2 HÉTEROS NUMA BALADA GLS (20...

By FabioLinderoff

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Uma das histórias mais famosas do Orkut está de volta em uma edição totalmente revisada. Fábio Linderoff é... More

Fábio Linderoff apresenta
Agradecimentos
Nota do autor
Prefácio
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Epílogo
VERDADE ENTRE CUECAS
FÓRUM

Capítulo 10

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By FabioLinderoff

Passou um tempo. Semanas... o mês acabou e começou outro e tudo continuou na mesma. Paulo? Que Paulo? O cara sumiu. Nunca mais o vi on line, nunca mais recebi ligação, nem torpedo, nem carta, nem presente, nem pica nenhuma. Todo mundo de casa começou a se organizar as escondidas para a tal festa de despedida do Negão. Pelo visto o lance ia ser grande.

Pense, um monte de cueca morando junto em uma casa. A festa tinha que ser praticamente um Rock in Rio. A quantidade de cerveja que o Alemão estava pensando em comprar dava para encher uma piscina olímpica. E "muié"? Nossa, até as putas de Santo André acho que foram convidadas. Seria uma festa de arromba. Mas eu nem estava participando muito. O Japa e o Alemão estavam mais animados. O Daniel só dava atenção pra mina dele e eu - nó cego - continuava na merda. Até beijava mina em balada as vezes que eu saía, mas nada me agradava. Beijava por que as minas ficavam com aquele olhar de "mete a rola no meu cu porque minha buceta é virgem". Esse olhar pra ser mais específico é o olhar de vadia que todas as minas fazem quando estão afim de um cara que não está dando bola pra elas. No sábado a tarde levei uma mina que conheci no shopping pra casa e no rala e rola acabamos transando. Samanta era o nome dela. Moreninha, pá. Foi legal. Foi necessário. Se não fosse com a Samanta meteria a rola no rabo de um cachorro, de uma pomba, na parede até fazer um buraco, sei lá. Estava foda, caros leitores.

Quando finalmente chegou a penúltima semana de aula, meados de novembro, a coisa apertou pro meu lado. Uma mina da loja tinha sido mandada embora e eu fiquei com o cu na mão de ser despedido também. Comecei a chegar 10 minutinhos mais cedo. Fazia extra sem pedirem. Um funcionário exemplar. Enquanto na facul...humm...as coisas iam de mal a pior. Com a nota que tinha tirado na prova do Professor Marcelo com certeza estaria de DP e minha mãe mandaria me capar. Estava fodido. Tentei convencer o professor de me dar mais uma chance e ele se mantinha irredutível. Acho que ele gostava de ver os alunos suplicando por sua misericórdia. Eu fui lá pedir, não ia me rebaixar. Eu deveria ter estudado mais e tal, entendia isso....assim como ele iria entender que de um dia para o outro os carros dos professores apareciam todos riscados no estacionamento. Se ele nem quisesse me ouvir além de riscar eu levaria uma faca de casa e faria um estrago no pneu do filha da puta. Pensei um imonte de merda sabendo que eu não teria coragem de fazer porra nenhuma. Mas uma coisa eu não ia fazer, implorar.

— Fala, Fabio. De novo esse papo? — O professor perguntou quando eu o parei novamente em um dos corredores.

— Eu te imploro, Fessor! Dá mais uma chance pra mim. Não posso ficar de DP na sua matéria.

Ele sempre repetindo "não, não, não, não". Fui até o carro dele enchendo seu saco. Ganharia ele pelo cansaço. Foi quando ele disse:

— Fabio, eu tenho que entregar essas notas depois de amanhã. Nem tempo pra fazer uma nova prova pra você eu teria, meu caro. Sinto muito. Você teve a mesma oportunidade que todos da sua sala. Quantas vezes eu cheguei e o Sr. não estava lá? Quantas vezes você, a Roberta, o Luiz, o Amaral e o Bruno não mataram minha aula?

Fiquei puto.

— Minha mãe vai me matar. — Pensei alto.

— Parece um moleque de quinta série falando assim. — Ele disse abrindo a porta do carro e jogando no banco do passageiro uma maleta que carregava.

Continuei parado na frente do automóvel. Com minha cara de pidão. Por fim, perguntei:

— Não tem nada mesmo que eu possa fazer, Fessor?

Ele segurou o olhar em mim. Um pé dentro e o outro fora do carro, segurando a porta. Silêncio. Um olhando no olho do outro. Me mantive firme. Ele não agüentou. Arregou. Olhou para os lados e me disse:

— Até tem.

Fiquei feliz.

