Sempre fui louca.
Por vezes, fui oca.
Os gostos, na boca.
Assaltos, sem touca.
Meti minhas caras.
Igualmente, corpos metidos nas valas.
Disparei-me nas ruas e linhas, como balas.
Andei, vulnerável e destravada,
Como uma arma.
Entretanto,
nada se encarregou melhor,
de forma-me,
como a realidade.
O castelo, quando desmoronou,
me atacou
sem piedade.
Por vezes, clamei
pela maturidade.
Sem rumo, sem carta,
fugi para as artes.
Fiz muitos, clamores.