Louis’ POV
Eu levantei-me, fui até à sala e sentei-me à beira da janela, a observar um carro ou outro que passava, enquanto pensava na Emily. Eu pensei que a tinha perdido para sempre no momento em que ela saiu daquela porta e não foi nada agradável de se sentir.
Eu fiquei uma semana inteira sem dormir a pensar se lhe devia contar ou não, porque eu sabia que se não contasse eu ia perdê-la e se eu contasse havia uma pequena hipótese de que ela ficasse. Depois disso, eu ainda arranjei uma forma de lhe contar tudo e repeti-a vezes e vezes sem conta. E mesmo assim, eu não lhe tinha conseguido contar tudo.
Se eu lhe contasse das apostas, dos jogos, do Ash e do Harry… eu ia perdê-la de certeza. Mas se ela descobrisse que eu não lhe contei eu também a ia perder.
Merda, Louis. Tu estás tão fodido!
Eu sorri ao lembrar-me dela a tentar impedir que eu dissesse asneiras enquanto lhe contava a minha história. Eu sabia que a forma como eu falava a envergonhava e a fazia corar, mas ela ficava tão adorável e eu gostava.
Adorável? Quem diria que eu voltaria a usar este adjetivo outra vez.
Como ela me mudou…
- NÃO! PÁRA! – Ela gritou e eu saltei da beira da janela. – PÁRA FAVOR PÁRA! – Ela gritou quando eu estava a entrar no quarto.
Desta vez, ela estava a remexer-se mais. Os meus lençóis estavam todos fora do sítio e os cobertores que antes a tapavam estavam totalmente puxados para trás. Eu aproximei-me dela, mas não pude evitar olhar para a forma com as suas pernas se mexiam e as suas mãos agarravam os lençóis com força enquanto as suas costas arqueavam. Fez-me lembrar de quando eu lhe toquei, a diferença é que ela tinha gostado.
- Emily acorda. – Eu chamei-a e ela quase que me acertava com uma mão. Não sabia que ela tinha assim tanta força. – Emily! – Eu abanei-a gentilmente como se ela se fosse quebrar qualquer momento.
- Lou! – Ela chorou quando finalmente acordou derretendo o meu coração com a forma como ela disse o meu nome.
Ela sentou-se rapidamente na cama e agarrou-se ao mesmo pescoço como se fosse a última vez, o que eu esperava que não acontecesse. Eu abracei a sua cintura fina com a mesma intensidade, ela tinha que saber que estava segura comigo e que podia confiar em mim.
O que é difícil se tu lhe escondes segredos!
Merda.
- Onde é que tu estavas? – Ela disse contra o meu pescoço com a voz a tremer.
- Eu estava na sala. Está tudo bem. – Eu tranquilizei-a.
- Lou. – Ela chamou, os seus olhos azuis a furarem-me a alma.
- Hm.
- Nunca me deixes. – Ela disse e eu fiquei chocado. Ela escondeu a cara no meu pescoço quando eu não lhe respondi.
- Eu não te vou deixar. Não enquanto me quiseres por perto.
Emily’s POV
- Eu não te vou deixar. Não enquanto me quiseres por perto. – Ele respondeu e eu abracei-o ainda com mais força.
Eu realmente esperava que ele quisesse dizer aquilo, porque uma semana sem ele já tinha sido uma tortura e eu nunca iria querer que ele se fosse embora.
- Então parece que vais ter que me aturar durante muito tempo. – Eu disse e ouvi-o rir-se.
- Eu não me importo. Eu vou desligar a luz da sala. – Ele disse, afastando-se de mim.
Eu assenti e levantei-me também ajeitando os lençóis e os cobertores que eu tinha desarrumado. Quando Louis voltou ao quarto eu estava a meter o edredom no sítio. Ele agarrou-me pela cintura por trás e beijou-me o pescoço, então ele agarrou-me ao colo e levou-me até à cama enquanto eu me ria baixinho.
Eu olhei para o ecrã do meu telemóvel. Já eram 3h da manhã. Não tinha chamadas nem mensagens da Kahlan ou da minha mãe. Ainda bem!
Louis tapou-nos e puxou-me para ele entrelaçando as nossas pernas e metendo a mão sobre a minha cintura. Eu peguei na sua mão e levei-a até á minha barriga agarrando nela com alguma força, o que fez com que ele gemesse um pouco. Estranho, ele não se iria queixar de algo assim.