— Só não sei se toparia. — Ele disse beliscando de leve e rapidamente o meu mamilo por cima da camiseta.

É naaada. Professor viado era só o que me faltava. Ainda por cima estava me chantageando.

— Sou gay não, Fessor.

— Nem eu. — Ele disse entrando no carro rapidamente. — Acho que você entendeu errado.

Corri até a janela do carro.

— Mas e se eu fosse? — Perguntei por curiosidade enquanto ele baixava o vidro do carro e fechava a porta. Ele deu partida no carro, engatou a ré, virou pra mim e disse:

— Se você fosse, eu falaria pra você me esperar ali na esquina amanhã depois da aula.

Ele deu uma piscadinha e sorriu. Eu também dei meu sorrisinho de lado e fiquei parado no meu lugar. O carro deu ré, manobrou e depois seguiu em frente rumo ao portão de saída.

Nas circunstâncias que aquilo aconteceu estava claro que eu não tinha prova alguma de que ele estava me chantageando. E outra, da forma que ele brincou no final ele podia muito bem estar curtindo com a minha cara e me zoando, como ele sempre fazia com todo mundo em sala de aula. Ele era o tipo do professor que todas as minas ficavam em cima dele. Ele tinha 44 anos, mas era molecão. E talvez pelo fato de dar aula pra gente mais nova ele tinha um espírito jovem. Ele se vestia muito bem e as meninas diziam que a marca do perfume dele era Armani. Mulher entende dessas merdas. Todos sabiam que ele era casado e tinha três filhos. Tinha um estilo bem casual de se vestir e na maioria das vezes ia com um terno, camiseta, calça jeans e sapatênis. Muito estiloso. Lembrava muito o Marcelo Antony, ator da Globo, de rosto. Era magro e esguio. Estava na cara que era muito vaidoso.

No outro dia eu trampei e fui pra facul direto. Não tive aula com o professor Marcelo. Durante o intervalo eu vi o Daniel de relance conversando com a Dani, a sapatona. Eu nem sabia que eles eram amigos pra falar a verdade. Fui para a cantina, comprei um enrolado de queijo e presunto. Fiquei trocando idéia com os caras sobre academia, suplementos e etc. Achava ridículo aquilo, mas era o que tinha. Todo mundo que faz academia no início só tem essa merda de assunto. Só sabe cultivar o corpo e falar merda. Eu ia na academia, mas não era vidrado nos exercícios. Fazia minha série pá e pronto. Agora tinha uns caras que ficavam se medindo no vestiário. Achava aquilo ridículo. Depois que todos iam embora deviam ficar medindo o tamanho da rola também. Coisa que eu confesso que nunca fiz. Existe coisa mais ridícula do que você se guiar pelo tamanho da rola de alguém? Eu sei que a minha enche minhas duas mãos e a cabeça do meu pau ainda fica pra fora, mas daí pegar uma régua colocar do lado do pau pra ver o quanto ela mede já é demais, é muita cretinice. Imagino o papo desses caras na internet: "quanto mede o seu pau?" — um pergunta; "o meu pau mede aproximadamente 17,3 centímetros"; "o meu tem 5 cm de espessura será que entra no seu cu?" — um pergunta; "não sei não, meu cu só tem dois cm de diâmetro" — o outro responde. Faz- me rir. Ridículo, não?

Muito bem não sei o que me deu, mas acabou a aula e eu fui caminhando lentamente pela outra saída da facul. Desci até a esquina e dei um tempinho. Não sei porque fiz aquilo. Juro que eu não estava com tesão. Estava mais preocupado em saber se o professor era viado, isso sim. E também não sei porque queria saber isso. Talvez porque eu devia ter passado a impressão de que eu era e por isso ele me cantou. Mas e se não tivesse me cantado e aquilo era coisa da minha cabeça? Comecei a me convencer de que ficaria ali para zoar com a cara dele caso ele passasse. Comecei a me sentir um michê. Que papelão ridículo. Comecei a andar e ir embora quando vi que ele não vinha. Foi quando eu percebi uma Ford Ecosport preta, toda filmada parar ao meu lado. Era o mesmo carro que eu tinha visto no dia anterior.

— E aí, demorei muito? — O professor Marcelo perguntou baixando o vidro do banco do passageiro.

Se ele estivesse cogitando a possibilidade de eu entrar naquele carro, ele estava muito enganado.

— Não demorou não. — Eu disse abrindo a porta e sentando ao lado dele. Mal fechei a porta e ele arrancou fechando o meu vidro ao toque de um botão.

