O CLUBE DOS JOVENS QUEBRADOS

By FelipeSali

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Quatro adolescentes com nada em comum se juntam em um clube secreto para resolver seus desafios pessoais. Jul... More

MUNDO DE SALI
capítulo um
capítulo três
capítulo quatro
capítulo cinco
-
capítulo seis
capítulo sete
capítulo oito
capítulo nove
capítulo dez
capítulo onze
Anúncio - temos uma camiseta oficial
capítulo doze
capítulo treze
capítulo catorze
capítulo quinze
capítulo dezesseis
capítulo dezessete
capítulo dezoito
capítulo dezenove
Fim da temporada e avisos
ICK FOI PUBLICADO

capítulo dois

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By FelipeSali


Então, você voltou.

Apesar dos meus dias serem vazios, demorei para escrever este capítulo porque as horas escapam entre meus dedos, minuto a minuto, me deixando sem tempo livre. Quando você envelhece, passa a ficar muito mais consciente da passagem do tempo. Faço tudo com metade da velocidade que costumava fazer. O simples ato de ir até o meu quintal gritar com as crianças que fazem barulho na rua parece uma viagem até a China.

Mas você não quer saber sobre os resmungos de um velho ranzinza e sim sobre o clube dos jovens quebrados. Os quatro jovens aparentemente sem nada em comum que começaram a construir uma amizade que durou décadas. Eu entendo, eu entendo...

Mas antes, eu quero falar brevemente sobre o Marcelo.

Marcelo era um garoto bonito que estava sentado no banco da praça do seu bairro em plena tarde de quarta-feira. Sua cabeça raspada não suportava o vento gelado que soprava e por isso ele usava o capuz da sua blusa da Adidas. Era possível encontrar fones no seu ouvido que tocavam o melhor do hip-hop anos noventa.

O rapaz levou um susto quando outro garoto um pouco mais novo que ele pulou no espaço vago do banco. O estranho o encarou por alguns segundos antes de falar:

— Mano, tu não lembra de mim? — Parecia entusiasmado.

Marcelo fez o seu melhor, mas nada surgiu em sua mente.

— Cara, foi mal, mas...

— Da escola, véi! Nós ficamos na mesma sala, tipo nas primeiras séries! A gente sentava lado a lado, mano!

— Mesmo? Po, faz tempo!

— Mano, tu não lembra de mim, mas eu conto para todo mundo que sou seu amigo! Os caras da minha quebrada toda sabem que tu é!

Marcelo fez o máximo para agir normalmente.

— Sabem?

— Sim! A sua mixtape fez muito sucesso por lá! Bombou! Os caras andam com o carro rebaixadão bombando seu rap nos alto-falante! BUM, BUM, BUM! Chega treme o chão! Ficou profissa demais!

— Ah, cara — Marcelo gravou algumas rimas no estúdio do seu amigo e disponibilizou no YouTube. Os vídeos tiveram alguma repercussão positiva, chegando até a toca na rádio FM local. — Valeu, mas foram as primeiras paradas que gravei. Ainda tenho que melhorar e...

— Não, mano! Tu mandou bem demais! Só que vai ter que me prometer, não vira esses Poesia Ac;ústica da vida! Tem que se manter raíz, ta ligado? Não pode virar as costas pra quebrada e ficar rimando pra playboy! Isso é traição!

— Mano, fica tranquilo. Nem quero seguir carreira. O rap foi mais na zoeira, mesmo.

— Mas ta chovendo dinheiro, né não?

— Nada, cara. Nada. Não ganhei um centavo.

— Sérião?

— Sérião...

— Vixe, mano. Então tu não pagou o Adauto ainda?

Marcelo sentiu o seu corpo inteiro gelar. Como ele sabia disso?

— Cara, o meu lance com o Adauto está resolvido. Ele sabe que vou pagar assim que tiver a grana! E como é que você sabe disso? Quem te contou?

— Ah, mano. O pessoal comenta, sabe como é.

— Não sei, cara. Agora segue o teu rumo aí. Se quer saber, eu nem lembro se a gente estava na mesma escola mesmo!

— Calma, cara. Não precisa ficar assim!

— Véi, eu-não-te-conheço! Tu vem aí sabendo tudo da minha vida? Segue teu rumo! Vaza!

— Foi mal, véi.

— Vaza!

O cara levantou meio envergonhado e saiu andando cabisbaixo. Marcelo colocou os fones de ouvido de novo e tentou se acalmar. Sentiu o seu coração querendo saltar do peito. Então alguém andou falando sobre a sua dívida com o Adauto e isso não é bom. Mas também não é razão para desespero. Ele conversou pessoalmente com o Adauto e acertaram todos os pormenores da dívida, incluindo os juros e prazos de pagamento.