Eu suavizei a minha força e os meus olhos fecharam-se. Mas que dias! A luta com o Ash, uma semana sem o Louis, depois a história dele, eu a fugir outra vez, eu a voltar, o Louis a partir coisas que eu ainda descoberto o que fora, o que ele me dissera, o pesadelo, a nossa “declaração”. Como é que isto tinha acontecido tudo numa semana?
(…)
Acordei e não senti Louis abraçado a mim. Eu virei-me sentindo-me aliviada por ele estar ali e fiquei de frente para ele a observá-lo durante uns momentos, até que os meus olhos encontraram a sua mão.
Meu Deus!
A sua mão estava vermelha e os nós dos dedos tinham sangue seco e, em alguns sítios, estava a deitar sangue. Então foi por isso que ele gemeu quando eu lhe agarrei a mão. Como é que ele fez isto?
Eu levantei-me devagarinho para não o acordar e fui até à casa de banho para ir buscar qualquer coisa para lhe tratar da mão, mas fiquei parada à porta de boca aberta. O grande espelho da casa de banho estava agora desfeito em pedacinhos espalhados por todo o chão da casa de banho. Provavelmente, era este o som que eu estava a ouvir ontem quando voltei para cá.
- É melhor saíres daqui antes que te magoes. – A voz de Louis disse, mesmo atrás de mim sobressaltando-me.
Eu virei-me para ele e peguei na sua mão magoada depositando um beijo nos nós dos seus dedos que fez com que ele estremecesse um pouco.
- Porque é que partiste o espelho? – Eu perguntei.
- Eu… não estava em mim e eu pensei que te tinha perdido para sempre. – Ele respondeu beijando a minha testa. Eu engoli em seco.
- Eu não quero que te magoes por minha causa. – Eu sussurrei e ele abraçou-me.
- Agora, vamo-nos vestir e eu faço e pequeno-almoço.
Eu assenti e ele agarrou na minha mão levando-me até ao quarto. Quando lá chegámos ele entregou-me um saco que tinha roupa que ele tinha comprado. Eu ergui uma sobrancelha quando ele me entregou o saco, já que, da última vez que ele me comprou roupa… bem, digamos que não fazia o meu estilo. Além disso, eu não podia ir para a casa de banho trocar de roupa e Louis recusava-se a sair do quarto até eu estar vestida.
Bolas.
Eu suspirei derrotada e tirei a roupa do saco. Eram umas calças de ganga super justas e uma camisola de alças preta. Hmm… Podia ser pior. Eu tirei a camisola do Louis ficando apenas em roupa interior. Os seus olhos pareciam ter ficado mais escuros e o seu olhar passeava por todo o meu corpo o que e estava a fazer nervosa.
Eu vesti a camisola rapidamente, demorando um pouco mais nas calças, já que elas eram muito justas. Quando eu finalmente acabei eu olhei-me ao espelho. A roupa até que nem ficava muito mal e as calças faziam as minhas pernas parecerem mais magras.
- Ainda bem que comprei essas calças. – Louis disse aproximando-se de mim e abraçando a minha cintura enquanto eu o olhava através do espelho. – Elas mostram o teu rabo perfeitamente. – Ele sussurrou com um sorriso sedutor.
- Sim, ainda bem que toda a gente vai poder ver. – Eu provoquei.
- Hm… tens razão, tira as calças. – Ele disse e eu ri-me indo para a cozinha.
Enquanto Louis cozinhava eu sentei-me num dos bancos altos da cozinha a vê-lo. Ele ia fazer panquecas com chocolate. Eu já tinha saudades de comer isto, já não comia panquecas com chocolate desde que…
A campainha tocou e Louis disse para eu ir abrir. Eu saltei do banco e caminhei até à sala abrindo a porta e encontrando o Harry. Mas o que é que ele estava aqui a fazer?
- Harry, o que é que-
- Eu só queria saber se tu estavas mesmo aqui.
- O quê?
_____________________________________________________
Mais segredos tanto do Lou como da Emily e agora o Harry BAM! ahah nem tudo pode ser um mar de rosas não é? eheh
e parei aqui porque. eu. sou. má. muahahah! :3
e eu sei que tá pequenino, mas EU DEVIA DE ESTAR A ESTUDAR HISTÓRIA!! xD e o POV do Louis também é pequeno, mas isso vai mudar de futuro :3
- Clau :)