O carro estava quentinho e cheiroso. Mas era um cheiro de perfume misturado com cheiro de carro, sei lá. É estranho quando a gente entra no carro de alguém pela primeira vez. O carro parece ser uma extensão da pessoa. Tem o jeito da pessoa, o cheiro da pessoa. A gente vê logo de cara se é limpo ou sujo. Meus olhos percorreram tudo. O professor ligou o som e na hora começou a tocar Losing my Religion do R.E.M.

— Curte R.E.M? — Ele perguntou.

— Não conheço muito, só as mais famosas.

— Eu acho eles do caralho, cara. — Ele disse.

Era estranho ver um professor falar "do caralho". Era a mesma coisa imaginar uma de minhas tias crentes xingando meu tio "vai lavar minha dentadura logo, seu zé buceta do caralho" ou então imaginar um padre dizendo no meio da missa "foi quando Jesus veio e fodeu tudo. Todo mundo que não entrou na arca de Noé tomou no cu" ou então imaginar minha mãe toda recatada xingar meu pai "meu bem, pára de peidar, mas que cu froxo da porra". Era muito estranho.

— E aí? Onde você quer ir? — O professor me perguntou.

Olhei no relógio eram quase 11:30 na noite.

— A essa hora não tem muito o que a gente possa fazer. — Respondi.

— Posso te levar para um lugar pra gente ficar mais a vontade?

Franzi o cenho, achei estranho. Como assim me levar pra ficar mais a vontade? Claro que não podia. Eu tinha que ir pra casa e dormir, como uma pessoa de respeito devia fazer.

— Hum hum — Confirmei olhando a paisagem da minha janela. Não tive coragem de olhar para ele.

Fomos para a rota dos motéis que tem na Via Anchieta e entramos em um.

Foi muito constrangedor eu entregar minha identidade. Era a primeira vez que eu ia com um homem para um motel. Ainda mais com um homem da idade do meu pai! E ainda mais sendo meu professor! Só naquele momento eu comecei a ver as proporções que aquilo estava tomando. Não nego que senti muita vergonha da menina do guichê de entrada. Me escondi ao máximo no banco para que ela não me visse. A gente pegou a chave de uma suíte e entramos. Nunca tinha ido àquele motel. Sempre quando eu ia era pra foder com as meninas quando não dava certo comê-las em casa ou então pra agradar em datas especiais. Mulher adora esse tipo de coisa. Fica um mês sem liberar, basta levar para jantar e dizer que vamos a um motel e ela faz você gozar três vezes sem tirar de dentro. Estacionamos o carro, só depois que ele fechou a portão automático que eu desci do carro. Subimos uma escada e abrimos a porta da suíte. Era uma suíte com decoração toda japonesa. Deveria ter custado o olho da cara. Tinha até hidro e sauna. Suite com hidro e sauna eu só ia com uma mina quando era pra comê-la pela primeira vez. A gente sempre quer impressionar, né? Temos que nos satisfazer com a hidro e sauna, fazer o que. Nem sempre a primeira vez com uma mina é boa. Nunca entra direito. Sempre reclamam que está doendo. Você está louco pra gozar e tem que ir tão devagar que de duas uma: ou você perde o tesão e o pau murcha ou você tenta uma, duas e na terceira você manda ela chupar que é pra garantir o gozo pelo menos no boquete.

O professor Marcelo entrou primeiro e foi logo colocando a pasta dele sobre a mesinha toda de bambu e vidro que tinha perto da cama. A cama era bem baixa, praticamente um tatame de lutar sumô. Na parede oposta a cama tinha uma TV de LED, enorme. Ao lado da cama tinha um biombo de três folhas todo trabalhado com ideogramas japoneses que certamente deveriam significar "boa foda e volte sempre" ou algo do tipo. Atrás do biombo vinha a hidro e na parede na frente da hidro tinha a sauna úmida.

— Está com fome, Fabio? — O professor me perguntou.

— Mais ou menos. — Respondi.

— Vou pedir algo para nós. Eu to morrendo de fome. — Ele disse pegando o cardápio enquanto eu observava os detalhes da decoração do quarto.

Fiquei parado no lugar. Eu estava dentro de um quarto de motel com um homem. Não com qualquer homem, com um homem 24 anos mais velho que eu. E não era qualquer homem, era o meu professor da faculdade, porra! Comecei a ficar nervoso, mas eu não era ingênuo. Sabia o motivo de ter me levado até ali, sabia pra que estávamos ali.

— Vai comer o que Fabio? — Ele me perguntou — Aqui nesse motel eles fazem um abacate recheado com camarão que é uma delícia. Humm é um abacate com maionese, alcaparras, cebolinha verde...já comeu?

