Um pai para Carolina

By Cat_Ferrari

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Uma festa de despedida, uma noite de amor embriagado e uma responsabilidade que ele terá que levar para o res... More

prólogo:
2. surpresa
3. lembranças
4. bancando a babá
5. compras
6. noiva megera
7. central park
8. making off
9. quebra nozes
10. parceiros
11. química
12. dia dos namorados
13. ininigos declarados
14. aniversário
15. apaixonado
16. projetos
17. apresentação
18. paternidade
19. solução
Epílogo: Um pai para Carolina

1. decisões e conseqüências

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By Cat_Ferrari

Novembro de 2010.

Crescer nas ruas do Brooklyn ate que não foi nada mal, em especial depois que conheci Onika e a amiga dela Bailey.
As duas se tornaram minhas melhores amigas, nós três éramos inseparáveis e nada poderia mudar a nossa amizade.
Pelo menos, não ate chegarmos no segundo ano do ensino médio e a Bailey ficar completamente diferente.
Ela havia mudado o penteado, tirado o aparelho, e embora ainda usasse os óculos que a deixavam com cara de nerd, eu achava fofo e ela ficava gatinha com eles.

Onika por outro lado demorou um pouco mais para passar pela puberdade, e sofreu com isso não conseguindo chamar a atenção de quase nenhum rapaz.

Eu observava Bailey de longe, enquanto pensava no meu discurso ensaiado.
Onika surge por trás de mim e me assusta.

— porque não para de enrolação e vai logo convidar ela para o baile?

Engoli em seco, e me virei sem graça.

— eu não estava olhando pra ela..ela quem? Eu não estava olhando pra ninguém..- eu suava de nervoso.

Onika cruzou os braços e balançou a cabeça me fitando.

— você não toma jeito mesmo.

— e você ? Ja chamou alguém pra sair por acaso? Porque ate agora eu não to vendo namorado nenhum do seu lado.- retruquei.

— eu não preciso de um namorado.. Sou maravilhosa demais para esses caras simples daqui.- ela se gaba.

Revirei os olhos e balancei a cabeça, e na mesma hora Jamal passa por nós e  ela fica babando nele.
Jamal era um cara boa pinta da sala ao lado da nossa, por quem Onika tinha uma queda gigante.
Só que ela não admitia pra ninguém, muito menos pra ele.

— porque não para de enrolação e vai logo convidar ele para o baile?- revidei.

Ela arregala os olhos e desvia o olhar dele se recompondo.

— eu não tava olhando pra ele...ele quem? Eu não tava olhando pra ninguém...

— Onika você é tão covarde o quanto eu..então para de falar de mim!- bati a porta do armário e dei as costas a ela.

— espera! Eu posso falar com ele, não sou tão covarde assim.- ela cruza os braços.

Me virei pra ela e esperei.

— okay, vai lá.. Quero só ver..- provoquei.

Ela me olhou com cara de convencida e então foi ate lá dar encima dele.
Fiquei de longe vendo a cena, e logo vi que aquilo ia dar merda.
Onika agia feito uma louca, e eu bati a mão na testa rindo da cena.

Hora de salvar a desastrada.

Me aproximei dos dois e puxei assunto.

— eaí, Jamal..ja tem par para o baile?

Ela me olhou surpreso pela pergunta e falou.

— Ahn...não.. na verdade ainda não.

Onika me olhou com os olhos arregalados e acenou com a cabeça levemente tentando me impedir.

— e porque não chama a Onika..eu soube que ela adoraria ir com você..- passei para trás dele e pisquei.

— você quer ir comigo ao baile?- Jamal pergunta a ela.

Onika deu de ombros indiferente e respondeu.

— pode ser...talvez.. tanto faz..

— beleza..então eu acho que te vejo lá.-  ele se despediu dela e saiu.

Onika me olhou cobrindo a boca pasma e começou a pular de alegria.

