A expressão facial de Lúcio deixava transparecer toda a raiva que ele estava sentindo.
– Vamos, me respondam! Oque significa isso?! - Lúcio gritava e abria os braços indicando os dois amigos.
Lola e Erick se sentaram na cama, ela ainda debaixo da coberta como se fosse um escudo.
Erick levantou da cama e arrumou suas vestes enquanto tentava abrir a boca para dizer algo.
Por mais que eles não tivessem feito nada demais, a cena em si era constrangedora.
– Então é assim? - Lúcio cruzou os braços- Eu viajo, deixo você sozinha, você ignora as minhas ligações e quando eu apareço te pego no flagra dormindo com o seu "amigo". - Lúcio fez aspas com as mãos em forma de ironia- Você acha isso certo, Dolores?
– Senhor, nós podemos explicar... - interviu Erick.
– Cale a boca, moleque! Quero você fora da minha casa e depois terei uma conversa séria com os seus pais! Que duvido muito que saibam oque você estava fazendo.
– Pai, nós fomos à uma festa e na volta resolvemos dormir aqui em casa. Eu estava passando mal e o Erick cuidou de mim. Não fizemos nada do que está pensando! Eu juro! - tentou explicar Lola.
– Me desculpe, Senhor! Eu realmente não deveria ter dormido em sua casa...
– Menino, você é surdo por acaso? Eu não lhe disse para ir embora?
– É melhor você ir... - disse baixinho para Rrick, a menina.
Erick resolveu ir embora e seguir as ordens do pai de Lola, afinal não adiantaria tentar conversar com ele pois a raiva o consumia.
Agora que pai e filha estavam à sós, no quarto, o silêncio tomou conta do lugar.
Lola tremia de nervoso e sua mão suava.
Lúcio sentou na cama, respirou fundo e começou o sermão.
– Eu definitivamente, não sei oque fazer com você...
– Pai, eu juro que não fiz nada com Erick. Você não confia em min? Não acredita em minhas palavras?
Lúcio soltou uma risada seca e carregada de deboche.
– Você realmente acha que depois de tudo oque você fez, merece confiança e credibilidade em suas palavras?
Lola abaixou a cabeça.
– E além do mais, se coloque em meu lugar, oque você pensaria se visse sua filha na cama com outro garoto? Ainda maus depois de ter me evitado e desligado o telefone?
Lola levantou a cabeça e tomou ar para dizer algo mas analisando os fatos percebeu que seu pai estava certo apesar de saber que não tinha feito sexo com Erick. A menina respirou fundo e soltou um suspiro, lamentando por dentro por não poder se explicar.
– Não tem desculpas e você sabe disso! - Lúcio passou a mão pelos cabelos- Eu confiei em você. Pensei que se comportaria em minha ausência mas pelo visto estou enganado. E ainda por cima usou meu dinheiro para comprar coisas fúteis. - Lúcio apontou para o vestido que estava jogado no chão ao lado da cama.
– Pai, me perdoe! Eu nunca mais farei tais coisas mas sobre o Erick eu continuo afirmando que não fiz nada com ele e nem poderia, pois para mim ele é meu irmão e... - Lola foi cortada pelo pai.
– Olha, eu não irei gastar mais a minha energia conversando com você pois diálogo, pelo visto, não resolve nada. Então a partir de hoje, as ações falarão por mim e te tratarei como merece.
Lola arregalou os olhos e abriu a boca.
– Para começo de tudo, considere que já está de castigo, então, nada de celular, computador e saídas com exceção, é óbvio, das saídas para o colégio. E sobre o seu amigo Erick, eu não quero mais o ver dentro desta casa sem a minha presença. Vou conversar com os pais dele. E o pior, eu sei que ele não é um mau garoto, bom, antigamente não era a não ser que tenha mudado... - Lúcio colocou a mão no queixo - Como forma de castigo, de agora em diante, os serviços domésticos ficarão sob o seu domínio.