Fiz uma careta e fiz que não com a cabeça. Ele riu.

— Gosta de frango recheado com queijo e presunto?

— Opa. — Respondi mais alegre enquanto ele já estava com o telefone na orelha pra falar com a atendente.

— Oi, boa noite. Por favor um Abacate recheado com Camarão, um Cordon Bleu e um risoto de champignon...pra beber um Lambrusco Tinto Seco...Obrigado.

Não tinha entendido nada do que ele tinha pedido, mas confiei em seu bom gosto.

Ele percebeu que eu estava nervoso. Passou a mão na minha cabeça desarrumando meus cabelos e disse:

— Fique a vontade, cara. Liga a TV aí. Eu vou tomar um banho pra dar uma relaxada.

— Beleza, Fessor.

Ele tirou o terno, colocou sobre a cadeira, ficou de camiseta, calça jeans e sapatênis e foi até a ducha, que ficava atrás do biombo, ao lado da hidro. Como eu fui para a cama, fiquei escondido, sem que ele pudesse me ver e muito menos eu vê-lo. Tirei um tênis com a ajuda do outro e depois tirei o outro com a ajuda do pé só com a meia. Sentei na cama e liguei a TV. Na hora veio a imagem de um cara metendo na buceta de uma mina e os gemidos altos. Eu, desesperado troquei de canal. Coloquei no Multishow que estava passando videoclips. Comecei a ficar cada vez mais nervoso. Não sei se estava preparado para aquilo. Mas seria muita mancada ir embora e fazê-lo pagar a comida, o motel e o caralho a quatro. Fiquei na minha. Deixei as coisas rolarem.

Não demorou muito e ouço o chuveiro ser desligado. Depois de um tempo vejo ele passar por mim com uma toalha branca presa a cintura e com toda sua roupa nas mãos. Colocou as roupas sobre o encosto da mesma cadeira que colocara o terno. O sapatênis, jogou no chão. Em seguida ele veio até a cama e deitou-se de lado, apoiando a cabeça em um dos braços. Olhei pra ele. Tinha que admitir que ele era bonito. Tinha a barba feita, mas era muito cerrada e deixava seu rosto com um tom azulado, tinha a cabeça raspada, olhos verdes escuros, um sorriso que parecia a boca do coringa, tinha o peito peludo, mas via-se que ele tinha o cuidado de raspar, pois todos estavam do mesmo tamanho. Era moreno. Tinha as canelas grossas e peludas, seu pé era enorme.

Trocamos olhares, mas eu não agüentei e ri.

— Que foi? — Ele perguntou abrindo aquele sorrisão do coringa.

— Nada, Fessor.

— Você está nervoso, né?

Afirmei com a cabeça olhando para a Tv.

— Se isso te consola — Ele disse se levantando — Eu também estou.

Ele foi até a pasta que deixara sobre a mesa e a abriu.

— Queria te fazer uma pergunta. Você responde se quiser, ok? — Ele perguntou.

— Firmeza. — Respondi.

De dentro da pasta ele tirou um objeto branco da grossura de um canudo. Era uma paranga (cigarro de maconha). Ele passou a língua na folha de seda e colou a parte que estava soltando, apertou com os dedos modelando o baseado. Além do professor ser viado, era maconheiro. Era só o que me faltava.

— Você é gay? — Ele perguntou.

— Não. — Respondi já fechando a cara. Comecei a pensar que não era uma má idéia largar ele lá pra pagar a conta sozinho se continuasse a me fazer perguntas idiotas.

— Mas você já esteve assim com um cara, não é? — Ele continuou.

— Nem fazia idéia que você curtia essas paradas de fuma uns, Fessor. — Mudei de assunto.

Ele pegou o isqueiro e disse:

— Comecei a fumar quando tinha a sua idade. Fazia faculdade também. Mas eu não sou de fumar sempre não. Pra você ter uma idéia são os próprios alunos que arrumam pra mim. — Ele riu e perguntou: — Você curte?

Balancei a cabeça indicando mais ou menos. Ele acendeu o cigarrinho, deu um trago, ficou mascando o nada assim um pouco como se tivesse com alguma coisa na língua e depois me ofereceu. Eu peguei e dei um trago também.

Depois de cinco minutos tanto eu como ele já estávamos bem mais relaxados. O quarto inteiro cheirava a maconha. Ainda bem que eu não morava com meus pais porque se eu chegasse cheirando aquilo com certeza minha mãe me internaria achando que eu já ia começar a comer pilha de controle remoto como o meu primo disse uma vez. Ficamos rindo das burrices que os alunos dele já tinham feito e falado durante toda a sua vida de professor. Foi então que perguntei:

— É a primeira vez que você sai com um aluno, Fessor?

