Mini Romances - Light

By JotaKev

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Finalizado! Coleção de Mini Histórias de Romance. Afetividade entre pessoas. LGBT, ou não. Não haverá distin... More

Apresentação
Ceci e Duarte - Parte I
Ceci e Duarte - Parte II
Liebe Blumenau - Parte I
Liebe Blumenau - Parte II
Liebe Blumenau - Parte Final Feliz
Suzi Ohana - Parte I
Suzi Ohana - Parte II
Suzi Ohana - Parte Final Feliz
Anjinho arretado e o Urso dobrado - Parte I
Anjinho arretado e o Urso dobrado - Parte II
Anjinho arretado e o Urso dobrado - Parte Final Feliz
Gabriel, cravo e canela - Parte I
Gabriel, cravo e canela - Parte II
Gabriel, cravo e canela - Parte Final Feliz
Sexy Clichê - Parte I
Sexy Clichê - Parte II
Sexy Clichê - Parte Final Feliz

Ceci e Duarte - Parte Final Feliz

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By JotaKev

liiafrica Achei que letra da música combinou e essa versão rock do HIM é um charme.♥


Mais tarde naquele mesmo dia, ele desceu à área de vendas e trouxe um pão de queijo para ela, segurou em seus dedos delicados e a olhou triste. Uma semana depois, permitiu que encerrasse o aviso prévio deixando-a sair de perto dele. Quem ficou no mercado sentiu a alteração do humor daquele homão, que estourava fácil e diante de tantas reclamações sobre sua namorada Paola, se obrigou a dar uma "chamada" nela.

— Antes quando a Cecília ajeitava aqui em cima, você só implicava e falava que pela aparência dela devia ser usuária... Pediu para eu dispensar a moça umas cinco veze e disse que estava na hora de passar mais tempo aqui me auxiliando.

— Eu não vou trabalhar como sua contratada.

— Sim, mas um dia a gente vai casar e como que fica.

— Casamento é casamento e negócios são à parte. Não vou trabalhar no mercado nunca.

— Tá. E porque fica se metendo e plantando a discórdia aqui dentro? Nem apareça mais durante o dia.

— Por mim, eu fico mesmo longe dessa merda aqui. Você nem tem tempo pra mim, é só esse mercado. Olha tomara que nunca consiga abrir uma filial ou é capaz de morrer logo em seguida.

— Onde você vai?

— Não te interessa.

— Acabou de dizer que não é pra eu vir aqui de dia e estou dando glória e graças a Deus.

Paola saiu da sala do namorado e bateu a porta. Duarte não deixou de se sentir culpado por deixar a mulher sair daquele jeito. Nunca havia traído Paola, não era desse tipo de homem. No entanto, quando pensava em mulher, em abraçar alguém, convidar para um programa mais calmo que não envolvesse as baladas caríssimas que a namorada cultuava, enfim, ele pensava em Cecília...

— Lia... — Falou baixinho o nome dela, sorriu ao lembrar-se de como a conhecera. A doçura e o carinho com o qual ela cuidava daquela pequena recepção perto do seu escritório. Os lisos e longos cabelos verdes, as tatuagens, sendo que umas ele não conseguira ver por inteiro e morria de curiosidade. 

Mas o que mais lhe encantava era o rosto de menina.

....


Um ano depois...

Muitas pessoas sonham em ser empresárias. Olha de novo o glamour em cima do empresário. O cidadão dono de um comércio varejista que fatura uns duzentos mil tem pelo menos uns cinquenta por cento desse valor de contas a pagar referente ao estoque, depois tem a folha de pagamento, impostos, retirada do sócio para despesas pessoais e finalmente o lucro liquido que deve chegar perto de uns trinta mil, depende do regime, claro... 

Duarte, sendo um homem centrado conseguiu manter-se mesmo quando uma rede atacadista se instalou na redondeza. Viu seu movimento despencar, precisou demitir e queimar um pouco do estoque da empresa. Seu relacionamento acabou desgastado até dissolver e a separação fazer muito mal a ele.