— aiiii eu não acredito!!! Ele me chamou para o baile!!!!- ela se recompõe rápido e volta a agir feito um menino- quer dizer...é, tanto faz..-  da de ombros.

Ri de novo e então cedi e pedi ajuda a ela.

— ta legal... você pode falar com ela pra mim?

— hum, deixa eu ver....ta, posso... mas é só porque futuramente eu e o Jamal vamos ser namorados e eu estou de bom humor.

— ué, você não era maravilhosa demais para esses caras simplórios daqui?- provoquei.

Ela cerrou os olhos e fez cara feia.

— garoto você quer minha ajuda ou não?

— quero.

— então cala a boca, ou eu te deixo sozinho na noite do baile.- retrucou.

Assenti batendo continência, e ela seguiu para ir falar com a Bailey.

Depois da noite do baile, Bailey e eu ficaríamos juntos pra sempre.

_____________________________

Onika.

Bailey estava se empanturrando de doces no refeitório como sempre, e o mais engraçado era que ela não engordava uma grama.
Nós dizíamos que temos os genes da magreza, mesmo não sendo da mesma família.
Bailey e Diego vem de uma família bem mais sucedida, e embora nós três morassemos no Brooklyn, eu ainda era a mais podre dos três.
Cresci numa família grande, com tês irmãos mais velhos , meus pais e meus avós todos na mesma casa.
Bailey por outro lado era filha única, e o Diego também.
Acho que foi isso que os uniu mais no começo, o fato de terem algo em comum, e eu como melhor amiga dos dois, não pude deixar de notar que desde cedo rolava um sentimento a mais entre eles.

Bailey sempre foi linda, uma menina alta, magra, loira com lindos olhos azuis, e uma beleza invejável.
Em contraste com a negrinha de cabelo amarrado, que parecia um menino a puxando para cima e para baixo.
Ela ficou ainda mais bonita depois do colegial, e eu sabia que Diego estava perdendo tempo em falar com ela.
Então como boa amiga que sou, resolvi ajudar.

Me aproximei dela na cantina e falei de uma vez.

— adivinha quem quer ficar com você?

— ahh não, não me diga que o Henry vai insistir pra eu encontrar ele no laboratório de química de novo e...

— não! O Diego!- a interrompi.

Bailey me encarou perplexa e então jogou a bandeja de doces para o alto num surto de felicidade.

Nós pulamos abraçadas no mesmo lugar, como duas crianças felizes.

— ai meu Deus! Espera, mas é sério? Ele quer mesmo? Porque ele sempre foi tão gato e eu tão simples..

— ele quer sim, e ja faz um tempão.- afirmei.

Ela sorriu animada de novo, e de repente passou uma das líderes de torcida mais vagabundas.
Vanda.
Ou melhor, como nos a chamamos..Vandia.

— você vai ficar com o Diego? Ah ta!- ela ria descrente.

Bailey ja se encolheu automaticamente como sempre faz, e eu tomei a frente dela comprando a briga.
Cruzei os braços a encarando de cima e falei.

— e oque você tem com isso? Esta com ciúmes porque ele não quis sair com você no verão passado?

Vandia me cerrou os olhos e apontou um dedo na minha cara.

— fui eu quem dispensou ele se quer saber!

— não foi oque ouvimos falar.- retruquei.

— eu não devo satisfações da minha vida a você!- ela joga o cabelo na minha cara ao se virar.

Cospi o cabelo dela, e me virei para a Bailey que estava tímida agora vendo Diego do outro lado do corredor falando com um professor.
Ela suspira olhando na direção dele, e eu reviro os olhos a puxando dali.

— vem, nós temos aula..

— ele fica tão lindo com aquela camisa..- ela balbucia ainda distraída.

— é eu sei, ele é um gato..sorte sua que ele não faz o meu tipo.- brinquei.

Ela riu e passou o braço envolta do meu pescoço.

— aiai Onika queria ter tanta auto estima o quanto você..

