Blood

By JosyBlue

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A quem diga que o amor é uma arma poderosa. Mas a verdade é que as pessoas não sabem usa-lo. Nesse livro, voc... More

Para meus amigos
Prólogo
Clara Jones: O Começo
Benjamin Edwards: Primeiro Dia
Clara Jones: Inferno
Clara Jones: O lago
Benjamin Edwards: O que está acontecendo?
Clara Jones: Salvação
Benjamin Edwards: Incômodo
Clara Jones: Uma carona
Benjamin Edwards: Diversão
Clara Jones: Confusão
Benjamin Edwards: Uma noite no lago
Clara Jones: Inacreditável
Benjamin Edwards: Um sentimento novo
Clara Jones: Um lugar chamado escola
Benjamin e Clara: O jantar
Clara Jones: A sós com Lucy
Benjamin Edwards: Eu a amo
Clara Jones: O começo do fim
Benjamin Edwards: Uma noite e tanto
Clara Jones: Despedida
Benjamin Edwards: Nada
Benjamin Edwards: Uma dor inexplicável
A carta de uma suicída
Benjamin Edwards: Psicopata

Benjamin Edwards: Primeira impressão

72 12 6
By JosyBlue

    Droga! Hora do almoço, vou ter que me enfiar naquele refeitório cheio de pessoas sebosas fazendo barulho, odeio isso, odeio quando sou obrigado a fazer algo que eu não quero, mas a hora deles vai chegar e se depender de mim esta bem próxima. Virei no corredor furioso, alguém esbarrou em mim, ai que merda! Espera. Era aquela garota do ônibus, ela estava com o rosto inchado, talvez estivesse chorando de novo. Ela se desculpou e depois ficou sem dizer mais nada, também não sabia o que dizer não converso muito, prefiro evitar ao máximo as pessoas, fiquei ali sem reação, até que ela perguntou se poderia almoçar comigo, bom, eu não pretendia almoçar, mas ela era linda...
- Pode - acho que isso deve ter soado simpático.
    Entramos na fila para o almoço, senti tentado a falar algo, mas preferi manter me em silêncio.
- Qual o seu nome? - Ela perguntou
- Benjamin - falei
- E você prefere ser chamado por Benjamin ou Ben?
- Não importa. -Ela continuou me olhando, acho que tô indo bem. - E o seu?
- Clara. - Que nome estranho, não tem nada haver com ela, por dentro era escura, não clara.
- Por que você tem um nome que não condiz com o que você é? - quis saber.
- Como assim?
- Você não é clara, por dentro você só é escuridão, como pode se chamar Clara? - Ela se virou e pegou a bandeja com a comida e saiu, mas parou no meio do caminho e disse:
- Posso sentar com você? - pensei um pouco, não sei se queria isso, minha mente estava bagunçada. Sem dor.
- Pode.
    Fomos para a última mesa no final do refeitório, para mim, quanto mais distante das pessoas melhor, ela sentou-se na minha frente, enquanto comia me olhava, fiquei sem reação, ela era uma garota estranha, com um nome esquisito e um rosto lindo.
- Quem escolheu seu nome? - perguntei.
- Meu pai - disse calmamente
- E por que ele te deu esse nome?
- Não sei... - ela continuava me olhando - Acho que por que ele achou bonito.
- E onde ele está?
- Foi embora.
- Seria melhor se tivesse morrido. - ela me olhou estranho, não sei explicar, era o mesmo olhar que Lucy fazia quando falava que queria matar a tia Grace, aquela velha chata que ficava me tocando. Dor.
- Não, isso seria horrível, ele é meu pai.
- Mas ele foi embora e te deixou com um nome que não te define, você não é clara, você é escura e ele faz parte dessa escuridão. Se ele estivesse morto, você não teria que viver sabendo que ele está vivo e não se importa com você. - ela começou a chorar, o que eu fiz de errado? Eu só achei que fosse ficar bem, não queria lhe causar dor, mas ela não parava de chorar. Dor. O que eu fiz?

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