Castelo Minori - O Lado Sombr...

By AmandaMartins596

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------Atenção! Esse é o segundo livro da história Castelo Minori------ Diana nunca imaginou que a cor de seu... More

⇜Prólogo⇝
Capítulo 1 - Na Estrada Novamente.
Capítulo 3 - Pedido de Ajuda Inesperado.
Capítulo 4 - Desavenças.
Capítulo 5 - Despedidas ao Luar.
Capítulo 6 - Uma Proposta Arriscada.
Capítulo 7 - Três Nunca é Demais...
Capítulo 8 - Boas Vindas Não Tão Boas...
Aesthetics dos Personagens
Capítulo 9 - O Guardião da Lótus?
Capítulo 10 - Os Três Anciões.
Capítulo 11 - Visitas Inesperadas.
Capítulo 12 - O Início de uma Guerra.
Capítulo 13 - "Aquela que não devia existir".
Capítulo 14 - Arco de Fogo.
Capítulo 15 - Segredos.
Capítulo 16 - Perigos nas Sombras.
Personagens
Capítulo 17 - Vermelho como o Sangue.
Capítulo 18 - A Grande Fera Marinha...
Capítulo 19 - Ajoelhe-se!
Oi S2
🎀 Grupo no Whatsapp 🎀
Capítulo extra - Recapitulação.
Capítulo 20 - Dança entre Sombras.

Capítulo 2 - Imortalidade.

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By AmandaMartins596

*Magnus narrando*

- Já escolheu o nome? - perguntei a Red enquanto ela acariciava sua barriga.

- Ainda não - respondeu ela enquanto sorria.

- Será que ela terá orelhas pontudas iguais as suas? - falei ao apoiar minha mão em sua barriga.

- Talvez sim, ou... será iguais a suas - brincou Red ao segurar de leve minha orelha. - Mas... eu ainda acho que ela terá uma aparência mais humana. Suas pequenas orelhas e olhos serão iguais ao pai.

- E a cor do cabelo será igual ao da mãe...

- Bem, infelizmente nós nunca iremos saber como será a nossa filha ou filho - Red disse em um modo sombrio ao olhar para mim. - Afinal... nós estamos mortas por sua causa, Magnus.

Acordei e me ergui rapidamente, um suor frio percorria pelo meu rosto e apenas um facho de luz que vinha da cortina iluminava o meu quarto. Essa não era a primeira vez que eu tinha esse tipo de sonho, eu sempre era atormentado pela perda de ambos. Talvez a culpa fosse realmente minha, se eu ao menos fosse mais forte naquela época, nada disso havia acontecido... Se eu tivesse dado mais atenção ao Dragor, talvez eu teria o feito parar... teria o ajudado a não ser devorado pela maldição. Mas é tarde demais para pensar em um "talvez".

Ao me levantar, fui em direção ao banheiro e eu acabei tropeçado em uma pequena pilha de livros que havia no chão, praguejei baixinho e continuei meu caminho. Tirei minhas roupas e as deixei em um canto do banheiro, liguei o chuveiro e deixei que a água percorresse pelo meu corpo. Aquela mesma cena do meu sonho ficava se repetindo em minha mente enquanto eu sentia meu corpo esquentar com a água do chuveiro. 

Desde que Mirella havia contado sobre o plano de seu pai, eu simplesmente não consegui ter um bom sonho. Pensar na ideia de trazer a Red de volta me incomodava, com certeza iria a ver outra vez, mas não seria mais a Red, algo maligno estaria ocupando aquele corpo. Isso não é natural...

Dragor iria adorar ter alguém igual a ele ao seu lado... principalmente se esse alguém fosse ela. Só de pensar em vê-la neste modo, me quebrava por dentro. Red nunca iria querer isso, e muito menos o guardião da floresta.

Após sair do banheiro, coloquei roupas novas e sai do meu quarto. Era uma manhã de agosto bastante fria, me encolhi em meu casaco e continuei meu caminho. Enquanto eu andava pelos corredores, fui parado pelo Edgar, o encarregado de cuidar de todas as cartas enviadas ao castelo.

- Bom dia, Diretor Magnus! Acabo de vir de seu escritório, como eu não havia o encontrado lá, deixei mais uma pilha de cartas em sua mesa - disse ele gentilmente enquanto segurava firme sua bolsa e ajeitava seu óculos. - Espero que sejam boas notícias pela quantidade de cartas que anda recebendo...