– Todos? Mais e a moça que nos ajuda na faxina?
– Todos! Vou suspender os serviços desta moça. E eu não quero que se dirija à mim. Só fale quando eu lhe perguntar algo.
– Mas isto não é justo...
– Calada! - gritou Lúcio- Ou quer que seu castigo dure até o fim do ano?
Lola se calou e revirou os olhos com raiva.
– Levante desta cama, troque os lençóis e arrume meu quarto. Quando acabar, me avise que lhe direi os próximos serviços que você fará.
– Sim, Senhor Sargentão! - Lola ironizou o pai e bateu continência.
Lúcio já estava saindo do quarto mas voltou ao ouvir o desaforo do menina, e encostado no batente da porta, disse para ela:
– Apesar da ironia, acho uma excelente ideia me tratar daqui pra frente com respeito. Me chamar de "senhor" deverá ser aplicado toda vez que se referir à palavra à mim.
Dizendo isto, Lúcio deixou Lola sozinha no quarto entalada por não poder responder pois não queria complicar as coisas mas mesmo assim, por dentro, ela ardia de raiva.
– Arrgh! Que ódio! - Lola bateu no travesseiro ao lado e bufou de raiva.
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NARRAÇÃO DE MIRANDA
Era sábado de manhã e eu havia me programado para corrigir as provas e trabalhar. Eu tinha feito meu café e ligado meu computador para responder à e-mails. Ainda de pijama eu me encontrava com os cabelos loiros embaraçados e ajeitava os óculos em minha face para começar o trabalho.
Henrique havia acordado antes de mim e foi à padaria.
Ele adentrou o nosso apartamento com um saco de pães franceses e doces recém saídos do forno.
Meu marido deixou oque comprou em cima da mesa e começou a arrumar a mesa para tomarmos café da manhã. Ele era engenheiro civil e devido às obras tinha dias que trabalhava direto e até mesmo nos sábados, pois na empresa que trabalhava, pessoas ricas contratavam as empresas e achavam que quanto mais rápido terminasse a obra melhor, então os trabalhadores, até mesmo engenheiros e arquitetos, se desdobravam para satisfazer os clientes que eram muito exigentes. Um sábado livre para Henrique era raro, então sempre que o tinha ele aproveitava ao máximo e me mimava o quanto podia.
Depois de ter posto a mesa, ele veio ao meu encontro no quarto.
– Bom dia, amor! - Henrique se inclinou para me beijar na testa - Comprei aquele pão doce que você tanto gosta.
– Obrigada, querido. - sorri .
– Está trabalhando? - perguntou Henrique enquanto observava a tela do computador.
– Respondendo e-mails e depois vou corrigir provas. - coloquei a mão sob a pilha de papel em cima da mesa.
– Muita coisa como de costume, mas saco vazio não para em pé. Então, levante-se e venha tomar café comigo. - Henrique me pegou pela mão e seus olhos azuis me fuzilaram. Nunca conseguia dizer não à ele. Além de ser um homem lindo e atencioso ele era doce e isso me encantava.
– Você tem razão! - sorri e me deixei ser conduzida por ele até a cozinha.
*****
Na mesa da cozinha, Henrique e Miranda tomavam café e se deliciavam com a comida.
Depois de tomarem café, Henrique propôs um programa para o fim daquela tarde de sábado.
– Não acredito que você reservou lugares naquele restaurente francês que eu tanto queria ir! - Miranda disse animada.
– E vai dar tempo de você acabar de corrigir suas provas.
– Acabar? Ainda nem comecei... - riu a professora.
– Então comece logo pois quanto mais cedo terminar melhor, afinal, vai lhe sobrar mais tempo para se arrumar, ainda mais que você demora tanto...
– Engraçadinho! - Miranda se aproximou do marido e lhe deu um selinho.
Henrique retribui o beijo e deu um tapa de leve no bumbum da esposa, em forma de brincadeira.