— você não precisa querida..ja sabe que é bonita..a diferença de nós duas,  é que eu gosto de lembrar.- pisco pra ela.

Nós vamos para a sala juntas, e eu a deixo na mesa dela.
Assim que Diego passa pela porta ela se remexe na cadeira, e me olha nervosa.
Ele sorri pra ela e os dois trocam acenos.

Revirei os olhos e mandei um bilhete para o Diego.

Ela aceitou, esta super ansiosa.
Boa sorte..
PS; quando se casarem quero ser madrinha dos filhos de vocês.

Ele riu ao abrir o papel e guardou no bolso me agradencendo com um sorriso.

A noite do baile era decisiva para a maioria dos casais formados no colégio, então eu estava torcendo pelos dois e também por mim e o Jamal.

________________________

Diego.

Noite do baile.

Meus pais estavam ansiosos, e queriam transformar o momento do baile em algo único e memorável.
Minha mãe me filmou saindo do quarto e entrando no carro, pelo menos umas dez vezes.
Meu pai me levou ate o colégio, mas eu preferia mesmo ter ido sozinho.
Tudo ja estava sendo um mico gigantesco.

Desci do carro, e me despedi dele.
Andei ate a porta de entrada e vi uma silhueta conhecida, Onika ja estava na festa.
Ela virou pra mim e sorriu me dando oi, e ela estava tão bonita que eu mal a reconheci.

— UAU! Onika ....você ta...bonita..

— obrigada... Mesmo que o seu tom de incredulidade tenha estragado o clima.

— Ahn...a Bailey já chegou? Eu fiquei de encontra-la aqui.- perguntei.

— ela deve estar vindo pra cá... Ao contrário do meu par..- ela desvia o olhar.

— como assim, o Jamal não vem?

— não, ele me ligou a uma hora, e disse que estava se sentindo mal.

— mas...se ele ligou a uma hora, então porque ainda veio pra festa?

— porque eu ja estava pronta, e não deixaria de me divertir por causa dele.- ela diz simplesmente.

— você estava ansiosa né?

Ela desviou o olhar de mim e deu de ombros.

— você não deixa nada te atingir mesmo não é?

Ela olhou pra mim e sorriu.

— sinto muito pelo seu par..mas se quiser posso dançar uma música com você?- sugeri.

— não precisa, eu vou ficar bem..aliás, sempre dancei melhor sozinha.- ela da de ombros.

— tem certeza? Posso te fazer companhia..

— não, esquece isso..e aproveita sua chance porque seu par esta vindo.- ela aponta para atrás de mim.

Me virei e vi Bailey descendo do carro do pai dela, meu coração ficou acelerado de repente e eu engoli em seco sem conseguir tirar os olhos dela.

— vai lá pegar na mão dela!- Onika me empurra na direção do carro.

Me aproximei e sorri tímido, ela sorriu acanhada também e eu entreguei a ela o corsaje que trouxe para combinar com o seu vestido.
Bailey sorriu agradecida e entrou comigo de mãos dadas na festa, Onika acenou para nós e me desejou boa sorte.
Queria poder fazer o mesmo por ela mas ela era durona e não aceitaria minha ajuda.
Nem que fosse para uma simples dança.

.........

A festa estava linda, os alunos se divertindo e Bailey nos meus braços.
Nós nos olhavamos intensamente durante uma música lenta, eu estava com as mãos na cintura dela, e ela com os braços envolta do meu pescoço.
Sorri para ela esperando algum sinal de que deveria investir, e como ela sorriu também decidi ir em frente.
Me aproximei devagar para poder beija-la, mas como num conto de fadas nosso romance acabou a meia noite, e antes mesmo que eu pudesse completar a distância do beijo.
Bailey olhou para o relógio soltou seus braços.

— me desculpa, mas eu tenho que ir pra casa..- ela se afasta com um olhar triste.