Estávamos deitados com as nossas cabeças próximas, mas com os nossos corpos em lados opostos. Estávamos conversando e olhando um para o outro através do reflexo do espelho que havia no teto do quarto.

— Claro que não, né. — Ele respondeu — Já saí com alunas e com alunos várias vezes.

— Mas você é gayzão?

Ele riu e respondeu:

— Prefiro não criar rótulos, entende? Sou feliz do jeito que sou. Se os outros querem colocar nomes pra definir as coisas, problema deles. Eu não faço parte de nenhum grupo, não levanto bandeiras, não participo de movimentos. Eu vivo minha vida, bicho. Dane-se .

Ele ainda estava enrolado na toalha e eu todo vestido.

— Dessa vida a gente não leva nada, cara. — Ele disse virando-se para o meu lado — O que realmente importa é a gente viver o momento sem ficar filosofando se é certo, ou se é errado. — Ele me mediu de cima em baixo. Eu conhecia aquele olhar — O que importa é a gente trocar experiências.

Nesse momento ele sentou e colocou a mão sobre a minha perna. Instintivamente eu me levantei da cama.

— Foi mal, Fessor. Eu não to acostumado com essas paradas não.

Ele deu a última tragada no baseado e jogou a ponta no cinzeiro que estava no criado mudo ao lado da cama. Atravessou a cama e sentou na ponta bem na minha frente.

— Relaxa. — Ele disse me olhando — Eu não vou fazer nada que você não queira, certo?

Não consegui responder e não consegui ter reação nenhuma.

Não era pra menos. Eu estava em um quarto de motel com o meu professor que era viado e maconheiro. E que tinha a idade pra ser o melhor amigo do meu pai. Nunca me senti atraído por pessoas mais velhas do que eu. Ainda mais homens. Mas eu tinha procurado por aquilo. Talvez se no final da aula eu tivesse simplesmente ido pra casa como fazia todos os dias eu não estaria ali com um cara seminu com a boca a poucos centímetros do meu pau.

Ele continuou me olhando nos olhos. Vi quando o olhar desceu pela minha camiseta e se concentrou na região do meu pau. Ele ergueu os braços e segurou firme minha cintura. Tinha a pegada. Deu pra perceber ali. Não era a toa que já tinha levado outros alunos para o motel.

Me puxou pra frente, pra mais perto dele. Não resisti. Ele fechou os olhos e grudou o rosto na minha camiseta, colando a cara na minha barriga. Ele inspirava e expirava profundamente.

— Deixa eu sentir seu cheiro. — Ele disse. Eu deixei.

Ele colocou os braços por dentro da minha camiseta e passeou com as mãos pelas minhas costas. Meu pau começou a dar sinal de vida.

— Tira vai. — Ele pediu. E eu obedeci, tirei a camiseta e a joguei no chão.

Ele passeou com as mãos pelo meu peito, pela minha cintura e continuava com o rosto colado na minha barriga. Começou a me beijar de leve. Senti cócegas. Ele olhou pra mim e sorriu maliciosamente.

Desabotoou minha calça jeans, desceu o zíper e puxou-a para baixo até pará-la no meio das minhas coxas. Fiquei ali paradão, sem camiseta, com a calça arriada, com a cuequinha a mostra e meu pau endurecendo cada vez mais.

— Acho que o seu mininão está acordando. — Ele falou. Eu não disse nada. Esbocei apenas um sorriso.

Ele grudou o nariz na minha cueca e sentiu o cheiro do meu pau. Esfregou o rosto pra lá e pra cá na minha rola que já estava pulsando de tão dura. Ele pegou e começou a morder meu pau por cima da cueca. Foi aí que eu vi ele abrindo a toalha que estava presa a sua cintura revelando a sua rola. Era uma rola cheia de veias, bem escura e ele era operado, a cabeçona meio arroxeada estava um pouco melada, ele devia estar com muito tesão. Vi quando ele começou a socar uma punheta pra ele com uma mão enquanto mordiscava meu pau por cima da cueca.

Eu estámbém estava com muito tesão. Não tinha como negar. Ele parou, levantou e disse:

— Deite aí na cama.

Obedeci. Ele foi até a mesa segurando a toalha e a jogou sobre a outra cadeira. Vi seu corpo nu por inteiro, a bunda bem desenhada. Devia praticar algum esporte não era possível. Ele pegou um CD de dentro da pasta e foi até o aparelho de som ao lado da cama. No mesmo instante ouvi o som de uma orquestra invadir o quarto.