Está tudo certo.

Foi quando sentiu um golpe nas suas costas. Como se alguém tivesse lhe dado um soco forte. Levantou-se de um pulo e viu quem o atingiu. A quinze passos dele, o rapaz com quem estava conversando segundos atrás apontava uma arma na sua direção.

Enxergar a arma foi o estalo que ele precisava para entender que não levou um soco e sim uma bala nas costas e só então a ferida passou a doer. Isso é comum. O furo que um projétil faz é tão rápido e preciso que demora algum tempo para a pessoa sentir o ferimento.

O rapaz atirou mais vezes. Atingiu Marcelo no peito, no pescoço e três vezes na barriga.

— Desculpa, cara — o estranho disse friamente. — Mas Adauto cansou de esperar. Eu estou só cumprindo ordens.

Marcelo caiu no chão e sentiu o seu batimento cardíaco subir drasticamente para então ir abaixando aos poucos. A sua visão ficou turva e a boca seca. Eu não estava lá e não sei no que ele pensou nos seus últimos segundos de vida, mas imagino que se acontecesse o mesmo comigo eu lamentaria o fato de morrer sozinho em uma rua deserta.

Guarde essa cena na sua memória, ela será útil mais para frente. Agora, vamos falar sobre os nossos garotos do...

Eles um excelente tempo juntos na Sala do Simão durante a detenção. Comeram doces e jogaram video-games. Conversaram bastante e riram juntos.

Apesar disso, Davi, Juliana, Gabriel e Maria não se tornaram amigos instantaneamente.

Quando os primeiros raios de sol apareceram naquela manhã, a mãe de Maria apareceu de carro na porta da escola para pegar a menina e levá-la para cara. Os pais de Juliana e Gabriel chamaram um Uber para cada um. Davi foi o único que passou mais algumas horas na escola, pois precisou esperar que os ônibus voltassem a circular.

Eles se despediram efusivamente, com abraços e sorrisos confidentes, mas no dia seguinte tudo voltou a ser como era e eles se tornaram estranhos novamente. Não mantiveram contato ao longo da semana salvo raras exceções de quando se encontravam nos corredores do colégio e acenavam timidamente um para o outro.

Durante uma das suas sessões com a orientadora Milena, Juliana chegou a comentar sobre a noite da detenção:

— Eu já conhecia Maria e sabia que ela era legal, apesar de toda timidez e tal — comentou. — Mas foi o Davi que me surpreendeu. Que cara inteligente e interessante! Ele sabia tudo sobre qualquer assunto que surgia! E até o Gabriel, que parecia um babaca, acabei descobrindo que é um bobão de bom coração.

— Parece que você fez bons amigos — Milena comentou.

— Amigos? Não sei. Eu tenho muitos colegas, mas acho que não sou muito de ter amigos. Na verdade, acho que nem sei diferenciar colegas de amigos. Como as pessoas fazem isso?

— Fácil — Milena respondeu. — Amigos são aqueles com quem você sente vontade de ser você mesma.

— Uau! Da onde você tira essas frases matadoras?

— É o meu trabalho, Juliana.

— Mandou bem! Mas voltando ao assunto... não acho que vamos manter contato. Seguimos um ao outro no instagram, mas por enquanto é só.

— Eu não diria isso. Para ser honesta, todos vocês comentaram comigo sobre a noite de detenção. Acho que foi até divertida, o que não era nem de longe a minha intenção!

— Fazer o que? Nós somos imunes a castigos.

Juliana pensou na frase de Milena, mas não teve coragem de mandar uma mensagem nem para Davi, Maria ou Gabriel. Mais de uma vez, chegou a abrir a direct do instagram, olhar para a tela do celular só para então desistir.

Duas semanas depois, Juliana voltou à sala de Milena e levou um choque. Encontrou algo que definitivamente não estava esperando. A porta estava trancada e as luzes de dentro apagadas, o que era atípico, é claro, mas nem de longe a pior parte.

A porta estava completamente vandalizada com rabiscos, marcas feitas com chaves e pichações. Alguns bilhetes grosseiros também foram colados. As mensagens eram violentas, sádicas e não tinham relação aparente. A que mais se destacava estava escrita em tinta vermelha e letras garrafais:

SUA COMUNISTA DE MERDA

Alguma coisa muito ruim acabara de acontecer, ela podia sentir.

A primeira reação de Juliana foi procurar pela Maria para contar o que acabou de ver, mas foi Gabriel que encontrou primeiro:

— Juliana, você ficou sabendo? — Ele perguntou ofegante.

— Sim! A porta da sala está toda zoada e eu não entendi nada e...

