SEVENTH

By loryroux

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Changkyun estava acostumado a chegadas e partidas, mas a experiência de passar tanto tempo no mesmo lugar era... More

NOTAS INICIAIS
Boas vindas?
Rumores
Ajuda
Conceito de Casal
Saber lidar
Tentação
Brecha
Teia
Perfume
Rotina
Colaboração
Conforto
Outro lado
Feriado
Sintomas
Receio
Segredo
Intenções
Sugestões
Gincana
Saudade
Abrigo
Cor-de-rosa
Em Dobro
Precauções
Napolitano
Devaneio
Protagonista
Recompensa
Ímpar
Disponível
Dois por Um
Proposta
Encaixe
Premeditado
Fuga
Ponto Fraco
Cenário
Sétimo
Agradecimentos

Novos Hábitos

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By loryroux


Kihyun não sabia o nome da pessoa que estava enchendo o seu copo, mas tinha certeza de que era uma pessoa muito legal. Provavelmente a mais legal do mundo.

Já fazia algum tempo que não escutava muito bem o que Mingyu falava até que este realmente parou de conversar e os dois ficaram ali, bebendo calados. Estava tudo bem com o silêncio porque já tinha chorado tudo que tinha para chorar no ouvido do outro.

Mingyu não era a pessoa mais paciente do mundo, principalmente quando tinha a ver com dramas pessoais aparentemente fáceis de resolver. Ainda assim, ouviu todas as reclamações do Yoo sem protestar em voz alta, soltando uma ou outra opinião que seria devidamente ignorada.

Kihyun não estava atrás de uma solução porque não acreditava em uma. Ele queria apenas lamentar como era estúpido em ter se apaixonado por alguém que claramente, jamais olharia para ele com outros olhos.

— Não acha que já bebeu demais? – O Kim perguntou, pedindo silenciosamente que o barman desse um tempo em servi-lo.

— Ainda sinto os dedos dos pés, então não foi o suficiente.

— Você está sendo ridículo – foi direto – E essa é uma observação desnecessária porque você sabe muito bem disso.

— Me deixa em paz – Kihyun empurrou o braço do outro – Eu não preciso de sermão agora. Eu só preciso de um tempo.

— Um tempo? Pra isso precisa entrar em coma alcóolico?

Kihyun soltou um longo suspiro.

— Eu me sinto pressionado, Mingyu – choramingou – Eu estava conseguindo esconder isso muito bem...

— Sim, e agora todo mundo sabe, você já disse – o mais novo revirou os olhos – E você acha que o mundo vai acabar se você for lá e falar pra ele que quer dar pra ele porque vocês são muito amiguinhos. Eu entendi.

— Por que você é assim?

— Porque você está fazendo outra vez. Está resmungando como um bebê chorão e demorando pra tomar uma atitude quando não é tão difícil. Vai logo e fala com o cara. Se ele te der um fora, aí você enche a cara e supera, mas você 'tá sofrendo sem nem saber o que ele pensa de você ainda. Isso é masoquista e indigno da sua inteligência.

Kihyun soltou um muxoxo, irritado, principalmente por saber que Mingyu estava certo. Vinha fugindo de Shownu aquela semana inteira por não saber lidar com o fato de que ele era o único dentro daquela república que ainda não sabia sobre seus sentimentos e não fazia a menor ideia se estava aliviado ou se queria matá-lo por ser tão lerdo.

Tentou se levantar de onde estava sentado, mas tudo girou, fazendo-o se apoiar novamente sobre o balcão.

— Ei, vai com calma – o Kim disse, segurando-o pelo braço.

— Eu quero ir pra casa – resmungou.

— Vamos, eu te levo.

Além de paciente, estava sendo bastante prestativo. A verdade era que precisava disso pra manter a cabeça no lugar com Yoo Kihyun, ou os dois se matariam em dois segundos. O caminho até a Monsta X não foi longo demais; era uma cidade pequena, afinal.

Pararam em frente a república e Kihyun se virou melhor para Mingyu, na intenção de se despedir. Ele parecia preocupado, meio irritado por saber que o amigo estava se prestando àquilo.

— ...Gyu – chamou, com voz manhosa – Se você não tivesse namorado, eu namoraria você.

