Wilder (l.s. AU Djinn!Harry)

Por LarryIsMyHome

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Louis Tomlinson é sobrinho de um homem importante da nobreza que viveu recluso e protegido a vida toda, num m... Más

PROLOGO
CAPITULO I
CAPITULO II
CAPITULO III
CAPITULO IV
CAPITULO V
CAPITULO VII
CAPITULO VIII
CAPITULO IX
CAPITULO X - Final

CAPITULO VI

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Por LarryIsMyHome

Oláá, minhas joinhas raras! A aventura continua. Obrigada pelos comentários e votações, é meu combustível ;)

Boa leitura, Wilds!

~o~

Arranjar um barco, como mostrado, não é uma tarefa muito simples quando parece que você saiu de um arbusto e não tem praticamente nenhuma moeda em seu nome.

- Licença, senhor.

- Ah, desculpa, rapaz. Não tenho nenhum dinheiro sobrando.

- O quê? N-não, eu não--

- E eu temo que há uma politica de tolerância zero de mendigar em docas.

- Perdão? Como ousa! Com quem acha que está falando!

- Eu não sei, senhor. Quem é você?

- Eu... Bem, eu... - Louis pigarreia. - Estou procurando comprar passagem de barco para Umar.

- Valor mais baixo seria 8 pratas, imagino. Você tem 8 pratas, senhor?

-...

- Por favor, se retire das docas, senhor.

Todo mundo que Louis tenta perguntar, assume o mesmo. Ele acha que entende o motivo - suas roupas estão em trapos e está coberto com pequenos arranhões e cortes. Com certeza não parece em nada com o jovem cortês que era em Ziya.

- Harry, eu descobri o problema!

- Você não deveria ter dado todo nosso dinheiro?

- Não. O problema é nossa aparência. Precisamos nos tornar apresentáveis.

- Isso não é uma solução.

- Não, é sim! Em Ziya, minha tia e tio só precisavam entrar num lugar para as pessoas começarem a os encher de presentes de graça.

- As pessoas os conheciam. Provavelmente os temiam.

- Isso pode ser verdade... Mas é só parte da razão. A maior parte é simplesmente parecer que você merece bom tratamento.

Harry está duvidoso, mas segue seu mestre para uma pousada mesmo assim. Todos se viram para olhar quando entram. Ou pelo menos se viram para encarar Harry. Louis se dá conta de que se Hamza deu a descrição deles pela cidade, esse é o momento que serão condenados.

Não existe muitos Djinn albinos de qualquer jeito. Mas aí todos viram as costas de volta para suas bebidas e Louis respira novamente. A dona da pousada - de meia idade e rosto gentil - sorri quando se aproximam do bar.

- Bem-vindos, queridos. Em que posso servi-los?

- Vou ser honesto, eu não tenho nenhum dinheiro.

- Entendo... - a dona assente em reflexão. - Saia.

- Não, por favor! Não precisamos de um quarto, mas por favor, só um banho.

- De onde você é, rapaz?

-...Umar. - mente.

- Hm... Você fala bem. Tem boa postura. E parece que essa foi uma roupa legal antes. - ela o inspeciona com olhos semicerrados.

Louis não sabe o que ela está pensando.

- Oh, querido, vá em frente e se sente.

- Obrigado!

Harry e Louis se sentam numa mesa vazia. Não muito tempo depois, a dona aparece com um prato de comida quente.

- É só sobras, mas é por conta da casa.

A mulher sobressalta, não esperando que o Djinn se sentasse também. Louis se lembra que, de volta numa cidade de humanos, na visão dos outros, Harry é o escravo dele. Não deveria estar sentando com o mestre.

- Uh-- Eu vou buscar outro prato pro seu Djinn.

Felizmente, a dona ignora essa falha de etiqueta e traz outro prato de comida para Harry.

Harry não diz nada, mas suspende uma sobrancelha para Louis todo sabichão. O rapaz pensa que parte do albino gosta quando um humano o trata como se fosse nada porque aí ele tem razão e pode dar essas olhadas.

- Pode ser só sobras, mas...

- Parece gostoso - Harry completa por ele.

