- Tenho certeza que não há disponível sequer esse tipo de molho em seu vilarejo, não é... Park Jimin? – perguntou o lúpus, revirando a comida como se estivesse brincando. Deveria ser muito rico fora do castelo, afinal de contas para se sentar à mesa sabendo que não irá comer, sem importar-se com o desperdício só pode indicar que ele tinha esse tipo de atitude com frequência. Retornando ao assunto, o alfa parecia debochado, sorrindo afetado enquanto olhava para o mais novo da seleção, este que parecia confuso, aquele homem sequer havia trocado outras palavras consigo. Junmyeon também estava alerta, assim como os reis e o próprio Jeongguk. – Digo... um homem pobre como você sequer deve ter comido de garfo e faca alguma vez em sua vida.

- Oh, não se preocupe com isso, hyung – Jimin disse sorrindo casual. Os outros alfas à mesa pareciam tensos, mas ainda assim, impressionados com a calma do mais novo da seleção, este que havia chamado o homem de “hyung” como arma de sarcasmo, já que nem mesmo sabia o seu nome. – Eu comi muito bem quando mais novo, do contrário não teria a força que tenho hoje. Sabe, alfas da Casta Seis precisam estar muito bem alimentados para conseguir trabalhar e não foi diferente comigo. Sobre os talheres... está tudo bem, também. Não importa quantos talheres se usam, o importante é comer bem. Porque você não come? Desperdiçar comida é desrespeitoso, hyung – disse novamente a forma de tratamento, desestabilizando à todos na mesa.

O rei Kunpimook vibrou internamente diante da fala do seu favorito, já detestando o outro que havia o provocado. Lee Donghae era um nobre de Casta Um, entretanto aparentemente ainda não havia caído a ficha de que todos ali era iguais perante a família real. Será que os conselheiros teriam que repetir novamente que as castas não eram objeto de argumentação a partir daquele dia? Por sorte, Jimin era um garoto bondoso demais para sucumbir à tais provocações. Já era a segunda vez naquele mesmo dia que o alfa calava a boca de um ex-nobre. Realmente seria difícil confiar em alguém ali dentro além de Junmyeon – e talvez de Jongin.

- O que achou da comida, Jimin-ssi? – perguntou Kunpimook, com um tom doce de voz. Os outros alfas ficaram ainda mais silenciosos, ouvia-se somente os tilintares discretos dos talheres tocando os pratos, já que era a primeira vez que o rei ômega se dirigia ao seu favorito e todos queriam saber o que o maknae responderia ao anfitrião. Yugyeom olhava agora para Jimin com atenção, e o príncipe também deixou de prestar atenção em seu prato, parecendo ansioso pela resposta que seria dada pelo Park. Afinal de contas, a carne e o molho haviam sido preparados pelo príncipe. – Sabe, foi tudo feito com muito cuidado. São ingredientes selecionados de forma bastante minuciosa, para que saia perfeito.

- Está delicioso, Majestade – Jimin disse sorridente, terminando de comer. Estava realmente tudo bastante saboroso, principalmente a carne... minha nossa, a carne. O lobo interior sabia exatamente o motivo pelo qual havia se interessado justamente por aquele alimento, sabia que quem havia feito a melhor parte do prato fora Jeongguk, mas esse era um detalhe pequeno que não precisava ser repassado à Jimin naquele momento. – Em especial a carne ao molho. Agradeça aos cozinheiros por mim, por favor – disse simples, arrancando um sorriso imenso dos reis. O ômega mais velho da mesa sentia que poderia explodir a qualquer momento, pois algo lhe dizia que seu príncipe e seu selecionado favorito tinham alguma ligação.

- Por que você mesmo não agradece? – perguntou o próprio Jeongguk, fazendo com que todos os alfas literalmente abandonassem seus talheres. Era a primeira vez que o príncipe abria a boca desde o início do almoço, e ele parecia nervoso com algo. Jimin sentiu seu corpo se arrepiar levemente, diante da voz suavemente grave do príncipe. O olhar do mais velho estava preso ao seu, o que por um momento fez com que tudo parecesse irreal, por um instante somente existia um selecionado diante do príncipe lúpus, nada mais. Só então a ficha do Park caiu, arrancando-o do devaneio e trazendo-o de volta à realidade.