Perdeu muito sono, perdeu a namorada, uns quilos e saúde. Não deixava de ser um cara muito atraente e charmoso, no entanto seu rosto não demonstrava muita felicidade em viver o dia a dia. 

Pensou em vender o mercado e ao mesmo tempo gerencia-lo para o seu primo Braz, que é forte na região litoral norte do estado. Seu primo lhe apoiou e aconselhou a segurar por mais um tempo que tudo daria certo.

Duarte e Braz tinham apenas cinco anos de diferença, sendo Braz o mais velho e eram primos por parte de pai. Também eram muito parecidos fisicamente, ambos bons representantes de urso. Tinham amizade, mas pouco contato devido às próprias rotinas com seus estabelecimentos.

Sendo um macho charmosão, Duarte não tinha dificuldades em conquistar a mulher que lhe interessasse. Continuava a manter no seu histórico o fato de que nunca se envolvera com nenhuma funcionária, mesmo percebendo que algumas lhe despiam com os olhos. Até cochichos ele ouviu um dia em que voltou para buscar uma cópia do contrato social em sua sala. Duas funcionárias, uma da limpeza e uma repositora, escoradas numa prateleira comentaram:

— Eu se pego um homem desse, ia esfregar minha cara naquele peito peludo até esfolar.

— E aquele perfume? No meu aniversário, seu Duarte me deu um abraço, menina fiquei com aquele cheiro de homem tesudo misturado com perfume impregnado na roupa.

— Tesão... nossa eu já sonhei com ele, curisca. Éeee... nossa acordei pegando fogo. Um tesão que não acalmava, mulher.

— Mas faz isso... sem querer esfrega o seu braço naqueles pelos dele, "sem querer"...

Duarte sabia que empregados quando tem oportunidade fazem isso, pensou em chamar a atenção, mas estava cheio de pressa e com isso, ligou para a encarregada da área de vendas para verificar se estava todo mundo operando normal nos corredores. Afinal, uma massageadinha no ego fazia bem, mesmo que de forma quase "ilícita".

Lembrou-se de que um dia pegou a Cecília falando algo assim, mas só ouviu as últimas palavras e como ela nunca lhe deu confiança, sempre se portando bem em sua presença, imaginou que ela falava de outro cara. Lembrou-se também do quanto ficou incomodado quando a imaginou nos braços um homem. Nunca mentiu para si que ela tinha tocado algo dentro dele, muito além do físico.

Era bom lembrar-se dela. Por onde andava sua Colorida? Sua... Uma menina doce e bonita como Ceci não devia estar solteira. E de repente ele percebeu que não se importaria nenhum pouco em namorar alguém como ela. Diferente sim, tatuada e com longos cabelos verdes, mas doce feito uma fruta madura.

— Caralho, passei da rua. — Ele xingou, pois sua distração o fez errar a rua e perder uma vaga para estacionar na frente da certificadora onde renovaria seu e-CNPJ.

Precisou caminhar quase uma quadra sob o sol ardido. Sentiu-se um pouco suado por estar de roupa social, até porque trabalhava no ar condicionado o dia todo. Pensou na moleca o dia todo e no dia seguinte. Na semana seguinte ele achou que era hora de procurar sua Ceci ou Lia como ele a chamava. Não seria difícil de encontra-la, pois ela se destacava na multidão. Sorriu feito um bobo. Um ano tinha se passado, o que deu na cabeça dele?

"Como sou idiota..." 

Duarte sabia que estava prestes a fazer um papelão na frente da moça e pensou em agir como se faz num encontro casual e despretensioso. A pequena era um tesouro, seu tesouro e ele tinha deixado sair de sua vida. Claro, ele era comprometido na época, hoje ela é quem deveria ser.

Facebook... ele odiava o face, mas era o melhor lugar para obter alguma informação. Achou nos arquivos, seu nome completo, endereço e telefone. Não ia permitir que parecesse que queria encontra-la. Talvez num dos esbarrões por uma das esquinas da vida...