— Conhece? — Ele perguntou.

— Não. — Respondi.

— Chama-se Canon in D menor, de Pachelbel. — Ele revelou.

Pra mim era indiferente nunca tinha ouvido e nem sabia que porra era aquela de Pachelbel. Muito tempo depois eu até procurei no Youtube e acabei encontrando. Me rendeu boas lembranças. Ele veio pra cima da cama, pegou uma perna minha, tirou minha meia e beijou a sola do meu pé. Pegou meu outro pé tirou a meia e beijou a ponta do meu dedão. Estava ajoelhado e me olhando fixamente nos olhos. Acho que o baseado já estava fazendo efeito. Tudo estava legal. Parecia que a orquestra inteira estava dentro do quarto tocando estupidamente alto, mas aquilo era coisa da minha cabeça. Eu estava tão sensível que quando ele beijou a ponta do meu dedo eu senti que ia gozar. Ele puxou minha calça pelas pernas e me deixou só de cueca.

Veio engatinhando como se fosse um leão enorme pra me atacar. Esfregou o rosto na minha coxa bem manhoso e grudou o nariz no meu saco. Em seguida ele enfiou as mãos debaixo da minha bunda, segurou o elástico da cueca e lentamente foi puxando-a para baixo. Até tirá-la por completo. Fiquei peladão. Em seguida ele veio novamente e esfregou bem devagar a cara no meu saco, sempre inspirando e expirando querendo sentir meu cheiro.

— Nossa Fabio, teu cheiro é muito bom. — Ele disse lá embaixo sem que eu pudesse vê-lo falando.

De repente senti meu saco esquentar. Era o professor chupando as minhas bolas. Largava uma e pegava a outra e ficou revezando isso por um tempinho. Em seguida ele veio com a língua lá de perto do meu cu, passou pelo meu saco, subiu pela minha rola, desceu pela minha barriga, passeou pelos meus mamilos e veio pro meu pescoço. Eu estava todo arrepiado. Quando vi que ele veio me beijar eu o segurei e fiz que não com a cabeça. Achei que ele ia brochar na hora, mas pelo contrário ele deu um sorriso lindo e foi mordiscar meu outro mamilo. Beijou minha barriga. Pela primeira vez segurou meu pau na mão, olhou bem pra ele e foi descendo a pele pra revelar a cabeça da minha rola. Encostou o nariz nela e inspirou sentindo o aroma da minha pica.

Ele me olhava nos olhos enquanto cheirava minha rola. Passeou com ela de um lado para o outro nos seus lábios e em seguida abriu a boca e deixou meu pau deslizar pra dentro. Ele veio descendo até quase encostar o nariz nos meus pelos. Subiu sugando minha rola e me deixando locão. A música continuava, os arrepios continuavam, o tesão aumentava. Segurou minha rola na base e começou o vai e vem, me boquetando. Estiquei os pés. Não sei porque eu esticava os pés. Sempre quando batia uma ou estava com alguém ficava daquele jeito igual a uma bailarina, nas pontas dos pés. Ele me olhou, mas não parou de descer e subir quase engolindo a minha vara. Tirou da boca e deixou um monte de saliva escorrer pelo pau e em seguida voltou a chupar limpando tudinho. Ficou me boquetando um tempão. Talvez pelo fato de ser mais velho e ser mais experiente sabia chupar uma vara como ninguém.

Levantou da cama e me disse:

— Vire de bruços. — Enquanto ia pegar alguma coisa dentro da pasta novamente. Porque já não trouxe tudo, pensei.

Fiquei meio assim de me virar de bruços, tive vergonha, não sei.

— Não curto essas paradas de dar, Fessor.

Ele voltou pra cama e disse:

— Quem vai dar aqui sou eu. Eu só quero que vire de bruços, pode ser?

Virei de bruços, mas travei a bunda. Só com uma britadeira alguém entraria ali. Senti ele vindo por cima de mim, passou a mão pelos meus cabelos, prendeu ele em seus dedos e deu um apertão de leve. Me arrepiei inteiro. Ele beijou meu pescoço, minhas costas, desceu e mordeu minha bunda. Ela continuava travada. Ele mordeu de novo e suspeitei que ele queria lamber meu cu. Mas eu não ia deixar. Virei de lado e segurei a pica pra ele. Ele obedeceu e começou a chupá-la enquanto batia uma pra si mesmo. Na outra mão ele segurava alguma coisa. Era uma camisinha.