Permeneci com minhas mãos na cintura dela, ate ela estar longe o suficiente e meus braços caírem ao lado do corpo.
Bailey correu para fora, e voltou para casa sem me dar uma segunda chance.
Bufei frustrado e me virei para o outro lado do salão.
Encontrei Onika num canto bebendo ponche, e completamente sozinha.

Decidi ir ate lá e mudar a noite dela.

— me concede uma dança madame?

Ela me olha surpresa e encara minha mão estendida.

— meu braço esta começando a doer Onika.- reviro os olhos.

Ela mordeu o lábio pensativa e cedeu.

— okay...uma dança... e nunca mais me chame de madame.

Sorri a puxando pra mim ate nossos corpos se chocarem, a olhei dentro dos olhos e falei.

— hoje eu posso...você esta vestida como uma garota.

Ela riu mas depois de beliscou.

Dançamos uma música agitada e rimos bastante, mas de repente a música troca e da lugar a uma lenta.
Onika e eu nos olhamos, e ela ficou sem jeito.

— não precisamos fazer isso..

Estendi minha mão pra ela novamente e sorri.

— eu quero..

Ela encarou minha mão relutante mais uma vez e soltou um suspiro pesado assentindo.

Peguei a mão dela a puxando pra mim de novo ate nossos rostos ficarem bem próximos.
Ela me olhou nos olhos, e eu devolvi o olhar sem hesitar.

Os olhos dela são lindos, como nunca reparei neles antes?

E não eram só os olhos que chamavam a atenção, o sorriso dela era lindo também.
Onika sempre teve sorte, tinha ótimos dentes, não precisou usar aparelho como Bailey e eu.
Engoli em seco desviando o olhar da boca dela, e notei que Vanda não parava de olhar para nós.

— porque a Vanda não tira os olhos de você?

— acho que ela não tira os olhos de você..- Onika responde.

— de mim?

— ela esta com ciúmes porque você chamou a Bailey para o baile..- ela da de ombros.

— hm..e oque ela faria se eu fizesse isso aqui..- passo minhas mãos para a cintura dela e grudo nossos corpos ainda mais.

Onika e eu ficamos com o rosto colado, ela olhou por cima do ombro e viu Vanda sair bufando.
Rimos dela e continuamos dançando a música ate o final.
Depois da festa esvaziar consideravelmente, nós pegamos um taxi e voltamos para casa juntos.
Onika sempre morou ao meu lado, e apenas um muro nos dividia.
Parei em frente a minha casa, e ela nos degraus da casa dela.
Me aproximei para me despedir dela, e então aconteceu de novo.
Fiquei vidrado nos olhos castanhos dela, e não percebi que estava me aproximando demais.
Ela também se manteve perto o suficiente para que eu sentisse sua respiração, nossos olhos se cruzavam, e quando passamos a olhar para os lábios um do outro, eu pisquei me recompondo e ela também.

— Nick....eu...é melhor a gente entrar..- sugeri.

— é, eu sei...ja estava de saída também..- ela se afasta e vai embora.

Observei ela subir os degraus com pressa e depois acenar na porta antes de entrar, senti meu coração se acelerar com o sorriso de despedida dela e entrei em casa logo em seguida.
Me recostei atrás da porta e respirei devagar.

Deus do céu, oque foi isso??

.........

Nos dias seguintes, Nick e eu nos evitamos um pouco, e eu sabia o porque.
O clima estranho depois do baile, mexeu com a cabeça dela, e eu devo admitir, com a minha também.
As aulas encerraram, e nas férias nós quase não tivemos contato.
Também não falei muito com a Bailey, ate porque ela tinha ido viajar com os pais.
Descobri que Nick tinha ido viajar com uma tia dela, e voltou para casa só um mês depois.
Senti falta dela nesses dias que ela esteve longe, pensei em ligar mas não tive coragem.

Oque eu vou dizer?