...

Cecília não poderia estar mais feliz, Lucas e Pedro recentemente fizeram seu roteiro pelo litoral e passaram um dia inteiro com ela, optando pela praia de Penha, mais ao norte de onde ela habitava que era em Tijucas. Do passeio que eles fizeram no Beto Carrero World, ela trouxera mais de cem fotos de recordação e muito choro na lembrança. Ela junto com Lucas divertiram-se feito duas crianças nos brinquedos radicais, que ambos chegaram a perder suas vozes.

Carina e ela continuavam a dividir um apartamento, pois as duas eram solteiras e economizavam muito enquanto isso. A loja tinha mais giro próximo das épocas festivas e o movimento era contínuo devido a encomendas dos artesanatos têxteis onde predominava o patchwrok. Mas tinha muita saída também, tudo que envolvia enxoval infantil, logo elas começaram a se destacar na cidade e suas condições financeiras entravam no modo equilíbrio, não permitindo nenhum desperdício, claro.

Enquanto Carina tinha uma namorada no estado vizinho e estava com seu coração calmo, Cecília não ficava por muito tempo com seus namoros, detestando ser privada de liberdade e cheia de medo de lhe colocarem uma "coleira". Os caras por quem se interessava, eram os mais parecidos com ela e também fugiam de compromissos muito "apertados".

— Ceci... quem é Duarte Vieira?

— Meu ex patrão. O que aconteceu?

— Ligação perdida.

— Seu Duarte? Deve ter se enganado, imagina... nem vou retornar. Se for pra mim, ele que ligue outra vez.

— Olha como ela tá... — Carina tirou um sarro de Cecília. —  Tá recuperada agora?

— Nem me lembre. Eu gostava dele e se ficasse no mercado, não ia prestar. Ele tinha namorada e eu gostando do cara, ia acabar acontecendo uma das duas coisas: eu sofrendo sozinha ou um envolvimento sem futuro.

— O que eu sempre te dizia?

— Sei... o que é pra ser, vai ser.

— Grava nessa cabecinha linda, se for teu, ele tá guardado.

— Deixa eu sonhar mesmo. Aquele gostoso só se consegue aderindo ao programa: Meu macho em outra vida.

— Hahaha, você que inventou? Ai Ceci, Ceci... Você merece um cara legal, mas que seja muito legal mesmo.

Cecília havia se comprado uma Biz e onde podia ia de moto, mesmo ao atacado quando precisava comprar pouca coisa. Quando voltou do centro passou bem perto do Empório do Duarte e como tantas outras vezes, não parou e nem olhou para trás. Era profundamente grata a ele pela oportunidade de trabalho, mas a vida seguiu e hoje Cecília estava bem, longe de estar rica, mas cuidando de seu próprio negócio.

Enquanto estava parada no sinal, lembrou que Carina pediu para que ela lhe comprasse um pacote de açúcar mascavo e decidiu pegar o retorno e voltar até o Empório. Não queria, por algum motivo dar de cara com o Duarte e por isso deu a volta na quadra, percebendo que o carro dele não estava ali.

"Tola", ela pensou. Até parece que o dono do Empório estaria com o mesmo carro. Devia ser qualquer um daqueles carros e que diferença isso faria? 

Ao entrar notou que muitos colegas de sua época não estavam mais ali, reconheceu aquela moça que foi contratada juntamente com ela e que hoje parecia ser chefe de caixa. Cecília percebeu que ela lhe reconheceu pela aparência e virou o rosto. Isso era o de menos, afinal era só um mercado como qualquer outro. E ela poderia ter ido em outro.

Passou na prateleira do café, depois das guloseimas, não resistiu e pegou uma caixa de chocolates, adorava biscoitos de aveia com morango, também o de gergelim e aquelas balas de goma...

"Ai caramba, o que a Carina me pediu?" Cecília passou em alguns corredores para ver se lembrava e tomou um susto quando um homem alto, barbado e elegante apareceu em sua frente com uma cestinha de mercado.