- A carne foi feita por ti? – perguntou Jimin, logo abrindo um sorriso gigantesco para o ômega lúpus, que se sentira atacado pela beleza tão absurda de seu selecionado mais jovem. Aquilo era um ataque contra sua própria existência, como Park Jimin ousava fazer aquilo consigo? Piscando algumas vezes, Jeongguk acenou afirmativamente com a cabeça e o alfa lúpus logo diminuiu seu sorriso, agora deixando-o somente de canto de boca, desestruturando o príncipe mais uma vez. Ainda bem que o Jeon mais novo era bom em disfarçar. Bom até demais. – Tens um excelente dom para a culinária, Majestade. Obrigado por se dispor à fazer algo tão bom para todos nós – disse Jimin, curvando a cabeça para frente em um ato respeitoso, que o impediu de ver o sorriso estonteante que Jeongguk havia lhe dado.
 
 
 
 
 
 
Era quase noite. Jimin passara boa parte de sua tarde caminhando pelo jardim ao lado de Junmyeon e Jongin. Descobrira que a polêmica de seu hyung de pele morena havia envolvido um ômega, que o ameaçou por coisas pequenas e pediu uma quantidade absurda de dinheiro para que pudesse deixá-lo em paz. Entretanto, o assunto chegou até a mídia e muitas pessoas distorceram o que havia acontecido, tornando Jongin no vilão da história. Jimin percebeu que o Kim lidava muito bem com aquilo tudo, procurava não falar à respeito. Era como uma página rasgada de sua vida. Os três novos amigos descobriram apreciar bastante a companhia uns dos outros, e logo já estavam compartilhando assuntos de suas próprias vidas.

Pouco antes do jantar, o Park despiu-se e ao desenrolar as faixas de seu quadril, sentiu um desconforto ardente em seu ferimento. Por pouco se esquecera daquilo, se esquecerá que ainda tinha um machucado grande em sua lombar e aquilo com certeza doeria muito quando a água quente caísse. Jimin suspirou ao olhar a faixa com pontos ensanguentados. Ao olhar mais de perto, viu que havia um pequeno pedaço de barbante preso à faixa: um dos pontos havia se soltado. Não estava surpreso, provavelmente fora culpa do impacto dentro da carruagem à caminho do reino. Por mais que fosse grato por seu antigo patrão ter lhe oferecido atendimento médico, sabia que os médicos não seriam muito prestativos ao cuidar de um Seis. Estava sentindo na pele o quanto o mal atendimento era prejudicial, entretanto não queria ir até a enfermaria do castelo. Teimoso como uma porta.

Banhou-se, secou seu corpo com cuidado e ao aplicar alguns remédios no ferimento, pegou faixas limpas e voltou a encaixar seu quadril. Aquilo agora doía como o inferno, mas Jimin não falaria em hipótese alguma. Vestiu-se de forma simples, uma calça de algodão preta levemente colada em suas pernas, uma camiseta cinza escuro de mangas longas e um tênis preto. Manteve os brincos e após deixar o banheiro, viu que Junmyeon também já estava pronto. Também vestido de forma simples, mas diferente de Jimin, o mais velho usava duas próprias roupas. O alfa mexia em algo no seu celular, mas ao ver que Jimin já estava pronto, desligou o mesmo e o abandonou sobre a cama, esta que já estava arrumada.

- A gente já vai descer? O jantar ainda vai demorar um pouco pra ser servido – Junmyeon disse apoiando o antebraço no ombro esquerdo de Jimin, por ser um pouco mais alto que o mais novo, este que apenas deu de ombros e abriu a porta do quarto, dizendo para que caminhassem um pouco pelo salão do castelo enquanto o jantar não fosse servido. Naquele instante o Park se sentia um pouco arrependido em não ter levado o celular para o castelo, sentia falta da irmã e gostaria de conversar com a mesma. Na verdade, queria abraçá-la por horas até que a pequena dormisse. Sentia falta de sua pequena Seulgi, mesmo tendo a abraçado pela última vez de manhã. – Cara, você parece abatido.