Os dois devoram a comida, incapazes de se segurar. Faz tanto tempo desde um jantar decente. Depois, o estomago parece estufado e Louis se inclina com as mãos na barriga. Harry tão confortável e contente quanto ele.

- Oh bom! Você comeu tudo! - a dona retorna. - Diga, gostaria de me seguir?

Com isso, ela já está os levando para a cozinha. Harry e Louis trocam olhares de confusão, mas a seguem. Na cozinha, uma banheira de madeira está localizada perto do fogo, enchida até a beirada com água quente. A cozinheira da pousada está parada perto dela, os lançando um olhar aborrecido quando a dona a expulsa.

- Joguem suas roupas do lado de fora antes de banhar e eu as lavarei.

Com isso, eles são deixados sozinhos.

- Isso é... Muito gentil da parte deles.

- Hah. - Harry bufa.

- O quê?

O albino revira os olhos.

- Essa mulher não é estupida. Ela pode sentir o cheiro de nobreza em você e está mirando por um favor.

- Talvez esteja certo.

- Marque minhas palavras. Você verá.

Louis molha os dedos na água, testando.

- Ai! - ele os recua imediatamente. - Quente demais.

Harry se aproxima da banheira e mexe na água com a mão dele.

- Tá boa.

- Parece que você irá entrar primeiro, então.

- Tudo bem pra você, Shahbanu?

- Desde que você não demore muito.

- Heh. Claro.

Estava escuro quando Louis finalmente pôde entrar na banheira. Harry está sentado longe, as costas pro mestre, encarando a porta. É cavalheirismo da parte dele, mas Louis também acha que o Djinn está tentando o ensinar uma lição. Para mostrar o quão pequeno o que aconteceu entre eles significa.

- Harry, eu estava pensando--

- Não.

- Não? Não o quê?

-...Só não.

O que mais Louis pode fazer fora suspirar e acabar o assunto?

- Mmm... - ele levanta uma perna da água para esfregá-la e limpar.

A água esparrama e o humano nota as orelhas do Djinn se contraírem. A linha de suas costas se endurecendo com a tensão. Talvez ele esteja, na verdade, ciente do mestre. Nu. Tão próximo... Tão longe.

Assim que os dois estão banhados e limpos enrolados com toalhas, a dona retorna para a cozinha com as roupas deles. Ao se vestir, Louis percebe que não é exatamente a mesma roupa que deu para ela.

- Você... A consertou?

- Agradeça a cozinheira. Ela é uma genia com uma agulha. Pegou uns tecidos antigos que tínhamos jogado por aí e costurou sua roupa rapidinho.

- Obrigado! Muito obrigado, de verdade. - Louis fica tão feliz que dá um salto. - Harry, o que acha?

- Hah. - previsivelmente ele só bufa.

A dona dá um olhar curioso e o Djinn rapidamente retira a expressão insolente.

- Está bom, Mestre.

Louis sente que terá problemas com isso mais tarde.  Quando saem, o rapaz agradece a mulher mais uma vez.

- Foi um prazer, meu senhor. Tudo que eu peço... É que, por favor, se lembre da minha humilde pousada pequena, quando você ou sua família passarem por aqui de novo.

Harry dá outro olhar triunfante para Louis, que o ignora. Está ficando tarde, mas eles ainda precisam encontrar um barco. O chefe do porto os vê chegando e põe um rosto exasperado. Mas, percebendo o visual melhorado, ele cede com um suspiro.

- Escute senhor, tem um barco que vai sair para Umar em três dias. Agora, não posso fingir que não vi seu Djinn albino. Nos empreste ele, nos deixe colocar para trabalhar nas docas e eu vou falar de vocês, colocá-los no barco.

- Não. - o chefe do porto fica surpreso com a resposta de Harry, um comportamento nada escravo.

- Uh, nos dê licença só por um momento.

Louis puxa Harry para um canto.

- Harry, eu sei que isso não é ideal--

- Ideal?! Você quer me emprestar para esses estranhos como se eu fosse uma ferramenta.

- Eu não quero. Você não precisa fazer isso se não quiser. A escolha é sua. Nós-- Nós podemos pensar em outra coisa.