- Ah, sobre isso... são os pais dos alunos avisando que não voltarão para o castelo, aliás, preciso ir urgentemente ver essas cartas - falei ao dar leves batidas em sem ombro após passar por ele. - Tenha um bom dia, Ed.

Ele assentiu com a cabeça e caminhamos em direções opostas.

Ao chegar em meu escritório, percebi que realmente havia muitas cartas em cima de minha mesa. Isso com certeza iria ocupar minha manhã outra vez. Mas apenas uma delas me preocupou ainda mais, era uma carta do Castelo Matriz.

Após lê-la por completo, ouvi leves batidas na porta. Falei para que entrasse e Cloud apareceu após a abrir.

- Bom dia, Magnus! Estou vendo que você começou cedo hoje... - Ele fechou a porta atrás de si e se sentou na cadeira que ficava em frente a minha mesa. - Parece que você recebeu mais cartas.

- Bem, você se lembra dos Gêmeos Crodwin? - falei ao entregar lhe a carta.

- Claro, acharam eles? - Cloud disse enquanto olhava atentamente o selo do Castelo Matriz que havia na carta. - Estou vendo que não são boas notícias.

- Essa carta que esta em suas mãos é do Castelo Matriz, de fato. Eles os encontraram em uma mansão na Flórida. Mas ambos estavam mortos - me ergui e fiquei ao lado de Cloud. - Eles falaram que os gêmeos... foram assassinados.

- Assassinados? Como? - Cloud disse enquanto analisava a carta com cautela.

- Havia um ferimento muito fundo no peito de ambos, como se uma lança de madeira havia os perfurado... Então, como alguém levaria uma lança até este local sem ser notado?

Cloud me entregou a carta e me olhou de uma maneria séria - Isso foi obra de algum Dominador...

- Exato! - voltei para a minha cadeira e me sentei. - Agora... por que esse Dominador foi atrás deles? E como ele conseguiu os achar antes de nós?

- Meu irmão deve estar envolvido nisso, a fuga dos gêmeos deve ter tido uma pequena ajuda dele... Mas, por que ele mandou os matar?

- Dragor deve ter feito algum acordo com eles, a lealdade em troca da liberdade. Ambos devem ter o enganado e por isso eles vieram a morrer... - peguei uma outra parte da carta e entreguei ao Cloud. - Aqui eles contam que Linda está desaparecida faz meses.

- Linda? A bruxa? - Cloud perguntou bastante surpreso. - Por que eles nos contaram só agora? Eu a conheço desde que eu era criança, o que houve com ela?

- Ela está desaparecida desde o dia da fuga dos gêmeos... Ela é a única bruxa que reside no Castelo Matriz, a única que poderia reverter o feitiço de aprisionamento dos poderes dos gêmeos. Cloud... tudo indica que ela...

- Não! - Cloud disse ao se erguer da cadeira bruscamente. - Ela não faria uma coisa dessas, eu a conheço, Magnus! Ela cuidou de mim e dos meus irmãos por anos... Ela é uma amiga antiga da minha família. Ela estava no Castelo Matriz por minha causa, ela era de confiança! Não posso acreditar que ela está ao lado do meu irmão idiota!

- Parece que ela escolheu o irmão errado... - disse ao olhar em sua direção. - Tudo se encaixa, Cloud, ela é uma bruxa poderosa... para ela seria fácil localizar os gêmeos. Talvez ela estava sendo ameaçada pelo Dragor, por isso ficou ao lado dele.

- Não... ela não se intimida por ameaças, eu sempre notei que ela tinha uma afeição maior pelo meu irmão, mas... como seria possível uma pessoa tão dócil acabar se tornando isso?

- Talvez ela sempre foi assim, Cloud. Não é tão difícil fingir ser outra pessoa.

- Isso... isso não é nada bom! Ele realmente está formando um exercito contra nós, Linda pode acabar não sendo a única bruxa do lado dele. Uma parte da minha família é de bruxos, e a maioria não são amigáveis.

- Havia me esquecido que você vem de uma linhagem de bruxos, você por acaso...?

- Não, nunca testei se eu tenho algum poder bruxo em mim, eu nunca tive interesse - disse ele de costas para mim. - Estava ocupado demais pensando na minha maldição. Bem, preciso ir em um lugar imediatamente...

- Onde? - falei o vendo ir apressado em direção a porta.