— Lia... — Ele estava sorrindo larga e calorosamente. — Eu pensei em você esses dias atrás.

— Pensou? Ah, oi seu Duarte.

— Oi minha Colorida. Eu...

— O senhor andou me ligando?

— Não... eu, não... só se foi engano. — Ele gaguejou e tentou disfarçar a cara de bocó, mas ela não entendeu isso e ficou meio magoada.

— Nossa como escureceu lá fora, vai cair um temporal, vou indo que tô de "motinha".

— Vai pegar chuva de qualquer jeito. Dá para subires por uns minutos?

— É que eu tenho medo desses ventos que vem com a chuva...

— Vem, coloque suas coisas aqui nessa cesta e vem comigo. Cinco minutinhos.

Cecília achou melhor não se iludir com ele e se era certo mencionar a Paola, pois não sabia se ainda estavam juntos. O som de um trovão, relâmpagos e mais trovões fizeram a moleca se encolher preocupada. Cinco minutos era tempo de menos para passar a chuva e tempo suficiente para uns beijos...

Sentiu que isso era o que poderia acontecer. Ele exalava isso e mal entrando na sala do seu escritório realmente aconteceu... Duarte a beijou.

Foi gostoso ser segurada nos braços daquele homem grandão de mãos possessivas, corpo muito quente, cheiro de macho, barba a arranhar a pele do rosto delicado dela. E os dentes dele a mordiscarem os lábios tão famintos dela. Eles queriam e o destino fez uma jogada colocando essas duas peças tão próximas de uma forma tão louca.

O beijo era interrompido só para que outros beijos mais e mais quentes começassem. E finalmente ele lhe dissesse:

— A ligação não foi engano, Lia. Queria te ver outra vez. Tá namorando?

— Eu? Credo seu Duarte, se eu tivesse, não ia deixar que me beijasse. Espera e a ....?

— Colorida, seu tivesse com a...... não estava a te beijar, rapariga.

— Ora pois. — Ela brincou com o sotaque açoriano dele e ganhou uma risada.

....

Isso havia sido loucura, mas não um sonho na vida deles, fora há dois anos atrás...

Ela não queria ser presa, mas se prendeu por vontade ali naquele "porto", que cozinhava pra ela no sábado à noite, único dia que ele se dava o luxo de sair mais cedo do Empório.

Era gostoso ficar assistindo alguma TV nos braços sempre possessivos de Duarte. Ele já amava olhar sua Ceci nua em frente ao espelho do quarto a passar seu hidratante, perdia-se nas curvas delicadas, nos muitos desenhos que ela tinha e que ele passou a adorar. Enlouquecia a ela e a si próprio ao se aproximar sorrateiro da sua miúda e encostar seu peito peludo às costas dela. Deixando-a toda arrepiada. Não havia requinte, havia um momento simples doce e delicioso.

— Duarte...

— Hum? — Ele perguntou mordendo a ponta de orelha dela e depois beijou desde o pescoço até o ombro.

— Quer casar?

— Uhumm... — Ele respondeu sem se interromper.

— Ei, não escutou minha pergunta né?

— Escutei e respondi que sim.

— Mas eu não quero, foi só uma pergunta e não um pedido.

Ele parou de beijá-la e passou a mão no cabelo preto ajeitando-o.

— Sua pestinha, olhe lá, opá!

— Sabia que esse teu sotaque me deixa molezinha... todinha...

— Mesmo?

— Mesmo. Mesmo não querendo casar ainda, te amo tanto, grande.

— Eu sou louco por você, minha Colorida... Lia...


Final feliz e umas safadezas que devem ter rolado... 

*******


Oiii Pessoalllll....Bom, serão assim leves, clichês, românticos e sugestivos, levinhos mesmo.

Esse primeiro foi inspirado na Leitora Africa Lia, nossa linda Colorida!

Beijos♥♥♥

Muitos beijos e abraços♥

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