-...Merda. Não, a gente não pode. Estamos fodidos. Já que você gastou parte da nossa grana.

Harry nunca vai deixar isso de mão, pelo visto.

- Por favor, se sinta livre de trazer isso a tona em toda oportunidade.

- Ah, eu pretendo.

- Uh, senhor? Sua resposta?

- Eu farei isso. - Harry responde por Louis, virando o olhar intenso e branco para o chefe do porto.

- Oh. Uh, excelente. Esteja aqui amanhã assim que amanhecer.

Louis fecha o acordo com o homem e leva Harry para longe antes que possa erguer mais suspeitas.

- Então, Shahbanu? Os próximos três dias estão decididos para mim. O que você vai ficar fazendo?

- Vou perguntar se eles precisam de uma mão na pousada. Não vai doer ter um pouco mais de dinheiro em nossos bolsos, certo?

-...Hm. Você ao menos tem capacidade para um dia de trabalho? Sentar em algum quarto perfumado tomando chá não faz mais seu estilo?

Louis ignora o insulto, algo que está ficando muito bom em fazer se falar por si mesmo, e retorna para a pousada. Hora de abusarem da sorte. Como esperado, as intensões de Louis não importaram. A dona da pousada ficou feliz em dar um quarto, mas com a condição do humano trabalhar durante o dia.

Na manhã, Harry vai pro trabalho e Louis põe o avental. Aquela noite, o Djinn volta. De mal humor, exausto e fedendo a suor. Mas após outro banho e uma refeição generosa, ele não fica mais tão aborrecido. Ele conta pro menor que escutou uma fofoca.

Dois homens falando sobre "os fugitivos de Ziya" e como foram avisados que procurassem por um jovem rapaz e seu Djinn. Mas sem menção da raça do Djinn. Pareceu estranho que Hamza não compartilharia essa informação para o povo de Dijarah. Eles já teriam sido vistos e apreendidos.

Mas como Harry disse, as pessoas ficam meio alteradas quando se trata de um Djinn albino. Ficam gananciosas e estúpidas. Dizer para elas que tem um albino na área, ilegal e livre para captura, acabaria em caos.

Depois de tudo que Harry já contou para Louis sobre si, sobre como ele ser albino não tem nada de especial "Humanos são tão bobos" é um pensamento bem Harry, mas que vem naturalmente pro mestre.

Os primeiros dois dias passam rapidamente, ambos dando seu melhor e dormindo assim que os estômagos ficam cheios. O dia antes do barco partir, Louis vai para as docas no intervalo. Não é difícil de encontrar Harry, e o humano fica paralisado com o quão forte o albino é, e o quão duro ele está trabalhando.

Está facilmente carregando três vezes mais do que qualquer outro trabalhador humano. E duas vezes mais que os outros Djinn. Quando coloca sua parte no chão, nota o mestre e se aproxima.

- Shahbanu.

- Sim? - a resposta de Louis sai um pouco atrasada, distraído com o suor escorrendo pelo bíceps do maior, desaparecendo na curva do cotovelo.

- Heh.

A cabeça do garoto se levanta, sendo pego no flagra.

- Apreciando a vista?

- O-o quê?

Harry flexiona o bíceps. Ele realmente flexiona e dá um sorrisinho. Se Louis não soubesse melhor, chamaria isso de... Flerte.

- Não é uma vista ruim, admito. Embora nada muito especial.

- Oh mesmo? Por isso que não consegue tirar seus olhos dela? - Harry pigarreia. - De qualquer forma, o chefe do porto disse que posso ir embora assim que terminar de descarregar as caixas. Adivinha, acabei de terminar.

É uma conversa tão inusitadamente normal, que demora um momento para Louis assimilar o proposito.

- Você... Gostaria de ir para algum lugar antes de voltar?

- Você está me chamando para um encontro? - Louis dá enfase em encontro.

- N-não torna isso estranho! - o Djinn cora, se emburrando. - Se você não quiser ir para lugar nenhum, não iremos. Ah quer saber? Só esquece!

- Espera! Nós poderíamos--

Louis se interrompe e Harry nota a mudança na expressão imediatamente. Dessa vez, é a vez dele de agarrar o braço do albino e arrastá-lo para longe de vista, por trás de uma esquina. Os dois espiam e confirmam que sim, estão de fato condenados.