– Vamos ao trabalho! - disse o marido.
Miranda riu e foi para o quarto trabalhar.
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Ao fim da tarde, por volta das seis da tarde, de acordo com o combinado, Miranda e Henrique se arrumaram para irem ao jantar no restaurante francês.
Miranda escolheu um vestido vermelho, de alça fina e na cintura era colado deixando seu corpo marcado. Henrique vestia uma calça social preta e uma blusa social da cor azul-claro.
Quando estavam prestes a deixar o apartamento, Henrique se dirigiu à mulher e a fez a seguinte pergunta:
– Você não acha que está faltando algo?
Miranda estranhou o comentário e deu meia volta para analisar o próprio modelito.
– Acho que não. Oque você quis dizer com isso?
– Eu acho que está faltando algo. Talvez seja isto...
Henrique pegou uma sacola preta que estava escondido atrás do sofá. Tirou dentro da sacola uma caixa rosa grande e envolta por um laço de veludo da mesma cor. Quando Miranda abriu a caixa , arregalou os olhos e viu que era uma caixa de alguma joalheria conhecida. Quando abriu a caixa preta da loja, deu um gritinho eufórico e alegre pelo presente.
– Que maravilhoso! - Miranda sorriu de felicidade ao ver o belo colar de prata com um pingente pequeno de uma pedra semi- preciosa que reluziu ao toque da luz do ambiente.
– Gostou? Deixe que eu coloque em você. - sugeriu Henrique.
Miranda ficou de costas para o marido e segurou o cabelo para que ele colocasse o colar.
Henrique desabotou o fecho do colar e pôs no pescoço da amada, delicadamente e o beijou quando fechou o colar.
– É lindo demais! - exclamou a esposa.
– Você merece! - Henrique se aproximou da mulher e lhe deu um beijo ardante.
Miranda levou as mãos em volta ao pescoço dele e deixou ser conduzida pelos beijos ardantes do marido.
Depois de se beijarem e Miranda agradecer diversas vezes pelo belo presente, eles finalmente saíram de casa e foram para o estacionamento do prédio para irem de carro ao restaurante.
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Já passava das dez horas da noite e o casal já havia jantado e agora estavam se deliciando na sobremesa francesa: crepes de chocolate com uma bolo de sorvete de creme e morangos e também havia macarons de diversas cores e sabores.
Miranda havia tomado mais vinho que de costume então estava um pouco embriagada e com isso estava tão animada. Henrique não havia bebido, afinal, alguém deveria estar sóbrio para dirigir o carro.
Henrique estava mastigando um macaron verde de sabor limão quando sentiu algo embaixo da mesa, encostar na sua perna. Olhou para os olhos de Miranda e ela estava sorrindo maliciosamente e mordia os lábios pintados por um batom vinho que havia desbotado um pouco. Henrique entendeu a deixa e resolveu levantar da mesa e pagar a conta.
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Ao chegarem em casa, ainda no elevador do prédio, Miranda se jogou nos braços do marido e deixou que a libido a consumisse e a conduzise. Ela beijava o marido e levava uma das mãos perto das partes íntimas dele.
– Calma, amor! Ainda estamos no elevador. Se esqueceu que tem câmera? - lembrou Henrique.
Miranda estava fora de si e ao invés de dizer algo soltou uma gargalhada e continuou beijando o marido.
Quando o elevador chegou no andar deles, Miranda puxou o marido pelo braço apressando o passo dele para abrir a porta.
Quando achou as chaves ele abriu a porta com pressa.
Fechou a porta com dificuldade pois Miranda estava o afagabdo e o abraçando por trás enquanto beijava o pescoço dele.
Por fim fechou a porta e se virou para a esposa, a mesma pulou no colo do marido que estava em pé e enquanto se beijando ele ia caminhando para o quarto deles.
A fagulha de desejo já incendiava o casal e quando Henrique a deitou na cama e foi enroscado pelas pernas da mulher em volta da sua cintura, a pequena faísca já estava os consumindo por inteiro.