Ele abriu a porta e virou o rosto para me olhar de relance - Quando eu voltar eu te explico.

- Está bem, enquanto isso vou ler o restante das cartas e depois terei que sair do castelo para dar alguns telefonemas.

Ele assentiu com a cabeça e fechou a porta atrás de si.

*Mirella narrando*

- Tem certeza que não quer ficar? - perguntei ao Erick enquanto caminhava ao seu lado no jardim dos fundos do castelo.

- Ainda não me sinto a vontade, mesmo que agora eu consiga compreender tudo o que sinto - disse ele serenamente. - Ainda é um pouco estranho para mim.

- Entendo... a maldição o limitou muito, e agora que todos os seus sentimentos voltaram deve ser mesmo um pouco estranho ou até confuso.

- Sim, mas agora eu me sinto mais leve - disse ele ao sorrir. - Mas não pretendo ficar afastado por muito tempo, quero estar aqui quando o Dragor atacar o castelo.

- Se, ele atacar... - falei ao parar em frente a entrada do refeitório.

- Você ainda duvida disso?

- Eu apenas... apenas quero acreditar que o meu pa... - hesitei por um instante e abaixei minha cabeça - que o Dragor não vá fazer isso. Que ele não vai chegar a esse ponto.

Senti uma mão no meu ombro e ergui minha cabeça, Erick me lançou um olhar triste e um sorriso fraco.

- Você ainda se importa com ele, não é?

Senti uma pontada em meu peito e minha visão começou a ficar embaçada, tentei me recompor ao dar um sorriso forçado - Sim... Mas será que ele sente o mesmo?

Com isso o assunto acabou sendo finalizado, Erick não soube me responder. Mas quem saberia?

Ao entrarmos no refeitório para podermos comer alguma coisa, ouvimos o Cloud chamando nosso nome. Ele andava apressado em nossa direção.

- Mirella, que bom que a encontrei... preciso de um favor seu... - disse ele tentando recuperar o folego.

- Claro, o que eu posso fazer por você, tio Cloud?

- Preciso que me leve a um lugar, eu até pediria a outra pessoa, mas você é a única viajante de portais que está disponível no castelo. Alguns já saíram e outros estão se preparando para buscar as alunos - disse ele gentilmente. - Então, você poderia me levar a um lugar?

- Claro! É só você me dar as coordenadas do lugar.

- Ah, verdade... por agora vamos sair do castelo, não vou conseguir acessa-las estando dentro da barreira da Elizabeth - disse ele indo em direção a saída do refeitório. - Ah! Venha comigo também, Erick.

- Pensei que não iria me chamar - disse ele de braços cruzado enquanto sorria.

Ao sairmos da barreira de Elizabeth, Cloud procurou pelas coordenadas do local que ele pretendia ir e depois as me entregou. Então desse modo eu abri o portal.

- Acho que futuramente eu posso vir a ajudar vocês a buscar os alunos, pelo que eu vi, não há muitos iguais a mim aqui... - atravessei o portal e ambos vieram atrás de mim.

- Seria de grande ajuda, Mirella - disse Cloud.

- Que lugar é esse? - Erick perguntou enquanto olhava para uma casa velha a nossa frente. - Parece estar abandonado.

- E está... - Cloud se aproximou da entrada e passou sua mão na pilastra do portão. - É a minha antiga casa.

- Por que estamos aqui? - perguntei.

- Há algo que preciso pegar de volta antes que outra pessoa o ache - ele começou a ir em direção aos fundos da casa. - Erick, há uma pequena dispensa do outro lado da casa... procure por uma pá dentro dela para mim.

- Está bem... - disse ele indo na direção em que Cloud havia apontado.

- Enquanto isso venha comigo, Mirella - disse ele ainda indo em direção as fundos.

- Está bem - disse o seguindo.

- Tem uma coisa que eu queria perguntar a você já tem um tempo - disse ele de uma forma séria. - Meu irmão... tem muitos aliados?

- Bem, não. Mas os poucos que o seguem são muito fortes - disse ao ficar do seu lado.

- Você tem ideia de quantos são?

- Até onde eu sei, são dez. Sete deles o seguem cegamente, os outros três são por puro medo... Um deles sempre está do lado do meu pai, seu nome é Mikael. Ele é o seu mordomo e braço direito. Mas ele é um humano normal, não possui poderes... - sorri e continuei. - Aprendi a lutar com ele, essa é a sua força.