No primeiro dia de aula, reencontrei ela no corredor, sorri animado e andei ate ela com o coração na boca.
Estava ansioso para saber como foram as férias dela, mas depois de ver Jamal se aproximando recuei um passo hesitando.
Ele deu um beijo nela, e vendo aquela cena eu senti uma sensação estranha mas que não quis saber oque era.
Deixei pra lá, e segui para a aula.
Ela entrou atrasada e parecia animada, me virei para a mesa dela e tentei puxar assunto.

— oi.

— oi.- ela sorri toda contente.

— pelo visto ja se acertou com o Jamal..- comentei.

— sim, ele me ligou nas férias e agora estamos saindo.- ela conta.

Me senti estranho de novo, mas dessa vez pior que antes.
Era como uma pontada na boca do estômago, e ficou pior quando eles começaram a se encontrar todos os dias.
Logo Nick estava namorando firme com ele, e os dois iriam para a mesma faculdade.

Não foi difícil perceber que eu perderia meu posto de melhor amigo em breve.
Competições entre amigos e namorados, nunca acabam bem.
A começar pelo fato de eu nem sequer entender oque sentia por ela, e ainda sim achar que estava no direito de começar uma briga.

Nick e eu fomos para lados diferentes, ela entrou numa faculdade de artes, fez cursos de teatro e dança de rua.
Eu me formei em arquitetura, e comecei a trabalhar na mesma empresa que meu pai ficou por anos.
Bailey também seguiu seu caminho, e embora Onika e eu ainda fossemos vizinhos, nós nos falávamos pouco e cada vez menos.

Ate que uma dia, eu reencontrei Bailey numa festa da minha empresa.

14 agosto de 2014.

Ela estava linda, e conversava com um grupo de pessoas animada.
Fui ate ela para saber se estava certo, e ela respondeu ao meu chamado.

— Bailey?- cutuco seu ombro.

Ela se vira e me olha surpresa.

— meu Deus, Diego! Quanto tempo!

A abracei e nós ficamos conversando num canto sozinhos.
Ela continuava a mesma pessoa tímida e encantadora, linda por dentro e por fora.
Eu sorria e ouvia cada palavra dela, e durante a conversa só conseguia pensar..

Porque eu não a beijei ainda?

........

— você ....tem certeza de.... que ninguém  .....vai aparecer?- ela diz entre o beijo.

Passo meu lábios para o seu colo, fazendo ela ofegar e jogar a cabeça pra trás.
Entramos na minha sala, eu tranco a porta e a puxo para o pequeno sofá.
Bailey deitou se desfazendo do casaco, e eu tiro sua calcinha por debaixo do vestido.

Ela me olha mordendo o lábio, e eu abro o cinto olhando fixamente pra ela.
Estávamos bêbados, completamente dopados.
Eu não me lembraria de nada no dia seguinte, mas isso não importava eu só estava afim de viver o agora.

Me deitei sobre ela e beijei seu pescoço, ela passou uma das pernas pela minha cintura e puxou meu quadril para ela.

A coisa toda estava indo rápido demais, eu não pensava em nada senão só no meu próprio prazer.
Baixei o restante da calça, e o suficiente da cueca ate expor meu sexo para a sua entrada.
Senti a superfície molhada e introduzi um dedo antes de começar, ela mordeu o lábio e praguejou algo inaudível.
Sorri de lado e a penetrei de uma vez, molhado e ate o final.
Ela arqueia as costas pedindo por mais, e eu dou o máximo de mim.
O máximo que poderia aguentar, ate romper a barreira do grande botão de foda-se, onde a gente para e pensa se oque esta fazendo é o certo.

— você... precisa...colocar...- ela dizia ofegante.

— ja estou todo dentro de você..- eu brinco.

Ela ri.

— uma camisinha!- completa.

Não tive tempo de parar, meu orgasmo estava perto de mais, e quando percebi estávamos os dois em espasmos de prazer.
Caí sobre o colo dela ofegante, e esperei que minha respiração se regularizasse.

— seu ....coração... esta ...acelerado..- comentei.

— é porque acabamos de transar..- ela ri.

Ri também, e adormeci ao lado dela no sofá sem perceber.