- Saudades de casa – Jimin suspirou e recebeu um afago um pouco desajeitado do mais velho, o que o fez rir. Enquanto desciam as escadas para chegar ao salão, ouviram um estrondo e correram para ver o que era. Afastado do lugar, uma das empregadas do castelo estava caída no chão, segurando o pulso esquerdo e choramingando. O Park rapidamente a reconhecera, era a garota que o serviu durante o almoço. Suas pernas tomaram o controle de seu corpo e antes que pudesse perceber, já estava diante da ômega, logo se ajoelhando. – Ei... não consegue carregar essas caixas, não é? – perguntou, olhando as três caixas de papelão caídas. A garota assustou-se ao ver o alfa, ainda mais pelo fato do mesmo ter um perfume forte e atraente. Não queria roubar o selecionado do príncipe, longe disso! Era somente uma ômega gostando do cheiro de um alfa, apenas isso.

- E-Está tudo b-bem – pronunciou a garota, tentando se levantar. Assim que o fez, sentiu o pé direito doer. Além do pulso machucado, havia torcido o tornozelo ao cair. O que mais poderia dar errado? Precisava sair de perto daquele alfa, não queria causar problemas ao mesmo. Ele parecia bondoso demais para ser almejado de forma ruim pelo príncipe. Deveria se manter afastada... mesmo que parecesse difícil. Aquele lúpus parecia bastante compenetrado em ajudá-la. – Eu irei... levar essas caixas... – disse e ao caminhar até uma das caixas, seu tornozelo latejou e ela tentou reprimir um gemido de dor, que não escapou da excelente audição do alfa, que sacudiu a cabeça em negação.

- É nítido que não está bem – Jimin disse se levantando do chão e ficando de frente para a garota, ainda que estivessem à quase dois metros de distância. – Me diga, onde você precisava levar essas caixas? – perguntou o alfa, recebendo um “na cozinha do setor dois” como resposta. – Certo... Junmyeon hyung! – chamou e logo o mais velho veio de encontro ao Park. – Você pode levar essas caixas até a cozinha do setor dois? – perguntou confiante e ao receber confirmação, voltou a olhar para a garota em sua frente. – Posso te levar até a enfermaria? – pediu o alfa, vendo que a garota à sua frente havia arregalado os olhos de novo. – Ei, seu tornozelo já está inchando e parece um pouco roxo. Seu pulso também parece roxo... você não conseguiria carregar aquelas caixas de qualquer forma. Vamos, eu te ajudo.

- Tudo b-bem... mas por favor, se você tiver algum p-problema com o Príncipe Jeongguk... – começou a garota, nervosa com a aproximação do alfa, este que havia segurado o braço da garota e colocado em seu ombro, em seguida colocou a mão ligeiramente mediana nas costas da ômega, a guiando até a enfermaria. Meu Deus, ela sequer conseguiria falar se aquele alfa continuasse a segurando daquele jeito! Aliás, talvez não fosse esse o seu fascínio. Aquele garoto era um cavalheiro... – Eu odeio torcer o pé – murmurou a garota, mais uma vez não passando despercebida pelo alfa.

- Dói muito, não é? – perguntou Jimin sorrindo compreensivo. Ao receber um “sim” envergonhado de confirmação, suspirou. – Não terá jeito, então – disse ele, deixando a empregada confusa. Antes que ela pudesse pensar com coerência, o alfa já havia a pegado no colo. A ômega ficou roxa. – Pronto, agora ficará mais aliviada, certo? – disse o Park, sorrindo para a ômega e agora caminhando rápido. A enfermaria já estava em sua frente, e o fato da garota ser tão leve facilitava que ele caminhasse com ela em seus braços. No entanto jamais admitiria: a dor em seu ferimento havia se tornado quase insuportável, com certeza mais algum ponto havia se rompido.

Ao longe, Jeongguk observava tudo com nervosismo visível.