- E quanto os outros? - disse ele ao parar de caminhar e ficar em frente a uma grande arvore.

- Carlos... é um grande Dominador de Madeira, ele tem medo do Dragor mas o segue cegamente. Ele cuida dos seus pedidos sujos. Violete é que você mais precisa se preocupar, ela é uma Dominadora do Som, ela é fria e não tem piedade. Muita das vezes ela anda em conjunto com o Carlos, já que ambos são irmãos.

- Negan e Tonny são Dominadores da Terra, ambos estão ao lado dele por medo. Dragor os força a trabalhar para ele. Eu soube disso depois que comecei a me afastar dele... Tonny é o mais novo deles, tem apenas dezenove anos - fiz uma pausa ao ver Erick se aproximando e então continuei. - Julia é igual a mim, uma Viajante de Portais. Ela estava presa no Castelo Matriz, tem apenas um ano que ela está ao lado dele, eu tive que dar aulas para ela de controle.

- Ah... Lembro de quando eles avisaram que uma garota havia fugido - disse Cloud ao direcionar sua visão ao Erick. - Obrigado por pegar a pá pra mim.

- Sem problemas! - disse ele ao entrega-la pra o Cloud. - Sobre o que estão conversando?

- Os... aliados do Dragor, bem... agora os outros três eu não tenho muito conhecimento sobre eles. Tudo que eu sei é que um deles é uma bruxa, uma sereia e uma mulher que domina a água.

- Uma... sereia? - disse Cloud ao se virar em minha direção.

- Sim, tudo que eu sei sobre ela é que ele a chama de "Nay".

- A bruxa... - Erick disse chamando nossa atenção. - Eu já o ouvi a chamando de "Linda".

Cloud se apoiou no cabo da pá e pareceu ficar decepcionado ao ouvir o nome dela.

- Então ela está mesmo do lado dele, ela era uma amiga antiga da minha família - ele começou a cavar perto da arvore e continuou. - Ela era como uma segunda mãe para mim.

- Sinto muito por isso, pai... - Erick disse ao ver uma expressão triste no rosto de Cloud. - Eu... posso explorar a casa? Queria ver onde você cresceu.

Cloud mudou sua expressão triste por uma mais alegre - Claro! fique a vontade, filho.

Erick sorriu brevemente e foi em direção a casa.

- Tio Cloud... posso te fazer uma pergunta?

- Claro... - disse ele parando de cavar para olhar em minha direção.

- Uma certa vez, eu ouvi o meu pai... o Dragor dizendo que mesmo que o Magnus fosse um quase imortal, ele não iria desistir de conseguir sua vingança. O que ele quis dizer com isso? 

- Oh... Então ele percebeu naquele dia - Cloud limpou um suor em sua testa e ficou com uma expressão séria. - Magnus, bem... tem um certo grau de imortalidade.

- Como assim?

- Bem, no dia em que o Dragor desafiou o Magnus para aquela luta. Red passou sua imortalidade para o Magnus em segredo. Ela deve ter percebido que o Dragor estava muito forte e teve medo que o Magnus se ferisse e...

Um barulho alto veio de dentro da casa fazendo com que interrompesse o Cloud, depois o Erick apareceu em uma janela do segundo andar e disse que uma das tábuas do chão havia se rompido, mas ele estava bem.

Cloud sorriu e assim que o Erick sumiu de nossas vistas ele continuou - Magnus acabou se ferindo com a luta que ambos tiveram, e seus ferimentos eram... eram muito fundos. Todos nós ficamos espantados por ainda ver o Magnus de pé ainda lutando contra o Dragor. Mas chegou a um certo ponto que ele não conseguiu mais ficar de pé, Dragor aproveitou e foi com tudo para mata-lo, bem, foi ai que a Red deu sua vida para salva-lo.

- Todos nós que conseguimos ficar de pé corremos em direção a ele mas ele nos jogou longe outra vez. Ele pegou a Red nos braços e sumiu entre as sombras. O estado em que o Magnus havia ficado era muito preocupante, até achamos que perderíamos o nosso amigo, mas... no outro dia ele estava oitenta por cento curado. Então quando lembramos que a Red havia morrido assim tão rápido, percebemos que ela havia dado sua imortalidade para o Magnus. Ele nunca se perdoou por isso.