Acordei com luz no meu rosto, meu escritório ficava na cobertura e as paredes eram de vidro.
Tapei o rosto com a mão, e esfreguei os olhos me levantando.
Ainda estava no sofá, e com a calça baixa, mas Bailey havia ido embora.
Me recompus e voltei para casa, quando estava subindo os degraus da frente dou de cara com a Onika.
Ela estava sentada no murinho que dividia nossas entradas, e parecia esperar alguém.

— isso são horas de voltar pra casa?- ela puxa conversa.

Olhei pra cima surpreso e sorri sem graça.

— ah..oi..eu estava  numa festa da empresa..ficou tarde e eu não quis dirigir bêbado.- expliquei.

— menos mal então...- ela pula do muro e para na minha frente- eu tenho novidades...mas antes queria saber de você, nós quase não conversamos mais.

Respirei fundo e me virei pra ela.

— não aconteceu nada demais...- dei de ombros.

— hm..Jamal e eu terminamos.- ela diz de uma vez.

Pisquei surpreso e perguntei.

— mas porque? Vocês estavam firmes.

— sim, mas eu acho que ainda não é a hora...ele me pediu em casamento.. E eu não sei se estou pronta para uma relação desse nível.. Quer dizer, eu acabei de fazer 22 anos..e ele queria que eu me mudasse com ele para Nova Orleans.

— uau..isso..é um passo e tanto..

— eu sei...além do mais eu amo o Brooklyn e os meus alunos do salão comunitário.. E também eu não te deixaria aqui sem mim, você morreria de saudade.- ela se baga.

Eu ri.

— com certeza, eu não saberia viver sem você.- digo me dirigindo para casa novamente.

— mas e você, como foi na sua festa?- ela puxa assunto de novo e eu me viro com a mão na porta.

Hesitei por um momento sem saber se devia contar a ela ou não, e então acabei falando.

— Bailey e eu ficamos.

Ela assentiu a informação, mas ficou séria sem reação como se ja esperasse por isso.

— que bom, ela sempre foi apaixonada por você.- ela sorri.

— é ...eu também..- entrei em casa e soltei o ar.

Depois dessa conversa, Nick e eu nunca mais tocamos nesse assunto.

.........

26 de janeiro de 2017.

Após meu primeiro ano na empresa, decidi que era hora de sair do ninho e comprei meu próprio apartamento.
Meus pais acabaram se mudando para Chicago, onde meu pai passou a dar aulas de arquitetura e minha mãe voltou a ensinar piano em casa.
Eu ainda morava em nova York, mas agora em frente ao Central Park.
O edifício onde eu moro é super seguro e luxuoso, nunca ouve uma sequer reclamação sobre qualquer inquilino em mais de 16 andares.
Eu moro na cobertura, e meu apê fica de frente para uma vista linda da cidade.

Hoje estava mais quente, então acordei cedo e fiz minha rotina matinal antes de ir trabalhar.
A meses tenho tentado uma promoção, e finalmente estou tendo a chance de demonstrar meu serviço com um projeto feito por mim mesmo.
E inteiramente sozinho.
Se eu conseguisse a aprovação do meu chefe, não só me tornaria um sênior na equipe, como também teria meu próprio prédio com meu nome.

Saí da cama as 9, e como só teria que chegar no escritório as 11, teria tempo suficiente para fazer o de sempre.
Escovei os dentes, tomei um café reforçado e comecei a malhar.
Depois de alguns minutos de exercício, tomei mais uma xícara de café e me preparei para tomar banho e sair.

Subi para o quarto e fui direto ate o banheiro, enchi a banheira e peguei meu notebook.
Gosto de tomar banho rascunhando alguns projetos.
Os melhores que ja fiz, saíram enquanto eu estava no chuveiro, então para não perder mais nada, eu trago o notebook para o banho e escrevo enquanto estou banheira.