Mordeu o lábio inferior com força ao ver Jimin prestando ajuda à uma das empregadas, e por mais que quisesse achar aquilo bonito da parte de seu selecionado mais misterioso, não conseguiu. Com as mãos trêmulas e o coração palpitante dentro do peito, como se estivesse passando por algum sentimento forte, o ômega percebeu que havia chegado em um ponto extremo de sensações em um momento que não poderia fazê-lo. Deveria estar comovido, mas não estava dessa forma.

Estava cego de raiva.

Durante o jantar, Jeongguk não conseguiu encarar Jimin. O ignorou nitidamente, ignorou os olhares rápidos que o alfa lançava até ele. Queria mandá-lo até a enfermaria, queria que o selecionado desaparecesse de seu ponto de visão e ficasse somente com a empregada que este havia ajudado. Era tão, tão imbecil de sua parte, mas infelizmente não havia muito o que pudesse fazer. Por outro lado, o alfa não mostrou estar abalado. Por um instante chegou a pensar que era algo relacionado à sua antiga casta, mas essa ideia lhe pareceu ridícula. Era notório que até mesmo os reis estavam preocupados com o comportamento do príncipe, Kunpimook parecia até um pouco irritado.

Jimin, no entanto, buscava auto-controle. Ainda assim se sentia nervoso, pois estava tentando buscar em sua mente o que havia feito de errado para estar sendo tratado com tamanha indiferença. Jeongguk dirigiu a palavra à todos na mesa, exceto a ele. YiFan trazia um ar de vitória no rosto, obviamente animado com o fato do príncipe estar ignorando visivelmente o mais pobre da seleção. Por se sentir incomodado com o ar de vitória do ex-nobre, Jimin deixou a mesa mais cedo do que o esperado. A primeira coisa que vez ao deixar o salão de refeições foi correr até a enfermaria.

Por mais que estivesse preocupado com as atitudes do príncipe, também estava preocupado com a garota. Velou o sono da mesma por alguns instantes e ao sair da enfermaria, se deparou com o rei ômega. Imediatamente, Jimin se curvou em reverência e recebeu um risinho do mais velho.

- Não precisa se curvar, meu anjo – disse Kunpimook, se aproximando e afagando os cabelos pretos do alfa. – Apenas me ouça, tudo bem? Eu gostaria de pedir desculpas pelo comportamento de Jeongguk no jantar, ele... precisa de um bom chá de sermão – disse o rei, suspirando e olhando para o nada, em seguida voltando seu olhar à Jimin. – Aliás, eu soube que você ajudou uma empregada que se machucou. Querido, você existe? – perguntou desacreditado e o alfa lúpus acabou rindo, sacudindo a cabeça em negação. – Foi muito bonito de sua parte.

- Eu só fiz o que todos deveriam fazer. E sobre o príncipe... Vossa Majestade não me deve desculpas. Se ele agiu daquela forma, é porque eu fiz algo errado. Ele não me deve satisfações, é bem pelo contrário, eu devo satisfações à ele pois estou em sua casa e em uma missão de conquistá-lo. Se for possível, apenas o diga que farei o possível para reparar meu erro.

- Você não errou, Jimin, pelo amor de Deus! Te peço para que por favor, não leve as mudanças de humor de Jeongguk a sério. Às vezes, ele age como uma criancinha mimada que perdeu o brinquedo favorito, e isso é irritante. Aliás, você poderia por favor cortar esse “Majestade” do vocabulário? – começou o rei, sorrindo simplista e carinhoso. – Me chame de hyung, como faz com Yoongi. Tenho ciúmes – disse o Jeon, fazendo Jimin gargalhar.

- Não seja ciumento, hyung.

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OI DENGOS, PAOLA AQUI. É a primeira vez que eu deixo recadinho ao final do capítulo, mas é que eu preciso meeeeeesmo agradecer o apoio que vocês têm dado à Casta 6. CHEGAMOS À 1K DE VISUALIZAÇÕES, EU TÔ MUITO TRISTE porém feliz rs que, então obrigada gente. Sério. Cês fizeram o meu dia hoje 💜

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