- Hamza.

O capitão anda pela multidão com largos passos lentos, os olhos atentos.

- Eu tive de evitar alguns soldados aqui e ali nesses dias. Mas se ele está aqui... - Harry murmura.

Hamza para pra falar com um grupo de trabalhadores nas docas. Ele faz algumas perguntas e há uma sensação terrível no estomago de Louis.

- Nós temos que sair daqui. Agora. Antes que alguém o aponte direto pra gente.

Eles correm de volta para a pousada e como que para provar o quão condenados estão, de repente tem mais patrulha de soldados de Ziya para eles desviarem no  caminho. Passam o resto do dia trancados do lado de dentro, temerosos.

Na manhã seguinte, eles se colocam na cozinha vazia e discutem o que fazer.

- Temos um barco para pegar. Não podemos perdê-lo!

- Se Hamza falou com o chefe do porto e mencionou um Djinn albino, inferno, se mencionou qualquer coisinha sobre um rapaz de fora e seu Djinn, é isso. Estamos acabados. Quando entrarmos a bordo do barco essa manhã, pode ter um batalhão inteiro nos esperando.

- Eu não acho--

- Calado.

Os olhos brancos encaram a porta. Se aproximando, ele a abre e revela... Os olhos arregalados da dona da pousada; o rosto pálido.

- Vocês são eles. Os fugitivos. Os-os assassinos.

Harry a agarra e arrasta para a cozinha. Ele a joga numa cadeira e fica na frente, bloqueando escapatória. A mulher está tremendo.

- Eu-eu não contaria pra ninguém! E-eu prometo!

Harry olha pro mestre, a expressão infeliz e decidida.

- Eu vou matá-la.

- Não! Por favor, não! Senhor, por favor! Eu n-não te tratei bem? Eu não contarei a uma alma! Eu prometo, prometo!

- Não podemos arriscar. Louis. - Harry usar o verdadeiro nome do mestre chama a atenção dele. - Não podemos arriscar. Eu tenho que matá-la.

Lágrimas escorrem pelo rosto da mulher. A verdade é que Louis não confia nela. Se as posições fossem trocadas, não sabe dizer com honestidade se ele contaria. Ela poderia colocar um fim em tudo. Harry está firme, pronto para sujar as mãos de sangue por eles.

-...Mate-a, Harry.

Harry assente, sombrio.

- Não! Não, você não pode!

O Djinn ergue as garras no ar. A dona da pousada desliza para o chão, implorando de joelhos, lágrimas e muco escorrendo. Ela parece devastada. E Harry-- Harry hesita.

Harry não consegue.

- Vem, Harry. Vamos perder o barco.

Eles saem, o choro da mulher zunindo atrás deles. Os dois caminham cuidadosamente pelas ruas, agradecidamente sem encontrar nenhuma patrulha, até chegarem nas docas. Quando estão para embarcar, o próprio capitão do barco os interrompe.

- Eu conheço vocês.

O mestre e Djinn congelam. É esse o fim?

- Olha, aquele velhote pode ter me pedido para dar passagem para vocês, mas eu não sou gentil com pessoas que não pagam no meu barco. Se querem embarcar, vamos colocar seu Djinn para trabalhar com a gente pelo resto da viagem.

O alivio de não serem descobertos se amarga profundamente com a probabilidade de usar Harry para mais trabalho duro. Louis abre a boca para discordar, mas Harry é mais rápido.

- Tá. - ele reverencia o capitão. - Eu ficarei feliz em ajudar.

O capitão fica satisfeito com isso e os convida a bordo. Quando sobem para o deck, Harry se inclina para  o mestre:

- O que for preciso para sair daqui, Shahbanu. O que for preciso.

O terror que esteve segurando o coração de Louis desde ontem se aperta mais com a liberdade começando a parecer tão próxima. Não tem nenhum incidente. Ninguém em posição os esperando. Nenhuma prisão. Mas não é até o barco sair do porto, que o terror finalmente diminui.

Será que conseguiram mesmo? Será que escaparam?

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