- Meus Deus... Ela deu tudo para ele - falei um pouco triste. - Eu, eu realmente não posso perdoar o meu pai por isso. Eu nem devia o chamar de pai...

- Deve estar sendo difícil para você, mas fique sabendo que estarei sempre ao seu lado caso precise de ajuda. Meu irmão realmente agiu errado, mas foi a maldição que o tornou assim. Tudo bem se você não quiser o perdoar, mas ele acolheu você. Lhe deu seu sobrenome. Mesmo aquele idiota não demonstrando, você deve ser muito importante para ele. Mesmo ele já não sentindo quase nada, ele a chamou de filha.

Meus olhos ficaram embaçados e passei minhas mãos sobre eles levemente - Obrigada pela força, tio Cloud.

Ele sorriu gentilmente e passou a mão em minha cabeça levemente, depois ele voltou a cavar. 

- O que você está procurando?

- Um livro antigo, ele foi dado a mim quando eu tinha meus dezesseis anos. Ele era passado de geração a geração pela minha família, como nenhum dos meus irmãos quiseram, eu tive que ficar com ele. Então eu acabei o enterrando em segredo, seu conteúdo não me agradava muito - ele fez um pausa assim que a pá encostou em algo duro. Parecia ser uma caixa, ele suspirou aliviado e tirou aquela caixa de dento daquele buraco. - Ainda está aqui...

- Que tipo de livro? - perguntei vendo ele colocar a caixa no chão.

- Bruxos... - disse ele ao remover a tampa da caixa, mas havia apenas gravetos e terra dentro dela. - O que? Não, não... Droga! Sumiu... ele sumiu!

- Isso não é uma boa noticia, certo?

- Não, não é... Mas como? Eu era o único que... - Ele fechou os olhos e suspirou. - Linda... Deve ter sido ela. Isso explicaria muito coisa, principalmente de onde ela tirava tanto poder. 

- Que tipos de coisas tem nesse livro? - pergunto vendo o tirando a terra de suas mãos.

- Praticamente todo tipo de feitiço, principalmente de como trazer alguém de volta a vida. Eu devia ter voltado aqui a mais tempo, mas como eu saberia que a Linda estava do lado do meu irmão? Dragor não tem a minima noção do que isso pode causar, trazer alguém de volta a vida é o inicio de um caos - ele começou a ir em direção a casa então o segui. - Precisamos voltar.

*Diana narrando*

Mais um vez estávamos nós indo em direção ao Canadá, John havia nos dito que daria tempo de irmos até a casa da Melissa e do Morfeus antes de ficar muito tarde para descansarmos no próximo dormitório. Chegaríamos mais ou menos as dez horas da noite no dormitório. 

Eu apresentei a Michele para a Aisha e as duas acabaram se dando bem. Nós três nos sentamos no fundo da van e a Aisha juntamente com a Michele ficaram conversando sobre vários tipos de séries que ambas gastavam. Sempre que a Aisha estava na van, o silêncio se extinguia. Ela até disse para a outra garota que se encontrava solitária no banco da frente se juntar a conversa. E assim ela o fez.

- Agora que eu percebi que só tem garotas nessa van, tirando o John, claro... - disse Aisha.

- Verdade - concordou Megan. - O Castelo Minori vai estar um pouco vazio.

- Assim como a Aisha havia me dito: A fila para o lanche vai ser menor - falei enquanto sorria.

- Pelo menos é uma coisa boa - disse Michele. - E vai dar menos trabalho para a nossa Tristane.

- Será que a mãe da Tristane estava triste quando lhe deu esse nome? - brincou Megan.

Rimos e continuamos a conversar sobre diversos assuntos até chegarmos na casa dos gêmeos. Todas nós já estávamos bem agasalhadas, bem, menos a Michele. Ela era a unica com roupas mais finas. 

John saiu apressado de sua van e aguardou os gêmeos na porta, pela janela os vi se aproximando. Ele abriu a porta para que ambos entrassem e depois a fechou. Melissa e Morfeus vieram de encontro a nós e se sentaram no acento da nossa frente.

- Olá, garotas! Será apenas nós... seis? - perguntou Melissa um pouco surpresa.

- Sim, e ainda vamos voltar para o castelo mais cedo - a respondi.

- As coisas estão ficando um pouco sérias - disse Morfeus. - Mas ainda não temos certeza se o Dragor vai nos atacar, e esses alunos não deviam ter contado isso para os pais. Principalmente aqueles que ainda estão aprendendo o controle.