— Hum – o outro riu – Até parece – alisou seu rosto antes de dar um tapinha – Para de drama, seu bebê chorão. Entra logo.

Kihyun suspirou antes de dar as costas ao amigo e entrar em casa. Estava tudo escuro porque, novamente, era madrugada e estava ainda mais difícil encontrar o caminho das escadas até o segundo andar.

— Kihyunnie – ouviu a voz de alguém chegar atrás de si.

Antes mesmo de conseguir se mover rápido o suficiente, sentiu os braços fortes de Hyunwoo em sua cintura.

— Você demorou – o mais velho sussurrou – Estava morrendo de preocupação.

— Shownu – o menor sussurrou de volta, se permitindo ser sustentado até o andar de cima.

— Quieto.

Aquela era, pelo menos, a terceira vez que Hyunwoo precisava ajudá-lo ao chegar em casa. Na maioria das vezes, Kihyun não se lembrava muito bem do que havia acontecido quando o dia amanhecia e mesmo a vergonha não era o suficiente para fazê-lo pegar mais leve.

O Yoo se desequilibrou quando entrou no banheiro, sentando-se sobre a privada. Shownu segurou-o para não acabar caindo e o ajudou a tirar as roupas do menor.

— Você está tirando meu sossego, sabia? – Shownu disse, puxando-o para que ele se pusesse de pé.

A nudez tinha deixado de ser um problema havia algum tempo, mas diante das coisas que vinham enchendo a mente do Son nos últimos dias, teve que se refrear para não acabar fazendo uma análise imprópria para aquele momento.

— Não sei se gosto de quando sai com aquele seu amigo.

— O que? – Kihyun perguntou, ainda meio perdido.

— Esse que veio te trazer na porta... E que alisou seu rosto.

— Estava me vigiando?

Hyunwoo pigarreou quando o Yoo deu uma risadinha frouxa e embriagada e levou-o para debaixo do chuveiro.

— Já disse que estou preocupado com você – o mais velho voltou a falar – Tem exagerado esses dias e... Não fala comigo o que está acontecendo.

Kihyun não respondeu de imediato. Deixou que água fria lavasse seu corpo e tremeu, fechando os olhos. Shownu tentava se manter fora da ducha, mas as mangas da blusa não escaparam de se molhar. Ajudou Kihyun a lavar os cabelos, observando que ele ainda estava quieto e o fato de não ter respondido ao que ele havia dito o deixou apreensivo.

— Kihyunnie – chamou em voz baixa, fazendo o outro olhar pra si – Eu fiz algo de errado?

— Ahn?

— Eu acabei de dizer... Que estou confuso com esses seus novos hábitos. Você está estressado? Você costumava falar sobre tudo comigo e agora eu não sei como posso te ajudar e cuidar de você.

Shownu sabia que não era uma boa ideia ter aquela conversa quando Kihyun estava bêbado, mas não conseguiu se segurar.

— Eu fiquei pensando – voltou a falar – Se fui eu que te fiz algo. Parece pretensioso, mas...

Kihyun deu mais uma risadinha. Olhou-o com aqueles olhos pequenos, as gotas de água se prendendo aos cílios bonitos. Hyunwoo se distraiu o suficiente para se surpreender com a voz suave do Yoo chamando-o.

— Você é mesmo um grande... E adorável... Idiota, Son Hyunwoo.

Os braços se prenderam em volta do pescoço do mais velho e Kihyun colou o corpo pequeno e molhado ao do outro, trazendo-o para debaixo da ducha enquanto o beijava como sonhava desde que se descobrira apaixonado por ele. O corpo moreno abraçou-o de volta, praticamente sustentando seu peso, deixando o espanto de lado para dar lugar ao desejo que o invadiu.

Kihyun afastou-se ofegante depois de segundos longos demais e os olhos brilhantes eram tudo que Hyunwoo enxergava... Até que Kihyun se curvasse e colocasse até as tripas para fora.

Ok. Mais do que qualquer coisa, ele precisava terminar aquele banho agora.

OLAAAR

Foi mal pela falta de ontem gente, mas ESPERO Q O CAP TODINHO DOS SHOWKI TENHA AGRADADO

Vamos ver que bicho dá agora né?

Beijo no coração e até semana que vem <3

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