Henrique beijava a mulher na boca e ia baixando até chegar perto dos seios da mulher. Ainda vestida, Henrique levou as mãos à coxa da mulher, levantando o seu vestido e indo de encontro com o seu quadril.
Miranda gemeu e se contorceu com o toque do marido e se apressou para tirar o vestido.
Virou de costas e o marido abriu o zíper e deixou a mulher despida. Vestia somente a calcinha que era branca e de renda, não usava sutiã pois o vestido tinha bojo e dava sustentação aos seios.
Os olhos azuis de Henrique, arderam de desejo e a lasciva o consumiu.
Miranda deitou de barriga pra cima na cama e enquanto Henrique beijava seu pé e tirava a sandália dela. Os beijos foram subindo e ao chegar na parte interna da coxa, Henrique subiu até à virilha e antes de dar ação ao que pretendia fazer, lançou um olhar cheio de malícia para a esposa.
Ela entendeu o recado e levou as mãos até à cabeça do marido, conduzindo-o para perto de seu sexo.
Miranda ainda usava a calcinha branca, fio dental e de renda. Henrique beijou com delicadeza a parte íntima da mulher e com a boca, retirou devagar a calcinha dela.
Quando por fim tirou a calcinha e a jogou pro lado, Henrique levou os lábios acima da virilha, beijando bem em cima da tatuagem da professora que era un escorpião pequeno pintava pela tinta preta.
Miranda gemeu e queria mais. Deseja que ele a penetrasse mas antes, sugeriu algo inusitai para o marido fazer.
– Me lambe! Me chupa! - gritou Miranda enquanto gemia.
Henrique se surpreendeu pois nunca antes havia feito aquilo mas ficou animado com a ideia.
Foi de encontro aos grandes lábios da professora e aproximou sua boca para perto.
Sentindo os lábios de Henrique irem de encontro com os dela, Miranda gemeu e puxou o marido para mais perto.
Henrique abriu a boca e levou a língua para dentro dela, deixou a sua língua explorar todos os cantos e ao encostar no clitóris fez sua mulher ir ao ápice do prazer e a fez gozar com glória.
– Isso! Não para!
Henrique seguiu oque ela lhe havia mandado e deu voltas com a língua fazendo-a delirar.
Enquanto Henrique a satisfazia, Miranda abriu os olhos e observou-o a devorar, quando fechou os olhos novamente e os abriu em seguida algo veio em sua mente. Na verdade, alguém veio à sua mente.
A imagem de Lola invadiu sua mente e isto a perturbou. Imaginou Lola fazendo oque o marido estava fazendo e enquanto ela a beijava, chupava e explorava seu lugar íntimo, Lola a olhava com os seus belos olhos castanhos e se afastou da professora à uns poucos centímetros e olhou para a professora e lambeu os lábios. Miranda abriu e fechou os olhos para cortar a visão que estava invadindo sua mente mas continuava a imaginar Lola no lugar de Henrique a consumi-la e olhando para baixo via a menina com seus cabelos cor de púrpura a tocar seu corpo enquanto ocupava sua boca à explorar sua amada.
– Para! - pegou Miranda.
Henrique assim o fez mas ficou sem entender o porquê do pedido.
– Preciso ir ao banheiro.
– Mas... - Henrique expressava a falta de entendimento na face.
– Não estou me sentindo bem. Acho que comi muito.
Usando esta desculpa, Miranda levantou da cama e se trancou no banheiro. Balançou a cabeça incrédula no que a sua própria imaginação era capaz.
– Não pode ser...
Miranda de recusava à acreditar que estava imaginando Lola no lugar do próprio marido.
Seu e estômago se embrulhou e ela acabou vomitando na pia do banheiro.
Resolveu tomar banho e escovou os dentes. Quando voltou ao quarto encontrou o próprio marido adormecido e cansado por esperar sua amada.