Ele abriu, vestiu meu pau com a camisinha e subiu até onde eu estava. Ele passou os quatro dedos pela língua e lambuzou o próprio cu para lubrificar. Eu colei meu corpo no dele e comecei a passear com meu pau pelo seu saco. Estávamos de ladinho. Ele com a perna levantada, agarrou meu pau e colocou bem na porta do seu cu peludo. Segurei em seus quadris e fui enterrando meu pau no cu dele.

— Está doendo, Fessor? — Perguntei.

— Que nada, está uma delicia, cara. — Ele disse se contorcendo de prazer.

Quando vi que o cu dele já tinha se acostumado com meu pau, comecei a bombar.

Nem acreditava que eu estava descendo o sarrafo no meu professor. Ele tinha posto a música no repeat e ela estava começando a tocar de novo. Em qualquer outra circunstância eu ia achar aquela música um porre, mas ali tudo casava perfeitamente. E eu já tinha pego o ritmo, comecei a bombar cada vez mais rápido e cada vez mais forte.

Adorava quando o cu acostumava com o tamanho do meu pau. O vai e vem era muito prazeroso. Comecei a tirar e por de dentro do cu dele, só pra ele sentir mais prazer. Tirava tudo e punha tudo de uma vez até o talo. Ele gemia de prazer.

— Vai! Continua, moleque. — Ele pedia.

— Você gosta, né professor? — Eu dizia bombando forte no cu dele — Você gosta da pica de um aluno no seu cu, né?

— Gosto. — Ele respondeu no meio dos trancos.

— Está curtindo ver o seu aluninho que precisa de nota metendo no seu rabão, né?

— To, muito. — Ele respondeu — Porra, que tesão moleque.

Quando meu pau escapou foi a deixa dele abaixar a perna e mudar de posição. Fiquei deitado e ele veio pra cima de mim. O cara era enorme e eu ali me sentia indefeso perto dele. Ele ficou de cócoras, segurou meu pau e foi sentando nele. Começou a flexionar as pernas de forma que ele começou a subir e descer com meu pau preso no seu cu. Que delícia.

No meio daquele sobe e desce do caralho, começou vir aquela sensação de que eu ia gozar. A hipersensibilidade me fez imaginar eu atirando o professor longe de tanto gozo que ia sair do meu pau. O tesão era tanto que eu fazia até careta vendo o professor trabalhando ali no entra e sai do meu pau no cu dele.

— Goza, vai. — Ele pediu olhando pra mim.

— Que tesão, Fessor. Você tem um cu muito bom, véi. — Eu falei.

A gente começou a gemer juntos, acho que ele também estava só esperando eu gozar pra poder gozar.

— Vou gozar, Fessor. Vou gozar, ai carai. — Comecei a gemer.

— Goza no meu cu, goza vai. — Ele disse acelerando a punheta.

Foi então que eu não agüentei e falei:

— Ai porraaa! — E gozei, senti meu pau pulsar mandando gozo pra fora encharcando a camisinha. Ele parou com o sobe desce, desceu de uma vez enterrando o cu no meu pau, empinou a pica dele pra cima e gozou no próprio peito. Lavou o peito né. Era tanta porra que saía que eu achava que não ia parar mais. A cada jato que saía, eu sentia o cu dele dar uma mordida no meu pau. Em seguida ele saiu de cima de mim e ficou deitado na cama enquanto os nossos paus murchavam.

Meu coração ainda estava disparado por causa do gozo. Tinha sido uma foda gostosa. Dei stop na porra da música e ficamos só ouvindo bem baixinho a música dos videoclips que ainda estavam passando no Multishow. Não demorou e ouvimos a campainha tocar. Era a nossa comida. Ele foi pegar o rango e eu fui mijar. Aproveitei pra ir enchendo a hidro de água. Queria tomar um banho antes de ir embora. Jogamos as roupas sobre a cama e sentamos na mesa para comer. Experimentei o abacate com camarão. Não era ruim não, mas o meu "Cordão do Blô" estava bem melhor. Tomamos vinho e conversamos a respeito do meu futuro como jornalista.

— Posso ser sincero?

— Pode. — Respondi.

— Você nunca pensou em seguir carreira de modelo? Você é bonito, cara.

— Valeu, Fessor. — Respondi — Já pensei, minha mãe até fez um book meu quando era pivete, está ligado? Mas sei lá. Vai muito da sorte fazer virar uma carreira de modelo, queria garantir uma profissão e pa. Pelo menos pra satisfazer meu pai, está ligado?