Estava prestes a tirar a roupa quando ouvi a campainha, estranhei pois eu não costumo receber visitas a essa hora, e muito menos sem avisar.
A não ser minha noiva que aparece sempre fora de hora, quando acaba de chegar de uma viagem.
Nós éramos noivos, então não achei que precisaria barrar minha própria namorada na portaria.

Desci para recebe-la só com as calças, mas quando abri a porta não vi ninguém.
Ou melhor, ninguém no meu campo de visão, porque quando olhei para baixo havia uma garotinha na minha porta.

Ela olhou pra mim também e parecia assustada.
Me abaixei ate ficar da altura dela e sorri.

— oi garotinha..foi você quem tocou minha campainha?

Ela piscou me fitando e não disse nada, provavelmente era nova demais pra falar ainda e não me entendeu também.
Olhei em volta no corredor e não tinha mais ninguém, nem sinal da mãe ou de algum parente dela.
Voltei a encara-la e me perguntei.

— como você chegou aqui?

Ela ainda me fitava curiosa, e piscou abrindo um sorriso grande.
Era bonitinha, então logo alguém procuraria por ela.
Liguei para a portaria, e falei com o recepcionista.
Ele insistiu em dizer que ninguém entrou nas últimas três horas com um bebê, nem mesmo criança, ou ate sozinho.
O salão estava vazio e ate dada a hora da minha ligação, ele não viu ninguém passar por ele.
Comecei a ficar intrigado, e quando olhei para a garotinha ela tinha um bilhete na mão.
Ela me estendeu o bilhete, que parecia ter acabado de encontrar no seu bolso.
Fui ate ela com receio e aceitei o envelope, abri e li somente a primeira linha, oque ja me fez surtar.

Cuide bem dela, ela irá precisar de você..

Larguei o papel e liguei para a única pessoa que poderia me ajudar numa hora dessas.
Onika.

alô..- ela atende no terceiro toque.

— me ajuda pelo amor de deus, eu acho que vou ter um derrame!

oque? Espera Diego! Oque aconteceu?

tem uma garota na minha porta, eu não sei como ela veio parar aqui, e nem de quem ela é.. Eu tenho um projeto importantíssimo pra terminar, e não posso me atrasar para o trabalho!

ei, calma .. Como diria Jack..vamos por partes, de que garota nós estamos falando..não é nenhuma vagabunda querendo dinheiro ?

não! Ela deve ter uns 2 anos...talvez mais...Onika me ajuda, eu não sei oque fazer com ela e preciso ir trabalhar!

ai Diego, você ta parecendo um maluco..depois eu falo com você.

não Nick por favor não desliga!- implorei.

Mas ela desligou mesmo assim, e eu fiquei sozinho com a garotinha na minha frente.
Ela me encarava com aqueles olhos enormes, e eu não sabia oque fazer.
Esperei Onika retornar a ligação, mas por sorte ela decidiu fazer bem mais e resolveu aparecer.
Ouvi a campainha e corri para a porta, atendi e a olhei em pânico.

— primeiro, porque esta semi nu desse jeito? E segundo, essa cara de pânico esta me dando medo, oque foi que aconteceu?- ela passa por mim entrando na casa.

— isso aconteceu!- aponto a menininha no meu sofá.

Ela nos fitou curiosa e Onika virou pra mim com os olhos arregalados.

— Diego oque foi que você fez?

— eu não sei! Eu não sei nem como ela veio parar aqui! Me ajuda pelo amor se deus!- implorei outra vez.

Ela respirou fundo e então se aproximou com cautela do bebê.

— oi fofinha...você sabe me dizer o seu nome?

A garotinha nos firou sem dizer nada,  e eu comecei a ficar cada vez mais inquieto.

— ela não sabe falar..mas trouxe um bilhete, estava no bolso dela..eu não terminei de ler.

Onika pegou o papel da minha mão e deu uma olhada, e depois de alguns minutos ela solta um suspiro enorme e diz.

— Diego aqui diz que ela é sua filha.

.........

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