— Que? De que porta você está falando? Eu estou falando disso daqui — entregou o Iphone nas mãos trêmulas da menina. — Todo mundo está twittando sobre isso, a Milena foi demitida!

"A Milena foi demitida".

— Mas, mas, mas — Juliana mal conseguia processar as mensagens que lia. Como algo assim acontece da noite para o dia? — Eu não estou entendendo. O que ela fez? Por que as pessoas estão twittando que ela mereceu?

— Ouvi algumas versões, mas parece uma história muito mal contada. Mais boatos do que fatos.

— Vou falar com o diretor. Você vem?

— Claro!

Quando chegaram na sala, encontraram Davi e Maria esperando o diretor atendê-los. Eles também souberam da notícia e foram tentar descobrir os detalhes. Maria aceitou acompanhar Davi com a condição de que só ele falasse, pois o diretor a intimidava demais.

George, o diretor, ficou surpreso com a comoção. Nunca antes algum aluno reclamou sobre a demissão de um professor e muito menos de uma conselheira. Ele foi educado e paciente. Deixou que se sentassem e fizessem perguntas, mas dizia não ter como responder tudo de maneira satisfatória.

— Peço desculpas, garotos. Mas estamos sofrendo muita pressão para continuarmos adotando a política de tolerância zero.

— Tolerância com o que? — Davi perguntou.

O diretor suspirou.

— Houve uma denúncia de um aluno. Ele disse que a senhora Milena tentou doutriná-lo com ideias socialistas enquanto conversavam. Falar sobre esses assuntos em ambiente escolar virou crime recentemente e os pais de alunos são bem passionais em relação a nova lei.

— Isso é um absurdo! — Juliana exclamou. — Eu passei horas conversando com a Milena toda semana e isso nunca aconteceu comigo!

— Nem comigo! — Davi reforçou.

— Muito menos comigo! — Gabriel se uniu ao coro.

Maria até sussurrou algo em apoio, mas foi tão baixo que apenas ela ouviu.

— Eu lamento, crianças. Mas não há nada que eu possa fazer. A decisão já foi tomada.

Juliana bufou, levantou-se da cadeira e saiu da sala batendo a porta sem dizer mais nada. Davi foi o único que realmente agradeceu ao diretor por atendê-los enquanto se retirava.

Eles se sentaram juntos em público pela primeira vez naquela tarde. Ficaram na mesa do refeitório reclamando da injustiça que acabara de acontecer. Milena foi condenada sem provas por algo que nunca fez, era óbvio. Mas quem fizera a denúncia? E com qual motivação?

— Dane-se tudo isso — Juliana disse. — Eu vou na casa dela depois da aula. Quem vai comigo?

Todos toparam.

Gabriel chamou o Uber, Juliana sabia o endereço de cabeça por morar a algumas quadras da casa da conselheira.

Mas a visita não foi como esperavam.

Quem atendeu o portão primeiro foi a esposa de Milena que levou um susto ao notar aquela pequena procissão de adolescentes. Voltou e chamou Milena que não sorriu ao vê-los, se limitando ao perguntar preocupada:

— O que vocês estão fazendo aqui?

— Nós viemos entender o que aconteceu! — Foi Juliana que falou por todos. — O diretor não nos explicou nada direito e achamos que podemos encontrar uma maneira de fazer você voltar.

Milena passou a mão em seus cabelos escuros.

— Meninos, obrigado pela preocupação de vocês, de verdade. Mas eu fui demitida do meu emprego acusada de comportamento inadequado com um aluno ao falar sobre política com ele e se alguém ver quatro outros alunos na porta da minha casa as coisas podem ficar ainda piores para o meu lado.

— Oh... nós não pensamos nisso... — Juliana respondeu.

— Bom, agora vocês precisam ir.

— Então é isso? Tchau?

— Sim, tchau.

E fechou o portão.

Os quatro ficaram em silêncio. Poucos segundos depois o portão voltou a abrir e Milena apareceu chorando.

— Eu também vou sentir falta de vocês — ela disse. — Trabalhar para vocês foi a melhor coisa que já me aconteceu. Mas o fim faz parte de tudo, até das coisas boas.

Não foi a despedida ideal, mas foi a que existiu.

O grupo entrou em uma lanchonete da esquina e conversaram sobre o que deveriam fazer. No final das contas Gabriel ficou encarregado em descobrir quem fez a denúncia o que seria difícil já que ele é amigo de praticamente todo mundo da escola. Ele e Juliana foram os primeiros a irem embora.

Quando Maria puxou o celular para chamar o UBER, fez cara de choro.

— Está tudo bem? — Perguntou Davi.

— Sim... é que o meu celular descarregou — ela disse. — Não tenho como chamar o UBER. Você pode chamar para mim?