— Sei. — Ele respondeu.

Comemos, bebemos e como já estávamos peladões mesmo, fomos para a hidro. Eu entrei, o professor Marcelo ficou sentado na borda. Levamos o vinho e as taças e continuamos a trocar idéia lá.

Depois do que fizemos comecei a sentir uma necessidade de perguntar uma coisa para o professor. Como já tínhamos atingido um limite de intimidade, não me contive:

— Você é casado né, Fessor?

— Sou. Daqui a 4 anos eu completo 20 anos de união. — Ele respondeu — São 2 anos de namoro, 2 anos de noivado, 16 anos de casamento, três filhos lindos que eu amo e tenho uma esposa maravilhosa.

— E você não fica com peso na consciência.. tipo.. por estar aqui, agora, sei lá?

— No começo não vou negar que eu tinha. Mas, Fabio, pensa comigo. Se ela nunca souber. Se eu nunca permitir que o amor que sinto por ela diminua por causa desses encontros não há motivo pra ela sofrer. Traição é muito relativo, cara. Eu trairia a mim mesmo se eu ficasse casado, dentro de casa e tendo um monte de desejos enrustidos que eu jamais teria coragem de contar pra ela. Quando estamos juntos cara, é só eu e ela. Quando eu sair daqui, eu deixo tudo o que a gente fez aqui. Sacou? Não levo nada pra casa.

— Ah sei lá, pra mim é estranho ainda. — Disse dando um gole no vinho.

— Ninguém é dono de ninguém, Fabio. — Ele me disse. E aquelas palavras eu guardaria pra sempre — A gente convive com as pessoas, mas não somos donos de ninguém. Cada um tem seu caminho, cada um tem o seu modo de sentir prazer e isso deve ser respeitado. Eu respeito o meu casamento não deixando que esse meu lado influencie na criação dos meus filhos e no convívio que eu tenho com a minha mulher. Mas eu não vou mentir pra mim mesmo, porra! Se eu sinto tesão em dar o cu, o que eu posso fazer?

Não agüentei e dei risada.

— E você nunca ficou piradão por um cara a ponto de largar seu casamento e tudo por ele? — Perguntei.

— Aí é que está. Eu tenho os meus desejos sexuais, os meus fetiches, mas AMAR eu amo uma única pessoa e essa pessoa é a minha mulher. Eu sei separar as coisas aqui dentro — Ele bateu no peito — Procuro não criar falsas esperanças na cabeça de ninguém.

Dito aquilo, tomamos o resto do vinho, nos trocamos, arrumamos as nossas coisas e fomos embora.

No caminho de volta fomos conversando sobre as viagens e palestras que ele dava sobre jornalismo. Eu no geral mais ouvia do que falava. Quando estava chegando perto da rua de casa ele falou:

— Não quero que pense que te chantagiei, viu Fabio. Eu senti que você me deu abertura e eu aproveitei. Foi recíproco até onde eu entendi. Vou tentar dar um jeito na sua nota, mas não só porque fizemos o que fizemos e sim por causa dessa troca de experiência, de conhecimento, da intimidade, beleza?

— Firmeza, Fessor.

Ele foi estacionando o carro lentamente na esquina da rua de casa.

— É aqui mesmo?

— É. Moro no fim dessa rua. — Expliquei.

— Nem preciso dizer que fica só entre a gente esse lance de hoje, né cara?

— Relaxa, Fessor. Valeu. — Agradeci e desci do carro.

Fechei a porta, ele deu uma buzinada leve e ouvi ele dizendo dentro do carro:

— Falou, tchau tchau.

E foi embora.

Fui pra casa me sentindo muito vazio. Mesmo não querendo, fiquei me sentindo como um objeto de prazer. A gente tinha tido uma troca de prazeres, ele pagou tudo e não deixou eu ajudar em nada. Ele tinha sido super gente boa comigo, mas aquele sentimento ainda pinicava meu peito. Acho que era pelo fato de não ter um relacionamento. O fato de eu estar esperando algo que não ia acontecer. Eu queria ficar de novo com o Paulo, mas e aí? A gente ia ficar e tal e pronto e acabou. Ele ia viver a vida dele e eu ia ficar pensando merda sobre ele do mesmo jeito. Se pelo menos eu tivesse a coragem de chegar nele e dizer tudo o que estava pensando, mas nem isso. Aquela experiência com o Professor Marcelo foi única. Foi a única vez que fiquei com um cara tão mais velho que eu e foi a primeira e última vez que ele e eu fizemos algo juntos.
Quanto a minha nota, inexplicavelmente ela subiu.

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