- Eu e o Morfeus não contamos para os nossos pais sobre isso, sabemos muito bem que seriamos proibidos de voltar - Melissa nos disse com a voz baixa.

- Eu também não contei - disse Aisha enquanto brincava com de seus cachos. - E aposto que a Ária também não contou.

- Ah... isso eu tenho certeza - disse Melissa.

- Eu contei para os meus pais, eles quase não me deixaram voltar - disse enquanto olhava para cada um deles.

- Idem! - disse Michele enquanto me olhava.

- Eu... fui uma dos que não contaram - disse Megan com um sorriso tímido. - Ainda preciso frequentar as aulas de controle - ela abriu sua mochila e tirou um bracelete. - Eles até deixaram que eu levasse um bracelete, ainda não consigo controlar muito bem a frequência da minha força.

- Oh! Dominadora da Força, certo? Agora que eu me lembrei, as vezes você ajudava os alunos que tinham dificuldade para levar as malas - disse Aisha.

- Exato! - disse ela ao sorrir.

O tempo foi passando de pressa na medida em que conversávamos, e sem ao menos percebermos já estava escuro lá fora. E assim como John havia dito, chegamos no dormitório às dez horas da noite. Michele e Megan combinaram de ocupar o menos quarto, e Aisha acabou ficando no mesmo quarto que o meu como sempre fazíamos. 

Enquanto nós duas aguardávamos o jantar, contei a ela sobre estar sendo seguida. Ela também achou isso muito estranho, combinamos de contar ao John caso eu encontrasse novamente essa pessoa.

No jantar, todos nós nos reunimos outra vez no refeitório. Ficamos lá por um tempo e depois voltamos para os nossos quartos. Assim que o relógio marcou meia noite, Aisha já estava dormindo, eu decidi sair do quarto para beber um pouco de água. O dormitório é era bem seguro, por isso eu não fiquei muito nervosa de estar saindo do quarto a essa hora da noite.

Ao chegar na cozinha do refeitório, peguei um copo de vidro e despejei um pouco de água gelada, assim que minha cede foi saciada, deixei o copo onde havia pegado e sai daquela cozinha fria. E em meio ao escuro que rodeava o refeitório, eu avistei uma figura. Sentindo meu coração disparar fui dando passos lentos para trás na medida em que ela se aproximava. Ao sentir a parede em minhas costas, comecei a mostrar os meus raios em minhas mãos para tentar intimidar a figura que se aproximava lentamente de mim.

Ficando apenas alguns metros de distancia, ela parou e ergueu sua cabeça, ainda não conseguia ser ver rosto por causa da escuridão que ainda estava presente. Ao aumentar minha alto voltagem, mantive minha postura reta.

- Quem é você e o que quer de mim! - disse ainda sentindo meu coração pulsando rápidamente.

- Eu não vim para machuca-la... - disse a figura revelando uma voz feminina.

- Por que esta me seguindo? 

Ela deu alguns passos em direção a luz e tirou o capuz, revelando as poucas escamas douradas que haviam em seu rosto pálido. Seus cabelos eram loiros e seus olhos eram um azul fraco, mas o que mais me chamou a atenção foi suas pupilas verticais. 

- Preciso da sua ajuda, Diana.

Notas da Autora: Olá leitores e escritores, gostou do capítulo? Se gostou deixe seu voto e comente o que você está achando da história. Beijos e até logo.    

P.S: Eu tive alguns problemas com a minha internet por isso a demora da postagem se estendeu mais do que deveria. Isso acabou me atrapalhando muito, princialmente na revisão do primeiro livro. Por algum tempo eu tive que estar escrevendo no PC por conta disso. Mas tudo já voltou ao normal (Ainda bem porque eu já tava ficando doida sem a minha net). 

Ultimo aviso: Eu queria que vocês dessem uma pequena força em uma obra que meu amigo pretende começar a fazer. Ele fez apenas um conto - por enquanto - para dar inicio a uma Duologia que ele pretende fazer. O nome do conto é Floresta do Absinto, caso vocês gostarem deixem seu voto e comente. Ele pretende abordar em um estilo mais Steampunk. Eu li e estou na espera dos livros. Tenho certeza que vocês também vão gostar. Estarei deixando o seu perfil aqui em baixo e a capa do conto.

Gl1tch3r

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