— Desculpa, mas eu não tenho aplicativo de transporte no meu celular.

— Não?

— Não, mas você pode ligar para a sua mãe do meu celular, se quiser.

— Eu não sei o número dela de cabeça — apesar de ser uma situação simples, o coração de Maria começou a palpitar — Não sei como voltar para casa.

— Pega o ônibus ué — Davi disse. — É o que vou fazer.

— Ah, sim, o ônibus — Maria ficou vermelha. — É que eu nunca peguei o ônibus antes.

Davi riu.

— Ok, eu vou com você! É só me dizer o endereço e eu tento pensar qual é a melhor linha.

Eles encontraram um ponto de ônibus algumas quadras para frente e esperaram passar a linha certa. Entraram, pagaram o cobrador e encontraram um banco onde poderia sentar-se lado a lado.

Ficaram em silêncio. Maria era péssima em puxar assunto e Davi meio que já tinha entendido isso a aquela altura.

— Por que você fica olhando para o chão? — Perguntou.

— O que?

— Eu notei isso agora. Você anda olhando para o chão. Por que?

— Ah, não sei — ela ficou vermelha enquanto respondia. — Acho que não gosto de quando cruzo o olhar com o de outras pessoas.

— Hum... E tem alguma razão para isso?

Maria tirou os fios de cabelo que caíam nos olhos e colocou atrás da orelha. Sempre fazia isso quando queria alguns segundos a mais para pensar no que dizer.

— Sei lá. Eu odeio passar por situações constrangedoras e praticamente qualquer coisa me constrange, sabe? Tipo quando estou andando na rua e outra pessoa está andando na direção oposta e então ficamos frente a frente e eu tento desviar pela direita, mas a outra pessoa desvia para o mesmo lado e então ficamos meio que dançando no meio da rua antes de seguirmos o nosso caminho. Eu odeio isso!

— Sabe, isso aconteceria menos com você se olhasse para a frente enquanto andasse.

Maria ficou tão vermelha que lembrou um pimentão maduro.

— Foi uma brincadeira! — Davi tentou consertar a situação. — Eu mesmo sou o rei das situações embaraçosas!

— Mesmo?

— Sim! Uma vez fui ao cinema e comprei um copão de Coca-Cola que coloquei no porta copos da cadeira. Fui bebendo todo feliz e só na metade do filme o cara que estava do meu lado me cutucou e disse "moço, você está bebendo a minha Coca".

— E você estava?

— Sim! No começo eu não entendi direito, mas aí saquei que coloquei a minha Coca no porta copos do lado esquerdo e fiquei bebendo a Coca que estava no meu lado direito! Era a dele!

Maria começou a rir. Uma pequena vitória particular para Davi.

— Uma vez eu fui de calça jeans para a escola e notei que estava com a braguilha aberta! — Maria contou.

— Ah, isso não é nada. Eu tenho certeza de que ninguém nunca nota outras pessoas com a braguilha aberta.

— Você está maluco? É claro que notam!

— Você mesma já viu alguém com a braguilha aberta na rua?

— Acho que não,

— Aí é que tá! Com certeza alguém passou com a cueca a mostra na sua frente, mas você apenas não notou!

— Bom, se alguém passar de cadarço desamarrado eu noto.

— Sério?

— Ah... Não... Foi uma piada. É que, tipo, eu ando olhando para o chão e...

— UAU! Você fez uma PIADA!?! Estou impressionado demais para rir.

O clima ficou leve entre eles. Aquele tipo de leveza que é gostosa, mas também incomoda um pouco. É como se houvesse algo posto no espaço do banco entre ele. Um objeto com textura e cheiro. Cor e calor. Porém, invisível. Ambos sabem que a coisa está lá, mas não podem falar sobre ela. Então falam sobre outras assuntos, continuam rindo, aproveitam o momento enquanto, no fundo, ainda tentam entender o que está acontecendo. É uma sensação esquisita, mas Davi e Maria definitivamente queriam se sentir assim mais vezes.

Essa é uma coisa chata sobre momentos: eles não se repetem.

Maria e Davi poderiam pegar o mesmo ônibus, numa tarde tal qual aquela, com a mesma temperatura ambiente, vestindo as mesmas roupas, conversando sobre as mesmas coisas e ainda assim o momento não se repetiria exatamente como foi antes. Vivemos uma coisa única de cada vez.

O celular de Davi vibrou.

Ele puxou do bolso da sua calça jeans e congelou ao encarar a tela. Maria ficou preocupada.

— Você está bem? — Perguntou.

Não, ele não estava bem. Pois, acabara de receber uma mensagem que nunca vai esquecer.

"Davi, corre para o bairro. O seu irmão acabou de ser baleado na praça. Ele não aguentou e morreu". 

***

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